quinta-feira, janeiro 24, 2013

O exemplo que a humanidade tem que seguir

O exemplo que a humanidade tem que seguir Prezados Irmãos, Assalamu Alaikum: O mundo inteiro está experimentando um fenómeno que não pode ser ignorado, e este é o Islão, e aqueles que se chamam muçulma-nos parecem, talvez em suas aparências, valores e princípios, dife-rentes. Para saber mais sobre eles e descobrir por que eles se com-portam de determinadas formas e assumem alguns princípios que, à primeira vista, podem parecer completamente diferentes do que o mundo ocidental adopta, as pessoas em geral e os Ocidente em particular têm que conhecer uma só pessoa, para que, desse modo, possam alcançar e entender por que os verdadeiros muçulmanos são assim; e essa pessoa é seu mestre e líder Muhammad (Maomé), que a paz de Deus esteja com ele. 

Por ocasião da comemoração do seu nascimento que é o dia 12 de Rabi-al-Awwal, o terceiro mês lunar, que coincidirá este ano com o 24 de Janeiro de 2013, pretendo falar sobre esta personalidade, e esforçar-se para abordar a questão de uma perspectiva desabitual, e diga-se o que se disser nestas poucas palavras, estou, na verdade incapaz de tratá-lo como ele merece, porque a sua vida tem sido descrita até nos menores detalhes, e sobre a qual, sem exagero, se tem escrito centenas de milhares de volumes, e, portanto, não vejo ninguém na história que tivesse recebido semelhante tratamento e consideração. Muhammad (p.e.c.e.) viveu numa sociedade tribal e beduína, há mais de 14 séculos, e levou uma vida normal, entre o seu povo durante quarenta anos, onde ficou conhecido pela sua honestidade, sinceridade e excelentes maneiras.

As pessoas se dirigiam para ele chamando-o de o Amin, ou seja o digno de confiança. Aos 40 anos de idade, Deus, o Altíssimo, enviou-lhe o arcanjo Gabriel, a paz esteja com ele, com a mensagem que iria divulgar para toda a humanidade, e com isso não só mudou a sua própria vida, como transformou o mundo inteiro. Muhammad (p.e.c.e.) não foi uma pessoa normal a quem se pudesse conhecer mediante a leitura de sua bibliografia, mas, ao contrário, é bem uma experiência que todo o ser humano tem de viver. O nobre Profeta Muhammad (p.e.c.e.) vive na consciência de cada muçulmano verdadeiro, de tal forma que, quando esse muçulmano for realizar alguma acção, vem-lhe à mente se aquilo que vai fazer está em plena conformidade com os ensinamentos do Profeta ou não. 

O Mensageiro de Deus, a paz esteja com ele, é o exemplo ideal a ser seguido por todas as pessoas e, para os muçulmanos, é a melhor criatura que existe sobre a Terra. Por Aquele, em cujas mãos está a criatura que existe sobre a Terra. Por Aquele, em cujas mãos está a nossa alma, não há nenhuma qualidade digna de louvor e admi-ração, da qual o nosso nobre Profeta não fosse a sua máxima expressão, e por isso Deus, o Altíssimo, diz dele: "Ó Muhammad, és de nobilíssimo carácter". (Alcorão, 68:4).

Se quisermos conhecer a qualquer personalidade histórica com objectividade, temos que recorrer as conquistas e vestígios que ele deixou após a sua morte. Vós podeis ver as conquistas que o nobre Mensageiro do Islão deixou após a sua morte: cerca de 1.300 milhões de adeptos em todo o mundo, sem contar os seguidores que viveram no seu tempo e todos aqueles que os sucederam e foram deixando o seu legado (consistindo em seus ensinamentos e boas maneiras) para as gerações seguintes até aos nossos dias, e até o fim do mundo, in cha Allah.

Durante a sua vida como Profeta uniu toda a península Arábica mediante uma mesma palavra, depois de os árabes terem sido tri-bos que se matavam entre si por motivos ab-surdos e insignificantes. Essas tribos eram pequenos grupos que tinham o seu próprio líder e cada uma delas tinha ideias diferentes. Além disso, cada tribo tinha diferentes divin-dades e uma religião totalmente diferente. Em apenas VINTE anos, o Profeta conseguiu converter as pessoas que viviam mergulha-das na escuridão, imoralidade e ignorância (o forte oprimia o fraco, cometia-se o infanticídio e não se mantinham os laços de parentesco, entre outras coisas), em guias mais acla-mados da história da humanidade.

Gostaríamos de saber se os homens mais sábios do século XX, em diferentes áreas de conhecimento e com a tecnologia mais avan-çada do mundo civilizado moderno, podem conseguir num prazo de 100 anos a centés-sima parte do que ele realizou em tão pouco tempo, tal como afirma Fetullah Guhlen no seu livro «Muhammad: Aspectos de sua vi-da». George Bernard Shaw, escritor irlandês e humorista do século passado, diz sobre isto: "Eu estudei esse extraordinário homem Muhammad e, na minha opinião, longe de ser um anticristo, ele deve ser conside-rado como o Salvador da Humanidade. Eu acho que se um homem como ele assu-misse o comando do mundo moderno, conseguiria resolver os seus problemas, de uma forma que traria consigo a tão necessária paz e felicidade".

A religião do Islão não foi imposta pela espada como alguns atribuem …. Na verdade, o Islão foi espalhado pelas excelentes ma-neiras que Muhammad, (p.e.c.e.), encarnou e incutiu nos seus seguidores, os quais pude-ram, por sua vez, incutir nas pessoas através de tais maneiras e atraí-los ao Islão. O Pro-feta do Islão (p.e.c.e.) não só conseguiu es-palhar a mensagem de seu Senhor, mas tam-bém colocar em prática na sua vida, dizendo a todo o mundo que é possível estabelecer a justiça, o amor e a paz entre as pessoas. Estabeleceu uma nação cujo sistema ainda se aplica hoje em dia em vários países mu-çulmanos e lutou contra a incredulidade, a injustiça, o ódio, a hipocrisia e o rancor.

Em suma, foi bem-sucedido em todos os níveis da vida e essa é a razão pela qual Mi-chael Hart, no seu livro «Os 100: Um ranking de pessoas mais influentes da história», colo-cou a Muhammad, o Profeta do Islão, em pri-meiro lugar, afirmando: "A minha escolha de Muhammad para liderar a lista das pesso-as mais influentes do mundo pode surpre-ender a alguns leitores e pode ser ques-tionada por outros, mas ele foi o único ho-mem na história que obteve um sucesso total, tanto a nível religioso como civil".

Gostaríamos de concluir estas palavras com um episódio que ilustra a grandeza e magnitude dessa pessoa que torna impos-sível, tal como afirma Annie Beasant, que qualquer um que estude a sua vida e carácter, que não sinta senão respeito e admiração.

Na cidade de Meca, o nobre Profeta sofreu todo o tipo de agressões e atrocidades nas mãos dos idólatras Coraixitas, inclusive foi expulso de sua cidade natal e, depois de um longo exílio, regressou a Meca vitorioso. O Mensageiro devoto de Allah, (p.e.c.e.), per-guntou aos habitantes de Meca: “Que pen-sais que farei convosco?” Eles disseram: “És um nobre irmão, filho de um irmão nobre”. Então ele lhes disse: "Digo-vos o mesmo que disse o Profeta Yussuf (José), a paz esteja com ele, a seus irmãos: ”Hoje não há cen-sura para vós! Allah vos perdoará e Ele é o mais Clemente dos misericordiosos”. (Alcorão,12:92). 

Vejam nesse Poema, que fala do grande amor que os muçulmanos sentem pelo seu Profeta Muhammad (p.e.c.e.):

O meu coração arrependeu-se, e da fé preencheu-se, e tu, Muhammad, ó louvável enviado, eras o motivo pelo que se tinha guiado. Amo-te mais do que qualquer coisa amada, mais do que a mim mesmo, mais do que a toda a gente, mais do que à minha mãe que me deu à luz, mais do que ao meu pai que me sustentou, mais do que aos filhos que tive. Criticaram-te, menosprezaram-te e difamaram-te, por seres tão amado pela tua comunidade e seguido em tudo o que ordenaste e incumbiste. Invejam-te por seres tão apreciado e elogiado, e porque o teu nome é a qualquer momento recordado, em qualquer lugar deste planeta e estado. Por Allah que se tivessem conhecido o teu nobre espírito, das suas bocas não teriam saído as palavras que nos têm ofendido. Apesar dos muitos séculos que passaram, ninguém conseguiu alcançar o que alcançaste. Pois em ouro e diamante transformaste a pedra e o carvão, ou seja, em poucos anos conseguiste converter homens que na ignorância se tinham afundado em pessoas que se apontam com o dedo pelo conhecimento e a moral que trouxeram a todas as sociedades e civilizações do mundo. Tu és e serás sempre o nosso amado professor. E digam o que disserem, o nosso amor por ti nunca será afectado, e sempre serás tão admirado e estimado. Por Allah que se a este mundo não tivesses vindo, as nossas vidas seriam insignificantes, sem nenhum sentido. E se não tivesse havido os ensinamentos que trouxeste, o mundo inteiro viveria na decadência e estaria perdido. Se estamos a salvo é graças à orientação que nos deste, e se, pelo contrário, não o estamos, pois isso deve-se ao facto de termos passado pelos teus elevados conselhos e termos negado a tua profecia e o Alcorão que te foi revelado, assim como os sinais que Allah depositou no universo que criou com as suas mãos e formou. O meu coração arrependeu-se, e da fé preencheu-se, e tu, Muhammad, ó louvável enviado, eras o motivo pelo que se tinha guiado. Amo-te mais do que qualquer coisa amada, mais do que a mim mesmo, mais do que a toda a gente, mais do que à minha mãe que me deu à luz, mais do que ao meu pai que me sustentou, mais do que aos filhos que tive.

Alahumma Sali Mohammad waali Mohammad!

Fonte: 6 Al Furqán Novembro/Dezembro.2012 .

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