sábado, agosto 23, 2008

VÁRIOS TIPOS DE KUFFAAR (INFIEL) e MUSHRIKEEN(IDÓLATRA,POLITEÍSTA)

ENSINOS BÁSICOS DA FÉ NO ISLAM

Vários tipos de KUFFAAR e MUSHRIKEEN
Poderá ainda existir o PERDÃO de Allah(swt) para os CONDENADOS AO FOGO INFERNAL, e junto a eles haverá também os KUFFAAR - que são aqueles indivíduos que descrêem em Allah(swt) e os MUSHRIKEEN - que foram aqueles que colocaram associados a Allah(swt), porém o PERDÃO somente a Allah(swt) PERTENCE, sendo que Ele PERDOARÁ a quem Ele desejar, sem INTERFERÊNCIA de qualquer um, seja Anjo ou Profeta (Alayhum Salaams).

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-RAHIM
Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad

KUFFAR e MUSHRIKEEN

Para todos os Mu’min (Crentes), é induscutível a importância do Imaan (Fé) e suas Práticas, sendo essa importância estabelecida por Tawãtur e em cuja convicção é de tal grau absoluto que não admite a menor dúvida na sua Imaan (Fé) e sua Prática. Estas convicções e práticas são chamadas de Dhurooriyaati Deen.

TAWÃTUR: Plena convicção em tudo aquilo que foi repassado e descrito palavra-por-palavra, de uma geração para outra, por várias pessoas, de forma Contínua e Notória. Segundo esta definição, o Qur'an Karim é Tawãtur. Os Hadices do nosso Rasulullah Muhammad (saws), que foram narrados por muitos de seus Companheiros, os Nobres Sahaabah (R.A.A.) e que são autênticos, são Tawãtur. Da mesma maneira, exemplos de KASHF (Iluminação; Revelação; Revelação dos mistérios religiosos; Significa também o conhecimento certo e determinado, do qual não há necessidade de nenhuma prova) e KARAMAT (Milagres) dos AWLIYA' ALLAH (Piedosos amigos de Allah (swt)) cujos milagres foram relatados por pessoas religiosas, em várias localidades, por longo período são Tawãtur, o que prova a sua autenticidade.

Convicção em todos eles é Fardh (Obrigatório), negação de qualquer parte leva ao Kufr (Rejeição) até mesmo se a prática é um Ato de Mustahaab como usar o perfume Miswaak, mesmo sendo o uso do perfume Miswaak atribuído como Sunnah, e não Fardh, faz parte de Deen, quer dizer, negar a Sunnah é Kufr.

MUSTAHAAB: Prática de atos religiosos, sendo reservado uma grande recompensa divina pela sua prática, porém caso deixarmos de praticá-las não teremos punição e/ou castigo na outra vida; boa Sunnah; bom ato não-obrigatório.

O Dhurooriyaati Deen (Essência do Deen) consistem em Ahkaam (Leis e regras) cobrindo todos os aspectos da vida e de todo caráter. O que é Fard (Obrigatório fazer); o que é Waajib (Necessário); o que é Haraam (ilícito); o que é Halaal (lícito); o que é Mubãh (permissível fazer, sem recompensas ou punição); o que é Mustahaab (que é louvável, mas não obrigatório) e etc.

Sobre o Dhurooriyaati Deen (Essência do Deen) devemos entender o seguinte:

1 - É Fard (Obrigatório fazer) honrar toda crença e prática que constituem um Dhurooriyaati Deen sendo essas práticas Sunnah, Mustahaab, e Nafl etc;

2 - Rejeição de quaisquer do Dhurooriyaati Deen, práticas ou crenças são Kufr;

3 - Negligenciando ou afastando de qualquer Ato Fard, Waajib ou Sunnatul Muakkada não é Kufr, se o indivíduo acreditar neles e acreditar que estão correto e os aceitam como Dhurooriyaati Deen. Este indivíduo se torna um Fasiq (aquele que conscientemente transgride os limites que ALLAH(swt) colocou sobre os humanos ou negligencia o Ibaadah). Tal pessoa, entretanto não é Kaafir, e poderá ser castigado por ALLAH(swt) pelas transgressões que ele fez, caso ele não se arrependa antes de morrer;

4 - Omissão de atos Mustahaab não é pecado, desde que a pessoa acredita ser Mustahaab.

1) - TIPOS DE KUFR (Descrente, Incrédulo, Ateu)

Existem basicamente quatro (04) classificações de Kufr e aquele que cometer qualquer ato, dentro destes tipos de kufr, é descrito como um Kaafir em termos de Shari'ah. Sendo eles:

1. Kufr Jahl (Descrente por Ignorância ou por Falta de Conhecimento);
2. Kufr Juhood (Descrente por Negação ou por Rejeição );
3. Kufr Shakk (Descrente por Desconfiança ou por Dúvida e Cisma);
4. Kufr Ta'weel (Descrente por Falsa Interpretação ou por Falta de Entendimento);

Existem ações e práticas que são KUFR e que o EXCLUI da religião. Tais práticas são KUFR KBIR Pecados Grandes, Independente, ou seja, KUFR em si só, por exemplo:

1) prostrar para um ídolo;
2) chutar o Alcorão;
3) zombar de Allah (swt), ou do Mensageiro (saws), ou do Deen (Religião);
4) Juhoud (rejeição, em parte ou no todo);
5) Istihlaal (declarar como lícito algo que é ilícito);
6) Istikbaar (arrogância);
7) acreditar que dentre as criaturas divinas, existem aqueles que conhecem o invisível;
8)Takzeeb (descrença, em parte ou no todo);
9)Nifaaq (hipocrisia na crença);
10) Kurh (ódio à religião);
11) Prática da magia, fazer sacrifícios em nome de outro, que não seja de Allah (swt), não crer em jinns ou anjos, etc. São exemplos de atos e práticas que são classificadas de KUFR KBIR (Descrença/ Pecado Maior).

Existem ações e práticas que são KUFR e que NÃO EXCLUI da religião, i.e.: insultar os ancestrais; lamentar-se como as carpideiras (mulher mercenária que acompanhava os funerais pranteando os mortos; mulher que vive a lamentar-se com exagero) sobre os mortos; combater um muçulmano; ter relação sexual com uma mulher, por local diferente das partes do sistema reprodutor feminino; legislar, baseando-se em algo diferente do que foi revelado por Allah (swt) e assuntos similares. Tais assuntos não são kufr independente, por si só, são chamados de KUFR AL-ASGHAR (incredulidade menor) ou KUFR AL-‘AMALI (incredulidade por ação, que não exclui da religião). E assim ninguém é excluído da religião por meio disso, a não ser que faça algo mais, como declarar que tais coisas ilícitas são lícitas, ou rejeitar (fazendo Juhood) e coisas similares que levariam ao kufr maior.

1.1) - KUFR JAHL (Descrente por Ignorância ou por Falta de Conhecimento)

Kufr Jahl quer dizer kufr ocasionado por Ignorância. O Islam ou o seu ensinamento verdadeiro são negados em consonância com sua ignorância ou pela sua falta de conhecimento. Os rejeitadores são aqueles que acreditam que o Islã é uma religião falsa. Este era o tipo de Kufr de Abu Jahl e os seus compatriotas.

“…Wa-itha qeela lahumu
ittabiAAoo ma anzala Allahu qaloo
bal nattabiAAu ma alfayna
AAalayhi abaana awa law kana
abaohum la yaAAqiloona shay-an
wala yahtadoona…”
Suratul Al Bacara – Ayah 170;
“…Quando lhes é dito:
Sigam o que Deus revelou! Dizem:
- Qual! Só seguimos as pegadas dos nossos pais!
Segui-las-iam ainda que seus pais fossem destituídos
de compreensão e orientação?…”

1.2) KUFR JUHOOD (Descrente por Negação ou por Rejeição)

Kufr Juhood quer dizer kufr ocasionado por decisão própria, após consultar a si mesmo, ou a outrem. O Islã e seus verdadeiros ensinamentos são negados deliberadamente, apesar de perceberem sua veracidade. Este é o tipo de kufr dos judeus e dos cristãos(Ahli Kitaab). Que a maldição de Deus recaia sobre os íncrédulos.

Imaam Tabari (Rahmatullah Alayhi) esclarece em seu estudo (Tafsir) “Jami Al Bayaan” e “Ta'weel Al Quran” que Hazrat Ibn Abbas (Rathiallahu An'hu) relatou, cuja fonte é Rasulullah Muhammad (s.a.w.s):“Antes de Muhammad (s.a.w.s) ser enviado, os judeus rezavam pela Sua ajuda para superar o Aus e Khazraj. Quando Allah (swt) enviou Muhammad (s.a.w.s), dentre os árabes, os judeus não acreditaram Nele e renegaram o que eles haviam dito sobre Ele. Então Hazrat Mu’adh Bin Jabal e Bishr Ibn Al Baraa lbn Marur (Rathiallahu Ta’ala Anhum Ajmain), da Tribo de Banu Salma disse aos judeus: " 0 comunidade de judeus, tenham medo Allah (swt) e abraçem o Islã. Vocês rezavam pela ajuda de Muhammad (s.a.w.s) a nos superar, quando éramos politeístas, e nos falava que Ele seria enviado, e vocês descreveram Ele para nós". Então Salaam Ibn Mishkam, um da Tribo dos Banu An Nadeer (dos judeus) disse: " Ele não nos trouxe nada do qual nós já sabíamos, e Ele não é aquele do qual nos referíamos e fazíamos menção para vocês". Logo, Allah (swt) revelou o seguinte Ayat, sobre o que eles disseram:

“…Walamma jaahum kitabun min
AAindi Allahi musaddiqun lima
maAAahum wakanoo min qablu
yastaftihoona AAala allatheena
kafaroo falamma jaahum ma
AAarafoo kafaroo bihi falaAAnatu
Allahi AAala alkafireena…”
Suratul Al Baqarah – Ayah 89;
“… São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado,
o qual encontram mencionado em sua Tora e no Evangelho,
o qual lhes recomenda o bem e que proíbe o ilícito, prescreve-lhes
todo o bem e vedalhes o imundo, alivia-os dos seus fardos
e livra-os dos grilhões que o deprimem. Aqueles que nele
creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que
com ele foi enviada, são os bem-aventurados.…”

“…Alqiya fee jahannama kulla kaffarin AAaneedin …”Suratul Al Caf – Ayah 23;
“… (Depois da sentença será dito aos anjos da guarda) : Precipitai no inferno todo o incrédulo obstinado.…”

1.3) KUFR SHAKK ( Descrente por Desconfiança ou por Dúvida e Cisma )

Kufr Shakk quer dizer kufr ocasionado pela incerteza da veracidade do Islã e seus verdadeiros ensinamentos. Em função dessas dúvidas, eles rejeitam o Islã, por isso são Kuffar, taxados como tal.

No Tafsir de Imam Tabari, nós encontramos o seguinte:
"Se qualquer um dos politeístas árabes, ou incrédulos dentre o povo do Livro Sagrado estão em dúvida sobre a Luz, a demonstração clara, e os versos do Al Furqaan (outro nome do Nobre Kur’an Karim) o qual Nós enviamos até Nosso Servo Muhammad (saws), sendo de MINHA autoria e que EU enviei para Ele, que vocês produzam uma prova que contradiga a prova Dele (Muhammad (saws)). Para que vocês saibam que todo aquele que possuir o poder de profecia, que comprove a verdade de sua manifestação, produzindo uma prova irrefutável reivindicação, porém não existe ser vivo capaz de produzir nada semelhante". Sobre este grupo de Kuffar, segundo o revelado por Allah (swt) no seguinte Ayat:

“…Wa-in kuntum fee raybin
mimma nazzalna AAala Aaabdina
fa/too bisooratin min mithlihi
waodAAoo shuhadaakum min
dooni Allahi in kuntum sadiqeena …”Suratul Al Baqarah – Ayah 23;

“… E se tendes dúvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo (Muhammad),
componde uma surata semelhante à dele (o Alcorão), e apresentai as vossas testemunhas,
independentemente de Deus, se estiverdes certos.…”

E logo a seguir, Allah (swt) afirma para os duvidosos que eles não poderão produzir uma Surata sequer, igual a que eles duvidaram e que tinha sido enviado até Rasulullah (saws) por Allah (swt). A incapacidade deles para produzir uma Surata igual, mesmo com a união e ajuda de quem quer que seja, é uma comprovação da verdade do nosso último e Caridoso Nabi (saws). Allah (swt), além disso, declara a punição a ser enfrentada por eles dizendo:
“…Fa-in lam tafAAaloo walan
tafAAaloo faittaqoo alnnara allatee
waqooduha alnnasu waalhijaratu
oAAiddat lilkafireena…”Suratul Al Baqarah – Ayah 24;
“… Porém, se não o dizerdes – e certamente não podereis fazê-lo – temei, então, o fogo
infernal cujo combustível serão s idólatras e os ídolos; fogo que está preparado para os incrédulos.…”.

Disseminar a dúvida sobre aquilo que foi dado e garantido é o trabalho de shaytan, cultivar Yaqin (Certeza, Convicção, Crença) é trabalho dos muçulmanos.

1.4) KUFR TA’WEEL (Descrente por Falsa Interpretação ou por Falta de Entendimento)

Kufr Ta'weel é kufr por condição de entendimento. O kufr não é definido pela rejeição dos Princípios Islâmicos ou de suas Convicções, é determinado pela distorção ou dando um significado diferente daquele, cujo entendimento foi estabelecido pelo Profeta Muhammad (saws).

O Kur’an Karim e os Hadices podem dar interpretações e significados que “podem conflitar” com o original e verdadeiro significado e explicação dada pelo Nobre e Querido Profeta Muhammad (saws). Por esta razão, não nos é permitido dar nossa “opinião” ou “entendimento” sobre qualquer Ayaah do Kur’an Karim e dos Hadices.

Face a prática de Ta’weel (entende-se como um significado próximo de Tasfir), muitos que nasceram muçulmanos ou que converteram ao Islã, se tornaram Kuffar. Ibn Abbas (Rathiallahu Anhu) relatou que Muhammad (saws) disse: "Aquele que interpretar o Kur'an Karim de acordo com a sua opinião (Ra'yah), deixá-lo-á procurar sua morada na fogueira". (Tirmidhi)

Sobre a prática de Ta’weel, segundo o revelado por Allah (swt) no seguinte Ayat:

“…Huwa allathee anzala Aaalayka
alkitaba minhu ayatun
muhkamatun hunna ommu alkitabi
waokharu mutashabihatun
faamma allatheena fee quloobihim
zayghun fayattabiAAoona ma
tashabaha minhu ibtighaa alfitnati
waibtighaa ta/weelihi wama
yaAAlamu ta/weelahu illa Allahu
waalrrasikhoona fee alAAilmi
yaqooloona amanna bihi kullun
min AAindi rabbina wama
yaththakkaru illa oloo al-albabi…”Suratul Al Imran – Ayah 7;
“… Ele foi Quem te revelou o Livro; nele há versículos fundamentais, que
são a base do Livro, havendo outros alegóricos. Aqueles cujos abrigam
a dúvida, seguem os alegóricos, a fim de causarem dissensões, interpretando-os
capciosamente (significado escondido Ta'weel) . Porém, ninguém, senão
Deus, conhece a sua verdadeira interpretação. Os sábios dizem: Cremos nele (o Alcorão);
tudo emana do nosso Senhor. Mas ninguém o admite, salvo os sensatos…”

Além disso, existe uma prova adicional da atitude incorreta de “Ta’weel do Kur’an Karim”, ou seja, no Hadice 6442, Livro 034 Kitab Al-`Ilm (Livro do Conhecimento), Capítulo 01 - Proibição de Seguir um Pensamento de Forma Figurada Contidos no Kur’an Karim, e Evitar Aqueles que os Fazem, e da Discussão no Kur’an Karim. A’icha (R.A.A.) narrou que o Profeta Muhammad (s.a.w.s) havia recitado (estes versículos do Alcorão):
"Ele é Quem revelou a ti (ó Mohammad) o Livro (o Alcorão) em que existam claras revelações, estas são a essência do livro e outras são alegóricos (versículos). E, como para aqueles que têm um desejo do equívoco, eles irão procurar os versículos figurado ( para provocar) mal-entendido ao tentar explicá-las. Mas ninguém conhece as suas implicações (confusões), exceto Deus, e aqueles que são competente em sabedoria dirão: Nós afirmamos a nossa fé em tudo o que é de nosso Senhor. Trata-se apenas a compreensão das pessoas que realmente estão negligenciando ". A'isha (R.A.A.) continuou narrando que o Profeta Muhammad (s.a.w.s) disse (em ligação com esses versículos):" Quando você ver tais versos, previna-se deles, pois são eles quem Deus assinalou-os (no mencionado versos )".

1.5) KUFR MUNAFIQ (Hipócrita, Falso, Fingido)

Kufr Munafiq é aquele que aparentemente pratica o Islamismo, verbalmente atestando com a língua (Iqraaru Bil Lisaan) mas não com o coração (Tasdiq Bil Qalb), ou seja, intimamente esconde sua descrença, referindo-se a uma pessoa cujas ações são diferentes e opostas aos seus pensamentos, os quais ele esconde. No Kur’an Karim, o termo se refere a uma pessoa que não tem fé (Imaan), mas demonstra ter.
“…Itha jaaka almunafiqoona qaloo
nashhadu innaka larasoolu Allahi
waAllahu yaAAlamu innaka
larasooluhu waAllahu yashhadu
inna almunafiqeena lakathiboona…”Suratul Al Munafiqun – Ayah 1
“…Quando os hipócritas se apresentam a ti, dizem:
Reconhecemos que tu és o Mensageiro de Deus.
Porém, Deus bem sabe que tu és o Seu Mensageiro
e atesta que os hipócritas são mentirosos…”

No Kur’an Karim possui centenas de Ayāt (versículos) discutindo munāfiqūn, referindo-se a eles como muito mais perigosos para os muçulmanos do que o pior dos inimigos não-muçulmanos do Islã.

“…Ittakhathoo aymanahum
junnatan fasaddoo AAan sabeeli
Allahi innahum saa ma kanoo
yaAAmaloona…” Suratul Al Munafiqun – Ayah 2
“…Fazem dos seus juramentos
uma coberta (para as suas más ações),
e desencaminham-se da senda de Deus.
Que péssimo é o que fazem!…”

“…Inna almunafiqeena fee
alddarki al-asfali mina alnnari
walan tajida lahum naseeran …” Suratul Al Nissá – Ayah 145
“… Os hipócritas ocuparão
o ínfimo piso do inferno
e jamais lhes encontrarás socorredor algum …”

Abdullah bin' Amr(R.A.A.) narrou que o Profeta Muhammad (s.a.w.s) disse:”… Qualquer um que tenha as quatro (4) seguinte (características, particularidades) será um genuíno hipócrita, e aquele que tiver pelo menos uma dessas seguintes (características, particularidades) terá um atributo de hipocrisia a menos, até que ele jogue isso para o alto.

1.Sempre que é depositado confiança nele, ele trai;

2.Sempre que ele fala, ele fala uma mentira;

3.Sempre que ele faz um pacto, ele mostra a traição;

4. Sempre que ele está em uma discussão (discórdia), ele comportar-se de maneira imprudente, maléfica e de comportamento ofensivo....” de acordo com Sahih Bukhārī,Volume 1, Livro 2, Hadice 33, Crença (Imaan).

1.6) KUFR MURTADH ( Apóstata, Desertor )

Kufr Murtadh, ou Takfir é a pessoa que depois de aceitar o Islã, pratica atos de descrença (kufr), ou renuncia a aceitação da religião por qualquer motivo, abandonando-a e/ou mudando de religião.

No Kur’an Karim, o seguinte versículo, é interpretado como indicando que, antes da prática de Takfir, alguém deve ensinar e orientar à pessoa que praticou o ato, explicando que o que ele está fazendo é errado.
“…Waman yushaqiqi alrrasoola
min baAAdi ma tabayyana lahu
alhuda wayattabiAA ghayra sabeeli
almu’mineena nuwallihi ma tawalla
wanuslihi jahannama wasaat
maseeran…”Suratul Al Nissá – Ayah 115
“… A quem combater o Mensageiro,
depois de haver sido evidenciada a Orientação,
seguindo outro caminho que não o dos fiéis,
abandoná-lo-emos em seu erro e introduziremos
no inferno. Que péssimo destino!…”

No Kur’an Karim destaca que Kufr Murtadh, ou Takfir, serão acusados no Youm El Quyam de forma severa, veja a seguir:
“…Ya ayyuha allatheena amanoo
itha darabtum fee sabeeli Allahi
fatabayyanoo wala taqooloo liman
alqa ilaykumu alssalama lasta
mu/minan tabtaghoona AAarada
alhayati alddunya faAAinda Allahi
maghanimu katheeratun kathalika
kuntum min qablu famanna Allahu
AAalaykum fatabayyanoo inna
Allaha kana bima taAAmaloona
khabeeran…” Suratul Al Nissá – Ayah 94

“…Ó fiéis, quando viajardes pela causa de Deus,
sede ponderados; não digais, a quem vos propõe a paz: Tu não
é fiel, com o intento de auferirdes (matando-o e despojando-o)
a transitória fortuna da vida terrena. Sabei que Deus vos tem
reservado numerosas fortunas. Vós éreis como eles, em outros
tempos; porém Deus vos agraciou (com o Islam). Meditai, pois,
porque Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis. …”

1.7) KUFR MUSHRIK ( Idólatra, Politeísta, Que Aceita a Pluralidade de deuses)

O Kufr Mushrik, ou Mushrikeen é aquele que associa qualquer outra coisa como um sócio de Allah (swt) ou acredita que outras coisas podem ter poder e habilidade, independente de Allah (swt). Na concepção Islâmica, é o conceito de kufr Mushrik (pecado de politeísmo), especificamente ao culto em vez de Allah (swt), associando parceiros a Ele, dando características Dele para outros seres e objetos, e ainda não acreditando nos Seus Nomes e Atributos.

É um kufr que poderá ser perdoado, desde que o indivíduo se arrependa ainda vivo, porém, segundo a Shari’a, todo aquele que morrer neste kufr (pecado), nunca entrará no Paraíso.

Estudiosos Islâmicos do Kur’an Karim, enfatizaram que a idolatria árabe, no período Pré-Islamico, tinham uma série numerosa de deuses (para os idólatras, as mais importantes eram três (03): al-Manāt, al-Lāt e al-Uzzā) as quais recebiam atributos e semelhanças em igualdade a Allah (swt), conforme surata a seguir:

“…Afaraaytumu allata waalAAuzza.
Wamanata alththalithata al-okhra.
Alakumu alththakaru walahu al-ontha?
Tilka ithan qismatun deeza.
In hiya illa asmaon sammaytumooha
antum waabaokum ma anzala Allahu
biha min sultanin in yattabiAAoona illa
alththanna wama tahwa al-anfusu
walaqad jaahum min rabbihimu alhuda…” Suratul Al Najm – Ayah 19-23

“… Considerai Al-Lát e Al-Uzza.
E a outra, a terceira (deusa), Manãt.
Porventura, pertence-vos o sexo masculino e a Ele o feminino?
Tal, então, seria uma partilha injusta.
Tais (divindades) não são mais do que nomes, com que as denominastes, vós e vossos antepassados, acerca do que Deus não vos conferiu autoridade alguma. Não seguem senão as sua próprias conjecturas e as luxúrias das suas almas, não obstante ter-lhes chegado a orientação do seu Senhor!. …”

Outras formas de idolatria inclue a adoração de riqueza material e outros objetos, sendo apontado no Kur’an Karim a história dos Filhos de Israel, quando eles tomaram um bezerro feito de ouro para adoração:
“…Waittakhatha qawmu moosa min baAAdihi min huliyyihim AAijlan jasadan lahu khuwarun alam yaraw annahu la yukallimuhum wala yahdeehim sabeelan ittakhathoohu wakanoo thalimeena.
Walamma suqita fee aydeehim waraaw annahum qad dalloo qaloo la-in lam yarhamna rabbuna wayaghfir lana lanakoonanna mina alkhasireena
Walamma rajaAAa moosa ila qawmihi ghadbana asifan qala bi/sama khalaftumoonee min baAAdee aAAajiltum amra rabbikum waalqa al-alwaha waakhatha bira/si akheehi yajurruhu ilayhi qala ibna omma inna alqawma istadAAafoonee wakadoo yaqtuloonanee fala tushmit biya al-aAAdaa wala tajAAalnee maAAa alqawmi alththalimeena…” Suratul Al A’Raf – Ayah 148-150
“…O povo de Moisés, em sua ausência, fez, com suas próprias jóias, a imagem de um bezerro, que emitia mugidos.Não repararam em que não podia falar-lhes, nem encaminhá-los por senda alguma? Apesar disso o adoraram e se tornaram iníquos.
Mas, quando se aperceberam de que estavam desviados, disseram: Se nosso Senhor não se apiedar de nós e não nos perdoar, contar-nos-emos entre os desventurados.

Quando Moisés voltou ao seu povo, colérico e indignado, disse-lhes: Que abominável é isso que fizestes na minha ausência! Quisestes apressar a decisão do vosso Senhor? Arrojou as tábuas e, puxando pelo cabelo seu irmão, arrastou-o até si, e Aarão disse: Ó filho de minha mãe, o povo me julgou débil e por pouco não me matou. Não faças com que os inimigos de regozigem da minha desdita, e não me contes entre os iníquos! …”

Outra forma de idolatria é venerar ou adorar um líder (religiosos ou não), além do limite, conforme mencionado no Kur’an Karim:
“…Ittakhathoo ahbarahum
waruhbanahum arbaban min dooni
Allahi waalmaseeha ibna maryama
wama omiroo illa liyaAAbudoo
ilahan wahidan la ilaha illa huwa
subhanahu AAamma yushrikoona …” Suratul At Tauba – Ayah 31
“… Tomaram por senhores seus rabinos e
seus monges em vez de Deus, assim como fizeram com o
Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar
senão a um só Deus. Não há mais divindade além d’Ele!
Glorificado seja pelos parceiros que Lhe atribuem!…”

1.8) KUFR KITAABI ( Livros Nulos)

O Kufr Kitaabi que aquele que segue um livro previamente revelado, onde o Islã o ab-rogou (colocou-o em desuso; anulou-o, suprimiu-o, revogou-o, derrogou-o), como os cristãos e os judeus. (veja Kufr Juhood)

1.9) KUFR DAHRIYYAH (Materialistas)

O Kufr Dahriyyah são aqueles que acreditam na eternidade do mundo, e atribuem a criação da espécie com uma evolução natural e temporal. São eles que defendem o Meterialismo Dialético (Marxista-Lenista), como também defendem a Teoria do Big Beng (para a origem do universo) e a origem das espécies, como proposto por Charles Darwin.
“…Waqaloo ma hiya illa hayatuna
alddunya namootu wanahya wama
yuhlikuna illa alddahru wama
lahum bithalika min AAilmin in
hum illa yathunnoona…” Suratul Al Jássiya – Ayah 24

“… E dizem: Não há vida, além da terrena.
Vivemos e morremos, e não nos aniquilará senão
o tempo! Porém, com respeito a isso, carecem de
conhecimento e não fazem mais do que conjecturar…”

1.10) KUFR MUATTIL ( Ateu )

O Kufr Muattil, diz-se daquele que NEGA a existência de Allah (swt), suas criações divinas, na religião, nos mensageiros, anjos tudo aquilo que se relaciona com a Fé (Deen) e/ou qualquer espécie de deuses. São incrédulos, hereges, pagãos, céticos e ateus.

A crença do Kufr Muattil é a inaceitabilidade de qualquer coisa, ou algo, sem que existam provas a esse respeito, ou seja, caso não se possa provar que algo existe, deve-se partir do pressuposto de que esse algo não existe.

A descrença do Kufr Muattil não é equivalente a uma crença ou religião, uma vez que o ateísmo só existe como conseqüência da falta de provas e indícios favoráveis à existência de deuses, onde afirmam que a religião é "a alma de um mundo sem alma".

“…Zuyyina lillatheena kafaroo
alhayatu alddunya wayaskharoona
mina allatheena amanoo
waallatheena ittaqaw fawqahum
yawma alqiyamati waAllahu
yarzuqu man yashao bighayri
hisabin…” Suratul Al Jássiya – Ayah 24

“… Foi abrilhantada a vida terrena aos incrédulos e,
por isso, zombam dos fiéis; porém, os tementes prevalecerão
sobre eles no Dia da Ressurreição, porque Deus agracia
imensuravelmente quem Lhe apraz.…”

1.11) KUFR ZINDEEQ ( Hipócrita)

O Kufr Zindeeq tem a mesma semelhança para com o Kufr Munafiq (hipócrita), mostrando externamente que possuem Fé (Imaan), sendo que não acreditam de coração. A diferença é que todo o Kufr Zindeeq irá, ocasionalmente, demonstrar atos ou manifestar declarações de não acreditar, mas quando ele se aproxima de alguém, ele nega que tenha deixado de acreditar, reclamando e exigindo estar com o Islã.

O Kufr Zindeeq é a pessoa que reconhece a Profecia de Rasulullah (saws) e proclama sua crença em todas as bases e crenças do Islam, não obstante coloca esse entendimento de Fé, semelhantemente as práticas de Kufr, conforme já explicado na Shari’ah. O Kufr Zindeeq é a criatura que demonstra acreditar no Paraíso e no Inferno, acreditando nesses locais como um estado de existência espiritual, simplesmente, e nunca como uma realidade física e material no Youm el Quiam.

Sem a observação e obediência à Shariah, o Imaan (Fé) do Muçulmano é como um corpo morto, uma criatura inanimada, livre de alma. A vida somente será colocada nesta comunidade degradada e degenerada, somente se eles responderem ao Convite e Convocação do Kur’an Karim; acompanhar, exercer e professar a Sunnah do Nobre Rassulallah Muhammad (saws); por último seguindo e fazer cumprir a Shariah determinada no Kur’an Karim, onde revela:

“…Ya ayyuha allatheena amanoo ateeAAoo Allaha warasoolahu wala tawallaw AAanhu waantum tasmaAAoona;
Wala takoonoo kaallatheena qaloo samiAAna wahum la yasmaAAoona;
Inna sharra alddawabbi AAinda Allahi alssummu albukmu allatheena la yaAAqiloona;
Walaw AAalima Allahu feehim khayran laasmaAAahum walaw asmaAAahum latawallaw wahum muAAridoona;
Ya ayyuha allatheena amanoo istajeeboo lillahi walilrrasooli itha daAAakum lima yuhyeekum waiAAlamoo anna Allaha yahoolu bayna almar-i waqalbihi waannahu ilayhi tuhsharoona…” Suratul Al Anfal – Ayah 20-24

“… Ó fiéis, obedecei a Deus e ao Seu Mensageiro, e não vos afasteis dele enquanto o escutais (Discurso, oração).
E não sejais como aqueles que dizem: Escutamos!, quando na realidade não escutam.
Aos olhos de Deus, os piores animais são os "surdos" e "mudos", que não raciocinam.
Se Deus tivesse reconhecido neles alguma virtude, tê-los-ia feito ouvir; se Ele os tivesse feito ouvir, teriam renegado desdenhosamente, mesmo assim.
Ó fiéis, atendei a Deus e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Deus intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele..…”

Quando um muçulmano abandona a Shariah, eles passam a pensar como Kuffaar, imitando-os, procurando por conselhos e orientação do kuffaar, em todas as materias e assuntos. Este é o modo de vida de todos os Kufr Zindeeq e Mulhideen, que estão balançando de um lado para outro, na Nação do Islam.

“…Wamina alnnasi man yujadilu
fee Allahi bighayri Aailmin
wayattabiAAu kulla shaytanin
mareedin…” Suratul Al Hajj – Ayah 3
“… Entre os humanos há quem discute nesciamente
acerca de Deus e segue qualquer demônio rebelde …”

Acreditar que NABI ISAA (alayhis salaam) está vivo, e que ele foi elevado materialmente para o Céu, está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. A Negação desta verdade, por qualquer forma de interpretação é Baatil (Calúnia) e Kufr (Pecado).

Acreditar no KHAATAMUN NABIYEEN, está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. Negação desta verdade, por qualquer forma de interpretação é Baatil (Calúnia) e Kufr (Pecado).

Acreditar na ressurreição e na materialização corpórea da pessoa e de toda humanidade no Youm-el-Akhirah, está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. Negação desta verdade, por qualquer forma de interpretação é Baatil (Calúnia) e Kufr (Pecado).

Acreditar nos Mu’jizaat (Milagres) dos Profetas (alayhimus salaam), está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. Aquele que interpretar o Mu’jizaat e explicar qualquer parte, diferentemente, daquilo que a Ummah compreendeu, passados mais de quatorze (14) séculos, comete (Calúnia) e Kufr (Pecado).

2) - POR QUE O KUR'AN KARIM SE REFEREM AOS JUDEUS E CRISTÃOS COMO KUFFAR OU INFIÉIS? QUE TIPO DE RESPEITO E TOLERÂNCIA É ISSO?

Essa Questão, e Resposta é uma parte do texto:

"Afinidades de Muçulmanos e Não-muçulmanos: Reflexões de Vários Textos do Kur’an Karim."

Dr. Jamal Badawi é professor de Gestão e Estudos Religioso, na Universidade de Saint Mary’s, Halifax, Nova Scotia, Cánada.

Existe um grande engano com a tradução, o que às vezes é praticado por muçulmanos, também.

Se você procurar o significado da palavra Infiel, você terá como significado os termos: “alguém que não tem uma fé” ou “não acredita em Deus”.

No Kur’an Karim diz que os judeus e cristãos não acreditam em Deus? Não.
Na Surata Al Ankabut, Ayah 46 revela:
“…Wala tujadiloo ahla alkitabi illa
biallatee hiya ahsanu illa allatheena
thalamoo minhum waqooloo
amanna biallathee onzila ilayna
waonzila ilaykum wa-ilahuna
wa-ilahukum wahidun wanahnu
lahu muslimoona…”
“… E não disputeis com os adeptos do Livro,
senão da melhor forma, exceto com os iníquos, dentre eles.
Dizei-lhes: Cremos no que nos foi revelado, assim como no
que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos…”

Allah (swt) revela que o Deus dos cristãos, dos judeus, e dos muçulmanos é Um e o mesmo. O palavra infiel é uma tradução inexata do palavra kafir neste caso.

Kafir, se referindo a uma pessoa, ou Kufr referente ao ato, é usado no Kur’an Karim em uma variedade de conjuntos de significados. Por esta razão fico indeciso ao usar mesmo os termos “não-crente” ou “descrente”, pelo simples fato de não estarem “claras” essas palavras na língua inglesa. Qual é o objeto da incredulidade ou descrença? É Allah (swt)? um Nabi (as) ou Rassulallah (saws) em particular? Outro aspecto?

Eu preferiria usar o termo “não-muçulmano”, como se aplica as várias categorias de Kufr, quando se refere àquele que conscientemente rejeita (Descrente), ou (Incrédulo) para aquele que, devido a falta de conhecimento, aliado também a falta de consciência não acredita na mensagem do Islam. A seguir exemplificaremos as várias formas de usos do termo kufr no Kur’an como segue:

1) – O Termo Kufr, às vezes, é usado em julgamento positivo, ou seja, um crente fiel também pode ser um kafir. Como assim? É revelado no Kur’an Karim:

“…La ikraha fee alddeeni qad tabayyana alrrushdu
mina alghayyi faman yakfur bialttaghooti wayu/min
biAllahi faqadi istamsaka bialAAurwati alwuthqa
la infisama laha waAllahu sameeAAun AAaleemun…” Suratul Al Bacarah – Ayah 256
“… Não há compulsão (força, imposição) na religião! Como resultado, diferencia-se a retidão da depravação. Então, quem renega (yakfur) At-Tãghut (neste caso, designa tanto satanás quanto ao ídolo, ou qualquer outra coisa maléfica), e crê em Allah (swt), como consequência, ater-se-á à firme alça inrrompível. E Allah (swt) é Oniouvinte, Onisciente. …”

2) - O termo Kufr também é aplicado a muçulmanos que cometem atos de forma errada, embora não necessariamente, sendo essas ações, que os classificaria e os eliminaria do estado de convicção no Islam, isto é, um muçulmano que deveria cumprir o Hajj, mas não vai, sem negar a necessidade de cumprir. Neste caso, estaria cometendo um ato de kufr e sendo desagradável com Allah (swt). É revelado no Kur’an Karim:
“…Waatimmoo alhajja waalAAumrata lillahi fa-in ohsirtum
fama istaysara mina alhadyi wala tahliqoo ruoosakum
hatta yablugha alhadyu mahillahu faman kana minkum
mareedan aw bihi athan min ra/sihi fafidyatun min siyamin
aw sadaqatin aw nusukin fa-itha amintum faman tamattaAAa
bialAAumrati ila alhajji fama istaysara mina alhadyi faman
lam yajid fasiyamu thalathati ayyamin fee alhajji wasabAAatin
itha rajaAAtum tilka AAasharatun kamilatun thalika liman lam
yakun ahluhu hadiree almasjidi alharami waittaqoo Allaha
waiAAlamoo anna Allaha shadeedu alAAiqabi;

Alhajju ashhurun maAAloomatun faman farada feehinna alhajja
fala rafatha wala fusooqa wala jidala fee alhajji wama tafAAaloo
min khayrin yaAAlamhu Allahu watazawwadoo fa-inna khayra
alzzadi alttaqwa waittaqooni ya olee al-albabi…” Suratul Al Bacarah – Ayah 196-197

“… E cumpri a peregrinação e a Umra, a serviço de Deus. Porém, se fordes impedidos disso, dedicai uma oferenda do que vos seja possível e não corteis os vossos cabelos até que a oferenda tenha alcançado o lugar destinado ao seu sacrifício. Quem de vós se encontrar enfermo, ou sofrer de alguma infecção na cabeça, e a raspar, redimir-se-á mediante o jejum, a caridade ou a oferenda. Entretanto, em condição de paz, aquele que realizar a Umra antes da peregrinação, deverá, terminada esta, fazer uma oferenda daquilo que possa. E quem não estiver em condições de fazê-lo, deverá jejuar três dias, durante a peregrinação, e sete, depois do seu regresso, totalizando dez dias. Esta penitência é para aquele que não reside próximo ao recinto da Mesquita Sagrada. Temei a Deus e sabei que é Severíssimo no castigo.

A peregrinação realiza em meses determinados. Quem a empreender, deverá abster-se das relações sexuais, da perversidade e da polémica. Tudo o que fizerdes de bom Deus o saberá. Equipai-vos de provisões, mas sabei que a melhor provisão é a devoção. Temei-Me, pois, ó sensatos.…”

3) - O termo Kufr é usado no Kur’an Karim como o oposto de Shukr (agradecer). É revelado no Kur’an Karim:

“…Walaqad atayna luqmana alhikmata ani oshkur
lillahi waman yashkur fa-innama yashkuru linafsihi
waman kafara fa-inna Allaha ghaniyyun hameedun…” Suratul Luqman – Ayah 12
“… Agraciamos Lucman com a sabedoria,(dizendo-lhe): Agradece a Deus, porque quem agradece, o faz em benefício próprio; por outro lado, quem desagradece, (saiba) que certamente Deus é, por Si, Opulento, Laudabilíssimo. …”

4) - O termo Kafir é usado no Kur’an Karim, e não só se refere aos judeus ou cristãos, mas a todos aqueles que rejeitaram os Nabis (alayhim salam) e Rassulallah (saws) e negaram a existência de Allah (swt). Foi usado para se referir ao povo de Noé (alayhi salam) e ao povo de Ibrahim (alayhim salam). Também foi usado para recorrer a esses que negaram a profecia e rejeitaram completamente a existência de Allah (swt), que não é obviamente o caso dos cristãos e judeus.

5) – O termo Kufar também pode ser usado em um julgamento mais sério, mas com uma variedade de significados. Recorre ao rejeição do Islam; Descreve aquele que conhece a verdade, mas rejeita isto, por orgulho, vaidade, personalidade e etc; Descreve aquele que tem o conhecimento e intimamente e deliberadamente rejeita as mensagens.

3) - CONCLUSÃO

No entanto, nós não podemos avaliar esta situação claramente e de forma segura. Rassulallah Muhammad (saws) nos deu informações e orientações muito claras, depois de um fato ocorrido, onde algumas pessoas afirmaram saber o motivo de “alguém” se converter e crer no Islamismo. Rassulallah Muhammad (saws) perguntou-lhes se tinham aberto seus corações, e se sabiam se o que estava nos seus corações era sincero ou não. Intimamente, nós temos que deixar o julgamento do Imaan (Fé) das pessoas à Allah (swt); só Allah (swt) sabe se a aceitação de uma pessoa foi sincera ou não. Allah (swt) é Todo-Instruído, e Ele é o único Juiz de tudo de nós.

* Imploramos a Allah (swt) nos conceder toda o proveito do verdadeiro IMAAN (Fé) e nos permita conservar entre os que são verdadeiramente Ahli Sunnah Wal Jamaat;

* Imploramos a Allah (swt) nos conceder a sabedoria para concordar com nossos corações e dar nosso testemunho com nossas línguas da veracidade de tudo aquilo que foi enviado até Rassulallah Muhammad (saws);

* Imploramos a Allah (swt) enviar incontáveis Salawaat e Salaams ao nosso Mestre e nosso Líder Sayyidina Mawlaanaa Rassulallah Muhammad (saws), quantidades incontáveis, como quanto de gotas de água desce do céu durante uma chuva;

* Imploramos a Allah (swt) enviar incontáveis de Seu Salawaat e Salaams em nosso Mestre e nosso Líder Sayyidina Mawlaanaa Rassulallah Muhammad (saws), a Melhor da Todas as criações de Allah (swt);

* Imploramos a Allah (swt) que conceda ao nosso Mestre e Líder Sayyidina Mawlaanaa Rassulallah Muhammad (saws) um “Noor” que excederá em brilho a todos o outros noor no Yawmul Qiyaam e permita que a família Dele e, seus Sahaabis, Ansar e todos aqueles os seguiram a apreciar de sua companhia e intercessão no Youm-El-Qiyaam.

Sem dúvida nenhuma, ALLAH é o Senhor do Youm-El-Qiyaam, Oniouvinte do pecador pelo tempo que for necessário e ALLAH é quem aceita o pedido do abandonado.

Ameen…. Ameen…. Ameen….
ual Randulillah Rabi el Alamim!!!!!

l Fatiha:

Bismillah, Rahman, Rahim

Al Randulillah Rabi el alamim.
Al Rahman ua Rahim.
Maalik Youm-dim.
Yak’kana’abud ua Yak’kanastain.
Ihrdina siraat al mustaquim.
Siraat al’ladhina, an'na’amta alayhem
Khayreen maghdubi alayhim uala thalim.
Ameem...ameen.

Imploramos a ALLAH(swt), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício de Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH(swt) que é o único Deus do Universo.

Que ALLAH (swt), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra.

Salam Alaikum ua RahmatuLLAH ua Barakatú. .

Fonte: Hajj Said -
http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=53595745&tid=5219052449283786844&na=4

A Viagem Noturna (Isrá) e Ascensão (Mi’raj) - 17- Surata Al-Isrã-

Em Nome de DEUS, o Clemente, o Misericordioso.

A Viagem Noturna (Isrá) e Ascensão (Mi’raj) - 2

Louvado seja Allah. Nós O louvamos, glorificado e exaltado seja pelas suas inúmeras dádivas e benevolências.. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros, o Absoluto, Que não gerou ou foi gerado e não há ninguém igual a Ele. Prestamos testemunho de que Mohammad é Seu servo e Mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como a seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Irmãos muçulmanos:

Vamos falar, hoje, a respeito da segunda parte do episódio da Isrá e Mi’raj, ou seja a da ascensão do Profeta (S) de Jerusalém para os altos céus para ver os grandes sinais de seu Senhor. Allah, Ta’ála, disse: “Em verdade, presenciou os maiores sinais do seu Senhor”.(53:18).

De acordo com as tradições fidedignas, o Profeta (S) viu no céu terreno o pai da humanidade, Adão, e que viu à direita de Adão as almas dos felizes e à esquerda as almas dos infelizes. Nisso há um aviso para nós, crentes, para agirmos, nos empenharmos em nossa adoração para fazermos parte dos felizes, e sermos dos habitantes do Paraíso.

No segundo céu, o Profeta (S) encontrou-se com João, filho de Zakariya e com Jesus (AS). Jesus é o símbolo da paz, da purificação. A crença nele é obrigação na nossa religião islâmica. Jesus (AS) e João confirmaram a missão do Profeta (S) como demonstração de que a religião dos profetas é uma só, ou seja, a submissão à vontade de Allah, Único, sem parceiros. Que todos os profetas são irmãos para transmitirem a mesma mensagem a respeito do Senhor do Universo.

Então, o Profeta (S) ascendeu ao terceiro céu onde se encontrou com José (AS), símbolo da castidade, do afastamento dos desejos e da verdadeira soberania. Allah, Ta’ála, disse: “Ó Senhor meu, já me agraciaste com a soberania e me ensinaste a interpretação das histórias! Ó Criador dos céus e da terra, Tu és o meu Protetor neste mundo e no Outro. Faze com que eu morra muçulmano, e me junta aos virtuosos!” (12:101).

Os teólogos explicam que a soberania, aqui, significa de quem domina os seus desejos, utilizando-a para a prática do bem, evitando a prática do mal.

No quarto céu encontrou-se com o Profeta Idris (Isaías) (AS), símbolo da convocação para o monoteísmo e que confirmou o comissionamento do Profeta Mohammad.

No quinto céu encontrou-se com o profeta Aarão (AS) símbolo da fraternidade sincera. Foi ele que ajudou o seu irmão, Moisés, na convocação para Allah. Isso nos informa como deve ser a irmandade por Allah e a convocação para a religião de Allah. No sexto céu o Profeta Mohammad (S) encontra-se com Moisés (AS), símbolo da sinceridade e da paciência. Ele foi paciente quanto às injúrias dos israelitas até transmitir a mensagem de Allah. Moisés chorou quando o Profeta Mohammad (S) o deixou. Quando foi perguntado por que havia chorado, respondeu: “Choro porque um jovem foi enviado depois de mim, cujos seguidores ingressarão no Paraíso mais do que meus seguidores”.Isso é um auspício para a comunidade islâmica que será a maior dos habitantes do Paraíso.

No sétimo céu o Profeta (S) encontrou-se com o Patriarca Abraão (AS), símbolo do monoteísmo puro. O Profeta Abraão (AS) enviou uma mensagem direta para os muçulmanos para glorificarem e louvarem muito a Allah, o Senhor do Universo, porque isso é constitui na semente do Paraíso. O Profeta Abraão (AS) que construiu a Caaba estava encostado na Casa celestial como prêmio pelo que fez na terra. A casa celestial é igual a Caaba na terra, ao redor da qual 70 mil anjos circungiram diariamente, e não voltam até o Dia da Ressurreição.

Irmãos muçulmanos, durante a Ascensão do Rassulullah (S) a oração foi estabelecida. Isso lhe dá a importância e a necessidade devida para a purificação das almas. Quando você ora com concentração total na sua oração, você ascende com o seu espírito para os céus, ficando merecedor da misericórdia e das dádivas de Allah. O seu espírito renasce e por intermédio das orações consegue obter a satisfação de Allah, abençoado e exaltado seja.

É da piedade de Allah para com a comunidade islâmica ter estabelecido as cinco orações diárias, em vez de cinqüenta. Allah, Ta’ála, disse que são cinco em número e equivalem a cinqüenta na recompensa.

Irmãos muçulmanos:

- Tiramos a seguinte lição do que foi dito, que devemos ser assíduos nas nossas orações, porque nelas reside a nossa salvação.

- Empenharmo-nos na transmissão da nossa religião, primeiro a nós mesmos e depois aos nossos familiares, então para a sociedade em que vivemos.

- O Paraíso foi a nossa primeira morada e a ele retornaremos, se Allah quiser. Isso exige que nos empenhemos para obtê-lo.

- Os profetas (AS) são irmãos que transmitiram uma só Mensagem, ou seja, a adoração somente a Allah, sem parceiros..

Peço a Allah que nos cumule com as suas graças com a segurança, com a fé, com a paz. Que Allah abençoe a todos

Wassalamu Alikom warahmatullahi wabarakátoh.

Mesquita de Guarulhos
Sermão da Sexta-feira, 6 de Cha’ban, 1429 – 08/08/2008
Proferido pelo Cheikh Khaled Rezk Taky Eldin
Tradução e adaptação: Professor Samir El Hayek

terça-feira, agosto 12, 2008

ISLÃ – CONHEÇA ANTES DE JULGAR!

ESPÍRITO DE TOLERÂNCIA NO ISLÃ

A Intolerância está a aumentando no mundo de hoje, causando a morte, genocídio, violência, perseguição religiosa, bem como confrontos em diferentes níveis. Algumas vezes é racial e étnica, algumas vezes, é religiosa e ideológica, outras vezes, é político e social. Em qualquer situação, é nociva e dolorosa. Como é que podemos resolver o problema da intolerância? Como podemos afirmar nossas próprias convicções e posições sem ser intolerante aos outros? Como é que podemos trazer tolerância para todo o mundo de hoje?

O QUE É TOLERÂNCIA PARA O ISLÃ

Literalmente a palavra "tolerância" vem do verbo tolerar que significa: consentir, permitir tacitamente (o que deveria ser censurado), suportar com indulgência, em fim, conviver em harmonia com a rica adversidade das culturas do mundo, as formas de expressão e o modo de ser de cada ser humano”.Em árabe, é chamado de "Tasamuh". Há também outras palavras que dão significados semelhantes, tais como "Hilm" (tolerância) ou “Afu” (perdão, perdão) ou “Safh” (esquecer, ignorar

A tolerância é um princípio básico do Islã. É um dever moral religioso. Não significa "concessão, condescendência ou indulgência”.Não significa falta de princípios, ou da ausência de gravidade sobre alguns princípios.

Também, tolerância no Islã não significa que nós concordamos com tudo ou acreditamos que todas as religiões são as mesmas. Veja o que diz a Surata 109 do Alcorão Sagrado:

Al Kafiroon – Surata 109

Bismi Allahi alrrahmani alrraheemi
1. Qul ya ayyuha alkafiroona
2. La aAAbudu ma taAAbudoona
3. Wala antum AAabidoona ma aAAbudu
4. Wala ana AAabidun ma AAabadtum
5. Wala antum AAabidoona ma aAAbudu
6. Lakum deenukum waliya deeni

Significado em Português

OS INCRÉDULOS

Revelada em Makka; 6 versículos.
109ª SURATA

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
1. Dize: Ó incrédulos,
2. Não adoro o que adorais,
3. Nem vós adorais o que adoro(1937).
4. E jamais adorarei o que adorais,
5. Nem vós adorareis o que adoro.
6. Vós tendes a vossa religião e eu tenho a minha.
OS PRINCÍPIOS DA UNESCO SOBRE A TOLERÂNCIA DIZEM

Consiste com o respeito pelos direitos humanos. Contudo, a prática da tolerância não significa tolerância à injustiça sócial, o abandono ou enfraquecimento contra o Ilícito. E sim, aceitar o livre arbítrio imposto por Allah (SW) aos homens.Ele é livre para aderir às suas convicções sem ser molestado, podendo ser no máximo, admoestado, ou seja, instruído a retornar às sendas retas. Significa também aceitar que os seres humanos, naturalmente divergem uns dos outros na sua aparência, situação sócio econômica, discurso, comportamento e valores. Têm ainda, o direito de viver em paz e de ser como elas são.

TOLERÂNCIA VEM DO NOSSO RESPEITO E CONHECIMENTO DE ALGUNS CONCEITOS:

1. Respeito à dignidade humana;

2. Respeito à igualdade de todos os seres humanos,

3. Respeito aos direitos humanos universais e, o

4. Respeito à liberdade de pensamento, de consciência e de crença.

O Alcorão fala sobre o básico dignidade de todos os seres humanos. O Profeta (SAAS), falou sobre a igualdade de todos os seres humanos, independentemente da sua raça, cor, língua ou origem étnica. Shar’ah reconhece os direitos de todas as pessoas à vida, à propriedade, família, honra e consciência.

Seguem-se algumas passagens Alcorânicas e Sunnah alusivas ao assunto:

Surata Al Hujurat versículo 13: “Ó humanos, nos os criamos de um macho e uma fêmea e os separamos em nações e tribos para que conhecesse uns aos outros. Verdadeiramente, o mais nobre entre vocês para Allah é o mais piedoso. Verdadeiramente Allah é Onisciente

Disse o Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele): “Ó povo! Se Allah é Único e seu pai Adão é um. Um árabe não é melhor que um não árabe e um não árabe não é melhor do que um árabe. Uma pessoa vermelha (108)não é melhor que uma negra e uma pessoa negra não é melhor que uma vermelha, exceto na piedade”(109).

Ensinou o Profeta (SAAS): “Há uma porção de carne dentro do corpo do homem, quando ela está purificada, todo o corpo fica purificado; quando está impuro todo o corpo permanece impuro. Essa porção é o coração”.

Todos Louvores para Allah o Senhor dos Mundos! Paz, bênçãos e misericórdias de Allah sobre o Profeta Muhammad e seus familiares, seus companheiros e seguidores até o dia do Juízo Final.

Fonte: Muzammil H. Siddiqi, Ph.D.

quinta-feira, julho 31, 2008

SAUDAÇÕES DO BLOGGER

Em nome de Allah, o Misericordioso, o Misericordiador.
Louvado seja Allah, que criou os céus e a terra, que
originou as trevas e a luz. Testemunho que não há outra
divindade senão Allah! Testemunho que Muhammade é Profeta
e Mensageiro de Allah, que a paz e as bênçãos de Allah
estejam como ele, com seus familiares, com seus companheiros
e com seus seguidores.

Surata 23 - versículos 84 a 89:
Dize Muhammad:"De quem é a terra e quem nela existe, se sabeis?"
Dirão: De Allah:"Dize:"Então, não meditais?"
Dize:"Quem é o Senhor dos sete céus e o Senhor do Magnifico Trono?"
Dirão:"Allah". Dize:"Então não temeis a Allah?"
Dize:"Quem tem em suas mãos o reino de todas as coisas, e Quem a todos protege e não precisa de ser protegido, se sabeis?"
Dirão:"Allah". Dize:"Então, como vos deixeis enfeitiçar?"

O Tauhid Al Rububiiat, comporta os cinco Pilares do Islã, contendo a mesma mensagem dos Profetas e Mensageiros anteriores a Muhammad SAAA -(Ex:Abraão,Moises, Noé, Jesus (Que a paz e as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles).

quarta-feira, julho 23, 2008

O JEJUM ISLÂMICO

INTRODUÇÃO

A priori, não se compreende o Islã sem considerar as suas práticas religiosas diária, cuja aplicação corresponde à verdade de Allah e a Sua Lei.

Então, aquilo que parece estranho ao entendimento de outros credos, o sistema islâmico vê com prescrições divinas, claramente estabelecidas para serem usadas. Em tese o muçulmano não pode ignorá-las, porque foram ordenadas aos nossos antepassados, e se hoje, são mal interpretadas pelos não muçulmanos, devemos sem arrogância manter vivos os preceitos da inteligência divina alimentando-se dos fundamentos alcorânico como nos ensina a Surata 2, versículos 83 /183:

“E lembra-lhes de quando firmamos a aliança com os filhos de Israel: Não adorareis senão a Allah...”.

“Ó vos que credes! É vos prescrito o jejum, como foi prescrito aos que foram antes de vós, para serdes piedosos”.

E a Surata 3, versículos 96/97:

“Por certo, a primeira Casa de Allah, edificada para os homens é a que está em Bakkah, é abençoada e serve de orientação para os mundos”.

“Nela há sinais evidentes, entre os quais o maqãm de Abraão”. E quem nela entre estará em segurança. E, por Allah, impende aos homens a peregrinação à Casa, a quem até ela possa chegar. E quem renega isso saiba que, por certo, Allah é bastante a Si mesmo, prescindindo-se dos mundos ““.

Precisamente, os sinais de Allah são fartos e concretos. É inconcebível que um muçulmano não os perceba ou demonstre infidelidade aos mandamentos retidos no Alcorão, como expressa a Surata 42, versículo 13:

“Da religião, Ele legislou, par vós o que recomendara a Noé, e o que te revelamos, e o que recomendáramos a Abraão e a Moisés e a Jesus:” Observai a religião e, nela não vos separeis “. È grave para os idólatras aquilo a que os convocas. Allah atrai, para Ele, quem ele quer e guia, para Ele, quem se lhe volta contrito”.

O SIGNIFICADO DO JEJUM

Allah, em sua infinita bondade ordenou para a humanidade algumas regras para serem postas em práticas facilitando a comunhão do servo com o seu Criador. Interessa para se ter essa aproximação e a misericórdia de Allah, a assiduidade no cumprimento dessas regras e esteja o indivíduo concentrado externa e interiormente se empenhar em realizá-las de forma perfeita, com alegria, sem hesitações devendo estar firme no propósito de submeter-se completamente aos preceitos expostos no caminho espiritual.

Esse movimento magnífico da doutrina islâmica chama seu crente aos deveres e ao aprofundamento espiritual do Jejum, despindo-se das afeições terrenas, durante vinte e nove (29) ou trinta (30) dias, do Mês Sagrado do Ramadã, o nono mês do Calendário Lunar Islâmico.

O Jejum é prescrito para todas as pessoas adultas, a partir da puberdade caracterizada pelas mudanças corporais tanto no elemento masculino quanto no feminino; em caso de retardamento desse período, obrigatoriamente, deve ser observada a idade de doze (12) anos cumprindo o adolescente a determinação divina.

O Jejum expressa abstinência de comer, beber, do relacionamento sexual, do período da madrugada ao por do sol, de forma a refrear os mais variados desejos e necessidades humanas, afastando a inveja, a mentira, os sentimentos maldosos, as más palavras etc. Tudo foi condenado pela ordem divina.

Mais ainda, o caráter universal dessa prescrição fundamenta-se em duas fases. Uma para ser cumprida no horário estabelecido pelo Criador, que contempla, principalmente à disciplina do espírito humano no desenvolvimento de força perante os obstáculos da vida, em quaisquer circunstâncias.

Outra, relativa às condições físicas, melhorando a saúde e a mente, contribuindo para proteger o corpo e preservá-lo de danos causados pelo excesso de alimentação diária, durante onze meses do ano.

Com isso, tenho a considerar no princípio do Jejum, o muçulmano expressar inequívoca submissão a Allah, mudando todo sistema alimentar, de trabalho, pois, ao contrário do que se fala, durante esse tempo come-se pouco, conservando o conceito alcorânico com paciência e vigor.

Com o Jejum muçulmano fica limpo externo e interiormente, porque, vivencia a fome e a sede, na mesma proporção do pobre, nesse caso, sente de perto a dificuldade numa dimensão mais elevada de entendimento, acentuando dali por diante, a convivência com o desfavorecido.

De forma que o Jejum implica na obrigação da caridade aos carentes, firma maior integração da comunidade e manifesta extrema liberdade pelo relacionamento com a sabedoria divina trazendo satisfação à prática do princípio ordenado.

Desta forma, o significado interior do Jejum aprofunda a relação do muçulmano com Allah, em qualquer lugar em que a pessoa esteja, desde é claro, que não viole a natureza plena da regra que integralmente é mantida nas comunidades muçulmanas pelas famílias.

O JEJUM NA FAMÍLIA MUÇULMANA

Em um hadith, o Profeta e Mensageiro de Allah (SAAS), disse: “Há muitos que jejuando, só ganham do Jejum a fome e a sede”. Isso significa que há pessoas que não preenchem sinceramente as obrigações impostas por Allah, transgredindo espontaneamente o que foi ordenado.

Para não atingir esse estágio e completar com firmeza de intenção e confiança o Jejum, a família deve ajudar o indivíduo nos primórdios da infância. Esse é um costume bastante apreciado pela família muçulmana que prepara os filhos para esta vida terrena e para a outra vida, sem constrangimentos.

Para auxiliar a índole infantil a manter o controle do menor ao atingir a idade de sete anos, os pais começam a treiná-lo para o Jejum. Ensinam a praticar o Jejum e exercitá-lo nas orações. Em horários específicos, disciplina-o comer e beber, a fim de em um futuro próximo prosseguir sem dificuldades na jornada espiritual.

Entre milhares de hadith, o Profeta Muhammad (SAAS) ensinou: “Ordene seus filhos orarem quando atingirem a idade de sete (7) anos castigue-os, se eles não obedecerem quando estiverem com dez (10) anos, que as crianças durmam separadamente”.

Esses simples ensinamentos são de grande valor por que, a criança vai sendo treinada por etapas, paulatinamente prosseguindo de modo a situá-la concisa na tarefa que tem a desempenhar como cidadão na comunidade muçulmana, e, servo de Allah.

De modo, no Jejum, o café da manhã lhe deve ser servido atrasado, num espaço que varia de uma a duas horas depois da primeira refeição comumente servida. Espaço de tempo que deve ser repetido em todos os repastos, que proporcionará a transformação do horário alimentar. Interligado a esta vivificante modificação de hábito, os familiares devem encorajá-lo a dar continuidade ao grande esforço positivando toda superação que possa alcançar.

Essa viva participação familiar traz muitos aspectos de manifestações e regozijos dirigidos a mostrar à comunidade o bom desempenho do Jejum. Esse clima de euforia domina em todos os países muçulmanos, as crianças que conseguem (maioria) dominar sem empecilho o Jejum (assistidas de perto pelos seus pais) são festejadas a título de intensa alegria pelos parentes que costumam presenteá-las com troféus pela grande vitória.

Portanto, uma superforça familiar trabalha sendo comum criança de sete (7) anos jejuar igual a um adulto no mês de Ramadã.

A cada ano, a tradição é mantida dentro do mesmo sentido, crescendo a criança dentro da norma religiosa, ciente das suas obrigações de futuros homens e mulheres perante o Absoluto.

A criança muçulmana é mantida numa vida simples e ambiente limpo. Moldada ao conjunto dos princípios do Alcorão e da Sunnat, sendo recompensada nesta e na outra vida. Os pais que incentivaram a fé islâmica aos filhos estreitaram o amor por ele e serão recompensados com o Paraíso! Inshallah!

O JEJUM NO ALCORÃO E NA SUNNAT

Diz Allah no Alcorão Sagrado, na Surata 2 versículo 185:
“Ramadã é o mês em que foi revelado o alcorão, como orientação para a humanidade e como evidências da orientação do critério de julgar. Então, quem de vós presenciar esse mês, que nele jejue: e quem estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. Allah vos deseja a facilidade, e não vos deseja a dificuldade. E fê-lo para que inteires o número prescrito, e para que magnifiqueis a Allah, porque vos guiou, e para serdes agradecidos”.

Adequadamente, o versículo mostra quando se faz o Jejum, observando aparecimento da lua nova, que indica a chegada de cada novo mês, o mês de Ramadã e o início do Jejum. O Profeta Muhammad (SAAS) disse: “Jejuem quando verem a Lua Nova, também terminem o Jejum também quando verem a Lua Nova. Se não olharem a Lua Nova, completa o mês de Chaaban trinta (30) dias”.

Expressa com clareza que, no dia vinte e nove (29) do mês de Chaaban , antes do por do sol e depois do por do sol, o muçulmano olha o céu procurando a Lua Nova. Se ela aparece o outro dia é início do mês de Ramadã. No caso de não aparecer, indica que o outro dia é final do mês de Chaaban.

Extremamente cuidadoso e ciente da sua missão, o nobre Profeta, ensinou aos muçulmanos que o mês lunar é de vinte e nove (29) ou trinta (30) dias, não chegando a vinte oito (28) tampouco a trinta e um (31) dias, como no calendário gregoriano.

Por conseguinte o muçulmano deve observar miudamente, o horário do surgimento da lua nova. Caso expor-se avista depois de “zero hora” ou até as doze (12) horas, não é considerada Lua Nova. Ela é nova para o dia mesmo, não conta.

No Islã a Lua Nova tem sentido de inicio de um novo mês. Aparece durante à tarde ou até a noite, sendo bastante prazeroso acompanhar os movimentos lunares que transcrevem no céu o anuncio do término do tempo decorrido entre uma Lua Nova e outra.

Detalhe muito importante que o muçulmano não deve perder, e se esforçar em seu caminho espiritual, por que, o Alcorão responde todas as coisas que se necessite nesta vida colocando nitidamente as regras do Jejum. O Profeta e Mensageiro de Allah, explicou por inspiração divina, detalhadamente como jejuar e praticar corretamente o rito islâmico.

Por ser uma prescrição divina o muçulmano deve utilizar os princípios fundamentais que compreendem a revelação e a tradição profética, para alcançar a essência da abstinência total. Nesta visão prevalece que o Jejum centra a mente, o organismo físico, ao autocontrole e a alma a elevação espiritual. É sem dúvida um processo de libertação espiritual, no qual o servo de Allah se identifica com o preceito e consegue primordialmente polarizar grande satisfação na continuidade da regra religiosa.

Allah diz na Surata 2 versículos 183 e 187:
“Ó vos que credes! É vos prescrito o Jejum, como foi prescrito aos que foram antes de vós, para serdes piedosos”.

“Durante dias contados. E quem de vós estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de dias. E impende aos que podem fazê-lo, mas com muita dificuldade, um resgate: alimentar um necessitado. E quem mais o faz voluntariamente, visando ao bem, ser-lhe-á melhor. E jejuardes vos é melhor. Se soubésseis!”.

“Ramadã é o mês em que foi revelado o alcorão, como orientação para a humanidade e como evidências da orientação do critério de julgar. Então, quem de vós presenciar esse mês, que nele jejue: e quem estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. Allah vos deseja a facilidade, e não vos deseja a dificuldade. E fê-lo para que inteires o número prescrito, e para que magnifiqueis a Allah, porque vos guiou, e para serdes agradecidos”.

“E quando meus servos te perguntarem por Mim, por certo, estou próximo, atendo a súplica do suplicante, quando Me suplica. Que eles Me atendam, então, e creiam em Mim, na esperança de serem assisados”.

“É vos lícita, na noite do Jejum, a união carnal com vossas mulheres. Elas são para vós vestimentas, e vós sois para elas vestimentas. Allah sabia que vos traíeis a vós mesmos a esse respeito, e Ele voltou-Se para vós e indultou-vos. Então, agora, juntai-vos a elas e buscai o que vós, o fio branco do fio negro da aurora. Em seguida, completai o Jejum até o anoitecer. E não vos junteis a elas, enquanto estiverdes em retiro nas Mesquitas Esses são os limites de Allah: então, não vos aproximeis deles. Assim, Allah torna evidentes Seus Sinais, para os homens, a fim de serem piedosos”.

Para que não haja equívocos, a doutrina islâmica ressalta a questão de quem pode ou não jejuar. É um critério religioso que provém da consideração da força e da saúde do ser humano, não sendo estranho para os muçulmanos, que algumas pessoas não possam efetivar a regra divina.

Pode-se dizer, que não é um descumprimento à ordem de Allah, nem uma aquisição de emancipação do Jejum. Necessariamente, a concepção religiosa islâmica mostrar a bondade do Absoluto em relação às situações que implicarão em transtornos para os seus Servos, já que o objetivo maior é o de proporcionar um aspecto espiritual positivo, ou seja, a identificação maior com a ordem divina.

Daí, o Jejum do Ramadã é obrigatório à intenção (anniya), que é o propósito formalizado a cada noite para o Jejum do dia seguinte. Pode-se fazer a intenção na primeira noite do mês de Ramadã que valerá por todos o mês, expressando-se: ”Nauaitu Siamu Charu Ramadã, Lillahi Al Azim”.(Intenciono jejuar durante o mês de Ramadã para Allah o Poderosíssimo).

Diz Allah na Surata 2, versículo 184:

“Durante dias contados. E quem de vós estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de dias. E impende aos que podem fazê-lo, mas com muita dificuldade, um resgate: alimentar um necessitado. E quem mais o faz voluntariamente, visando ao bem, ser-lhe-á melhor. E jejuardes vos é melhor. Se soubésseis!”.

Quando o versículo fala em “em dificuldade de jejuar”, subentende-se às pessoas idosas que não podem fazê-lo como antes ou o doente proibido de realizá-lo por recomendação médica. Para evitar uma situação penosa para os Seus Servos, Allah recomendou o pagamento da “Al Fidiah”, durante o mês de Ramadã.

Al Fidiah é a alimentação obrigatória que o muçulmano impedido de jejuar faz a um pobre muçulmano. O Islã não ordenou quantidade ou qualidade, a comida a ser dada é a que a pessoa normalmente se alimenta.

O rico deve alimentar o necessitado com a comida que geralmente come, e o de menor posse idem. Allah prescreveu a obrigatoriedade do jejum do Ramadã, no segundo ano da hegira, que foi a migração do Profeta Muhammad (SAAS) de Makka para Al Madina. Daquele momento em diante, com bem diz o Alcorão deve-se observar todo o ritual.

Assim, o horário a ser acompanhado é de suma importância devendo nele o muçulmano cumprir as determinações impostas pelo Criador para purificar-se dos pecados e implorar a Allah, que o perdoe, dos registros de ações negativas no livro da vida e o coloque entre os justos guiando-o para um caminho de retidão. Ensinou o Profeta (SAAS): “Há uma porção de carne dentro do corpo do homem, quando ela está purificada, todo o corpo fica purificado; quando está impuro todo o corpo permanece impuro. Essa porção é o coração”.

Nessa compreensão, quando o dia de Jejum começa com o Salat ( Oração) Al Sobh ( Oração da Madrugada), e termina com o por do sol, o muçulmano deve estar contrito na disciplina de purificação interior, longe da mentira, da inveja, da vaidade, do orgulho, da malícia, da intenção maldosa ou jocosa, entre outras faltas. Bem como, se abster de comer, beber, fumar, fazer sexo, colocar na boca qualquer coisa que possa salivar e engolir, e durante as abluções ter o cuidado para não bochechar com muita água, a fim de não engoli-la, se o fizer intencionalmente, perde o Jejum desse dia.

O muçulmano que completa estágios da abstinência, é abençoado na quebra do Jejum (Iftar) no por do sol podendo comer e beber até um pouco antes da madrugada seguinte, tempo suficiente para escovar os dentes, abluir, preparar para o Salat Sobh e reiniciar o Jejum.

O Profeta Muhammad (SAAS) recomendou aos muçulmanos quebrarem o Jejum quando chegar o horário do Salat Maghrib, antes mesmo de realizá-la.

Como o ser humano é imperfeito passível de esquecimento, pode ocorrer durante o Jejum comer ou beber; devendo a pessoa suspender o ato de imediato para não perder o Jejum.

O Profeta (SAAS) falou sobre o Assahur, que é a comida abençoada antes do Salat Al Sobh, com a finalidade de fortificá-lo na jornada espiritual.

Constituindo o Jejum uma obrigação para todos os muçulmanos, allah, em sua infinita misericórdia e bondade contemplou a mulher com caráter distinto do homem protegendo-a na capacitação espiritual determinando que:

a) A mulher que está menstruada ou que gerou, não pode jejuar;

b) A mulher que amamente não pode jejuar;

c) Depois do Ramadã a mulher pode jejuar o mesmo número de dias perdidos, durante os onze meses do ano escolhendo a melhor época para praticá-lo.

d) A mulher não paga a oração que perdeu durante o período menstrual ou após o parto, mas, ela não deixa de realizar a oração, tanto no período da gravidez como no aleitamento materno. No período mais avançado da gravidez, a mulher pode rezar sentada, para tanto precisa aprender regras simples para realizar bem as orações, seguindo é claro, os horários determinados.

A pessoa que não pode cumprir plenamente o Jejum, por ser idosa ou estar doente, ou por recomendação médica está proibida de realizá-lo durante determinado período ou pelo resto da vida. Deve, no entanto pagar Al Fidiah, todos os dias do mês de Ramadã. Se o doente, pela graça de Allah, vier a ser curado deverá seguir o curso do Jejum normalmente.

A contemplação da Al Fidiah compreende a ordem de Allah para o muçulmano que não passa pela abstinência física da comida da qual se alimenta ou o valor da mesma ao muçulmano necessitado.

O Poderoso também recomendou ao viajante, cujo percurso é de mais de oitenta quilômetros, não jejuar e recompensar os dias perdidos após o mês de Ramadã, ou quando considerar o momento oportuno conduzindo à mesma concentração, intenção (Anniya) de todas as normas prescritas. É admitido repor os dias de Jejum antes do inicio de um novo mês do Ramadã.

Durante todo o mês de Ramadã, os muçulmanos acompanham com espírito de confiança e alegria o Salat Icha e a Salat At Tarawih. A Salat Tarawih é Sunnat. Cada Salat começa para o muçulmano um novo estímulo dentro de si para continuar a oferecer a Allah o Jejum e obter Dele misericórdia e elevação do potencial de submissão e obediência às suas ordens.

O Salat At Tarawih consiste de oito (8) a vinte (20) Rakas e é realizada de duas em duas Rakas, isto é, cada oração compõe-se de duas Rakas. Ela é realizada após o Salat Icha e antes do With, desde a primeira noite de Ramadã.

Assim o Salat Tarawih termina na última noite do mês de Ramadã. No dia vinte e nove do mês de Ramadã os muçulmanos procuram a Lua Nova antes da oração do Icha. Se a Lua Nova aparecer os muçulmanos estão dispensados de rezarem o Salat Tarawih, por que, no outro dia é a Festa do Eid Al Fitr (Festa do Quebra Jejum), primeiro dia do mês de Chaual. Não encontrando a Lua Nova reza-se a Salat Tarawih ficando esta com a última noite do Ramadã do ano em curso. No dia trinta (30) do mês de Ramadã, não tem Salat At Tarawih.

AÇÕES DE DESTAQUES DURANTE O MÊS DE RAMADÃ

ZAKAT AL FITR: Deve ser observado o pagamento desse Zakat estando o muçulmano jejuando ou não. Deve ser dirigido ao muçulmano pobre e corresponde a 2,175 kg de alimento. (Arroz, macarrão, Feijão, açúcar, qualquer outro produto ou seu valor em dinheiro). O pagamento deve ocorrer antes do Salat Eid al Fitr.

O ZAKAT AL FITR é “uajeb sabata bessonat”, isto é, o Profeta (SAAS) estabeleceu para todos os muçulmanos maior ou menor, um “saâ” de tâmara ou cevada. “Saâ” era uma medida antiga, cujo peso equivale a 2.175 kg. Assim quem nasceu antes da madrugada do dia de festa perante a Sharia’ah Al Islamia, o pai deve pagar Zakat Al Fitr do recém -nascido.
AL ERTIKAF: Prática utilizada durante o mês de Ramadã para os muçulmanos que querem se afastar totalmente das coisas mundanas. Consiste em o muçulmano recolher-se dentro de uma Mesquita nos últimos doze (12) dias do Ramadã. Deve-se fazer a intenção (Anniya) para orar e adorar a Allah; “Nauaitu Al Ertikaf Lillehi Al Azim”. Depois dessa intenção o muçulmano só poderá ausentar-se da Mesquita para prestar socorros em emergência, buscar comida, acompanhar funeral ou visitar um muçulmano doente.

A mulher pode praticar o Al Ertikaf em sua residência, observando todos os passos de quem o pratica na Mesquita.

Pode ainda o muçulmano praticar o Al Ertikaf com a mesma intenção durante o mês do Ramadã por um (1) ou dois (2) dias seguindo de maneira igual o Jejum e demais regras estabelecidas pelo Criador.

Pode, ainda, fazer o Al Ertikaf sem o Jejum uma parte do dia, isto é, o muçulmano entra na Mesquita com a intenção (anniya) de Al Ertikaf, durante o tempo em que ele está na Mesquita. Esse tempo deve ser dedicado exclusivamente à adoração de Allah. Recita-se o Alcorão, escuta-se uma lição religiosa ou ensina aos muçulmanos. Não dorme na Mesquita, por que, Al Ertikaf não é para dormir, e, sim, para adoração ao Absoluto.

A NOITE DO DECRETO

A Surata Al Qadr – 97, explicou a importância da Noite do Decreto:

1. Por certo, fizemo-lo descer, na noite do Decreto.
2. E o que te faz inteirar-te do que é à noite do Decreto?
3. À noite do Decreto é melhor que mil meses.
4. Nela, descem os anjos e o Espírito, (Anjo Gabriel), com a permissão do Seu Senhor, encarregados de toda ordem.
5. Paz é Ela, até o nascer da aurora.

Na Noite do Decreto (Lail Al Qadr), começou a revelação do Alcorão. Quando o Profeta Muhammad (SAAS), aos quarenta (40) anos de idade, na Caverna de “Heraá” recebeu por intermédio do Anjo Gibril (Gabriel) (AS), os cinco (5) primeiros versículos da Surata Al Alaq 96:

1. Lê, em nome do teu Senhor, que criou.
2. Que criou o ser humano de uma aderência.
3. Lê, e teu Senhor é O mais Generoso,
4. Que ensinou a escrever com o cálamo.
5. Ensinou ao ser humano o que ele não sabia.

Essa revelação durou vinte e três (23) anos ininterruptos.

Os companheiros do Profeta (SAAS) na necessidade de saber exatamente em que dia do mês de Ramadã ocorre a Noite do Decreto indagaram ao Profeta (SAAS) a esse respeito. Respondendo-lhes, que procurassem nas últimas dez noites impares do mês de Ramadã, sem, contudo frisar uma data específica. Contudo entenderam tratar-se dos dias, 21, 23,25,27 e 29. O Profeta (SAAS) ainda deu uma outra dica ao grupo de companheiros ao revelar que a Lail Al Qadr (Noite do Decreto) ocorreu quando na noite em que prostaram em cima da terra molhada pela chuva. Nesse momento, o companheiro lembrou-se que foi à noite de 27 de Ramadã.

Por isso, na noite de 27 do mês de Ramadã, os muçulmanos juntam-se nas Mesquitas para recitarem o Alcorão. Fazem Mussabaka, prova alcorânicas, e os que sabem mais, se apresentam como candidatos, sendo grande a quantidade de jovens que mostram um profundo conhecimento do Livro Sagrado. E assim varam-se à noite até o Salat Sobh, (oração da madrugada).

AL CAFFARA

No processo espiritual do Jejum, o casal muçulmano que tiver ralação sexual no horário da abstinência, quebra o Jejum perdendo o dia. Em relação à conduta fora dos preceitos estabelecidos, depois do Ramadã, para que Allah perdoe esse pecado deve Jejuar o dia perdido e pagar Al Caffara, que corresponde a doação de comida a sessenta (60) pobres muçulmanos ou jejuar durante sessenta (60) dias de maneira igual ao do Ramadã.

A distribuição da alimentação pode ser realizada em um só dia, ou, alimentar uma pessoa durante a quantidade de dias estipulados pelo Criador. É muito significativo lembrar, que o casal faz tudo individualmente.

A comida deve corresponder a uma refeição normal completa, jamais distribuir merenda. Logo, a quantidade não deve ser inferior à comida habitual doador. Caso não tenha o casal posse suficiente para realizar Al Caffara deve jejuar sessenta dias (60) dias.


AL AY’YAM ALBIID

A forma espiritual islâmica proclama através da Sunnat – Al Ay’Yam Albiid (Dias Brancos), isto é após a Eid Fitr (Festa do Quebra Jejum). O muçulmano ou a muçulmana, dentro de suas próprias limitações pode jejuar os seis (6) primeiros dias do mês de Chaual.

Começa no dia dois (2) do mês, porque, o primeiro dia de Chaual é festa, sendo proibido jejuar nesse dia. Se o mês passou, não há nenhuma recomendação para realizar Al Ya!Yam Albiid em outro tempo. O Profeta Muhammad (SAAS) dizia: “Quem jejuou depois do Ramadã durante seis(6) dias do mês de Chaual, é como quem jejuou a vida toda.”

Isso significa, que quando o muçulmano jejua no mês de Ramadã ganha recompensa dez (10) vezes exprimindo que o Ramadã cobre dez (10) meses, isto por que, quando o muçulmano pratica uma boa ação, Allah dá para ele dez (10) recompensas. Nesse sentido, quando o muçulmano jejua seis (6) dias do mês de Chaual, ganha recompensa traduzida em dois meses, isto é, o mês de Ramadã mais seis dias do mês de Chaual cobrindo o ano inteiro de graças.

O Profeta Muhammad (SAAS) proibiu o muçulmano jejuar cinco (5) dias durante o ano: No dia do Eid Fitr(Festa da Quebra do Jejum) e os quatro (4) dias do Eid Al Adha (Festa do Sacrifício), que corresponde aos dias 10,11,12 e 13 do mês de Dhuz Al Hijja.

COMO JEJUAR EM UM PAÍS NÃO MUÇULMANO

O muçulmano que mora fora de um país islâmico, deve olhar com atenção a linha vertical geográfica do mapa terrestre. Com luma régua traça a linha vertical começando do país em que mora, seguindo o traço contínuo para cima. Se nessa linha tiver um país islâmico o muçulmano pode seguir esse país no Jejum. Pode inclusive seguir Makka, por ser considerada a mãe das cidades.

Se o muçulmano, mora num país em que a maior parte do tempo é noite (em que o céu está sempre escuro), ou mesmo dia (o céu está claro com a luz do sol), e que comumente não se sabe precisar o período que reúne um dia e uma noite, por ter a região meses em noites ou dias. Deve fazer Jejum baseado em horas, ou seguir um país muçulmano mais perto dele, na linha vertical.

Se o muçulmano mora num país que tem dia e noite distintos, o jejum é normal. Inicia à madrugada e termina ao por do sol, não olha se o dia é mais longo no verão e à noite mais longa no inverno, pois, é importante o período que reúne um dia e uma noite, que corresponde ao tempo em que à terra completa uma rotação sobre si mesma.

Mas, a produção divina para os humanos domina também, a ordem do pagamento do Zakat e a sua função dirigida ao pobre muçulmano.

Todos Louvores para Allah o Senhor dos Mundos! Paz, bênçãos e misericórdias de Allah sobre o Profeta Muhammad e seus companheiros e familiares até o dia do Juízo Final. Agradecimentos especiais a sua Eminência Sheikh Mabrouk El Sawi Said autor original dessa obra e que nos autorizou a publicá-la em nosso Blogger Islam. Com

Fonte: Jejum, Zakat e Peregrinação no Islã / Sheikh Mabrouk El Sawy Said – Recife (PE) 2008.

sexta-feira, junho 20, 2008

O QUE DIZ O ISLÃ ACERCA DO TERRORISMO?

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim/Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad

Uma das distintas características dos tempos em que vivemos é a esmagadora presença de violência nas nossas sociedades. É uma bomba que explode num supermercado, ou o desvio de um avião onde pessoas inocentes são feitas reféns para que o resgate consiga extremidades políticas. Vivemos em época onde a manipulação de grupos étnicos (seitas) e a perda de vidas inocentes têm-se tornado comum.

Tal é a natureza patente da violência que não se conhecem limites. Esse “terrorismo” é considerado como uma das principais barreiras à paz e à segurança das nossas sociedades. A palavra terrorismo entrou em uso somente algumas décadas atrás. Um dos infelizes resultados desta nova terminologia é que limita a definição do terrorismo àqueles atos perpetrados por pequenos grupos ou indivíduos.

O terrorismo de fato é um interesse global e manifestação em várias formas. Aos seus autores não cabe nenhum estereótipo. Aqueles que acreditam que vidas humanas são baratas e que têm o poder de prender vidas humanas aparecem em níveis diferentes nas nossas sociedades. Pode ser o empregado frustrado que mata seus colegas a sangue-frio ou o cidadão oprimido de uma terra ocupada que exala a sua raiva fazendo explodir um automóvel ou um ônibus escolar cheio de crianças inocentes. Esses são os terroristas que nós provocam raiva e repulsão.

Irônicos são os políticos que usam animosidades étnicas antiqüíssimas entre povos para fixar as suas posições. O chefe de estado que requisita o “Tapete da Bomba” de cidades inteiras e dos conselhos exaltados que condenam milhões de civis à morte segurando a arma ilegal das sanções, raramente são punidos pelos seus crimes contra a humanidade.

É esta definição estreita de terrorismo que fez com que os muçulmanos fossem associados a atos de destruição e de terror. Em conseqüência eles próprios tornaram-se vítimas de odiosa violência e de terror. A religião do Islã é dada como responsável pelos atos dos não-Muçulmanos!

Pode ser possível que o Islã, cuja luz terminou com as idades escuras na Europa, seja agora responsável pela época do terror? Poderia uma fé que tem em torno de Um bilhão e Quatrocentos Milhões de seguidores em todo o mundo e cerca de Sete Milhões na América, realmente ordenar a matança e a mutilação de povos inocentes? Poderia o Islã, cujo nome próprio representa a “Paz” e a “Submissão a Allah (Deus Todo Poderoso), Louvado Seja” incentivar seus seguidores a trabalhar pela cauda da morte e da destruição? É possível uma Religião, cuja sua propagação se iniciou há 1429 anos atrás, descrevendo os primeiros códigos de defesa das mulheres, crianças, idosos, da ecologia e até dos consumidores, voltar ao tempo da escuridão? É possível uma Religião que se preocupou em ensinar aos seus seguidores medidas de higiene como: cinco banhos diários, escovação bucal cinco vezes ao dia com o uso do Miswak (Planta fibrosa encontrada nos desertos sauditas), inclusive utilizando movimentos, hoje ensinados pelos dentistas (de cima para baixo e vice-versa). Que elevou a expectativa de vida dos árabes para Setenta Anos, em quanto na Europa era em torno de 40 a 45 anos, incentivar seus seguidores a provocarem ou contribuírem com o extermínio do Planeta Terra?

Caro leitor, generosos muçulmanos, é preciso que raciocineis! Como vivemos em uma sociedade de maioria Cristã, vejam o que diz no Evangelho de Jesus (Que a Paz Esteja com Ele), em João 8:32: “(Conhecereis a Verdade e a Verdade Vos Libertará). Lembrem-se do que nos ensinou o Profeta Muhammad através de um hadith:” Caberá a todo muçulmano e a toda muçulmana buscarem a sabedoria durante toda sua vida “. Não se deixem render por grupos de pessoas, que independentemente de suas religiões ou cultos religiosos que adotem, jamais deram uma contribuição para o crescimento da sociedade, dentro da verdadeira proposta Divina da Paz, Esperança e Caridade”.

A VIDA HUMANA É SANTA SEGUNDO ALLAH (SW) E DEVE SER PRESERVADA

O Sagrado Alcorão diz a esse respeito: “... não tirem a vida, que Allah fez sagrada, exceto pela justiça ou pela Lei: assim Allah o comanda, para que raciocineis. (Alcorão – Surata Al-Na’ãm – versículo 151)”.

O Islã considera que todas as formas de vida são sagradas. No entanto, a santidade da vida humana é lhe acordada um lugar especial. O primeiro direito básico dos direitos humanos é o direito de viver. E não só viver, mas, viver com abundância e poder gozar de todas as benesses criadas por Allah (SW), sem nenhuma restrição.

O Alcorão Sagrado diz: “Por causa disso, prescrevemos aos filhos de Israel que quem mata uma pessoa, sem que esta haja matado outra ou semeado corrupção na terra, será como se matasse todos os homens. E quem lhe dá a vida será como se desse a vida a todos os homens. E, com efeito, Nossos Mensageiros chegaram-lhes com as evidências; em seguida, por certo, muitos deles, depois disso, continuaram entregues a excessos na terra.”(Alcorão – Surata Al-Mai’dah – versículo- 32).

Tal é o valor de uma única vida humana que o Alcorão iguala a tomada injusta de uma vida humana com a matança de toda a humanidade. Assim, o Alcorão proíbe o homicídio em termos claros. A tomada da vida de um criminoso pela ordem do Estado para administrar justiça é exigida para confirmar as regras da lei, a paz e a segurança da sociedade. Somente uma corte apropriada e competente pode decidir se um indivíduo perdeu direito à vida negligenciando o direito à vida e à paz de outros seres humanos.

Assim, os não-combatentes têm segurança garantida de vida mesmo se o seu país estiver em guerra com um Estado Islâmico.

AS ÉTICAS DA GUERRA

Mesmo num “Estado de Guerra” o Islã ordena que se trate o inimigo nobremente no campo de batalha. O Islã extraiu uma linha de distinção entre os combatentes e os não-combatentes do país inimigo. Entre a população não-combatente estão: mulheres, crianças, o velho, o doente etc... .

O Profeta Muhammad (SAAS) costumava proibir os soldados de matarem mulheres, crianças {1} e recomendava-lhes: “Não mutilem, não traiam, não sejam excessivos e não matem um recém-nascido; [{2}. O Profeta Muhammad (SAAS), também proibiu a punição com o fogo e a destruição de árvores {3}]”.

JIHAD
Enquanto o Islã for mal entendido no mundo ocidental, talvez nenhum outro termo Islâmico evoque reações fortes como a palavra “jihad”. O termo “jihad” tem sido muito abusado, para conjurar imagens estranhas de violência em muçulmanos. Forçando povos a submeter-se no ponto da espada. Este mito foi perpetuado ao longo dos séculos de desconfiança durante e após as cruzadas. Infelizmente, sobrevive até hoje.

A palavra jihad vem da palavra de raiz “jahada”, que significa esforço. Conseqüentemente, o jihad é literalmente um ato de esforço. O Profeta Muhammad (SAAS) disse que o “Grande Jihad” é se esforçar contra as sugestões insidiosas de sua própria alma. Assim, o jihad refere primeiramente ao esforço interno da virtude de uma pessoa e sua submissão a Allah em todos os aspectos da vida. Em segundo lugar, o Jihad refere ao esforço contra a “Injustiça”. O Islã, como muitas outras religiões permitem a autodefesa armada, ou retribuição de encontro à tirania, a exploração e à opressão.

O Sagrado Alcorão diz: “E por que não deve o Um lutar pela causa de Allah e daqueles que são fracos, maltratos (e oprimidos)? –Homens, Mulheres e Crianças, cujo grito é” Nosso Senhor! Salvai-nos desta cidade, cujos povos são opressores: e levantai para nós um que nos protegerá; e Levantai para nós um que nos protegerá; e Levantai para nós um que nos ajudará ““.”(Alcorão – Surata Na-Nissã – versículo-75)”.


Assim, o Islã ordena aos crentes o esforçarem-se ao máximo, a purificarem-se, assim como estabelecer a paz e a justiça na sociedade. Um muçulmano não pode descansar enquanto vir injustiça e opressão à sua volta.

Como Martin Luther King Jr. Disse: “Nesta geração, nós temos que nos arrepender, não meramente pelas palavras e as ações detestáveis de pessoas, más, pelo apelativo silêncio das pessoas boas”.

O Islã ordena acima de tudo os muçulmanos a trabalhar ativamente para manter o contrapeso em tudo o que Allah criou. De qualquer modo independentemente da causa ser legítima o não, o Alcorão Sagrado nunca desculpará a matança de povos inocentes. Aterrorizar a população civil não pode nunca ser denominado como “O JIHAD” e nunca ser reconciliado com o ensino do Islã.

O ISLÃ TEM UMA HISTÓRIA DA TOLERÂNCIA

Mesmo os eruditos ocidentais repudiaram o mito de que os muçulmanos forçavam outros se converterem ao Islã. O grande historiador De Lacy O’lLeary escreveu: “ A história torná-lo claro, que a lenda de fanáticos muçulmanos varrendo através do mundo e forçando o Islã na ponta da espada em cima de povos conquistados é um dos mais fantásticos e absurdos mitos que os historiadores tem vindo a repetir.” {4}.

Os muçulmanos governaram a Espanha por aproximadamente 800 Anos. Durante esse tempo, até serem forçados a sair, os não muçulmanos viviam, procriavam. Adicionalmente as minorias Judaicas e Cristãs sobreviveram em terras muçulmanas do Oriente Médio por séculos. Os paises tais como: Egito, Marrocos, Palestina, Líbano, Síria e Jordânia todos têm uma significativa população Cristã e Judaica, com direitos civis e religiosos garantidos.

Isso não é surpresa para um muçulmano, porque sua fé o proíbe forçar outro a considerar o seu ponto de vista, e ou, aceitar sua crença.

O Sagrado Alcorão diz: “Deixe que não haja nenhuma obrigação na religião: A verdade está para fora desobstruída do erro: quem quer que rejeite o mal e acredita em Allah agarrou o mais confiante punho, que nunca quebra. E Allah tudo ouve e tudo sabe”.(Surata Al Bacará – versículo 256).

ISLÃ O GRANDE UNIFICADOR

Longe de ser um dogma militante o Islã é uma maneira de vida que transcende a raça e a etnia. O Sagrado Alcorão lembra-nos repetidamente de nossa origem comum:

“Oh Humanidade! Nós os criamos de um único (casal), de um macho e uma fêmea, e os fizemos nações e tribos, para que possam conhecer (não para se desprezarem). Verdadeiramente o mais honrado de vós à vista de Allah é (quem é) o mais piedoso. E Allah tem o conhecimento de tudo. E tudo lhe é familiar”. Surata Al-Hujurãt – versículo 13.

Assim é a universalidade dos seus ensinos que faz do Islã, a religião com mais rápido crescimento no mundo. Em um mundo cheio de conflitos, divisões profundas entre os seres humanos. Um mundo que é ameaçado com o terrorismo perpetrado por indivíduos e por estados. O Islã é a única Luz entre as religiões monoteístas que oferece esperança para o futuro.

Louvado seja Allah, fechamos esse assunto com um pensamento do grande líder sul-africano Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se pode aprender a odiar podem também ser ensinada a amar”.

É isso generosos muçulmanos e leitores em geral que o Islã prega e faz. Se existe alguém fazendo o contrário, não é culpa da Religião de Allah! Esses mal feitores prestam um grande desserviço ao Islã e a humanidade como um todo, inclusive, para a Grande Nação Islâmica.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad

Imploramos a ALLAH (SAAS), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício de Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SAAS) o ÚNICO MISERICORDIOSISSIMO!

Que ALLAH (SAAS), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Referências:
{1} Narrado por Saheeh Al-Bukhari
{2} Narrado por Saheeh Muslim
{3} Narrado por Abu-Dawood
{4} Islam at Crossroads. London – 1923. page 8.

Fonte:Conveying Islamic Message Society – P.O.Box 834 – Alex – Egypt.
www.islamic-message.com/ Email:info_en@islamic-messag.com - + 20(0) 1 06 901 838

quinta-feira, junho 12, 2008

O ISLAMISMO PREGA A UNIÃO DOS MUÇULMANOS E QUE ELES SE REUNAM NA OBEDIÊNCIA A ALLAH (LOUVADO SEJA

Ao focalizarmos os ensinamentos do Islã e detalharmos seus pilares, as suas adorações, os seus relacionamentos e os seus comportamentos e os seus comportamentos sairemos com uma conclusão que não deixa nenhuma margem a dúvidas e que é a de que o Islã é a religião da sociedade, em sua totalidade, e a religião eterna da Humanidade.

A adoração praticada pelos Muçulmanos tem o seu efeito refletido na sociedade, aumentando a sua união e consistência.

Por exemplo, as preces que são rezadas pelos Muçulmanos, coletivamente, cinco vezes por dia, são 27(vinte e sete) graus melhores do que as que são rezadas individualmente, porque elas possibilitam aos Muçulmanos de um mesmo bairro ou comunidade se verem cinco vezes diariamente.

Acrescente a isso o fato de que a Salat Jumua (Reza da sexta-feira), que é uma obrigação e um símbolo, não pode ser celebrada, a não ser, se os Muçulmanos se reunirem, especificamente, por causa dela.

O mês de Ramadã, durante o qual os Muçulmanos jejuam de dia, todos os anos, também tem seus efeitos refletidos em toda a sociedade, pois, nele os sentimentos dos Muçulmanos, apesar de serem de raças diferentes, unificam-se: sentem juntos, fome e sede. E quando os donativos do desjejum são distribuídos no final do mês de Ramadã, todos sentem alegria, os sentimentos dos pobres e ricos unem-se e todos ficam alegres por haverem obedecido e enaltecem a Allah(SW) pelo guiamento com que os agraciou.

Adicione a isso o Zakat do dinheiro – a porcentagem de 2,5%, que é calculada sobre o dinheiro a partir de um piso doutrinário, desde que haja passado um ano a contar da data de sua posse. Trata-se de um dever religioso, que o Muçulmano o pague, voluntariamente, aos pobres, Muçulmanos, anualmente, o que fortalece a união e os laços da sociedade e diminui o fosso que, normalmente, separa os pobres dos ricos e mais ainda, o Zakat elimina a pobreza na sociedade Muçulmana.

Quanto ao 5º (quinto) pilar do Islã, a Peregrinação a Makkah, entre as suas finalidades está a dos Muçulmanos se conhecerem mutuamente, na mais pura e abençoada das terras e no Grande Congresso da Peregrinação, o qual, propicia aos Muçulmanos fazerem amizades com seus Irmãos em Allah (SW), provenientes dos mais diferentes que seja suas cores, raças e condições sociais.

Os Muçulmanos ao se apegarem ao poderoso elo de Allah (SW), e se reunirem para obedecê-Lo, estão aplicando as ordens de Allah (SW) e pondo em prática o Seu dizer: “E apegai-vos todos ao ele de Deus e não vos disperseis”-Surata Al-Imran 103.

Eles estão cientes de que o segredo de seu poderio está na sua união e o
mistério de sua fraqueza reside nos seus conflitos e na sua dispersão: “E não brigueis que fracassareis e perdereis o vosso poderio. Tende paciência, pois, Allah está com aqueles que têm paciência”. Surata os Despojos 46.

Os Muçulmanos reúnem-se em nome do guiamento porque sabem que: “A ovelha que o lobo devora é aquela que está afastada” – dito do Profeta (SAAS).

Por isso eles devem se unir em qualquer situação: em viagem ou estabelecidos, na alegria e na tristeza, e nos paises Muçulmanos ou fora deles e também, devido ao dizer do Profeta (SAAS): “Teme a Allah onde quer que estejas”. Al Bukahri. Que os Muçulmanos temam ao seu Senhor, unindo-se estejam onde estiverem.

Baseando-se no que foi, anteriormente, mencionado, pode-se dizer que a reunião dos Muçulmanos com o objetivo de obedecerem a Allah (SW), e a sua união, por menor que seja o seu número e aonde quer que se encontre, é uma obrigação inadiável para a preservação da crença nos espíritos e para a proteção da juventude contra a dissolução.

E já que a pregação de Allah (SW) está acima de poder se limitar a uma forma em detrimento de outra, então, cumpre as minorias Muçulmanas escolheram a maneira de pregação, que não entre em conflito com a Lei do país em que vive e que levem em consideração as condições dos próprios Muçulmanos e o seu nível mental e econômico.

Algumas minorias Muçulmanas reúnem-se sob a denominação de Sociedades Beneficentes Muçulmanas, outras sob a designação de Associações Islâmicas e ainda outras sob o nome de Centros Culturais Islâmicos.

Não importa os nomes, desde que a finalidade seja nobre e o objetivo sublime, vale dizer, a adoração a Allah (SW), segundo a religião Muçulmana.

É responsabilidade de todos os Muçulmanos a divulgação e preservação da sociedade Muçulmana em todo o mundo. Essa atitude fará com que o Islã fique sendo conhecido e nossa Juventude resguardada dos costumes nocivos, á Sociedade como um todo.

“A mão de Allah (SW) está com a Congregação” – At-Tirmizi.

Fonte: Programa de pregação às minorias Muçulmanas – Sheik Ahmad Saleh Mahairi

domingo, junho 08, 2008

Matrimônio Islâmico

Obviamente que cada Religião Divina possui normas e doutrinas, que são extraídas de fontes escritas e autênticas.
A realização do casamento Islâmico é muito simples e clara. Nós, muçulmanos, acreditamos que Deus Altíssimo facilitou este ato para que o homem exerça o casamento de uma maneira isenta de complicações. Por isso, não existe muita diferença em relação às outras religiões. No entanto, cada crença tem suas características próprias referentes às normas e práticas.
As condições principais do matrimônio (Nikáh) são:

• Os noivos devem ser adultos e estar de posse de suas faculdades mentais;

• Os noivos devem ter a liberdade, a espontaneidade e a vontade de escolher um ao outro;

• A noiva deve estipular o dote que receberá de seu marido;

• A noiva deve estar isenta de qualquer relacionamento conjugal;

• O muçulmano pode casar com qualquer moça seguidora das três religiões monoteístas (Judaísmo, Cristianismo, Islamismo);

• A noiva só pode casar com o homem muçulmano nato ou convertido.
Na Legislação Islâmica, um homem muçulmano pode casar-se com qualquer mulher que pertence a qualquer religião monoteísta que tenha uma Revelação Divina (Livro Sagrado). Assim sendo, ele pode casar-se com qualquer mulher dentro das três religiões ligadas às promessas de Allah (SW) ao Profeta Ibrahim (Abraão) AS, (Muçulmana, Cristã ou Judaica).

Porém, a Legislação Islâmica considera uma condição: se o noivo de uma muçulmana seguir outra religião que não seja a Islâmica, ele obrigatoriamente deve converter-se ao Islamismo.

Esta conversão para a Religião Islâmica é concretizada a partir do momento em que o indivíduo aceita de coração aberto duas crenças importantes e distintas dentro da doutrina Islâmica.

São elas:

•Acreditar que Deus Altíssimo é Uno e Único. Isto significa que o homem deve acreditar na unicidade Divina, não associando a Deus Altíssimo nenhum ser vivo ou metafísico ou à Sua essência outra coisa qualquer. Implica, também, em aceitar que Deus Altíssimo não é possuidor de um corpo físico e não é dependente de nada e de ninguém. A pessoa que deseja aceitar o Islã não pode dizer que Deus Altíssimo tem filho, companheira ou algum ser semelhante a Ele, Glorificado e Exaltado seja. Todos os outros seres além d’Ele são considerados Suas criaturas. E Ele, o Altíssimo, é o Único Digno de nossas adorações, orações, invocações, súplicas, agradecimentos e louvores.

•Deus Altíssimo, pelas Tradições Islâmicas e Textos Sagrados, possui atributos completos em absoluto e a sua perfeição é ilimitada. Dentre estes atributos, podemos indicar alguns importantíssimos e essenciais: O Justo, O Misericordioso, O Sapientíssimo, O Auto-Suficiente, O Todo Poderoso, O Onipotente, O Onipresente, O Onisciente e O Vivente.

•Acreditar que Deus Altíssimo enviou milhares de Profetas e Mensageiros para orientar os povos ao longo da história. Os Mensageiros Divinos são homens comuns, da mesma espécie humana que habita a terra, que comem, andam, trabalham, casam, possuem pais, mães, filhos, etc., mas são infalíveis e imaculados (ma’assumin). Entre estes Mensageiros, o Selo (último) é o Profeta Mohammad (A.S.).

•Então, o Profeta Mohammad (A.S.) é um Mensageiro verdadeiro e veraz, que foi enviado por Deus Altíssimo para a humanidade inteira. Ele carregou o Sagrado Alcorão como Sua Mensagem Divina, tendo começado sua pregação na Península Arábica, aproximadamente no ano 610 d.C. Esta Mensagem Divina, representada pelo texto do Alcorão Sagrado, dos ahadith (Ditos Proféticos) e da Sunnah (práticas) do Profeta, é a essência dos ensinamentos religiosos islâmicos.

Assim sendo, a cerimônia para a conversão ao Islamismo é baseada em duas tarefas. Um delas é de ordem teórico-teológica: acreditar, crer e ter fé em Deus; a segunda, de ordem formal: pronunciar Ash-Shahádah (“O Testemunho”), que é composto por duas sentenças:

Acreditar na Unicidade Divina:

•Ash-Hadu An La Iláha Illa-llah…

•(“Eu testemunho que não há outra divindade além de Deus...”).

•Acreditar que Mohammad (A.S.) é o Enviado e Mensageiro de Deus:

•Wa Ash-Hadu Anna Mohammada’ Rrassulul-llah.

•(E eu testemunho que o Mohammad é o Mensageiro de Deus).

Após a compreensão e o entendimento do significado deste testemunho e depois de, conscientemente, recitar estas duas sentenças, a pessoa é considerada, formalmente, muçulmana.

Outras crenças são basilares na Religião Islâmica: O muçulmano tem de crer que Deus Altíssimo realizará o Dia do Juízo Final (Iaumul Qiâma), no qual todas as pessoas serão julgadas perante Ele, Altíssimo e Justo.

Temos a plena certeza e convicção de que Deus Altíssimo, sim, fará a Justiça Divina concreta, porque a justiça dos homens é falha. Não fosse assim, as sociedades mundiais não teriam problemas. Portanto, apenas Deus Altíssimo é Quem realmente poderá julgar os atos que foram praticados pelos homens durante suas vidas terrenas com o devido rigor, absolvendo muitas pessoas e dando-lhes o Paraíso como morada e também condenando muitas pessoas, dando-lhes o Inferno como morada. Porque infelizmente, com base na justiça humana, nem todas as vítimas alcançarão seus direitos e indenizações, ao mesmo tempo em que muitos criminosos não receberão as punições devidas. Apenas no Dia do Juízo Final, quando Deus Altíssimo aplicará a medida exata e completa da Sua justiça perante todos os homens, cada um receberá sua recompensa ou castigo merecido.

Outra condição mencionada na Legislação Islâmica é que o casamento religioso Islâmico deve ser feito e pronunciado na língua árabe, se possível, porque Deus Altíssimo prefere que todo o ato sagrado dos muçulmanos seja feito por meio de uma língua que seja única. Esta exigência surge, também, para homenagear e respeitar a língua original, na qual foram reveladas o Alcorão Sagrado e as Tradições Proféticas.

O casamento religioso islâmico pode ser realizado pelos próprios noivos, se eles conseguirem investir todas as suas condições e requisitos no ato, inclusive a realização do contrato de matrimônio na língua árabe. Para que esse contrato seja efetuado, não é necessária a presença de um xeique, um Juiz (“qádi”) ou outra autoridade religiosa. É, contudo, altamente recomendável anunciar o casamento publicamente, realizando-o em frente de testemunhas que sejam justas e corretas, fazendo uma festa razoável, dependendo das condições das famílias, para a qual devem ser convidados os parentes, amigos e conhecidos.

Nas sociedades muçulmanas, o ato sagrado do matrimônio é realizado, via-de-regra, na presença de um xeique ou de um qádi, para que, em primeiro lugar, seja mais autêntico e valioso o contrato. E secundariamente, para confirmar que toda a legislação e todas as condições foram aplicadas ao enlace. Finalmente, os noivos sentem-se mais confiantes e confortados quando o seu casamento recebe a bênção de um religioso (o xeique).

Na sociedade muçulmana existe um costume legal e prático, segundo o qual a noiva entrega sua procuração (autorização) ao xeique. Assim, ele torna-se o procurador dela (seu tutor). Ela, de livre e espontânea vontade, entrega verbal e diretamente ao xeique a sua autorização, pronunciando a seguinte frase (ou outra semelhante):
“Eu (fulana) autorizo o senhor xeique em realizar um contrato de matrimônio entre a minha pessoa e o meu noivo (fulano). Com o dote que foi combinado (o dote pode ser também citado)”.

O ato de entregar a procuração ao xeique pode ser feito em qualquer língua e o xeique, por sua vez, realiza o contrato na língua árabe. Ele fala para o noivo o seguinte: “Eu, como tutor (procurador) da noiva (fulana), estou casando você com minha autorgante (fulana), com aquele dote que foi combinado. Se você aceita, diga aceito (Qabiltu)”.

Há uma outra norma na Lei Islâmica segundo a qual a noiva tem direito de receber um dote, o qual ela mesma deve indicar. Este dote é como um presente que o homem deve oferecer a sua futura esposa, como símbolo da sinceridade e dedicação que deve prestar a ela. É bom especificar que este dote é considerado um presente do homem para a futura esposa, como foi prescrito no Sagrado Alcorão, na Surata Na-Nissa - Versículo 4º: “E concedei às mulheres, no casamento, suas saduqãt (dotes), como dádiva. E, se elas vos cedem, voluntariamente, algo destas, desfrutai-o, com deleite e proveito”.

Este dote não é para os pais da esposa e nem para outra pessoa, podendo a noiva fazer o uso deste “presente” da maneira que bem entender. Não é recomendável, porém, que o valor material deste dote seja algo exagerado, que impeça o futuro esposo de realizá-lo, nem que seja insignificante. O dote pode ser uma quantia em dinheiro, uma viagem de turismo ou para a prática de rituais religiosos (peregrinação a Meca, visita ao túmulo de um Ma’assum, etc), cursos de várias espécies, entre outros. O Profeta Mohammad (A.S.) (disse em um de seus ahadith): “A melhor das esposas é aquela cujo dote é de valor razoável”.

Fonte:http://www.ibeipr.com.br/ibei.php?path=assuntos/3

terça-feira, junho 03, 2008

CONCEITOS DE CARIDADE

Em Nome de Allah,o Clemente, o Misericordioso!
São Tiago um apóstolo do Profeta Iça(Jesus)SAAS disse em sua Epistola no capítulo 2 versículo 14,15:" De que aproveitará, irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso essa fé poderá salvá-lo?".

Anas (R.A.A.) narrou que o Profeta (S.A.A.S) disse: “Nenhum de vós chegará a ser um verdadeiro crente, até que deseje para o seu próximo (irmão) o que deseja para si mesmo.” (Bukhari e Muslim).

A Caridade generosos irmãos é o mais nobre dos sentimentos. Podemos afirmar que a sua prática é a materialização de todas as Revelações Divina. Como podemos nos intitular Crentes se aproxima de nós um irmão ou uma irmã implorando por roupa e o alimento cotidiano e nós simplesmente dissermos:"Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos", mas não lhe der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também é a Fé: se não tiver obras é morta em si mesma. Se cremos em Allah(Louvado Seja)façamos o bem. Os demônios(Shaitan)também crêem e tremem perante a Allah(Louvado Seja), mas deles não sai nenhum boa obra. O Profeta Ibrahim (Abraão)SAAS, foi justificado não pela fé mas pela obra, ao oferecer seu filho Primogênito Ismail(Ismael)(Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) em holocausto sobre o Altar. Vejam que a Fé cooperava com as suas obras e era completada por elas.

Sabemos que o Islã está alicerçado em 5(cinco) Pilares:

1º O Testemunho da Fé;
2º A Oração;
3º Dar Zakat
4º Jejuar no mes de Ramadã;
5º A perigrinação à Makkah.

Como estamos falando de Caridade, o Pilar que a contempla é exatamente o 3º Dar Zakat. O Zakat não é esmola. A essa damos o nome de Sadaka. No entanto, o Zakat, tem como objetivo principal diminuir a pobreza entre os serer humanos. Ele foi criado por Allah(Louvado Seja)com a finalidade de tornar o mundo mais igualitário para todos. Uma vez que tudo que temos nos foi dado por Allah(Lovado Seja) Ele também foi que nos ordenou a doar 2,5% da fortuna acumulada pelos crentes. Isso irmãos é desprendimento, isso é Caridade pura!

Vejam o que diz esse Hadith a respeito da Caridade:

Abu Zar (R.A.A.) narrou que alguns homens se dirigiram ao Profeta (S.A.A.S) e lhe disseram: “Ó Mensageiro de Deus, os ricos levam todas as recompensas; eles rezam tal como rezamos; e, quanto a caridade, eles dão o que lhes sobra de seus bens.” Disse o Profeta: “Acaso não vos deixou Deus nada que possais oferecer como caridade? Pois sabei que o pronunciardes ‘Glorificado seja Deus!’ é uma caridade; e a proclamação de ‘Deus é o Supremo!’ é uma caridade; e a pronúncia de ‘Louvado seja Deus!’ é também uma caridade; e a proclamação de ‘Não há outra divindade além de Deus!’ é uma caridade. A pessoa exigir o cumprimento do que é lícito é uma caridade, e opor-se ao que é ilícito é uma caridade; inclusive a relação sexual do indivíduo é uma caridade também.” Disseram-lhe: “Ó Mensageiro de Deus, o fato de que um satisfaça o seu desejo, isso também é merecedor de recompensa?” Respondeu o Profeta: “Porventura, se o tivesse satisfeito de modo ilícito, não teria cometido uma falta? Desse mesmo modo, será recompensado quando o satisfizer de modo legítimo.” (Muslim)

Nesse outro Hadith podemos ver que precisamos de ação para justifica nossa Fé:
Abu Said Al Khudri (R.A.A.) relatou que ouvira o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) dizer: “Quem dentre vós presenciar uma ação ilícita, que se oponha a ela com suas mãos; se não puder, que o faça com suas palavras; se também não puder, que o faça com o coração, sendo que esta é a mostra mais débil da fé.” (Muslim).

Segue abaixo, alguns conceitos nos nos remetem o que é a Caridade enviados pelo Irmão Yussef Harim - SP/Brazil.

Caridade é, sobretudo, amizade;
Para o faminto -- é o prato de sopa;
Para o triste -- é a palavra consoladora;
Para o mau -- é a paciência com que nos compete auxiliá-lo;
Para o desesperado -- é o auxílio do coração;
Para o ignorante -- é o ensino despretensioso;
Para o ingrato -- é o esquecimento da ingratidão;
Para o enfermo -- é a visita pessoal;
Para a criança -- é a proteção construtiva;
Para o velho -- é o braço irmão;
Para o inimigo -- é o perdão;
Para o amigo -- é o estímulo;
Para o preguiçoso -- é o trabalho;
Para o impulsivo -- é a serenidade;
Para o leviano -- é a tolerância;
Caridade é amor em manifestação incessante e crescente;
É o sol de mil faces, brilhando para todos;
É o gênio de mil mãos amparando indistintamente na obra do bem, onde quer que se encontre;
Entre justos e injustos;
Bons e maus;
Felizes e infelizes;
Por que, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela a benefício de todo o mundo.

Assalamum Aleikum War Matulahi ua baraketu!(A paz, as Bênçãos e a Misericórdia de Allah estejam convosco).