segunda-feira, maio 09, 2011

Habib b. Zaid al Ansari - Mais um grande Sahaba do Profeta Mohammad SAAS

Bismillah!


Habib b. Zaid al Ansari

Dr. Abdulrahman Ráafat Bacha

Tradução: Prof. Samir El Hayek

Que Allah conceda a toda tua família as Suas bênçãos, e que Ele te conceda a Sua misericórdia.

(Mohammad, o Mensageiro de Allah{S})

Esta é a história de um homem que cresceu num lar que estava cheio de todas as virtudes inspiradas pela fé religiosa. Todos os sacrifícios despendidos era para o bem da religião. Foi nesse lar que o Habib b. Zaid deu os primeiros passos e passou da adolescência para a puberdade.

Seu pai, Zaid b. Asim, foi um dos primeiros indivíduos de Yaçrib a se converter ao Islam, e foi um dos setenta, que estiveram presentes em Al Aqaba1, a apertar a mão do Mensageiro de Allah (S) e dar a ele sua jura de lealdade. Juntamente com ele estiveram sua esposa e seus dois filhos.

A mãe de Zaid era a Umm ‘Amara, também conhecida como Nasiba al Maziniya, a primeira mulher a portar armas na defesa do Islam, e a proteger a Mohammad, o Mensageiro de Allah (S). Seu irmão era o Abdullah b. Zaid, que sacrificou a própria vida para proteger a vida do Profeta (S) na batalha de Uhud.

O próprio Profeta (S) disse para aquela família: “Que Allah dê à tua família as Sua bênçãos, e que Ele conceda à tua família a Sua misericórdia!”

A divina luz da fé encontrou o seu caminho no coração do Hubaib b. Zaid quando ele era apenas um menininho dócil, e aí se estabilizou por toda uma vida.

O destino fez com que o Hubaib acompanhasse seus pais, irmãos e seu tio até Makka, e fizesse parte da nobre companhia dos setenta indivíduos que deram forma à história do Islam. Na escuridão da noite, o Zaid estendeu a sua mãozinha, colocando-a na mão do Mensageiro de Allah (S), apresentando-lhe a sua jura de fidelidade de Al ‘Aqaba.

Naquele dia, o Mensageiro de Allah (S) tornou-se mais querido para o Hubaib do que seus próprios pais, e o Islam tornou-se mais caro para ele do a sua própria alma.

O Hubaib b. Zaid era muito jovem para estar presente à batalha de Badr, e ele não compartilhou da honra de estar na batalha de Uhud, uma vez que era ainda muito jovem para portar armas. Porém, participou em muitos eventos militares que aconteceram depois de Uhud, e portou-se com honra em cada ocasião. Todas as vezes ele demonstrou ser um membro nobre e auto-sacrificante, dentre os crédulos.

Não obstante suas glórias e grandiosidades, todos esses eventos nada mais foram do que simples preparação para o evento sobre o qual ireis agora ler. Trata-se de uma história que irá abalar as vossas almas nas suas profundezas, assim como tem abalado milhões de muçulmanos desde o tempo da missão profética até hoje. Essa poderosa história tem sido uma das favoritas dos muçulmanos, por séculos, sendo, portanto, digna de ser recontada.

No nono ano da Hégira, o Islam tornou-se estabilizado como uma entidade segura e poderosa. Delegações de todos os quadrantes da Arábia começaram a viajar para Madina, a fim de encontrarem-se com o Mensageiro de Allah (S), com o fito de declararem suas aderência ao Islam e jurarem suas absolutas lealdades e obediências ao Profeta (S). Entre aqueles visitantes estava a delegação dos Banu Hanifa, procedentes das altiplanícies de Najd.

Esses delegados desmontaram de seus camelos na entrada da cidade de Madina, e deixaram suas posses a cargo dum homem chamado Musailima b. Habib al Hanifi. Foram ter com o Mensageiro de Allah (S) anunciaram suas conversões e a do seu povo à religião do Islam. O Profeta (S) os recebeu com honrarias, tratando-os com respeito, ordenando que a cada um fosse dado algum dinheiro, mesmo para o homem que ficara encarregado dos camelos e das posses deles.

Logo que a delegação voltou para a sua terra, em Najd, o Musailima apostatou quanto ao Islam, e se pôs a andar entre o povo, anunciando que Allah o tinha enviado como profeta aos Banu Hanifa assim como tinha enviado um profeta para o Coraix.

Os homens da sua tribo acorreram a ele, levados por inúmeros motivos, o principal do qual, o orgulho tribal. Um deles chegou a dizer: “Juro que Mohammad (S) é veraz, e que o Musailima é um mentiroso; mas, um mentiroso de Rabi’a me é mais benquisto do que um veraz de Mudar2.

Quando o Musailima achou que se havia tornado poderoso e granjeado muitos apoiadores, enviou uma carta para o Mensageiro de Allah (S), na qual dizia: “De Musailima, o mensageiro de Deus, para Mohammad, o Mensageiro de Allah (S). Que a paz esteja contigo. Quero informar-te de que eu fui feito teu parceiro na profecia. Nós3 iremos governar a metade das terras, e o Coraix irá governar a outra metade; mas o Coraix tem ultrapassado os seus limites.”

Musailima enviou dois dos seus homens com a carta para o Profeta (S) que, quando a missiva foi lida para ele, perguntou aos missivistas:

“Que tendes a dizer sobre isto?”

“Concordamos com o que ele diz”, responderam.

“Não fosse pelo fato de que os missivistas não podem ser mortos, iria fazer com que ambos fossem decapitados”, o Profeta (S) lhes disse.

Então o Profeta (S) ditou uma carta que enviou ao Musailima; era assim:

“Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso.

“De Mohammad, o Mensageiro de Allah (S), para Musailima, o mentiroso:

“Que a paz esteja com aquele que segue a Divina Diretriz. Deves saber que as terras pertencem a Allah, Que as concede como legado a quem Lhe apraz, e que a recompensa da Vida Futura é para aqueles que O temem.”

Ele enviou a carta com os missivistas.

A maldade, em Musailima, crescia, conforme ele começava a espalhar a sua missão corrupta, norte-sul, leste-oeste. O Profeta (S) decidiu enviar-lhe uma carta severíssima, avisando-o que desistisse do seu curso desviativo. O Profeta (S) delegou ao herói da nossa estória, o Hubaib b. Zaid, o mister de portar a carta. Por esse tempo, ele já tinha atingido a maioridade. Ele era um jovem valoroso, um crente e tanto, da cabeça aos pés.

Hubaib b. Zaid partiu imediatamente na missão dada a ele pelo Mensageiro de Allah (S), sem qualquer hesitação ou delonga. Paasou por planaltos e cruzou uma infinidade de vales, antes de finalmente chegar às terras dos Banu Hanifa, encravadas na região de Najd. Imediatamente ele entregou a carta ao Musailima.

Logo que o Musaylima tomou consciência do que estava escrito na carta, seu coração se encheu de despeito e ódio. Seu rosto grosseiro e pastoso demonstrava suas intenções maldosas e traiçoeiras, e ele ordenou que o Hubaib b. Zaid fosse acorrentado e levado a ele na manhã seguinte.

Na manhã seguinte, o Musailima tomou seu assento na sua assembléia, e fez com que os líderes da sua profana corte se sentassem de cada lado dele. Ele anunciou que a assembléia estava aberta ao público, e deu ordem para que o Hubaib b. Zaid fosse para ali levado. Hubaib entrou arrastando as correntes com ele.

No meio daquela multidão enorme e despeitada, o Zaid permanecia altivo e orgulhoso, tão destemeroso como se fosse uma lança afiada. Musailima voltou sua atenção a ele, e perguntou:

“Será que prestas testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S)?”

“Sim”, respondeu ele, “presto testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S).”

Musailima parecia que ia explodir, conforme perguntava:

“E será que prestas testemunho de que eu sou o mensageiro de Deus?”

Num tom mordaz e irônico, o Hubaib disse:

“Eu sou um pouco surdo e não posso ouvir o que dizes!”

Musailima empalideceu de fúria. Com os lábios a tremelicar, ele ordenou ao seu executante:

“Corta uma parte do corpo dele!”

O executante golpeou o Hubaib com sua espada, cortando um pedaço do seu corpo. Este caiu ao chão, e o Musailima repetia a pergunta:

“Será que prestas testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S)?”

“Sim, presto testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S).”

“E será que prestas testemunho de que eu sou o mensageiro de Deus?”

“Eu te disse, sou surdo e não posso ouvir o que dizes.”

Então o Musailima ordenou que outra parte do corpo do rapaz fosse cortado. Essa rolou no chão, parando perto da outra parte que já havia sido cortada, enquanto a multidão olhava par o Hubaub, estarrecida com a sua determinação e persistência.

Musailima continuou a perguntar, enquanto o seu executante continuava a cortar, e o Hubaib a dizer:

"Presto testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S)”, até que metade dele era uma pilha de membros ensangüentados, espalhados pelo chão, e a outra metade era uma forma sangrenta e disforme que ainda falava. Por fim ele morreu, tendo seus lábios a proferir o nome do Profeta (S) a quem ele havia prestado juramento, na abençoada noite, em ‘Acaba: o nome de Mohammad, o Mensageiro de Allah (S).

A notícia da morte de Hubaib b. Zaid foi levada à sua mãe, a Nasiba al Maziniya, e tudo o que ela teve para dizer foi:

“Foi para essa ocasião que eu o criei e o preparei. Busco minha recompensa para ele em Allah. Ele jurou fidelidade ao Mensageiro de Allah (S) na noite de Al ‘Acaba, quando era ainda jovem e, como adulto, compriu o seu juramento. Se Allah me der a chance de me defrontar com o Musailima, irei fazer com que as filhas dele batam nos seus próprios rostos, pesarosas com ele!”

O dia que a Nasiba desejava que chegasse não demorou muito a chegar. O almuazen de Abu Bakr foi por toda Madina, conclamando o povo a se preparar para encetar a batalha contra Musailima, o falso profeta.

Os muçulmanos se apressaram a ir ao encontro de Musailima em batalha e, com o exército, estavam a Nasiba al Maziniya e seu filho Abdullah.

Na histórica batalha de Al Yamama, a Nasiba foi vista abrindo caminho por entre as fileiras, como uma leoa enfurecida, gritando:

“Onde está o inimigo de Allah? Mostrai-me onde está o inimigo de Allah!”

Quando, finalmente, ela chegou até ele, encontrou-o jazendo no chão, sendo que as espadas dos muçulmanos já haviam feito seus serviços. Sua ira foi abrandada, e ela ficou aliviada; e por que não deveria ficar?

Não tinha Allah vingado o seu filho reverente e cumpridor dos deveres, pondo um fim àquele assassino maldoso e sanhudo?

Certamente que tinha, pois cada um deles fora encarar o Criador; só que um fora para o Paraíso, e o outro fora alimentar o calor do Fogo.
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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)
يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

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