quinta-feira, outubro 27, 2011

Os Direitos da Mulher na Civilização Islâmica‏

بسم الله الرحمن الرحيم

Por: Dr . Ragheb Elsergany

O Islam envolveu a mulher com grande cuidado e atenção, a elevou e a valorizou, a exclusivizou com a nobreza e bom relacionamento sendo filha, esposa, irmã e mãe. O Islam estabeleceu, inicialmente, que a mulher e o homem foram criados de uma só fonte, por isso as mulheres e os homens no aspecto humano são iguais. Disse Allah, o Altíssimo: [Ó humanos, temei a vosso Senhor, Que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres] (Annissá: 1). E existem vários outros versículos que esclarecem a eliminação do Islam o princípio da distinção entre o homem e a mulher nos valores humanos comuns.

O valor da mulher no Islam

Partindo destes princípios e negando os costumes da jahiliyah (época pré-islâmica) e das nações anteriores no assunto da mulher, o Islam chegou para defender a mulher e para colocá-la em um nível jamais alcançado em nenhuma nação ou religião anterior nem em nação posterior, estabelecendo para ela – como mãe, irmã, esposa e filha desde catorze séculos atrás – direitos reivindicados ainda hoje pela mulher ocidental.

O Islam estabeleceu inicialmente que as mulheres se igualam aos homens no valor e na posição, o fato de serem mulheres não as diminui. O mensageiro (a paz esteja com ele) disse sobre isso, decretando um princípio importante: “Em verdade, as mulheres são irmãs dos homens”[1]. Também é narrado sobre ele que recomendava o respeito às mulheres permanentemente, dizia aos seus companheiros: “Tratem bem as mulheres...”[2]. Esta recomendação se repetiu no sermão de despedida quando ele falava a milhares de pessoas da sua nação.

O valor da mulher na época pré islâmica

Se pretendemos esclarecer o que o Islam estabeleceu de bases para a elevação e enobrecimento da mulher, devemos primeiro perceber inicialmente a situação da mulher nas “ignorâncias” antigas e modernas[3], para vermos a real escuridão que ela viveu e que ela ainda vive. A partir daí, se esclarece para nós a real situação e posição da mulher sob a sombra dos ensinamentos do Islam e da civilização islâmica.

Se os árabes – como antecedemos no primeiro capítulo – enterravam suas filhas as privando do direito à vida, temos o Alcorão Sagrado sendo revelado criminalizando e proibindo tal ato: [E quando a filha, enterrada viva, for interrogada, por que delito fora morta] (Attakwir: 8-9). O profeta (a paz esteja com ele) também fez deste crime um dos maiores pecados. Ibn Mass´úd disse: Perguntei ao mensageiro de Allah (a paz esteja com ele): Qual pecado é maior? Ele disse: “Que tu associes com Allah um parceiro sendo que Ele te criou”. Eu disse: E em seguida? Ele disse: “Que mates o teu filho temendo que ele divida o teu sustento contigo”. Eu disse: E em seguida? Ele disse: “Que cometas adultério com a mulher de teu vizinho” [4].

Os direitos da mulher no IslamEste assunto no Islam não se limita a dar à mulher somente o direito à vida, mais ainda, o Islam incentivou a benfeitoria a ela quando pequena. Disse o mensageiro (a paz esteja com ele): “Quem for responsável por estas meninas e for benfeitor para com elas, elas lhes serão uma barreira do fogo”[5].

Em seguida, o mensageiro (a paz esteja com ele) ordenou ensiná-las dizendo: “Todo homem que tiver uma menina e a ensinar com perfeição, e a educar com perfeição... terá duas recompensas”[6]. E o profeta (a paz esteja com ele) dedicava um dia para a exortação das mulheres e as ordenava a obediência a Allah, altíssimo seja[7].

Quando a menina atravessa a idade da puberdade e torna-se adolescente, o Islam já lhe dá o direito de aceitar ou recusar um possível pretendente para o casamento, não permite que ela se case com um homem a quem não deseja. Sobre isso, o mensageiro (a paz esteja com ele) disse: “A mulher que já foi casada tem mais direito sobre si que o seu tutor, e a virgem deve ser perguntada e sua permissão é o seu silêncio”[8]. E disse: “A mulher que já foi casada não pode ser casada até ser consultada, e a mulher virgem não pode ser casada até lhe ser pedida a permissão”. Disseram: Ó mensageiro de Allah, e como é a sua permissão? Disse: “Que faça silêncio”[9].

E quando torna-se esposa, a lei islâmica incentiva o bom trato e boa convivência, levando em consideração que a boa convivência com a mulher é uma prova da nobreza do homem e da generosidade de sua natureza. Incentivando isso, o mensageiro (a paz esteja com ele) disse: “Se o homem dá água para sua mulher beber é recompensado”[10]. E alertando, diz: “Eu constranjo a quem faz perder o direito dos dois fracos: o órfão e a mulher”[11].O mensageiro (a paz esteja com ele) era um exemplo prático neste assunto, era de extrema ternura e bondade com sua família. Al Assuad Annakhaí narra que perguntou a Áíshah sobre o que o profeta (a paz esteja com ele) fazia junto de sua família. Ela disse: “A ajudava no trabalho doméstico, então, se chegasse a hora da oração, partia para a oração”[12].

E se a mulher detestar o seu marido e não suportar viver com ele, o Islam lhe concedeu o direito à separação. Ibn Ábbass disse: A mulher de Thabit ibn Qaiss veio até o profeta (a paz esteja com ele) e disse: Ó mensageiro de Allah, não reclamo sobre Thabit em religião nem conduta, porém receio a incredulidade. O mensageiro de Allah então disse: “Então, queres anular a tua residência com ele?”. Ela respondeu: Sim. Então, o profeta (a paz esteja com ele) o ordenou que se separasse dela[13].Podemos adicionar ao que antecedeu o fato de o Islam ter estabelecido poder financeiro individual para a mulher exatamente igual o homem, ela pode vender, comprar, alugar, outorgar, dar e não tem limitação sobre ela enquanto ela goza de suas faculdades mentais, baseando-se no dizer de Allah, o Altíssimo: [Então, se percebeis neles maturidade, entregai-lhes suas riquezas...] (Annissá: 6).

Quando Ummu Haní bint Abi Talib deu proteção a um homem politeísta e seu irmão Ali ibn Abi Talib queria matá-lo, o profeta (a paz esteja com ele) sentenciou a favor de Ummu Haní e deu a ela o direito de oferecer proteção na guerra ou na situação de paz aos não muçulmanos e disse: “Protegemos a quem tu proteges ó Ummu Haní”[14].

Assim vive a mulher muçulmana, cara, nobre, protegida sob a sombra dos ensinamentos do Islam e sob a nobre civilização islâmica.

Tradução: Sheikh Ahmad Mazloum[1] Relatado por Al-Tirmizi: Capítulo de Al-taharah (purificação) (113), Abu Daud (236), Ahmad (26.238), Abu Ya'la (4694). Veja: Sahih Al-Jami ' de Al-Albani (1983).

[3] Mencionamos este assunto quando falamos sobre as civilizações anteriores.

[4] Narrado por Al-Bukhari, capítulo de Al-Adab (comportamento) (5655), Al-Tirmizi (3182) e Ahmad (4131).

[5] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade do 'Aisha (que Allah esteja satisfeito com ela): Capítulo de Al-Adab (comportamento) (5649), e muçulmanos, o capítulo da Virtude, boas maneiras e participar dos laços de parentesco (2629).

[6] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade de Abu Musa Al-Ash'ari: Capítulo de Al-Nikah (casamento) (4795).

[7] Abu Said Al-Khudri disse: Algumas mulheres solicitaram ao Profeta para fixar um dia para elas, enquanto os homens estavam tomando todo o seu tempo. Então, ele prometeu-lhes um dia de aulas para exortá-las e ordená-las. Narrado por Al-Bukhari, capítulo de Al-Ilm (conhecimento) (101), e Muslim, o capítulo da Virtude, boas maneiras e participar dos laços de parentesco (2633).

[2] Narrado por Al-Bukhari sob a autoridade de Abu Hurayrah: Capítulo de Al-Nikah (casamento), o capítulo de conselhos sobre cuidar de mulheres (4890), e Muslim: Capítulo da lactação (1468).


[8] Narrado por Muslim sobre a autoridade de Abdullah ibn Abbas: Capítulo de Al-Nikah (casamento) (1421).

[9] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade de Abu-Hurairah: Capítulo de Al-Nikah (casamento) (4843).

[10] Narrado por Ahmad na autoridade de Ibn Al-Írbadh ibn Sariyah (17195). Veja: Sahih Al-Targhib wa Al-Tarhib (Livro do incentivo e intimidação) (1963).

[11] Narrado por Ibn Majah sobre a autoridade de Abu-Hurairah (3678) e Ahmad (9664). Shu'aby Al-Arna'ut disse que sua transmissão é forte, Al-Hakim (211), e disse que o hadith é correto, conforme as condições exigidas por Muslim. Al-Zahabi disse em Al-Talkhis: De acordo com as condições de Muslim. Al-Baihaqi (20.239). Al-Albani disse: correto. Veja Al-Silsilah Sahihah-Al (1015).


[12] Narrado por Al-Bukhari capítulo, de wa Al-Jama'ah Al-Imamato (644), Ahmad (24.272), e Al-Tirmizi (2489).

[13] Narrado por Al-Bukhari, capítulo de Al-Talaq (divórcio) (4973) e Ahmad (16.139).

[14] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade de Um Hani bint Abu Talib: Capítulo de Al-Jiziah (3000), e Muslim: Capítulo de Salat Al-Musafirin (orações dos viajantes) (336) .Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos do Brasil, Grupo independente, constituído de sábios, cheiques que seguem a sunna e o consenso no Brasil, São propagadores locais e enviados dos ministérios dos bens religiosos e dos assuntos islâmicos das diferentes regiões para cuidar dos assuntos islâmicos dos muçulmanos no Brasil.

المجلس الأعلى للأئمة والشؤون الإسلامية في البرازيل هو تجمع مستقل يضم علماء ومشايخ أهل السنة والجماعة في البرازيل، وهم عبارة عن دعاة محليين ومبتعثين من وزارات الأوقاف والشؤون الإسلامية في الأقطار الإسلامية لرعاية الجالية المسلمة في البرازيل*********************************************************

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

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