sexta-feira, novembro 29, 2013

A Discriminação Religiosa /Por: M. Yiossuf Adamgy

Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso!

 Repassamos para conhecimento dos nossos irmãos e leitores um fato relevante levantado pelo irmão Muhhamad Yiossuf Admgy de Potugal e que nós consideramos que é do interesse de todos, religiosos ou não. Um trabalho elaborado com fatos e dados, portanto muito próximo da realidade. Um número em especial me chamou a atenção. Que a maior população islâmica da América do Sul fica na Argentina e são cerca de 800 mil muçulmanos. É que eu já ouvi que no Brasil somos mais de  Um Milhão! Espero que um irmão mais bem informado pode nos confirmar essa informação. Pois bem, vamos a matéria do nosso irmão e que Allah SW aceite o serviço dele e os nossos em favor dos esclarecimentos sobre Sua Religião, a Religião de todos os Profetas e mensageiros, desde Adão a Muhammad (SAAS).

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

Enquanto o secularismo e o materialismo estão a assumir um papel dominante, as religiões estão a tornar-se irrelevantes para a maioria das pessoas do Ocidente.

O fundamentalismo secular arrasta-se pela Europa – quase que não há mais lugar para Deus no discurso político.

Como resultado, os não-cristãos ou mesmo denominações minoritárias dentro do Cristianismo sofrem discriminação religiosa.

O Islão, por causa de sua incondicional dedicação à Ordem Divina, sofre mais em termos de sua imagem e tratamento.

A Islamofobia, como o Anti-Semitismo no passado, tornou-se um fenômeno amplo. Crianças muçulmanas frequentemente sofrem preconceito excessivo e mau tratamento em muitos lugares por causa de seu contexto religioso. A situação pode agravar-se se práticas cultu-rais entre os muçulmanos forem projectadas como islâmicas. Um adolescente muçulmano deve estar pre-parado com um entendimento razoável do Islão para poder explicar e argumentar. A ignorância é a causa original do mau-entendimento (incompreensão) e even-tual tratamento desigual de um pelo outro.

Vejamos os preconceitos já existentes, actualmente:

— Por que motivo pode um Judeu deixar crescer a barba, em obediência à religião que pratica, mas um Muçulmano ao fazê-lo é denominado de extremista e de terrorista?

— Por que motivo pode uma freira cobrir-se da cabeça aos pés, em devoção a Deus, mas uma Muçulmana ao fazê-lo é tida como uma mulher oprimida?

— Quando uma mulher Ocidental decide ficar em casa, para ocupar-se das tarefas domésticas e cuidar dos filhos, é respeitada pelo facto de sacrificar-se pelo bem da sua família. Mas, quando é uma Muçulmana a fazê-lo, no Ocidente dizem que esta mulher necessita ser libertada.

— Qualquer jovem universitária pode vestir-se seja de que maneira for, ela tem os seus direitos e é livre. Mas, caso uma jovem Muçulmana pretenda usar o Hijab, então, é impedida de entrar na Universidade que frequenta!

— Quando uma criança se dedica a algo, diz-se que tem potencial. Mas, quando uma criança se consagra ao Islão, então, é um caso perdido!

— Quando um Cristão ou um Judeu assassinam alguém, a religião não é mencionada. Mas, quando um Muçulmano é acusado de um crime, é o Islão que é posto em causa! É “terrorismo islâmico”...

— Quando alguém sacrifica a sua própria vida para salvar a de outros, considera-se que teve um gesto no-bre e é respeitado por isso. Mas, quando um Pales-

tiniano o faz, para evitar que o seu filho seja assassinado, o seu irmão de armas derrubado, a sua mãe violada, a sua casa destruída e a sua Mesquita conspurcada – então, ele é apelidado de terrorista! Porquê? Porque ele é Muçulmano!

— Quando há um problema, aceita-se qualquer solução! Caso a solução se encontre no Islão, recusa-se a vê-la!

— Quando alguém conduz mal uma boa viatura, em perfeitas condições, ninguém culpa a viatura. Mas, quando um Muçulmano comete um erro ou trata mal alguém, as pessoas dizem: "A culpa é do Islão"! É “terrorismo islâmico”...

Sem terem em conta a história e a tradição do Islão, ainda há muitas pessoas, infelizmente, que a respeito do Islão acreditam em tudo o que dizem os jornais e outros órgãos da Comunicação Social.

Por isso, O MEU APELO A TODOS, em geral, é: informem--se realmente a respeito do Islão e do que diz o Alcorão.

Não é em vão que o Islão é a religião que mais cresce no mundo: 15% ao ano. São hoje mais de 1,6 biliões de pessoas (quase 8 milhões só nos EUA). Uma em cada cinco pessoas na Terra é muçulmana, outro nome dado aos seguidores do Islão.

Os muçulmanos compõem agora 23% da população mundial, de acordo com um novo relatório do Fórum sobre a Religião e a Vida Pública do Pew Research Center, 1,57 mil milhões dos 6,8 mil milhões de pessoas no planeta são muçulmanos – sendo que 60% vivem na Ásia, mas apenas um quinto no Médio Oriente e Norte de África.

No entanto, metade dos 20 países e territórios que compõem o Médio Oriente têm uma população muçulmana superior a 95%. Existem quatro milhões de muçulmanos a residir nos territórios palestinianos e aproximadamente um milhão em Israel, onde totalizam 17% da população.

Cinco países, apenas um dos quais no Médio Oriente/Norte da África, mas quatro na Ásia, são o lar de quase 50% de todos os muçulmanos no mundo – Indonésia (cerca de 203 milhões e quase 14% da população muçulmana do mundo), Paquistão (cerca de 174 milhões e 11,1%), Índia (cerca de 161 milhões e 13,4%), Bangladesh (cerca de 145 milhões e 9,3%) e Egipto (cerca de 79 milhões e 5%).

“Estes são os países que não consideramos, de todo, como sendo muçulmanos e, no entanto, têm um número considerável de muçulmanos,” disse o Director Adjunto da Pesquisa do Pew Forum, Alan Cooperman, apontando para a Índia, Rússia e China como exemplos.

A apoiar a afirmação de Cooperman, cerca de um quinto dos muçulmanos, ou 317 milhões, vive em países onde são uma minoria, principalmente na Índia (161 milhões de muçulmanos, ou seja 13,4% da população total), Etiópia (28 milhões de muçulmanos, compondo 33,9% da população) e China (22 milhões, compondo 1,6% da população).

Na Europa, no entanto, os muçulmanos são apenas 5,2% da população ou 38 milhões de pessoas (presumindo a não inclusão da Turquia). O Reino Unido tem a sexta maior população de muçulmanos na Europa (atrás da Rússia, Alemanha, França, Albânia e Kosovo), 1.647.000 muçulmanos, que constituem 2,7% da população britânica e 0,l% do total da população em todo o mundo muçulmano. Este valor relativamente baixo despreza os mitos e o alarmismo provocado à volta da chamada “Islamização da Europa", perpetrados pela extrema-direita do continente.

Embora a maioria dos muçulmanos na Europa Ocidental seja imigrante de primeira ou segunda geração, de países como Turquia e grandes quantidades do norte da África ou da Ásia do Sul, a maioria residente na Rússia, Albânia, Kosovo, Bósnia-Herzegovina e Bulgária tem vivido nos seus respectivos países durante séculos, o que significa que 60% dos muçulmanos da Europa são nativos.

Dos cerca dos 4,6 milhões de muçulmanos que vivem na América do Norte e do Sul, mais de metade, ou seja cerca de 2,5 milhões, residem nos Estados Unidos, com um número significativo também a viver no Canadá. A Argentina, com cerca de 800 mil muçulmanos, abriga o maior número de muçulmanos na América do Sul.

Os investigadores também tentaram distinguir entre as duas principais vertentes do Islão – sunitas e xiitas – mas foram prejudicados, pois muitos demógrafos nacionais não distinguem entre os dois.

No entanto, concluíram que entre 10 a 13% dos muçulmanos (154-200 milhões são xiitas e os restantes 87-90% pertenciam à escola sunita. O grosso dos sunitas, 68-80%, residem apenas em 4 países: Índia, Paquistão, Indonésia e Iraque.

Os investigadores do Pew Forum analisaram cerca de 1500 fontes, incluindo relatórios de censos, estudos demográficos e inquéritos gerais às populações, com base nos melhores dados disponíveis de 232 países e territórios. No entanto, a maioria dos dados utilizados é de entre 2000 e 2005 e alguns remontam até 1971. Com base no rápido crescimento de muçulmanos em todo o mundo, provocado por elevadas taxas de natalidade e de conversão, estes dados estão, na sua maioria, desatualizados e é muito provável que o verdadeiro número de muçulmanos seja muito maior do que o sugerido pelo estudo e esteja em franco crescimento.

Parece que enquanto o coração do mundo muçulmano bate no Médio Oriente, onde o Profeta Muhammad (p.e.c.e.) viveu há quase quinze séculos atrás, no mundo de hoje os muçulmanos percorrem o mundo inteiro, mantendo uma presença significativa em todos os continentes, especialmente da Ásia. Amaney Jamal, um Professor Assistente de Política da Universidade de Princeton, disse: "A ideia de que os muçulmanos são árabes e de que os árabes são muçulmanos é completamente obliterada por este relatório".

O investigador sénior Brian Grim disse que o número total foi uma surpresa: “Começamos este trabalho porque a estimativa sobre o número de muçulmanos em todo o mundo variava imenso, de 1 mil milhão até 1,8 mil milhões… de uma forma geral, o número é mais elevado do que esperava.”

O Pew Forum diz que estas descobertas são uma introdução para um estudo projectado, que irá estudar a forma como cresceram as populações muçulmanas em todo o mundo e que forma assumirão no futuro.

Wassalam. ■

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy

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