quarta-feira, agosto 27, 2008

O jejum (As-Saum) e o Retiro Espiritual (Al-I’tikaf).

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso! Embora exista nesse blogger uma materia que fala sobre o Jejum (Siam)islâmico, achamos por bem colocar algo bem especifico. Para isso e atendendo o desejo do Irmão Ahmad Dib Mohamad Yassine, da Comunidade Islâmcia de Guarulhos (SP, publicamos duas Khutubas(Sermão)proferidos por sua Eminência Cheikh Khaled Rezk Taky Eldin Imam da Mesquita de Guarulhos, tradução e adaptaçã Prof. Samir El Hayek. Desejamos um Ramadã Karim para todos os muçulmanoa e que Allah(Louvado Seja),permita-nos tornar pessoas melhores após esse Mes Sagrado. O jejum (As-Saum) e o Retiro Espiritual (Al-I’tikaf). O SIGNIFICADO DO JEJUM (SIÂM) Do ponto de vista Lingüístico, Jejum (siâm ) significa abster-se de algo, como, por exemplo, abster-se de falar. Na shari’ah , é uma referencia direta à abstenção de alimento, bebida e relações sexuais, durante os dias do mês do Ramandan. Esta pratica é um dos pilares do Islã. HADICES SOBRE AS VIRTUDES DO JEJUM As virtudes do Ramadan e o jejum O Mensageiro de Allah disse: •Quando chega o Ramadan, as portas do paraíso se abrem, e as portas do inferno se fecham e os demônios são acorrentados”. Em outra narração disse: “Quando chega o Ramadan se abrem às portas do paraíso”.E em outra narração disse: “... abrem-se às portas da compaixão”. [Transmitido por Bukhari e Muslim] Segundo um hadiz transmitido por Tirmidhi: •E chama um anunciador: Oh cobiçoso do bem! Continue. Oh cobiçoso do mal! Pare... e Allah liberará certas pessoas do fogo. Acontece isto por todas as noites, até que o fim do Ramadan”.•[Este Hadiz foi considerado Hasan por Albani em sua constatação no Livro Mishkat] Allah disse: •Cada boa ação, do filho de Adão, se multiplica sua recompensa entre dez vezes ate setecentas vezes. Exceto o jejum, no qual é (um sacrifício oferecido) para Mim e Eu Me encargo de recompensá-lo, posto que (o jejuador abandona sua paixão e sua comida por Mim. O jejuador terá duas alegrias; uma ao finalizar o jejum (diário o iftar), e a segunda quando encontra a seu Senhor. Certamente o encorajamento do jejuante é mais primoroso para Allah que o aroma do Almíscar”. [Transmitido por Al-Bukhari e Muslim] Preservar a língua O Mensageiro de Allah disse: •Quem não deixa de dizer falsidades e atuar de um modo enganoso, saiba que Allah não precisa que se abstenha de sua comida e bebida”. [Transmitido por Al-Bukhari] A Invocação O mensageiro de Allah disse: •Quando algum de vocês queira faze o Iftar (fim do jejum) que comece com umas tâmaras, o qual é uma benção. Se não encontra, pode começar com um copo de água, que purifica”.[Transmitido por Tirmidhi. No livro Yami’ Al-Usul, disse seu autor que este hadiz é Sahih]. O Mensageiro de Allahquando começava o Iftar costumava dizer: •Oh Senhor! Para Ti tenho jejuando e com Teu sustento vou desjejuar (fazendo Iftar). Se foi a sede, e foi umedecidas as veias e será confirmada a recompensa , se Allah quiser-.” •[Transmitido por Abu Daud. No livro Yami’ Al-Usul o considera Hasan como também Albani em seu livro Al-Mishkat] O Profeta Muhammaddisse: •As pessoas continuam prosperando, entretanto se apressam em fazer o Iftar”.[Transmitido por Al-Bukhari e Muslim] O profeta Muhammad disse: •Tome o Suhur (comida antes de começar o jejum), já que no Suhur está a benção”.[Transmitido por Al-Bukhari e Muslim] A IMPORTANCIA E OS BENEFICIOS DO JEJUM (SIÂM) •O jejum é uma fonte de autodomínio, piedade e consciência de Allah (awj). Ele foi prescrito por Allah para os profetas anteriores ao Profeta Mohammad. Nos versículos que tratam da obrigatoriedade do jejum do mês do Ramandan, Allah indicou suas características e objetivos: ﴾Oh fieis! O jejum esta prescrito para vós, assim como o foi para aqueles que vos antecederam, para que alcancei a taqwa(autodomínio, piedade e consciência de Allah)”﴿.(2:183) •O Profeta Mohammad (swas):disse que o jejum é uma proteção contra o Inferno: •O jejum é uma proteção contra i Inferno, igual aos escudos que são usados na luta.” [Sahih al-Jami, Transmitido por Ahmad, al-Nasai’ e outros] •Alem do mais, ele também serve como um intercessor no Dia do Juízo Final. O Profeta disse: •O jejum e o Alcorão serão os mediadores no Dia da Ressurreição. O jejum dirá,’Ó Senhor, eu fiz com que ele evitasse o alimento e a bebida durante o dia, portanto, deixe-me interceder por ele.’ O Alcorão dirá, ‘Eu guardei o seu sono durante a noite, portanto deixe-me interceder por ele.’ Então eles terão a permissão de interceder.” [Sahih al-Jami. Transmitido por Ahmad] •O jejum é um ato que demonstra a sinceridade da pessoa para com Allah۞. Somente Allah۞pode saber quem realmente jejuou ou não. Ninguém pode saber se uma pessoa quebrou o jejum secretamente. Por isso, Allah۞ reservou uma recompensa especial para aqueles que praticam o jejum. O Hadice qudsi , a seguir, declara •Disse Allah, “Ele deixa de lado a comida, a bebida e seus desejos humanos por Minha causa. O jejum é praticado em Meu nome e Eu o recompensarei por isto. E toda boa ação será recompensada dez vezes mais.” [Registrado por Al-Bukhari] •Pela graça e misericórdia de Allah, se uma pessoa jejuar no mês do Ramadan com fé em Allah۞ e esperando por sua recompensa, Allah o perdoara de todos os pecados menores, cometidos anteriormente. O Profeta disse: “Aquele que jejua no mês de Ramadan com fé e esperando por sua recompensa, terão perdoado todos os seus pecados cometidos anteriormente.” [Registrado por Al-Bukhari e Muslim] O Profeta disse em outra narração: •Quem reza (At-tarawih) no Ramadan, com fé, e esperança na recompensa (de Allah), lhe serão perdoadas suas faltas anteriores”.[Transmitido por Al-Bukhari e Muslim] •Para seu conhecimento – estimado irmão muçulmano – deves saber que Allah۞ Há prescrito o jejum, da qual forma parte dos atos de adoração, e proporciona a Seus servos muitos benefícios, entre eles: • Com o jejum, o aparelho digestivo – todo o estomago – ganha um descanso merecido logo a um trabalho continuo ao longo de todo ano. Também se eliminam os acúmulos de matérias não necessários, fortalece o corpo além de ser uma receita para umas séries de enfermidades. Por outro lado, seria uma boa oportunidade para os fumantes que ensaiem sua força de vontade deles, vendo oportuno prolongar sua abstinência ao cigarro e assim desejar de fumar definitivamente. •O jejum é uma disciplina pessoal, autodidata, para modelar o comportamento, acostumando-se a uma vida organizada, obediente, modesta, com paciência, fidelidade e coerência com suas idéias. • Com o jejum o muçulmano se sente em igualdade com o resto de seus irmãos que se encontram jejuando e desjejuando durante o mesmo tempo. Sentem a unidade do mundo islâmico e a fraternidade ao experimentar a fome que afeta milhões de pessoas no mundo, com um largo tempo de abstinência. •Ibn Al-Qayim observou alguns dos benefícios e aspectos importantes do jejum, quando escreveu, •O objetivo do jejum é a libertação do espírito do homem das garras dos desejos e fazer prevalecer à moderação sobre o seu eu carnal e. assim. Perceber as metas de purificação e felicidade duradouras. O propósito é diminuir a intensidade do desejo e da concupiscência, por intermédio da fome e sede, levando o homem a perceber quantas pessoas existem no mundo que, como ele, vivem sem mesmo uma pequena porção de alimento, dificultando que Satanás o iluda, controlando seus órgãos de se voltar para coisas nas quais houve a perda de ambos os mundos. Jejuar, portanto, é o freio do temos a Allah, o escudo dos cruzados e a disciplina dos virtuosos. TEUS DEVERES “WAJIBAT” DURANTE O MÊS DO RAMADAN •O jejum é uma forma de adoração a Allah۞ que foi prescrita a humanidade. Para que teu jejum seja aceite e proveitoso, estimado irmão muçulmano, deveras cumprir com o seguinte: •Observar corretamente o Salat , já que muitos jejuantes não cuidam deste pilar tão importante que é o Salat, sabendo incluso que este feito de não observar a oração pode levá-los a incredulidade; •Que teu comportamento seja educado, mantendo as boas maneiras com os demais. Cuidando a língua para não pronunciar assuntos que possam causar prejuízo, como às vezes se pode ouvir insulto a religião, o que o conduz a incredulidade (Kufur); •Se adverte, alem do mais, de evitar o comportamento nervoso com os demais, alegando estar jejuando, sendo que o verdadeiro jejum é precisamente o que leva a pessoa a ter sensibilidade especial acompanhado de um comportamento respeitoso, sem cometer falta com os demais”. •Não pronunciar palavras obscenas –nem sequer fazendo piadas- que levariam anular a recompensa do jejum. De acordo com o hadiz do Mensageiro de Allah que disse: •Quando encontrei jejuando, não deveis pronunciar obscenidades nem alvoroçar ; e se alguém te insulta o pretende lutar contigo, diga: Estou jejuando, estou jejuando... .” [Transmitido por Bukhari e Muslim] •Aproveitar a etapa do jejum para deixar definitivamente de fumar. Como sabemos o cigarro é o culpado de alguns tipos de câncer e úlceras, alem do mais não só consome sua própria saúde, como também o dinheiro, que é o propósito confiado em nossa mãos e de que Allah۞ nos há de perguntar “Em que nós o gastamos o gastamos?”. È conveniente ao jejuador tentar deixar de fumar pela noite também, assim como foi deixado durante o dia; •Não comer em excesso depois de horas de jejum; de outra forma seria anular os benefícios esperados do jejum, alem do mais, de recordar que o abuso nas comidas és prejudicial à saúde e as objetivo do mês do Ramadan; •Não passar horas na noite –logo depois do jejum- frente a programas de televisão ou filmes. Lamentavelmente muitos responsáveis pela cadeia televisiva fazem programas especiais para noite do Ramadan, causando a perda do tempo e moral do espectador muçulmano, como se fora o Ramadan uma festa de desfile para –as e os- cantores, ou para series televisivas que carecem de qualquer relação com o mês do perdão, e falta de memória, bons morais e respeito a estas circunstancias; •O mês do Ramadan é um mês de trabalho, então não abuses de estar desperto ate o amanhecer porque não poderás estar desperto para a comida do Suhur (antes de alvorada) e possivelmente tampouco despertaras para o Salat Fajr. Inclusive o dia seguinte não poderás cumprir ativamente com teu trabalho diário, caso de que não tenhas dormido as horas necessárias. O Mensageiro de Allah disse: •Oh Senhor! Abençoa ao meu povo a madrugar”. [Hadiz Sahih transmitido por Ahmad e Tirmidhi] •Ramadan é o mês da fraternidade. Por conseguinte dê mais caridade nesta época de compaixão, especialmente aos parentes e necessitados, Também visite aos familiares pertos e distantes, e reconciliai com as pessoas com quem tivestes diferenças ou mal entendidos; •Recita o Qur’ân com mais assiduidade durante o Ramadan e escuta sua recitação, prestando atenção especial ao seu significado, reflexionando o sentido de cada versículo, pondo em pratica suas ordens e obedecendo-os na vida diária. Também te mantenha em continua recordação de Allah۞; Glorificando-lhe, Louvando-o; Invocando-o e recordando de Sues nomes e atributos. •Vá a mesquita para escutar os sermões e as lições que dão beneficio. Dedica os últimos dez dias do Ramadan para o retiro (Al-i’tikaf), dentro das mesquitas. Esta é uma pratica considerada Sunnah, exercida sempre pelo Profeta e logo pelos seus companheiros e seguidores. •Ler livros informativos sobre o jejum para saber os requisitos, normas e deveres do jejuador. Desta forma, te darás conta que, por exemplo, ao beberes ou comeres quando distraído e sem notar que se encontra jejuando, não invalida o jejum. Assim como também, que o estado de impureza maior “Janaba” (pela noite), não impede o jejum diário, embora efetivamente deve purificar-se para observar as orações; •Preservar o jejum do Ramadan e habituar a seus filhos que jejuem gradualmente, segundo suas possibilidades. Deves ter muito cuidado e precaução para manter-se jejuando cada dia do mês do Ramadan. Já que se deixas de jejuar um dia –sem justificativa- necessitas arrepender-se e solicitar que Allah۞ te absolva de semelhante pecado, além do mais tem que compensar o dia que deixaste de jejuar. •Em caso que o homem mantenha relações sexuais com sua esposa no mês do Ramadan, deve reparar esta grande falta com uma das seguintes expiações, nesta ordem segundo as possibilidades da pessoa: a) Liberar um escravo ou uma escrava. Se não encontras a quem libertar então; b) Deve jejuar dois meses seguidos, se não puder então; c) Deve dar de comer -por dia- a sessenta necessitados. •Se adverte a todo muçulmano. Que não deixe de cumprir o jejum no mês do Ramadan. Porém, se não jejua (por estar viajando), que não coma em publico, e em caso de que não observe o jejum sem ter motivo justificado (como enfermidade ou viajem), o comer em publico será muito pior, porque estaria também faltando com o respeito aos demais, incluso desafiando-os. A falta de respeito, junto com a ruptura do jejum, demonstra um desinteresse e um desafio a Allah۞. Também, é um desapreço ao Islã e uma grande falta de comportamento da pessoa. A pessoa que não observa o jejum não merece compartir a celebração do fim do Ramadan, a qual celebram os muçulmanos com alegria de haver cumprido o jejum, mantendo esperanças em que Allah۞ o aceite, junto com os demais atos de adoração e esforços que faz todo o muçulmano neste mês do Ramadan. NORMA REFERENTE AQUELE QUE NÃO JEJUA •Se uma pessoa negar a obrigação do jejum, torna-se um infiel. A condição de obrigatoriedade do jejum é confirmada no Alcorão e em vários hadices do Profeta. •Alem do mais, Al-Dhahabi escreveu no seu livro “Sabiq”, •De acordo com fieis consagrados, aquele que deixa o jejum no mês do Ramadan, sem estar doente, é pior do que o fornicador ou o alcoólatra. De fato, eles duvidam que o seu Islã seja verdadeiro e até suspeitam que possa ser um “zandiqah” (renegado do Islã) e um daqueles que destroem o Islã. O JEJUM VOLUNTÁRIO “AT-TATAWU” O Mensageiro de Allah estimulava e convidava os muçulmanos para jejuar nos seguintes dias: •Seis dias do mês de “Shawual", de acordo com o Hadiz do Profeta em que ele disse:“Quem jejue o Ramadan e o segue mais seis (dias) de Shawual será como tivesse jejuado toda a vida.” [Transmitido por Muslim e outros] •Os Sábios Islâmicos dizem que toda boa obra tem sua recompensa multiplicada por dez vezes. No mês do Ramadan, portanto, seria igual a uma recompensa de dez meses (30 dias x 10 = 300 dias), e os seis dias jejuados voluntariamente -no mês de Shawual- se recompensam como se foram dois meses (6 dias x 10 = 60 dias), ao somarmos –com a recompensa do Ramadan- dará uns doze meses, quer dizer um ano por completo (300 dias do Ramadan + 60 dias de Shawual = 360 dias). E esta sistemática do jejum se repete um ano atrás do outro, então seria como a pessoa haver jejuado durante sua vida de forma continua. •Jejuar nove dias do mês de “Dhul Hijjah”, e no dia de Arafat, para as pessoas que não se encontram realizando o Hajj (peregrinação) O Mensageiro de Allah disse: •Jejuar no dia de Arafat, é uma experiência de dois anos –o não anterior e o próximo. E jejuar no dia de Ashura’ (dez dias do mês de Muharram) é uma expiação ao ano anterior.” [Transmitido por Muslim] •Durante o dia de Arafat (estando o Profeta cumprindo os rituais de peregrinação) foi enviado ao Mensageiro de Allah algo de leite, e bebeu dela, enquanto fazia seu discurso ante as pessoas em Arafat.” [Hadiz Transmitido por Muslim] •Este Hadiz demonstra que o Profeta quando cumpria os rituais de peregrinação “não jejuava” no dia de Arafat (dia nove do mês de “Dhul Hijjah”). •Jejuar no dia de “Ashura’”, junto com o dia antes ou depois deste dia, o Mensageiro de Allah disse: •Hoje é o dia de Ashura’, e não é prescrito para vocês jejuar obrigatoriamente. Eu estou jejuando. Sem duvida, quem deseje pode jejuar e quem não queira, que não jejue.” [Transmito por Muslim] Jejuar a maioria do mês de Sha’ban “: O Mensageiro de Allah costumava jejuar a maioria de “Sha’ban.” [Transmitido por Al-Bukhari e Muslim] O mês de Sha’ban é o anterior ao de Ramadan. Jejuar as segundas e quintas, o Profeta disse: •Os atos se expõem (perante Allah) as segundas e quintas. E eu quisera que –ao expor perante Ele- meus atos estivera eu jejuando.”[Hadiz autentico transmitido por Na-Nasai no livro Sahih Al-Yami] Perguntaram ao enviado de Allah sobre o jejum de segunda, e disse: •Neste dia nasci, e (foi segunda quando) começou a revelação.”[Transmitido por Muslim] •Jejuar nos dias “resplandecentes”, como disse um dos companheiros do Profeta: “O Mensageiro de Allah nos ordenou que jejuássemos os três dias brancos cada mês; os dias treze, quatorze e quinze.” [Transmitido por Na-Nasai e outros. Hadiz Sahih, ver As-Silsilah] O QUE INVALIDA O JEJUM “AL-MUBTILAT”. •Os assuntos que invalidam o jejum podem dividir-se em duas categorias: •O que invalida o jejum e deve compensar (Qada’) seus dias logo finalizado o Ramadan. •O que invalida o jejum e que alem da compensação, deve dar uma expiação (Kaffara). •O que invalida o jejum e requer compensação (Quada) somente. •Comer e beber intencionalmente; •Vomitar intencionalmente, de acordo com o Hadiz do Mensageiro de Allah: “Quem vomitar intencionalmente, devera compensar (este dia, jejuando um dia depois de finalizado o Ramadan).” [Hadiz Sahih transmitido por Al-Hakim e outros] •Os dias de menstruação ou do puerpério pós-parto, embora esta etapa chegue ao ultimo momento –antes do por do sol- durante o jejum, se começa à menstruação, então a mulher deve interromper o jejum. •A masturbação, mesmo que seja somente um jogo de excitação do casal, ou seja de maneira individual, masturbando-se com a mão; isto leva a nulidade do jejum e deve ser compensado esse dia, jejuando como “Qada”, logo depois de finalizado o Ramadan. •O que invalida o jejum e também de compensá-lo, deve dar uma expiação (Kaffara): •Realiza-se quando o motivo é manter relações intimas conjugal durante as horas do jejum. A expiação esta de acordo unanimemente pelos sábios da jurisprudência. A expiação por ordem preferencia consta em liberar a um escravo (ou uma escava), jejuar dois meses lunares de forma consecutiva sem deixar de jejuar nenhum dia, dar de comer a sessenta necessitados. Alguns sábios condicionaram a ordem preferencial, ao não se poder realizar à segunda possibilidade, devido à impossibilidade de realizar a primeira, e assim com a terceira, sabendo que tanto o homem como a mulher deve a mesma expiação, em caso de que fora desejo de ambos manter relações sexuais. Em caso de que a esposa não consente, os sábios consideram –só ela isenta da expiação, porem devem recuperar esse dia logo depois de finalizado o Ramadan. O QUE NÃO INVALIDA O JEJUM •Comer e beber involuntariamente, por descuido, por erro ou inclusive forçado por um terceiro, Nestes casos o jejuante não tem o porque de interromper seu jejum, nem tem que compensar este dia logo após o termino do Ramadan, já que o Mensageiro de Allah disse: Quem se esquece, contudo se encontra jejuando; e come ou bebe; deve completar seu jejum (durante o resto do dia), porem foi Allah Lhe alimentou e deu-lhe de beber.” [Transmitido por Al-Bukhari e Muslim] Também há outro hadiz do Profeta quando disse: •Allah tem perdoado a minha nação, se cometem algum ato por erro ou por esquecimento ou se encontra sendo forçado contra sua vontade.” [Hadiz Sahih transmitido por At-Tabarani] •O vomito involuntário, porque o Mensageiro de Allah disse: •Quem é vencido pelo vomito, contudo se encontra jejuando; não tem que compensá-lo.”[Hadiz Sahih transmitido por Al-Hakim] O RETIRO ESPIRITUAL “AL-I’TIKAF” •Al-i’tikaf” desde o ponto de vista da jurisprudência, significa retiro, fechamento, permanecer na mesquita durante uns dias com a intenção de dedicar-se –por completo- a tender culto, obedecer e acercar-se de Allah۞. •A totalidade dos sábios de “Fiqh” opinam que o “I’tikaf” é um assunto Machru’ (aprovado pela Sharia), porque: O Profeta fazia I’tikaf durante os últimos dez dias do mês de Ramadan, ate que morreu. Logo suas esposas –depois de sua morte- costumavam fazer o I’tikaf (durante os últimos dez dias de cada Ramadan).” [Transmitido por Al-Bukhari e Muslim] •Tipos de retiro: Se dividem em voluntário (Sunnah), e obrigatório (Wajib). O I´tikaf Sunnah é quando a pessoa, voluntariamente, se oferece a realizá-lo, como no caso dos dez últimos dias do Ramadan, seguindo a Sunnah do Profeta. Contudo que o I’tikaf obrigatório (Wajib) é quando uma pessoa faz uma promessa (Nadhr), comprometendo a si mesma a realizar o I’tikaf. •O tempo do I’tikaf: “O mensageiro de Allah quando queria fazer I’tikaf rezava o Salat Fajr e logo entrava em seu retiro.” [Hadiz transmitido por Al-Bukhari e Muslim] •Condições de quem realiza o retiro (Um’takif): que seja muçulmano, consciente, que se encontre em estado de purificação maior, qualquer uma da Janaba para ambos os sexos, ou da menstruação ou da etapa pós-parto (Nifas) pra a mulher. •Elementos básicos do I’tikaf: Permanecer na mesquita com a intenção de se aproximar de Allah, mediante dos atos de adoração. •É licito (permitido) para quem realiza o I’tikaf fazer as seguintes coisas durante o tempo em que se encontre dentro da mesquita: •Sair, por curto tempo, se precisa despedir de seus familiares que tenham vindo lhe trazer um objeto ou comida; •Pentear, cortar o cabelo, cortar e limpar as unhas, lavar o corpo, perfumar-se e vestir-se com as melhores roupas que possua. •Sair por motivos justificados; como por exemplo: fazer suas necessidades fisiológicas (defecar e urinar), assim como comer e beber se não tem quem os traga. •Quem realiza I’tikaf pode comer, beber e dormir na mesquita sempre a cuidando e mantendo-a limpa. O comportamento correto durante o I’tikaf: Disse Aisha: (O comportamento) Da Sunnah de quem realiza o I’tikaf (Al-Mu’takif) é não visitar o inferno; nem acompanhar a procissão do funeral ate o enterro; nem tocar ou empreender relações (com sua esposa); nem tampouco sair (da mesquita), a menos que seja por algo imprescindível. Não se faz o I’tikaf sem estar jejuando, e somente se faz o I’tikaf em uma mesquita principal (onde se realiza o” Salat Jummah “)”.[Hadiz Sahih, transmitido por Abu Daud e Al-Baihaqi] O que invalida o I’tikaf: •Sair intencionalmente da mesquita, sem existir um motivo justificado; •Perder a consciências seja devido a uma enfermidade ou a uma crise mental; •O começo da menstruação ou a etapa de Nifas (começo do parto) para as mulheres. Que Allah nos abençoe a todos. Mesquita de Guarulhos Sermão da Sexta-feira, 21 de Cha’ban, 1429 – 22/08/2008 Proferido pelo Cheikh Khaled Rezk Taky Eldin Tradução e adaptação: Prof. Samir El Hayek Significado de Algumas Expressões islâmicas .shari’ah (Lei Islâmica) .Salalahu waleihi wa salam” (Que a Paz e a misericórdia de Allah estejam com ele). .Aza wa ajal” (louvado e exaltado seja). .Radia allahu anhuma: (Que Allah Se compraza com ela) .Radia allahu anhu: (Que Allah Se compraza com ele)

sábado, agosto 23, 2008

VÁRIOS TIPOS DE KUFFAAR (INFIEL) e MUSHRIKEEN(IDÓLATRA,POLITEÍSTA)

ENSINOS BÁSICOS DA FÉ NO ISLAM

Vários tipos de KUFFAAR e MUSHRIKEEN
Poderá ainda existir o PERDÃO de Allah(swt) para os CONDENADOS AO FOGO INFERNAL, e junto a eles haverá também os KUFFAAR - que são aqueles indivíduos que descrêem em Allah(swt) e os MUSHRIKEEN - que foram aqueles que colocaram associados a Allah(swt), porém o PERDÃO somente a Allah(swt) PERTENCE, sendo que Ele PERDOARÁ a quem Ele desejar, sem INTERFERÊNCIA de qualquer um, seja Anjo ou Profeta (Alayhum Salaams).

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-RAHIM
Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad

KUFFAR e MUSHRIKEEN

Para todos os Mu’min (Crentes), é induscutível a importância do Imaan (Fé) e suas Práticas, sendo essa importância estabelecida por Tawãtur e em cuja convicção é de tal grau absoluto que não admite a menor dúvida na sua Imaan (Fé) e sua Prática. Estas convicções e práticas são chamadas de Dhurooriyaati Deen.

TAWÃTUR: Plena convicção em tudo aquilo que foi repassado e descrito palavra-por-palavra, de uma geração para outra, por várias pessoas, de forma Contínua e Notória. Segundo esta definição, o Qur'an Karim é Tawãtur. Os Hadices do nosso Rasulullah Muhammad (saws), que foram narrados por muitos de seus Companheiros, os Nobres Sahaabah (R.A.A.) e que são autênticos, são Tawãtur. Da mesma maneira, exemplos de KASHF (Iluminação; Revelação; Revelação dos mistérios religiosos; Significa também o conhecimento certo e determinado, do qual não há necessidade de nenhuma prova) e KARAMAT (Milagres) dos AWLIYA' ALLAH (Piedosos amigos de Allah (swt)) cujos milagres foram relatados por pessoas religiosas, em várias localidades, por longo período são Tawãtur, o que prova a sua autenticidade.

Convicção em todos eles é Fardh (Obrigatório), negação de qualquer parte leva ao Kufr (Rejeição) até mesmo se a prática é um Ato de Mustahaab como usar o perfume Miswaak, mesmo sendo o uso do perfume Miswaak atribuído como Sunnah, e não Fardh, faz parte de Deen, quer dizer, negar a Sunnah é Kufr.

MUSTAHAAB: Prática de atos religiosos, sendo reservado uma grande recompensa divina pela sua prática, porém caso deixarmos de praticá-las não teremos punição e/ou castigo na outra vida; boa Sunnah; bom ato não-obrigatório.

O Dhurooriyaati Deen (Essência do Deen) consistem em Ahkaam (Leis e regras) cobrindo todos os aspectos da vida e de todo caráter. O que é Fard (Obrigatório fazer); o que é Waajib (Necessário); o que é Haraam (ilícito); o que é Halaal (lícito); o que é Mubãh (permissível fazer, sem recompensas ou punição); o que é Mustahaab (que é louvável, mas não obrigatório) e etc.

Sobre o Dhurooriyaati Deen (Essência do Deen) devemos entender o seguinte:

1 - É Fard (Obrigatório fazer) honrar toda crença e prática que constituem um Dhurooriyaati Deen sendo essas práticas Sunnah, Mustahaab, e Nafl etc;

2 - Rejeição de quaisquer do Dhurooriyaati Deen, práticas ou crenças são Kufr;

3 - Negligenciando ou afastando de qualquer Ato Fard, Waajib ou Sunnatul Muakkada não é Kufr, se o indivíduo acreditar neles e acreditar que estão correto e os aceitam como Dhurooriyaati Deen. Este indivíduo se torna um Fasiq (aquele que conscientemente transgride os limites que ALLAH(swt) colocou sobre os humanos ou negligencia o Ibaadah). Tal pessoa, entretanto não é Kaafir, e poderá ser castigado por ALLAH(swt) pelas transgressões que ele fez, caso ele não se arrependa antes de morrer;

4 - Omissão de atos Mustahaab não é pecado, desde que a pessoa acredita ser Mustahaab.

1) - TIPOS DE KUFR (Descrente, Incrédulo, Ateu)

Existem basicamente quatro (04) classificações de Kufr e aquele que cometer qualquer ato, dentro destes tipos de kufr, é descrito como um Kaafir em termos de Shari'ah. Sendo eles:

1. Kufr Jahl (Descrente por Ignorância ou por Falta de Conhecimento);
2. Kufr Juhood (Descrente por Negação ou por Rejeição );
3. Kufr Shakk (Descrente por Desconfiança ou por Dúvida e Cisma);
4. Kufr Ta'weel (Descrente por Falsa Interpretação ou por Falta de Entendimento);

Existem ações e práticas que são KUFR e que o EXCLUI da religião. Tais práticas são KUFR KBIR Pecados Grandes, Independente, ou seja, KUFR em si só, por exemplo:

1) prostrar para um ídolo;
2) chutar o Alcorão;
3) zombar de Allah (swt), ou do Mensageiro (saws), ou do Deen (Religião);
4) Juhoud (rejeição, em parte ou no todo);
5) Istihlaal (declarar como lícito algo que é ilícito);
6) Istikbaar (arrogância);
7) acreditar que dentre as criaturas divinas, existem aqueles que conhecem o invisível;
8)Takzeeb (descrença, em parte ou no todo);
9)Nifaaq (hipocrisia na crença);
10) Kurh (ódio à religião);
11) Prática da magia, fazer sacrifícios em nome de outro, que não seja de Allah (swt), não crer em jinns ou anjos, etc. São exemplos de atos e práticas que são classificadas de KUFR KBIR (Descrença/ Pecado Maior).

Existem ações e práticas que são KUFR e que NÃO EXCLUI da religião, i.e.: insultar os ancestrais; lamentar-se como as carpideiras (mulher mercenária que acompanhava os funerais pranteando os mortos; mulher que vive a lamentar-se com exagero) sobre os mortos; combater um muçulmano; ter relação sexual com uma mulher, por local diferente das partes do sistema reprodutor feminino; legislar, baseando-se em algo diferente do que foi revelado por Allah (swt) e assuntos similares. Tais assuntos não são kufr independente, por si só, são chamados de KUFR AL-ASGHAR (incredulidade menor) ou KUFR AL-‘AMALI (incredulidade por ação, que não exclui da religião). E assim ninguém é excluído da religião por meio disso, a não ser que faça algo mais, como declarar que tais coisas ilícitas são lícitas, ou rejeitar (fazendo Juhood) e coisas similares que levariam ao kufr maior.

1.1) - KUFR JAHL (Descrente por Ignorância ou por Falta de Conhecimento)

Kufr Jahl quer dizer kufr ocasionado por Ignorância. O Islam ou o seu ensinamento verdadeiro são negados em consonância com sua ignorância ou pela sua falta de conhecimento. Os rejeitadores são aqueles que acreditam que o Islã é uma religião falsa. Este era o tipo de Kufr de Abu Jahl e os seus compatriotas.

“…Wa-itha qeela lahumu
ittabiAAoo ma anzala Allahu qaloo
bal nattabiAAu ma alfayna
AAalayhi abaana awa law kana
abaohum la yaAAqiloona shay-an
wala yahtadoona…”
Suratul Al Bacara – Ayah 170;
“…Quando lhes é dito:
Sigam o que Deus revelou! Dizem:
- Qual! Só seguimos as pegadas dos nossos pais!
Segui-las-iam ainda que seus pais fossem destituídos
de compreensão e orientação?…”

1.2) KUFR JUHOOD (Descrente por Negação ou por Rejeição)

Kufr Juhood quer dizer kufr ocasionado por decisão própria, após consultar a si mesmo, ou a outrem. O Islã e seus verdadeiros ensinamentos são negados deliberadamente, apesar de perceberem sua veracidade. Este é o tipo de kufr dos judeus e dos cristãos(Ahli Kitaab). Que a maldição de Deus recaia sobre os íncrédulos.

Imaam Tabari (Rahmatullah Alayhi) esclarece em seu estudo (Tafsir) “Jami Al Bayaan” e “Ta'weel Al Quran” que Hazrat Ibn Abbas (Rathiallahu An'hu) relatou, cuja fonte é Rasulullah Muhammad (s.a.w.s):“Antes de Muhammad (s.a.w.s) ser enviado, os judeus rezavam pela Sua ajuda para superar o Aus e Khazraj. Quando Allah (swt) enviou Muhammad (s.a.w.s), dentre os árabes, os judeus não acreditaram Nele e renegaram o que eles haviam dito sobre Ele. Então Hazrat Mu’adh Bin Jabal e Bishr Ibn Al Baraa lbn Marur (Rathiallahu Ta’ala Anhum Ajmain), da Tribo de Banu Salma disse aos judeus: " 0 comunidade de judeus, tenham medo Allah (swt) e abraçem o Islã. Vocês rezavam pela ajuda de Muhammad (s.a.w.s) a nos superar, quando éramos politeístas, e nos falava que Ele seria enviado, e vocês descreveram Ele para nós". Então Salaam Ibn Mishkam, um da Tribo dos Banu An Nadeer (dos judeus) disse: " Ele não nos trouxe nada do qual nós já sabíamos, e Ele não é aquele do qual nos referíamos e fazíamos menção para vocês". Logo, Allah (swt) revelou o seguinte Ayat, sobre o que eles disseram:

“…Walamma jaahum kitabun min
AAindi Allahi musaddiqun lima
maAAahum wakanoo min qablu
yastaftihoona AAala allatheena
kafaroo falamma jaahum ma
AAarafoo kafaroo bihi falaAAnatu
Allahi AAala alkafireena…”
Suratul Al Baqarah – Ayah 89;
“… São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado,
o qual encontram mencionado em sua Tora e no Evangelho,
o qual lhes recomenda o bem e que proíbe o ilícito, prescreve-lhes
todo o bem e vedalhes o imundo, alivia-os dos seus fardos
e livra-os dos grilhões que o deprimem. Aqueles que nele
creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que
com ele foi enviada, são os bem-aventurados.…”

“…Alqiya fee jahannama kulla kaffarin AAaneedin …”Suratul Al Caf – Ayah 23;
“… (Depois da sentença será dito aos anjos da guarda) : Precipitai no inferno todo o incrédulo obstinado.…”

1.3) KUFR SHAKK ( Descrente por Desconfiança ou por Dúvida e Cisma )

Kufr Shakk quer dizer kufr ocasionado pela incerteza da veracidade do Islã e seus verdadeiros ensinamentos. Em função dessas dúvidas, eles rejeitam o Islã, por isso são Kuffar, taxados como tal.

No Tafsir de Imam Tabari, nós encontramos o seguinte:
"Se qualquer um dos politeístas árabes, ou incrédulos dentre o povo do Livro Sagrado estão em dúvida sobre a Luz, a demonstração clara, e os versos do Al Furqaan (outro nome do Nobre Kur’an Karim) o qual Nós enviamos até Nosso Servo Muhammad (saws), sendo de MINHA autoria e que EU enviei para Ele, que vocês produzam uma prova que contradiga a prova Dele (Muhammad (saws)). Para que vocês saibam que todo aquele que possuir o poder de profecia, que comprove a verdade de sua manifestação, produzindo uma prova irrefutável reivindicação, porém não existe ser vivo capaz de produzir nada semelhante". Sobre este grupo de Kuffar, segundo o revelado por Allah (swt) no seguinte Ayat:

“…Wa-in kuntum fee raybin
mimma nazzalna AAala Aaabdina
fa/too bisooratin min mithlihi
waodAAoo shuhadaakum min
dooni Allahi in kuntum sadiqeena …”Suratul Al Baqarah – Ayah 23;

“… E se tendes dúvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo (Muhammad),
componde uma surata semelhante à dele (o Alcorão), e apresentai as vossas testemunhas,
independentemente de Deus, se estiverdes certos.…”

E logo a seguir, Allah (swt) afirma para os duvidosos que eles não poderão produzir uma Surata sequer, igual a que eles duvidaram e que tinha sido enviado até Rasulullah (saws) por Allah (swt). A incapacidade deles para produzir uma Surata igual, mesmo com a união e ajuda de quem quer que seja, é uma comprovação da verdade do nosso último e Caridoso Nabi (saws). Allah (swt), além disso, declara a punição a ser enfrentada por eles dizendo:
“…Fa-in lam tafAAaloo walan
tafAAaloo faittaqoo alnnara allatee
waqooduha alnnasu waalhijaratu
oAAiddat lilkafireena…”Suratul Al Baqarah – Ayah 24;
“… Porém, se não o dizerdes – e certamente não podereis fazê-lo – temei, então, o fogo
infernal cujo combustível serão s idólatras e os ídolos; fogo que está preparado para os incrédulos.…”.

Disseminar a dúvida sobre aquilo que foi dado e garantido é o trabalho de shaytan, cultivar Yaqin (Certeza, Convicção, Crença) é trabalho dos muçulmanos.

1.4) KUFR TA’WEEL (Descrente por Falsa Interpretação ou por Falta de Entendimento)

Kufr Ta'weel é kufr por condição de entendimento. O kufr não é definido pela rejeição dos Princípios Islâmicos ou de suas Convicções, é determinado pela distorção ou dando um significado diferente daquele, cujo entendimento foi estabelecido pelo Profeta Muhammad (saws).

O Kur’an Karim e os Hadices podem dar interpretações e significados que “podem conflitar” com o original e verdadeiro significado e explicação dada pelo Nobre e Querido Profeta Muhammad (saws). Por esta razão, não nos é permitido dar nossa “opinião” ou “entendimento” sobre qualquer Ayaah do Kur’an Karim e dos Hadices.

Face a prática de Ta’weel (entende-se como um significado próximo de Tasfir), muitos que nasceram muçulmanos ou que converteram ao Islã, se tornaram Kuffar. Ibn Abbas (Rathiallahu Anhu) relatou que Muhammad (saws) disse: "Aquele que interpretar o Kur'an Karim de acordo com a sua opinião (Ra'yah), deixá-lo-á procurar sua morada na fogueira". (Tirmidhi)

Sobre a prática de Ta’weel, segundo o revelado por Allah (swt) no seguinte Ayat:

“…Huwa allathee anzala Aaalayka
alkitaba minhu ayatun
muhkamatun hunna ommu alkitabi
waokharu mutashabihatun
faamma allatheena fee quloobihim
zayghun fayattabiAAoona ma
tashabaha minhu ibtighaa alfitnati
waibtighaa ta/weelihi wama
yaAAlamu ta/weelahu illa Allahu
waalrrasikhoona fee alAAilmi
yaqooloona amanna bihi kullun
min AAindi rabbina wama
yaththakkaru illa oloo al-albabi…”Suratul Al Imran – Ayah 7;
“… Ele foi Quem te revelou o Livro; nele há versículos fundamentais, que
são a base do Livro, havendo outros alegóricos. Aqueles cujos abrigam
a dúvida, seguem os alegóricos, a fim de causarem dissensões, interpretando-os
capciosamente (significado escondido Ta'weel) . Porém, ninguém, senão
Deus, conhece a sua verdadeira interpretação. Os sábios dizem: Cremos nele (o Alcorão);
tudo emana do nosso Senhor. Mas ninguém o admite, salvo os sensatos…”

Além disso, existe uma prova adicional da atitude incorreta de “Ta’weel do Kur’an Karim”, ou seja, no Hadice 6442, Livro 034 Kitab Al-`Ilm (Livro do Conhecimento), Capítulo 01 - Proibição de Seguir um Pensamento de Forma Figurada Contidos no Kur’an Karim, e Evitar Aqueles que os Fazem, e da Discussão no Kur’an Karim. A’icha (R.A.A.) narrou que o Profeta Muhammad (s.a.w.s) havia recitado (estes versículos do Alcorão):
"Ele é Quem revelou a ti (ó Mohammad) o Livro (o Alcorão) em que existam claras revelações, estas são a essência do livro e outras são alegóricos (versículos). E, como para aqueles que têm um desejo do equívoco, eles irão procurar os versículos figurado ( para provocar) mal-entendido ao tentar explicá-las. Mas ninguém conhece as suas implicações (confusões), exceto Deus, e aqueles que são competente em sabedoria dirão: Nós afirmamos a nossa fé em tudo o que é de nosso Senhor. Trata-se apenas a compreensão das pessoas que realmente estão negligenciando ". A'isha (R.A.A.) continuou narrando que o Profeta Muhammad (s.a.w.s) disse (em ligação com esses versículos):" Quando você ver tais versos, previna-se deles, pois são eles quem Deus assinalou-os (no mencionado versos )".

1.5) KUFR MUNAFIQ (Hipócrita, Falso, Fingido)

Kufr Munafiq é aquele que aparentemente pratica o Islamismo, verbalmente atestando com a língua (Iqraaru Bil Lisaan) mas não com o coração (Tasdiq Bil Qalb), ou seja, intimamente esconde sua descrença, referindo-se a uma pessoa cujas ações são diferentes e opostas aos seus pensamentos, os quais ele esconde. No Kur’an Karim, o termo se refere a uma pessoa que não tem fé (Imaan), mas demonstra ter.
“…Itha jaaka almunafiqoona qaloo
nashhadu innaka larasoolu Allahi
waAllahu yaAAlamu innaka
larasooluhu waAllahu yashhadu
inna almunafiqeena lakathiboona…”Suratul Al Munafiqun – Ayah 1
“…Quando os hipócritas se apresentam a ti, dizem:
Reconhecemos que tu és o Mensageiro de Deus.
Porém, Deus bem sabe que tu és o Seu Mensageiro
e atesta que os hipócritas são mentirosos…”

No Kur’an Karim possui centenas de Ayāt (versículos) discutindo munāfiqūn, referindo-se a eles como muito mais perigosos para os muçulmanos do que o pior dos inimigos não-muçulmanos do Islã.

“…Ittakhathoo aymanahum
junnatan fasaddoo AAan sabeeli
Allahi innahum saa ma kanoo
yaAAmaloona…” Suratul Al Munafiqun – Ayah 2
“…Fazem dos seus juramentos
uma coberta (para as suas más ações),
e desencaminham-se da senda de Deus.
Que péssimo é o que fazem!…”

“…Inna almunafiqeena fee
alddarki al-asfali mina alnnari
walan tajida lahum naseeran …” Suratul Al Nissá – Ayah 145
“… Os hipócritas ocuparão
o ínfimo piso do inferno
e jamais lhes encontrarás socorredor algum …”

Abdullah bin' Amr(R.A.A.) narrou que o Profeta Muhammad (s.a.w.s) disse:”… Qualquer um que tenha as quatro (4) seguinte (características, particularidades) será um genuíno hipócrita, e aquele que tiver pelo menos uma dessas seguintes (características, particularidades) terá um atributo de hipocrisia a menos, até que ele jogue isso para o alto.

1.Sempre que é depositado confiança nele, ele trai;

2.Sempre que ele fala, ele fala uma mentira;

3.Sempre que ele faz um pacto, ele mostra a traição;

4. Sempre que ele está em uma discussão (discórdia), ele comportar-se de maneira imprudente, maléfica e de comportamento ofensivo....” de acordo com Sahih Bukhārī,Volume 1, Livro 2, Hadice 33, Crença (Imaan).

1.6) KUFR MURTADH ( Apóstata, Desertor )

Kufr Murtadh, ou Takfir é a pessoa que depois de aceitar o Islã, pratica atos de descrença (kufr), ou renuncia a aceitação da religião por qualquer motivo, abandonando-a e/ou mudando de religião.

No Kur’an Karim, o seguinte versículo, é interpretado como indicando que, antes da prática de Takfir, alguém deve ensinar e orientar à pessoa que praticou o ato, explicando que o que ele está fazendo é errado.
“…Waman yushaqiqi alrrasoola
min baAAdi ma tabayyana lahu
alhuda wayattabiAA ghayra sabeeli
almu’mineena nuwallihi ma tawalla
wanuslihi jahannama wasaat
maseeran…”Suratul Al Nissá – Ayah 115
“… A quem combater o Mensageiro,
depois de haver sido evidenciada a Orientação,
seguindo outro caminho que não o dos fiéis,
abandoná-lo-emos em seu erro e introduziremos
no inferno. Que péssimo destino!…”

No Kur’an Karim destaca que Kufr Murtadh, ou Takfir, serão acusados no Youm El Quyam de forma severa, veja a seguir:
“…Ya ayyuha allatheena amanoo
itha darabtum fee sabeeli Allahi
fatabayyanoo wala taqooloo liman
alqa ilaykumu alssalama lasta
mu/minan tabtaghoona AAarada
alhayati alddunya faAAinda Allahi
maghanimu katheeratun kathalika
kuntum min qablu famanna Allahu
AAalaykum fatabayyanoo inna
Allaha kana bima taAAmaloona
khabeeran…” Suratul Al Nissá – Ayah 94

“…Ó fiéis, quando viajardes pela causa de Deus,
sede ponderados; não digais, a quem vos propõe a paz: Tu não
é fiel, com o intento de auferirdes (matando-o e despojando-o)
a transitória fortuna da vida terrena. Sabei que Deus vos tem
reservado numerosas fortunas. Vós éreis como eles, em outros
tempos; porém Deus vos agraciou (com o Islam). Meditai, pois,
porque Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis. …”

1.7) KUFR MUSHRIK ( Idólatra, Politeísta, Que Aceita a Pluralidade de deuses)

O Kufr Mushrik, ou Mushrikeen é aquele que associa qualquer outra coisa como um sócio de Allah (swt) ou acredita que outras coisas podem ter poder e habilidade, independente de Allah (swt). Na concepção Islâmica, é o conceito de kufr Mushrik (pecado de politeísmo), especificamente ao culto em vez de Allah (swt), associando parceiros a Ele, dando características Dele para outros seres e objetos, e ainda não acreditando nos Seus Nomes e Atributos.

É um kufr que poderá ser perdoado, desde que o indivíduo se arrependa ainda vivo, porém, segundo a Shari’a, todo aquele que morrer neste kufr (pecado), nunca entrará no Paraíso.

Estudiosos Islâmicos do Kur’an Karim, enfatizaram que a idolatria árabe, no período Pré-Islamico, tinham uma série numerosa de deuses (para os idólatras, as mais importantes eram três (03): al-Manāt, al-Lāt e al-Uzzā) as quais recebiam atributos e semelhanças em igualdade a Allah (swt), conforme surata a seguir:

“…Afaraaytumu allata waalAAuzza.
Wamanata alththalithata al-okhra.
Alakumu alththakaru walahu al-ontha?
Tilka ithan qismatun deeza.
In hiya illa asmaon sammaytumooha
antum waabaokum ma anzala Allahu
biha min sultanin in yattabiAAoona illa
alththanna wama tahwa al-anfusu
walaqad jaahum min rabbihimu alhuda…” Suratul Al Najm – Ayah 19-23

“… Considerai Al-Lát e Al-Uzza.
E a outra, a terceira (deusa), Manãt.
Porventura, pertence-vos o sexo masculino e a Ele o feminino?
Tal, então, seria uma partilha injusta.
Tais (divindades) não são mais do que nomes, com que as denominastes, vós e vossos antepassados, acerca do que Deus não vos conferiu autoridade alguma. Não seguem senão as sua próprias conjecturas e as luxúrias das suas almas, não obstante ter-lhes chegado a orientação do seu Senhor!. …”

Outras formas de idolatria inclue a adoração de riqueza material e outros objetos, sendo apontado no Kur’an Karim a história dos Filhos de Israel, quando eles tomaram um bezerro feito de ouro para adoração:
“…Waittakhatha qawmu moosa min baAAdihi min huliyyihim AAijlan jasadan lahu khuwarun alam yaraw annahu la yukallimuhum wala yahdeehim sabeelan ittakhathoohu wakanoo thalimeena.
Walamma suqita fee aydeehim waraaw annahum qad dalloo qaloo la-in lam yarhamna rabbuna wayaghfir lana lanakoonanna mina alkhasireena
Walamma rajaAAa moosa ila qawmihi ghadbana asifan qala bi/sama khalaftumoonee min baAAdee aAAajiltum amra rabbikum waalqa al-alwaha waakhatha bira/si akheehi yajurruhu ilayhi qala ibna omma inna alqawma istadAAafoonee wakadoo yaqtuloonanee fala tushmit biya al-aAAdaa wala tajAAalnee maAAa alqawmi alththalimeena…” Suratul Al A’Raf – Ayah 148-150
“…O povo de Moisés, em sua ausência, fez, com suas próprias jóias, a imagem de um bezerro, que emitia mugidos.Não repararam em que não podia falar-lhes, nem encaminhá-los por senda alguma? Apesar disso o adoraram e se tornaram iníquos.
Mas, quando se aperceberam de que estavam desviados, disseram: Se nosso Senhor não se apiedar de nós e não nos perdoar, contar-nos-emos entre os desventurados.

Quando Moisés voltou ao seu povo, colérico e indignado, disse-lhes: Que abominável é isso que fizestes na minha ausência! Quisestes apressar a decisão do vosso Senhor? Arrojou as tábuas e, puxando pelo cabelo seu irmão, arrastou-o até si, e Aarão disse: Ó filho de minha mãe, o povo me julgou débil e por pouco não me matou. Não faças com que os inimigos de regozigem da minha desdita, e não me contes entre os iníquos! …”

Outra forma de idolatria é venerar ou adorar um líder (religiosos ou não), além do limite, conforme mencionado no Kur’an Karim:
“…Ittakhathoo ahbarahum
waruhbanahum arbaban min dooni
Allahi waalmaseeha ibna maryama
wama omiroo illa liyaAAbudoo
ilahan wahidan la ilaha illa huwa
subhanahu AAamma yushrikoona …” Suratul At Tauba – Ayah 31
“… Tomaram por senhores seus rabinos e
seus monges em vez de Deus, assim como fizeram com o
Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar
senão a um só Deus. Não há mais divindade além d’Ele!
Glorificado seja pelos parceiros que Lhe atribuem!…”

1.8) KUFR KITAABI ( Livros Nulos)

O Kufr Kitaabi que aquele que segue um livro previamente revelado, onde o Islã o ab-rogou (colocou-o em desuso; anulou-o, suprimiu-o, revogou-o, derrogou-o), como os cristãos e os judeus. (veja Kufr Juhood)

1.9) KUFR DAHRIYYAH (Materialistas)

O Kufr Dahriyyah são aqueles que acreditam na eternidade do mundo, e atribuem a criação da espécie com uma evolução natural e temporal. São eles que defendem o Meterialismo Dialético (Marxista-Lenista), como também defendem a Teoria do Big Beng (para a origem do universo) e a origem das espécies, como proposto por Charles Darwin.
“…Waqaloo ma hiya illa hayatuna
alddunya namootu wanahya wama
yuhlikuna illa alddahru wama
lahum bithalika min AAilmin in
hum illa yathunnoona…” Suratul Al Jássiya – Ayah 24

“… E dizem: Não há vida, além da terrena.
Vivemos e morremos, e não nos aniquilará senão
o tempo! Porém, com respeito a isso, carecem de
conhecimento e não fazem mais do que conjecturar…”

1.10) KUFR MUATTIL ( Ateu )

O Kufr Muattil, diz-se daquele que NEGA a existência de Allah (swt), suas criações divinas, na religião, nos mensageiros, anjos tudo aquilo que se relaciona com a Fé (Deen) e/ou qualquer espécie de deuses. São incrédulos, hereges, pagãos, céticos e ateus.

A crença do Kufr Muattil é a inaceitabilidade de qualquer coisa, ou algo, sem que existam provas a esse respeito, ou seja, caso não se possa provar que algo existe, deve-se partir do pressuposto de que esse algo não existe.

A descrença do Kufr Muattil não é equivalente a uma crença ou religião, uma vez que o ateísmo só existe como conseqüência da falta de provas e indícios favoráveis à existência de deuses, onde afirmam que a religião é "a alma de um mundo sem alma".

“…Zuyyina lillatheena kafaroo
alhayatu alddunya wayaskharoona
mina allatheena amanoo
waallatheena ittaqaw fawqahum
yawma alqiyamati waAllahu
yarzuqu man yashao bighayri
hisabin…” Suratul Al Jássiya – Ayah 24

“… Foi abrilhantada a vida terrena aos incrédulos e,
por isso, zombam dos fiéis; porém, os tementes prevalecerão
sobre eles no Dia da Ressurreição, porque Deus agracia
imensuravelmente quem Lhe apraz.…”

1.11) KUFR ZINDEEQ ( Hipócrita)

O Kufr Zindeeq tem a mesma semelhança para com o Kufr Munafiq (hipócrita), mostrando externamente que possuem Fé (Imaan), sendo que não acreditam de coração. A diferença é que todo o Kufr Zindeeq irá, ocasionalmente, demonstrar atos ou manifestar declarações de não acreditar, mas quando ele se aproxima de alguém, ele nega que tenha deixado de acreditar, reclamando e exigindo estar com o Islã.

O Kufr Zindeeq é a pessoa que reconhece a Profecia de Rasulullah (saws) e proclama sua crença em todas as bases e crenças do Islam, não obstante coloca esse entendimento de Fé, semelhantemente as práticas de Kufr, conforme já explicado na Shari’ah. O Kufr Zindeeq é a criatura que demonstra acreditar no Paraíso e no Inferno, acreditando nesses locais como um estado de existência espiritual, simplesmente, e nunca como uma realidade física e material no Youm el Quiam.

Sem a observação e obediência à Shariah, o Imaan (Fé) do Muçulmano é como um corpo morto, uma criatura inanimada, livre de alma. A vida somente será colocada nesta comunidade degradada e degenerada, somente se eles responderem ao Convite e Convocação do Kur’an Karim; acompanhar, exercer e professar a Sunnah do Nobre Rassulallah Muhammad (saws); por último seguindo e fazer cumprir a Shariah determinada no Kur’an Karim, onde revela:

“…Ya ayyuha allatheena amanoo ateeAAoo Allaha warasoolahu wala tawallaw AAanhu waantum tasmaAAoona;
Wala takoonoo kaallatheena qaloo samiAAna wahum la yasmaAAoona;
Inna sharra alddawabbi AAinda Allahi alssummu albukmu allatheena la yaAAqiloona;
Walaw AAalima Allahu feehim khayran laasmaAAahum walaw asmaAAahum latawallaw wahum muAAridoona;
Ya ayyuha allatheena amanoo istajeeboo lillahi walilrrasooli itha daAAakum lima yuhyeekum waiAAlamoo anna Allaha yahoolu bayna almar-i waqalbihi waannahu ilayhi tuhsharoona…” Suratul Al Anfal – Ayah 20-24

“… Ó fiéis, obedecei a Deus e ao Seu Mensageiro, e não vos afasteis dele enquanto o escutais (Discurso, oração).
E não sejais como aqueles que dizem: Escutamos!, quando na realidade não escutam.
Aos olhos de Deus, os piores animais são os "surdos" e "mudos", que não raciocinam.
Se Deus tivesse reconhecido neles alguma virtude, tê-los-ia feito ouvir; se Ele os tivesse feito ouvir, teriam renegado desdenhosamente, mesmo assim.
Ó fiéis, atendei a Deus e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Deus intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele..…”

Quando um muçulmano abandona a Shariah, eles passam a pensar como Kuffaar, imitando-os, procurando por conselhos e orientação do kuffaar, em todas as materias e assuntos. Este é o modo de vida de todos os Kufr Zindeeq e Mulhideen, que estão balançando de um lado para outro, na Nação do Islam.

“…Wamina alnnasi man yujadilu
fee Allahi bighayri Aailmin
wayattabiAAu kulla shaytanin
mareedin…” Suratul Al Hajj – Ayah 3
“… Entre os humanos há quem discute nesciamente
acerca de Deus e segue qualquer demônio rebelde …”

Acreditar que NABI ISAA (alayhis salaam) está vivo, e que ele foi elevado materialmente para o Céu, está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. A Negação desta verdade, por qualquer forma de interpretação é Baatil (Calúnia) e Kufr (Pecado).

Acreditar no KHAATAMUN NABIYEEN, está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. Negação desta verdade, por qualquer forma de interpretação é Baatil (Calúnia) e Kufr (Pecado).

Acreditar na ressurreição e na materialização corpórea da pessoa e de toda humanidade no Youm-el-Akhirah, está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. Negação desta verdade, por qualquer forma de interpretação é Baatil (Calúnia) e Kufr (Pecado).

Acreditar nos Mu’jizaat (Milagres) dos Profetas (alayhimus salaam), está dentro do Dhurooriyaat-e-Deen. Aquele que interpretar o Mu’jizaat e explicar qualquer parte, diferentemente, daquilo que a Ummah compreendeu, passados mais de quatorze (14) séculos, comete (Calúnia) e Kufr (Pecado).

2) - POR QUE O KUR'AN KARIM SE REFEREM AOS JUDEUS E CRISTÃOS COMO KUFFAR OU INFIÉIS? QUE TIPO DE RESPEITO E TOLERÂNCIA É ISSO?

Essa Questão, e Resposta é uma parte do texto:

"Afinidades de Muçulmanos e Não-muçulmanos: Reflexões de Vários Textos do Kur’an Karim."

Dr. Jamal Badawi é professor de Gestão e Estudos Religioso, na Universidade de Saint Mary’s, Halifax, Nova Scotia, Cánada.

Existe um grande engano com a tradução, o que às vezes é praticado por muçulmanos, também.

Se você procurar o significado da palavra Infiel, você terá como significado os termos: “alguém que não tem uma fé” ou “não acredita em Deus”.

No Kur’an Karim diz que os judeus e cristãos não acreditam em Deus? Não.
Na Surata Al Ankabut, Ayah 46 revela:
“…Wala tujadiloo ahla alkitabi illa
biallatee hiya ahsanu illa allatheena
thalamoo minhum waqooloo
amanna biallathee onzila ilayna
waonzila ilaykum wa-ilahuna
wa-ilahukum wahidun wanahnu
lahu muslimoona…”
“… E não disputeis com os adeptos do Livro,
senão da melhor forma, exceto com os iníquos, dentre eles.
Dizei-lhes: Cremos no que nos foi revelado, assim como no
que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos…”

Allah (swt) revela que o Deus dos cristãos, dos judeus, e dos muçulmanos é Um e o mesmo. O palavra infiel é uma tradução inexata do palavra kafir neste caso.

Kafir, se referindo a uma pessoa, ou Kufr referente ao ato, é usado no Kur’an Karim em uma variedade de conjuntos de significados. Por esta razão fico indeciso ao usar mesmo os termos “não-crente” ou “descrente”, pelo simples fato de não estarem “claras” essas palavras na língua inglesa. Qual é o objeto da incredulidade ou descrença? É Allah (swt)? um Nabi (as) ou Rassulallah (saws) em particular? Outro aspecto?

Eu preferiria usar o termo “não-muçulmano”, como se aplica as várias categorias de Kufr, quando se refere àquele que conscientemente rejeita (Descrente), ou (Incrédulo) para aquele que, devido a falta de conhecimento, aliado também a falta de consciência não acredita na mensagem do Islam. A seguir exemplificaremos as várias formas de usos do termo kufr no Kur’an como segue:

1) – O Termo Kufr, às vezes, é usado em julgamento positivo, ou seja, um crente fiel também pode ser um kafir. Como assim? É revelado no Kur’an Karim:

“…La ikraha fee alddeeni qad tabayyana alrrushdu
mina alghayyi faman yakfur bialttaghooti wayu/min
biAllahi faqadi istamsaka bialAAurwati alwuthqa
la infisama laha waAllahu sameeAAun AAaleemun…” Suratul Al Bacarah – Ayah 256
“… Não há compulsão (força, imposição) na religião! Como resultado, diferencia-se a retidão da depravação. Então, quem renega (yakfur) At-Tãghut (neste caso, designa tanto satanás quanto ao ídolo, ou qualquer outra coisa maléfica), e crê em Allah (swt), como consequência, ater-se-á à firme alça inrrompível. E Allah (swt) é Oniouvinte, Onisciente. …”

2) - O termo Kufr também é aplicado a muçulmanos que cometem atos de forma errada, embora não necessariamente, sendo essas ações, que os classificaria e os eliminaria do estado de convicção no Islam, isto é, um muçulmano que deveria cumprir o Hajj, mas não vai, sem negar a necessidade de cumprir. Neste caso, estaria cometendo um ato de kufr e sendo desagradável com Allah (swt). É revelado no Kur’an Karim:
“…Waatimmoo alhajja waalAAumrata lillahi fa-in ohsirtum
fama istaysara mina alhadyi wala tahliqoo ruoosakum
hatta yablugha alhadyu mahillahu faman kana minkum
mareedan aw bihi athan min ra/sihi fafidyatun min siyamin
aw sadaqatin aw nusukin fa-itha amintum faman tamattaAAa
bialAAumrati ila alhajji fama istaysara mina alhadyi faman
lam yajid fasiyamu thalathati ayyamin fee alhajji wasabAAatin
itha rajaAAtum tilka AAasharatun kamilatun thalika liman lam
yakun ahluhu hadiree almasjidi alharami waittaqoo Allaha
waiAAlamoo anna Allaha shadeedu alAAiqabi;

Alhajju ashhurun maAAloomatun faman farada feehinna alhajja
fala rafatha wala fusooqa wala jidala fee alhajji wama tafAAaloo
min khayrin yaAAlamhu Allahu watazawwadoo fa-inna khayra
alzzadi alttaqwa waittaqooni ya olee al-albabi…” Suratul Al Bacarah – Ayah 196-197

“… E cumpri a peregrinação e a Umra, a serviço de Deus. Porém, se fordes impedidos disso, dedicai uma oferenda do que vos seja possível e não corteis os vossos cabelos até que a oferenda tenha alcançado o lugar destinado ao seu sacrifício. Quem de vós se encontrar enfermo, ou sofrer de alguma infecção na cabeça, e a raspar, redimir-se-á mediante o jejum, a caridade ou a oferenda. Entretanto, em condição de paz, aquele que realizar a Umra antes da peregrinação, deverá, terminada esta, fazer uma oferenda daquilo que possa. E quem não estiver em condições de fazê-lo, deverá jejuar três dias, durante a peregrinação, e sete, depois do seu regresso, totalizando dez dias. Esta penitência é para aquele que não reside próximo ao recinto da Mesquita Sagrada. Temei a Deus e sabei que é Severíssimo no castigo.

A peregrinação realiza em meses determinados. Quem a empreender, deverá abster-se das relações sexuais, da perversidade e da polémica. Tudo o que fizerdes de bom Deus o saberá. Equipai-vos de provisões, mas sabei que a melhor provisão é a devoção. Temei-Me, pois, ó sensatos.…”

3) - O termo Kufr é usado no Kur’an Karim como o oposto de Shukr (agradecer). É revelado no Kur’an Karim:

“…Walaqad atayna luqmana alhikmata ani oshkur
lillahi waman yashkur fa-innama yashkuru linafsihi
waman kafara fa-inna Allaha ghaniyyun hameedun…” Suratul Luqman – Ayah 12
“… Agraciamos Lucman com a sabedoria,(dizendo-lhe): Agradece a Deus, porque quem agradece, o faz em benefício próprio; por outro lado, quem desagradece, (saiba) que certamente Deus é, por Si, Opulento, Laudabilíssimo. …”

4) - O termo Kafir é usado no Kur’an Karim, e não só se refere aos judeus ou cristãos, mas a todos aqueles que rejeitaram os Nabis (alayhim salam) e Rassulallah (saws) e negaram a existência de Allah (swt). Foi usado para se referir ao povo de Noé (alayhi salam) e ao povo de Ibrahim (alayhim salam). Também foi usado para recorrer a esses que negaram a profecia e rejeitaram completamente a existência de Allah (swt), que não é obviamente o caso dos cristãos e judeus.

5) – O termo Kufar também pode ser usado em um julgamento mais sério, mas com uma variedade de significados. Recorre ao rejeição do Islam; Descreve aquele que conhece a verdade, mas rejeita isto, por orgulho, vaidade, personalidade e etc; Descreve aquele que tem o conhecimento e intimamente e deliberadamente rejeita as mensagens.

3) - CONCLUSÃO

No entanto, nós não podemos avaliar esta situação claramente e de forma segura. Rassulallah Muhammad (saws) nos deu informações e orientações muito claras, depois de um fato ocorrido, onde algumas pessoas afirmaram saber o motivo de “alguém” se converter e crer no Islamismo. Rassulallah Muhammad (saws) perguntou-lhes se tinham aberto seus corações, e se sabiam se o que estava nos seus corações era sincero ou não. Intimamente, nós temos que deixar o julgamento do Imaan (Fé) das pessoas à Allah (swt); só Allah (swt) sabe se a aceitação de uma pessoa foi sincera ou não. Allah (swt) é Todo-Instruído, e Ele é o único Juiz de tudo de nós.

* Imploramos a Allah (swt) nos conceder toda o proveito do verdadeiro IMAAN (Fé) e nos permita conservar entre os que são verdadeiramente Ahli Sunnah Wal Jamaat;

* Imploramos a Allah (swt) nos conceder a sabedoria para concordar com nossos corações e dar nosso testemunho com nossas línguas da veracidade de tudo aquilo que foi enviado até Rassulallah Muhammad (saws);

* Imploramos a Allah (swt) enviar incontáveis Salawaat e Salaams ao nosso Mestre e nosso Líder Sayyidina Mawlaanaa Rassulallah Muhammad (saws), quantidades incontáveis, como quanto de gotas de água desce do céu durante uma chuva;

* Imploramos a Allah (swt) enviar incontáveis de Seu Salawaat e Salaams em nosso Mestre e nosso Líder Sayyidina Mawlaanaa Rassulallah Muhammad (saws), a Melhor da Todas as criações de Allah (swt);

* Imploramos a Allah (swt) que conceda ao nosso Mestre e Líder Sayyidina Mawlaanaa Rassulallah Muhammad (saws) um “Noor” que excederá em brilho a todos o outros noor no Yawmul Qiyaam e permita que a família Dele e, seus Sahaabis, Ansar e todos aqueles os seguiram a apreciar de sua companhia e intercessão no Youm-El-Qiyaam.

Sem dúvida nenhuma, ALLAH é o Senhor do Youm-El-Qiyaam, Oniouvinte do pecador pelo tempo que for necessário e ALLAH é quem aceita o pedido do abandonado.

Ameen…. Ameen…. Ameen….
ual Randulillah Rabi el Alamim!!!!!

l Fatiha:

Bismillah, Rahman, Rahim

Al Randulillah Rabi el alamim.
Al Rahman ua Rahim.
Maalik Youm-dim.
Yak’kana’abud ua Yak’kanastain.
Ihrdina siraat al mustaquim.
Siraat al’ladhina, an'na’amta alayhem
Khayreen maghdubi alayhim uala thalim.
Ameem...ameen.

Imploramos a ALLAH(swt), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício de Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH(swt) que é o único Deus do Universo.

Que ALLAH (swt), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra.

Salam Alaikum ua RahmatuLLAH ua Barakatú. .

Fonte: Hajj Said -
http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=53595745&tid=5219052449283786844&na=4

A Viagem Noturna (Isrá) e Ascensão (Mi’raj) - 17- Surata Al-Isrã-

Em Nome de DEUS, o Clemente, o Misericordioso.

A Viagem Noturna (Isrá) e Ascensão (Mi’raj) - 2

Louvado seja Allah. Nós O louvamos, glorificado e exaltado seja pelas suas inúmeras dádivas e benevolências.. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros, o Absoluto, Que não gerou ou foi gerado e não há ninguém igual a Ele. Prestamos testemunho de que Mohammad é Seu servo e Mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como a seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Irmãos muçulmanos:

Vamos falar, hoje, a respeito da segunda parte do episódio da Isrá e Mi’raj, ou seja a da ascensão do Profeta (S) de Jerusalém para os altos céus para ver os grandes sinais de seu Senhor. Allah, Ta’ála, disse: “Em verdade, presenciou os maiores sinais do seu Senhor”.(53:18).

De acordo com as tradições fidedignas, o Profeta (S) viu no céu terreno o pai da humanidade, Adão, e que viu à direita de Adão as almas dos felizes e à esquerda as almas dos infelizes. Nisso há um aviso para nós, crentes, para agirmos, nos empenharmos em nossa adoração para fazermos parte dos felizes, e sermos dos habitantes do Paraíso.

No segundo céu, o Profeta (S) encontrou-se com João, filho de Zakariya e com Jesus (AS). Jesus é o símbolo da paz, da purificação. A crença nele é obrigação na nossa religião islâmica. Jesus (AS) e João confirmaram a missão do Profeta (S) como demonstração de que a religião dos profetas é uma só, ou seja, a submissão à vontade de Allah, Único, sem parceiros. Que todos os profetas são irmãos para transmitirem a mesma mensagem a respeito do Senhor do Universo.

Então, o Profeta (S) ascendeu ao terceiro céu onde se encontrou com José (AS), símbolo da castidade, do afastamento dos desejos e da verdadeira soberania. Allah, Ta’ála, disse: “Ó Senhor meu, já me agraciaste com a soberania e me ensinaste a interpretação das histórias! Ó Criador dos céus e da terra, Tu és o meu Protetor neste mundo e no Outro. Faze com que eu morra muçulmano, e me junta aos virtuosos!” (12:101).

Os teólogos explicam que a soberania, aqui, significa de quem domina os seus desejos, utilizando-a para a prática do bem, evitando a prática do mal.

No quarto céu encontrou-se com o Profeta Idris (Isaías) (AS), símbolo da convocação para o monoteísmo e que confirmou o comissionamento do Profeta Mohammad.

No quinto céu encontrou-se com o profeta Aarão (AS) símbolo da fraternidade sincera. Foi ele que ajudou o seu irmão, Moisés, na convocação para Allah. Isso nos informa como deve ser a irmandade por Allah e a convocação para a religião de Allah. No sexto céu o Profeta Mohammad (S) encontra-se com Moisés (AS), símbolo da sinceridade e da paciência. Ele foi paciente quanto às injúrias dos israelitas até transmitir a mensagem de Allah. Moisés chorou quando o Profeta Mohammad (S) o deixou. Quando foi perguntado por que havia chorado, respondeu: “Choro porque um jovem foi enviado depois de mim, cujos seguidores ingressarão no Paraíso mais do que meus seguidores”.Isso é um auspício para a comunidade islâmica que será a maior dos habitantes do Paraíso.

No sétimo céu o Profeta (S) encontrou-se com o Patriarca Abraão (AS), símbolo do monoteísmo puro. O Profeta Abraão (AS) enviou uma mensagem direta para os muçulmanos para glorificarem e louvarem muito a Allah, o Senhor do Universo, porque isso é constitui na semente do Paraíso. O Profeta Abraão (AS) que construiu a Caaba estava encostado na Casa celestial como prêmio pelo que fez na terra. A casa celestial é igual a Caaba na terra, ao redor da qual 70 mil anjos circungiram diariamente, e não voltam até o Dia da Ressurreição.

Irmãos muçulmanos, durante a Ascensão do Rassulullah (S) a oração foi estabelecida. Isso lhe dá a importância e a necessidade devida para a purificação das almas. Quando você ora com concentração total na sua oração, você ascende com o seu espírito para os céus, ficando merecedor da misericórdia e das dádivas de Allah. O seu espírito renasce e por intermédio das orações consegue obter a satisfação de Allah, abençoado e exaltado seja.

É da piedade de Allah para com a comunidade islâmica ter estabelecido as cinco orações diárias, em vez de cinqüenta. Allah, Ta’ála, disse que são cinco em número e equivalem a cinqüenta na recompensa.

Irmãos muçulmanos:

- Tiramos a seguinte lição do que foi dito, que devemos ser assíduos nas nossas orações, porque nelas reside a nossa salvação.

- Empenharmo-nos na transmissão da nossa religião, primeiro a nós mesmos e depois aos nossos familiares, então para a sociedade em que vivemos.

- O Paraíso foi a nossa primeira morada e a ele retornaremos, se Allah quiser. Isso exige que nos empenhemos para obtê-lo.

- Os profetas (AS) são irmãos que transmitiram uma só Mensagem, ou seja, a adoração somente a Allah, sem parceiros..

Peço a Allah que nos cumule com as suas graças com a segurança, com a fé, com a paz. Que Allah abençoe a todos

Wassalamu Alikom warahmatullahi wabarakátoh.

Mesquita de Guarulhos
Sermão da Sexta-feira, 6 de Cha’ban, 1429 – 08/08/2008
Proferido pelo Cheikh Khaled Rezk Taky Eldin
Tradução e adaptação: Professor Samir El Hayek

terça-feira, agosto 12, 2008

ISLÃ – CONHEÇA ANTES DE JULGAR!

ESPÍRITO DE TOLERÂNCIA NO ISLÃ

A Intolerância está a aumentando no mundo de hoje, causando a morte, genocídio, violência, perseguição religiosa, bem como confrontos em diferentes níveis. Algumas vezes é racial e étnica, algumas vezes, é religiosa e ideológica, outras vezes, é político e social. Em qualquer situação, é nociva e dolorosa. Como é que podemos resolver o problema da intolerância? Como podemos afirmar nossas próprias convicções e posições sem ser intolerante aos outros? Como é que podemos trazer tolerância para todo o mundo de hoje?

O QUE É TOLERÂNCIA PARA O ISLÃ

Literalmente a palavra "tolerância" vem do verbo tolerar que significa: consentir, permitir tacitamente (o que deveria ser censurado), suportar com indulgência, em fim, conviver em harmonia com a rica adversidade das culturas do mundo, as formas de expressão e o modo de ser de cada ser humano”.Em árabe, é chamado de "Tasamuh". Há também outras palavras que dão significados semelhantes, tais como "Hilm" (tolerância) ou “Afu” (perdão, perdão) ou “Safh” (esquecer, ignorar

A tolerância é um princípio básico do Islã. É um dever moral religioso. Não significa "concessão, condescendência ou indulgência”.Não significa falta de princípios, ou da ausência de gravidade sobre alguns princípios.

Também, tolerância no Islã não significa que nós concordamos com tudo ou acreditamos que todas as religiões são as mesmas. Veja o que diz a Surata 109 do Alcorão Sagrado:

Al Kafiroon – Surata 109

Bismi Allahi alrrahmani alrraheemi
1. Qul ya ayyuha alkafiroona
2. La aAAbudu ma taAAbudoona
3. Wala antum AAabidoona ma aAAbudu
4. Wala ana AAabidun ma AAabadtum
5. Wala antum AAabidoona ma aAAbudu
6. Lakum deenukum waliya deeni

Significado em Português

OS INCRÉDULOS

Revelada em Makka; 6 versículos.
109ª SURATA

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
1. Dize: Ó incrédulos,
2. Não adoro o que adorais,
3. Nem vós adorais o que adoro(1937).
4. E jamais adorarei o que adorais,
5. Nem vós adorareis o que adoro.
6. Vós tendes a vossa religião e eu tenho a minha.
OS PRINCÍPIOS DA UNESCO SOBRE A TOLERÂNCIA DIZEM

Consiste com o respeito pelos direitos humanos. Contudo, a prática da tolerância não significa tolerância à injustiça sócial, o abandono ou enfraquecimento contra o Ilícito. E sim, aceitar o livre arbítrio imposto por Allah (SW) aos homens.Ele é livre para aderir às suas convicções sem ser molestado, podendo ser no máximo, admoestado, ou seja, instruído a retornar às sendas retas. Significa também aceitar que os seres humanos, naturalmente divergem uns dos outros na sua aparência, situação sócio econômica, discurso, comportamento e valores. Têm ainda, o direito de viver em paz e de ser como elas são.

TOLERÂNCIA VEM DO NOSSO RESPEITO E CONHECIMENTO DE ALGUNS CONCEITOS:

1. Respeito à dignidade humana;

2. Respeito à igualdade de todos os seres humanos,

3. Respeito aos direitos humanos universais e, o

4. Respeito à liberdade de pensamento, de consciência e de crença.

O Alcorão fala sobre o básico dignidade de todos os seres humanos. O Profeta (SAAS), falou sobre a igualdade de todos os seres humanos, independentemente da sua raça, cor, língua ou origem étnica. Shar’ah reconhece os direitos de todas as pessoas à vida, à propriedade, família, honra e consciência.

Seguem-se algumas passagens Alcorânicas e Sunnah alusivas ao assunto:

Surata Al Hujurat versículo 13: “Ó humanos, nos os criamos de um macho e uma fêmea e os separamos em nações e tribos para que conhecesse uns aos outros. Verdadeiramente, o mais nobre entre vocês para Allah é o mais piedoso. Verdadeiramente Allah é Onisciente

Disse o Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele): “Ó povo! Se Allah é Único e seu pai Adão é um. Um árabe não é melhor que um não árabe e um não árabe não é melhor do que um árabe. Uma pessoa vermelha (108)não é melhor que uma negra e uma pessoa negra não é melhor que uma vermelha, exceto na piedade”(109).

Ensinou o Profeta (SAAS): “Há uma porção de carne dentro do corpo do homem, quando ela está purificada, todo o corpo fica purificado; quando está impuro todo o corpo permanece impuro. Essa porção é o coração”.

Todos Louvores para Allah o Senhor dos Mundos! Paz, bênçãos e misericórdias de Allah sobre o Profeta Muhammad e seus familiares, seus companheiros e seguidores até o dia do Juízo Final.

Fonte: Muzammil H. Siddiqi, Ph.D.

quinta-feira, julho 31, 2008

SAUDAÇÕES DO BLOGGER

Em nome de Allah, o Misericordioso, o Misericordiador.
Louvado seja Allah, que criou os céus e a terra, que
originou as trevas e a luz. Testemunho que não há outra
divindade senão Allah! Testemunho que Muhammade é Profeta
e Mensageiro de Allah, que a paz e as bênçãos de Allah
estejam como ele, com seus familiares, com seus companheiros
e com seus seguidores.

Surata 23 - versículos 84 a 89:
Dize Muhammad:"De quem é a terra e quem nela existe, se sabeis?"
Dirão: De Allah:"Dize:"Então, não meditais?"
Dize:"Quem é o Senhor dos sete céus e o Senhor do Magnifico Trono?"
Dirão:"Allah". Dize:"Então não temeis a Allah?"
Dize:"Quem tem em suas mãos o reino de todas as coisas, e Quem a todos protege e não precisa de ser protegido, se sabeis?"
Dirão:"Allah". Dize:"Então, como vos deixeis enfeitiçar?"

O Tauhid Al Rububiiat, comporta os cinco Pilares do Islã, contendo a mesma mensagem dos Profetas e Mensageiros anteriores a Muhammad SAAA -(Ex:Abraão,Moises, Noé, Jesus (Que a paz e as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles).

quarta-feira, julho 23, 2008

O JEJUM ISLÂMICO

INTRODUÇÃO

A priori, não se compreende o Islã sem considerar as suas práticas religiosas diária, cuja aplicação corresponde à verdade de Allah e a Sua Lei.

Então, aquilo que parece estranho ao entendimento de outros credos, o sistema islâmico vê com prescrições divinas, claramente estabelecidas para serem usadas. Em tese o muçulmano não pode ignorá-las, porque foram ordenadas aos nossos antepassados, e se hoje, são mal interpretadas pelos não muçulmanos, devemos sem arrogância manter vivos os preceitos da inteligência divina alimentando-se dos fundamentos alcorânico como nos ensina a Surata 2, versículos 83 /183:

“E lembra-lhes de quando firmamos a aliança com os filhos de Israel: Não adorareis senão a Allah...”.

“Ó vos que credes! É vos prescrito o jejum, como foi prescrito aos que foram antes de vós, para serdes piedosos”.

E a Surata 3, versículos 96/97:

“Por certo, a primeira Casa de Allah, edificada para os homens é a que está em Bakkah, é abençoada e serve de orientação para os mundos”.

“Nela há sinais evidentes, entre os quais o maqãm de Abraão”. E quem nela entre estará em segurança. E, por Allah, impende aos homens a peregrinação à Casa, a quem até ela possa chegar. E quem renega isso saiba que, por certo, Allah é bastante a Si mesmo, prescindindo-se dos mundos ““.

Precisamente, os sinais de Allah são fartos e concretos. É inconcebível que um muçulmano não os perceba ou demonstre infidelidade aos mandamentos retidos no Alcorão, como expressa a Surata 42, versículo 13:

“Da religião, Ele legislou, par vós o que recomendara a Noé, e o que te revelamos, e o que recomendáramos a Abraão e a Moisés e a Jesus:” Observai a religião e, nela não vos separeis “. È grave para os idólatras aquilo a que os convocas. Allah atrai, para Ele, quem ele quer e guia, para Ele, quem se lhe volta contrito”.

O SIGNIFICADO DO JEJUM

Allah, em sua infinita bondade ordenou para a humanidade algumas regras para serem postas em práticas facilitando a comunhão do servo com o seu Criador. Interessa para se ter essa aproximação e a misericórdia de Allah, a assiduidade no cumprimento dessas regras e esteja o indivíduo concentrado externa e interiormente se empenhar em realizá-las de forma perfeita, com alegria, sem hesitações devendo estar firme no propósito de submeter-se completamente aos preceitos expostos no caminho espiritual.

Esse movimento magnífico da doutrina islâmica chama seu crente aos deveres e ao aprofundamento espiritual do Jejum, despindo-se das afeições terrenas, durante vinte e nove (29) ou trinta (30) dias, do Mês Sagrado do Ramadã, o nono mês do Calendário Lunar Islâmico.

O Jejum é prescrito para todas as pessoas adultas, a partir da puberdade caracterizada pelas mudanças corporais tanto no elemento masculino quanto no feminino; em caso de retardamento desse período, obrigatoriamente, deve ser observada a idade de doze (12) anos cumprindo o adolescente a determinação divina.

O Jejum expressa abstinência de comer, beber, do relacionamento sexual, do período da madrugada ao por do sol, de forma a refrear os mais variados desejos e necessidades humanas, afastando a inveja, a mentira, os sentimentos maldosos, as más palavras etc. Tudo foi condenado pela ordem divina.

Mais ainda, o caráter universal dessa prescrição fundamenta-se em duas fases. Uma para ser cumprida no horário estabelecido pelo Criador, que contempla, principalmente à disciplina do espírito humano no desenvolvimento de força perante os obstáculos da vida, em quaisquer circunstâncias.

Outra, relativa às condições físicas, melhorando a saúde e a mente, contribuindo para proteger o corpo e preservá-lo de danos causados pelo excesso de alimentação diária, durante onze meses do ano.

Com isso, tenho a considerar no princípio do Jejum, o muçulmano expressar inequívoca submissão a Allah, mudando todo sistema alimentar, de trabalho, pois, ao contrário do que se fala, durante esse tempo come-se pouco, conservando o conceito alcorânico com paciência e vigor.

Com o Jejum muçulmano fica limpo externo e interiormente, porque, vivencia a fome e a sede, na mesma proporção do pobre, nesse caso, sente de perto a dificuldade numa dimensão mais elevada de entendimento, acentuando dali por diante, a convivência com o desfavorecido.

De forma que o Jejum implica na obrigação da caridade aos carentes, firma maior integração da comunidade e manifesta extrema liberdade pelo relacionamento com a sabedoria divina trazendo satisfação à prática do princípio ordenado.

Desta forma, o significado interior do Jejum aprofunda a relação do muçulmano com Allah, em qualquer lugar em que a pessoa esteja, desde é claro, que não viole a natureza plena da regra que integralmente é mantida nas comunidades muçulmanas pelas famílias.

O JEJUM NA FAMÍLIA MUÇULMANA

Em um hadith, o Profeta e Mensageiro de Allah (SAAS), disse: “Há muitos que jejuando, só ganham do Jejum a fome e a sede”. Isso significa que há pessoas que não preenchem sinceramente as obrigações impostas por Allah, transgredindo espontaneamente o que foi ordenado.

Para não atingir esse estágio e completar com firmeza de intenção e confiança o Jejum, a família deve ajudar o indivíduo nos primórdios da infância. Esse é um costume bastante apreciado pela família muçulmana que prepara os filhos para esta vida terrena e para a outra vida, sem constrangimentos.

Para auxiliar a índole infantil a manter o controle do menor ao atingir a idade de sete anos, os pais começam a treiná-lo para o Jejum. Ensinam a praticar o Jejum e exercitá-lo nas orações. Em horários específicos, disciplina-o comer e beber, a fim de em um futuro próximo prosseguir sem dificuldades na jornada espiritual.

Entre milhares de hadith, o Profeta Muhammad (SAAS) ensinou: “Ordene seus filhos orarem quando atingirem a idade de sete (7) anos castigue-os, se eles não obedecerem quando estiverem com dez (10) anos, que as crianças durmam separadamente”.

Esses simples ensinamentos são de grande valor por que, a criança vai sendo treinada por etapas, paulatinamente prosseguindo de modo a situá-la concisa na tarefa que tem a desempenhar como cidadão na comunidade muçulmana, e, servo de Allah.

De modo, no Jejum, o café da manhã lhe deve ser servido atrasado, num espaço que varia de uma a duas horas depois da primeira refeição comumente servida. Espaço de tempo que deve ser repetido em todos os repastos, que proporcionará a transformação do horário alimentar. Interligado a esta vivificante modificação de hábito, os familiares devem encorajá-lo a dar continuidade ao grande esforço positivando toda superação que possa alcançar.

Essa viva participação familiar traz muitos aspectos de manifestações e regozijos dirigidos a mostrar à comunidade o bom desempenho do Jejum. Esse clima de euforia domina em todos os países muçulmanos, as crianças que conseguem (maioria) dominar sem empecilho o Jejum (assistidas de perto pelos seus pais) são festejadas a título de intensa alegria pelos parentes que costumam presenteá-las com troféus pela grande vitória.

Portanto, uma superforça familiar trabalha sendo comum criança de sete (7) anos jejuar igual a um adulto no mês de Ramadã.

A cada ano, a tradição é mantida dentro do mesmo sentido, crescendo a criança dentro da norma religiosa, ciente das suas obrigações de futuros homens e mulheres perante o Absoluto.

A criança muçulmana é mantida numa vida simples e ambiente limpo. Moldada ao conjunto dos princípios do Alcorão e da Sunnat, sendo recompensada nesta e na outra vida. Os pais que incentivaram a fé islâmica aos filhos estreitaram o amor por ele e serão recompensados com o Paraíso! Inshallah!

O JEJUM NO ALCORÃO E NA SUNNAT

Diz Allah no Alcorão Sagrado, na Surata 2 versículo 185:
“Ramadã é o mês em que foi revelado o alcorão, como orientação para a humanidade e como evidências da orientação do critério de julgar. Então, quem de vós presenciar esse mês, que nele jejue: e quem estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. Allah vos deseja a facilidade, e não vos deseja a dificuldade. E fê-lo para que inteires o número prescrito, e para que magnifiqueis a Allah, porque vos guiou, e para serdes agradecidos”.

Adequadamente, o versículo mostra quando se faz o Jejum, observando aparecimento da lua nova, que indica a chegada de cada novo mês, o mês de Ramadã e o início do Jejum. O Profeta Muhammad (SAAS) disse: “Jejuem quando verem a Lua Nova, também terminem o Jejum também quando verem a Lua Nova. Se não olharem a Lua Nova, completa o mês de Chaaban trinta (30) dias”.

Expressa com clareza que, no dia vinte e nove (29) do mês de Chaaban , antes do por do sol e depois do por do sol, o muçulmano olha o céu procurando a Lua Nova. Se ela aparece o outro dia é início do mês de Ramadã. No caso de não aparecer, indica que o outro dia é final do mês de Chaaban.

Extremamente cuidadoso e ciente da sua missão, o nobre Profeta, ensinou aos muçulmanos que o mês lunar é de vinte e nove (29) ou trinta (30) dias, não chegando a vinte oito (28) tampouco a trinta e um (31) dias, como no calendário gregoriano.

Por conseguinte o muçulmano deve observar miudamente, o horário do surgimento da lua nova. Caso expor-se avista depois de “zero hora” ou até as doze (12) horas, não é considerada Lua Nova. Ela é nova para o dia mesmo, não conta.

No Islã a Lua Nova tem sentido de inicio de um novo mês. Aparece durante à tarde ou até a noite, sendo bastante prazeroso acompanhar os movimentos lunares que transcrevem no céu o anuncio do término do tempo decorrido entre uma Lua Nova e outra.

Detalhe muito importante que o muçulmano não deve perder, e se esforçar em seu caminho espiritual, por que, o Alcorão responde todas as coisas que se necessite nesta vida colocando nitidamente as regras do Jejum. O Profeta e Mensageiro de Allah, explicou por inspiração divina, detalhadamente como jejuar e praticar corretamente o rito islâmico.

Por ser uma prescrição divina o muçulmano deve utilizar os princípios fundamentais que compreendem a revelação e a tradição profética, para alcançar a essência da abstinência total. Nesta visão prevalece que o Jejum centra a mente, o organismo físico, ao autocontrole e a alma a elevação espiritual. É sem dúvida um processo de libertação espiritual, no qual o servo de Allah se identifica com o preceito e consegue primordialmente polarizar grande satisfação na continuidade da regra religiosa.

Allah diz na Surata 2 versículos 183 e 187:
“Ó vos que credes! É vos prescrito o Jejum, como foi prescrito aos que foram antes de vós, para serdes piedosos”.

“Durante dias contados. E quem de vós estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de dias. E impende aos que podem fazê-lo, mas com muita dificuldade, um resgate: alimentar um necessitado. E quem mais o faz voluntariamente, visando ao bem, ser-lhe-á melhor. E jejuardes vos é melhor. Se soubésseis!”.

“Ramadã é o mês em que foi revelado o alcorão, como orientação para a humanidade e como evidências da orientação do critério de julgar. Então, quem de vós presenciar esse mês, que nele jejue: e quem estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. Allah vos deseja a facilidade, e não vos deseja a dificuldade. E fê-lo para que inteires o número prescrito, e para que magnifiqueis a Allah, porque vos guiou, e para serdes agradecidos”.

“E quando meus servos te perguntarem por Mim, por certo, estou próximo, atendo a súplica do suplicante, quando Me suplica. Que eles Me atendam, então, e creiam em Mim, na esperança de serem assisados”.

“É vos lícita, na noite do Jejum, a união carnal com vossas mulheres. Elas são para vós vestimentas, e vós sois para elas vestimentas. Allah sabia que vos traíeis a vós mesmos a esse respeito, e Ele voltou-Se para vós e indultou-vos. Então, agora, juntai-vos a elas e buscai o que vós, o fio branco do fio negro da aurora. Em seguida, completai o Jejum até o anoitecer. E não vos junteis a elas, enquanto estiverdes em retiro nas Mesquitas Esses são os limites de Allah: então, não vos aproximeis deles. Assim, Allah torna evidentes Seus Sinais, para os homens, a fim de serem piedosos”.

Para que não haja equívocos, a doutrina islâmica ressalta a questão de quem pode ou não jejuar. É um critério religioso que provém da consideração da força e da saúde do ser humano, não sendo estranho para os muçulmanos, que algumas pessoas não possam efetivar a regra divina.

Pode-se dizer, que não é um descumprimento à ordem de Allah, nem uma aquisição de emancipação do Jejum. Necessariamente, a concepção religiosa islâmica mostrar a bondade do Absoluto em relação às situações que implicarão em transtornos para os seus Servos, já que o objetivo maior é o de proporcionar um aspecto espiritual positivo, ou seja, a identificação maior com a ordem divina.

Daí, o Jejum do Ramadã é obrigatório à intenção (anniya), que é o propósito formalizado a cada noite para o Jejum do dia seguinte. Pode-se fazer a intenção na primeira noite do mês de Ramadã que valerá por todos o mês, expressando-se: ”Nauaitu Siamu Charu Ramadã, Lillahi Al Azim”.(Intenciono jejuar durante o mês de Ramadã para Allah o Poderosíssimo).

Diz Allah na Surata 2, versículo 184:

“Durante dias contados. E quem de vós estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de dias. E impende aos que podem fazê-lo, mas com muita dificuldade, um resgate: alimentar um necessitado. E quem mais o faz voluntariamente, visando ao bem, ser-lhe-á melhor. E jejuardes vos é melhor. Se soubésseis!”.

Quando o versículo fala em “em dificuldade de jejuar”, subentende-se às pessoas idosas que não podem fazê-lo como antes ou o doente proibido de realizá-lo por recomendação médica. Para evitar uma situação penosa para os Seus Servos, Allah recomendou o pagamento da “Al Fidiah”, durante o mês de Ramadã.

Al Fidiah é a alimentação obrigatória que o muçulmano impedido de jejuar faz a um pobre muçulmano. O Islã não ordenou quantidade ou qualidade, a comida a ser dada é a que a pessoa normalmente se alimenta.

O rico deve alimentar o necessitado com a comida que geralmente come, e o de menor posse idem. Allah prescreveu a obrigatoriedade do jejum do Ramadã, no segundo ano da hegira, que foi a migração do Profeta Muhammad (SAAS) de Makka para Al Madina. Daquele momento em diante, com bem diz o Alcorão deve-se observar todo o ritual.

Assim, o horário a ser acompanhado é de suma importância devendo nele o muçulmano cumprir as determinações impostas pelo Criador para purificar-se dos pecados e implorar a Allah, que o perdoe, dos registros de ações negativas no livro da vida e o coloque entre os justos guiando-o para um caminho de retidão. Ensinou o Profeta (SAAS): “Há uma porção de carne dentro do corpo do homem, quando ela está purificada, todo o corpo fica purificado; quando está impuro todo o corpo permanece impuro. Essa porção é o coração”.

Nessa compreensão, quando o dia de Jejum começa com o Salat ( Oração) Al Sobh ( Oração da Madrugada), e termina com o por do sol, o muçulmano deve estar contrito na disciplina de purificação interior, longe da mentira, da inveja, da vaidade, do orgulho, da malícia, da intenção maldosa ou jocosa, entre outras faltas. Bem como, se abster de comer, beber, fumar, fazer sexo, colocar na boca qualquer coisa que possa salivar e engolir, e durante as abluções ter o cuidado para não bochechar com muita água, a fim de não engoli-la, se o fizer intencionalmente, perde o Jejum desse dia.

O muçulmano que completa estágios da abstinência, é abençoado na quebra do Jejum (Iftar) no por do sol podendo comer e beber até um pouco antes da madrugada seguinte, tempo suficiente para escovar os dentes, abluir, preparar para o Salat Sobh e reiniciar o Jejum.

O Profeta Muhammad (SAAS) recomendou aos muçulmanos quebrarem o Jejum quando chegar o horário do Salat Maghrib, antes mesmo de realizá-la.

Como o ser humano é imperfeito passível de esquecimento, pode ocorrer durante o Jejum comer ou beber; devendo a pessoa suspender o ato de imediato para não perder o Jejum.

O Profeta (SAAS) falou sobre o Assahur, que é a comida abençoada antes do Salat Al Sobh, com a finalidade de fortificá-lo na jornada espiritual.

Constituindo o Jejum uma obrigação para todos os muçulmanos, allah, em sua infinita misericórdia e bondade contemplou a mulher com caráter distinto do homem protegendo-a na capacitação espiritual determinando que:

a) A mulher que está menstruada ou que gerou, não pode jejuar;

b) A mulher que amamente não pode jejuar;

c) Depois do Ramadã a mulher pode jejuar o mesmo número de dias perdidos, durante os onze meses do ano escolhendo a melhor época para praticá-lo.

d) A mulher não paga a oração que perdeu durante o período menstrual ou após o parto, mas, ela não deixa de realizar a oração, tanto no período da gravidez como no aleitamento materno. No período mais avançado da gravidez, a mulher pode rezar sentada, para tanto precisa aprender regras simples para realizar bem as orações, seguindo é claro, os horários determinados.

A pessoa que não pode cumprir plenamente o Jejum, por ser idosa ou estar doente, ou por recomendação médica está proibida de realizá-lo durante determinado período ou pelo resto da vida. Deve, no entanto pagar Al Fidiah, todos os dias do mês de Ramadã. Se o doente, pela graça de Allah, vier a ser curado deverá seguir o curso do Jejum normalmente.

A contemplação da Al Fidiah compreende a ordem de Allah para o muçulmano que não passa pela abstinência física da comida da qual se alimenta ou o valor da mesma ao muçulmano necessitado.

O Poderoso também recomendou ao viajante, cujo percurso é de mais de oitenta quilômetros, não jejuar e recompensar os dias perdidos após o mês de Ramadã, ou quando considerar o momento oportuno conduzindo à mesma concentração, intenção (Anniya) de todas as normas prescritas. É admitido repor os dias de Jejum antes do inicio de um novo mês do Ramadã.

Durante todo o mês de Ramadã, os muçulmanos acompanham com espírito de confiança e alegria o Salat Icha e a Salat At Tarawih. A Salat Tarawih é Sunnat. Cada Salat começa para o muçulmano um novo estímulo dentro de si para continuar a oferecer a Allah o Jejum e obter Dele misericórdia e elevação do potencial de submissão e obediência às suas ordens.

O Salat At Tarawih consiste de oito (8) a vinte (20) Rakas e é realizada de duas em duas Rakas, isto é, cada oração compõe-se de duas Rakas. Ela é realizada após o Salat Icha e antes do With, desde a primeira noite de Ramadã.

Assim o Salat Tarawih termina na última noite do mês de Ramadã. No dia vinte e nove do mês de Ramadã os muçulmanos procuram a Lua Nova antes da oração do Icha. Se a Lua Nova aparecer os muçulmanos estão dispensados de rezarem o Salat Tarawih, por que, no outro dia é a Festa do Eid Al Fitr (Festa do Quebra Jejum), primeiro dia do mês de Chaual. Não encontrando a Lua Nova reza-se a Salat Tarawih ficando esta com a última noite do Ramadã do ano em curso. No dia trinta (30) do mês de Ramadã, não tem Salat At Tarawih.

AÇÕES DE DESTAQUES DURANTE O MÊS DE RAMADÃ

ZAKAT AL FITR: Deve ser observado o pagamento desse Zakat estando o muçulmano jejuando ou não. Deve ser dirigido ao muçulmano pobre e corresponde a 2,175 kg de alimento. (Arroz, macarrão, Feijão, açúcar, qualquer outro produto ou seu valor em dinheiro). O pagamento deve ocorrer antes do Salat Eid al Fitr.

O ZAKAT AL FITR é “uajeb sabata bessonat”, isto é, o Profeta (SAAS) estabeleceu para todos os muçulmanos maior ou menor, um “saâ” de tâmara ou cevada. “Saâ” era uma medida antiga, cujo peso equivale a 2.175 kg. Assim quem nasceu antes da madrugada do dia de festa perante a Sharia’ah Al Islamia, o pai deve pagar Zakat Al Fitr do recém -nascido.
AL ERTIKAF: Prática utilizada durante o mês de Ramadã para os muçulmanos que querem se afastar totalmente das coisas mundanas. Consiste em o muçulmano recolher-se dentro de uma Mesquita nos últimos doze (12) dias do Ramadã. Deve-se fazer a intenção (Anniya) para orar e adorar a Allah; “Nauaitu Al Ertikaf Lillehi Al Azim”. Depois dessa intenção o muçulmano só poderá ausentar-se da Mesquita para prestar socorros em emergência, buscar comida, acompanhar funeral ou visitar um muçulmano doente.

A mulher pode praticar o Al Ertikaf em sua residência, observando todos os passos de quem o pratica na Mesquita.

Pode ainda o muçulmano praticar o Al Ertikaf com a mesma intenção durante o mês do Ramadã por um (1) ou dois (2) dias seguindo de maneira igual o Jejum e demais regras estabelecidas pelo Criador.

Pode, ainda, fazer o Al Ertikaf sem o Jejum uma parte do dia, isto é, o muçulmano entra na Mesquita com a intenção (anniya) de Al Ertikaf, durante o tempo em que ele está na Mesquita. Esse tempo deve ser dedicado exclusivamente à adoração de Allah. Recita-se o Alcorão, escuta-se uma lição religiosa ou ensina aos muçulmanos. Não dorme na Mesquita, por que, Al Ertikaf não é para dormir, e, sim, para adoração ao Absoluto.

A NOITE DO DECRETO

A Surata Al Qadr – 97, explicou a importância da Noite do Decreto:

1. Por certo, fizemo-lo descer, na noite do Decreto.
2. E o que te faz inteirar-te do que é à noite do Decreto?
3. À noite do Decreto é melhor que mil meses.
4. Nela, descem os anjos e o Espírito, (Anjo Gabriel), com a permissão do Seu Senhor, encarregados de toda ordem.
5. Paz é Ela, até o nascer da aurora.

Na Noite do Decreto (Lail Al Qadr), começou a revelação do Alcorão. Quando o Profeta Muhammad (SAAS), aos quarenta (40) anos de idade, na Caverna de “Heraá” recebeu por intermédio do Anjo Gibril (Gabriel) (AS), os cinco (5) primeiros versículos da Surata Al Alaq 96:

1. Lê, em nome do teu Senhor, que criou.
2. Que criou o ser humano de uma aderência.
3. Lê, e teu Senhor é O mais Generoso,
4. Que ensinou a escrever com o cálamo.
5. Ensinou ao ser humano o que ele não sabia.

Essa revelação durou vinte e três (23) anos ininterruptos.

Os companheiros do Profeta (SAAS) na necessidade de saber exatamente em que dia do mês de Ramadã ocorre a Noite do Decreto indagaram ao Profeta (SAAS) a esse respeito. Respondendo-lhes, que procurassem nas últimas dez noites impares do mês de Ramadã, sem, contudo frisar uma data específica. Contudo entenderam tratar-se dos dias, 21, 23,25,27 e 29. O Profeta (SAAS) ainda deu uma outra dica ao grupo de companheiros ao revelar que a Lail Al Qadr (Noite do Decreto) ocorreu quando na noite em que prostaram em cima da terra molhada pela chuva. Nesse momento, o companheiro lembrou-se que foi à noite de 27 de Ramadã.

Por isso, na noite de 27 do mês de Ramadã, os muçulmanos juntam-se nas Mesquitas para recitarem o Alcorão. Fazem Mussabaka, prova alcorânicas, e os que sabem mais, se apresentam como candidatos, sendo grande a quantidade de jovens que mostram um profundo conhecimento do Livro Sagrado. E assim varam-se à noite até o Salat Sobh, (oração da madrugada).

AL CAFFARA

No processo espiritual do Jejum, o casal muçulmano que tiver ralação sexual no horário da abstinência, quebra o Jejum perdendo o dia. Em relação à conduta fora dos preceitos estabelecidos, depois do Ramadã, para que Allah perdoe esse pecado deve Jejuar o dia perdido e pagar Al Caffara, que corresponde a doação de comida a sessenta (60) pobres muçulmanos ou jejuar durante sessenta (60) dias de maneira igual ao do Ramadã.

A distribuição da alimentação pode ser realizada em um só dia, ou, alimentar uma pessoa durante a quantidade de dias estipulados pelo Criador. É muito significativo lembrar, que o casal faz tudo individualmente.

A comida deve corresponder a uma refeição normal completa, jamais distribuir merenda. Logo, a quantidade não deve ser inferior à comida habitual doador. Caso não tenha o casal posse suficiente para realizar Al Caffara deve jejuar sessenta dias (60) dias.


AL AY’YAM ALBIID

A forma espiritual islâmica proclama através da Sunnat – Al Ay’Yam Albiid (Dias Brancos), isto é após a Eid Fitr (Festa do Quebra Jejum). O muçulmano ou a muçulmana, dentro de suas próprias limitações pode jejuar os seis (6) primeiros dias do mês de Chaual.

Começa no dia dois (2) do mês, porque, o primeiro dia de Chaual é festa, sendo proibido jejuar nesse dia. Se o mês passou, não há nenhuma recomendação para realizar Al Ya!Yam Albiid em outro tempo. O Profeta Muhammad (SAAS) dizia: “Quem jejuou depois do Ramadã durante seis(6) dias do mês de Chaual, é como quem jejuou a vida toda.”

Isso significa, que quando o muçulmano jejua no mês de Ramadã ganha recompensa dez (10) vezes exprimindo que o Ramadã cobre dez (10) meses, isto por que, quando o muçulmano pratica uma boa ação, Allah dá para ele dez (10) recompensas. Nesse sentido, quando o muçulmano jejua seis (6) dias do mês de Chaual, ganha recompensa traduzida em dois meses, isto é, o mês de Ramadã mais seis dias do mês de Chaual cobrindo o ano inteiro de graças.

O Profeta Muhammad (SAAS) proibiu o muçulmano jejuar cinco (5) dias durante o ano: No dia do Eid Fitr(Festa da Quebra do Jejum) e os quatro (4) dias do Eid Al Adha (Festa do Sacrifício), que corresponde aos dias 10,11,12 e 13 do mês de Dhuz Al Hijja.

COMO JEJUAR EM UM PAÍS NÃO MUÇULMANO

O muçulmano que mora fora de um país islâmico, deve olhar com atenção a linha vertical geográfica do mapa terrestre. Com luma régua traça a linha vertical começando do país em que mora, seguindo o traço contínuo para cima. Se nessa linha tiver um país islâmico o muçulmano pode seguir esse país no Jejum. Pode inclusive seguir Makka, por ser considerada a mãe das cidades.

Se o muçulmano, mora num país em que a maior parte do tempo é noite (em que o céu está sempre escuro), ou mesmo dia (o céu está claro com a luz do sol), e que comumente não se sabe precisar o período que reúne um dia e uma noite, por ter a região meses em noites ou dias. Deve fazer Jejum baseado em horas, ou seguir um país muçulmano mais perto dele, na linha vertical.

Se o muçulmano mora num país que tem dia e noite distintos, o jejum é normal. Inicia à madrugada e termina ao por do sol, não olha se o dia é mais longo no verão e à noite mais longa no inverno, pois, é importante o período que reúne um dia e uma noite, que corresponde ao tempo em que à terra completa uma rotação sobre si mesma.

Mas, a produção divina para os humanos domina também, a ordem do pagamento do Zakat e a sua função dirigida ao pobre muçulmano.

Todos Louvores para Allah o Senhor dos Mundos! Paz, bênçãos e misericórdias de Allah sobre o Profeta Muhammad e seus companheiros e familiares até o dia do Juízo Final. Agradecimentos especiais a sua Eminência Sheikh Mabrouk El Sawi Said autor original dessa obra e que nos autorizou a publicá-la em nosso Blogger Islam. Com

Fonte: Jejum, Zakat e Peregrinação no Islã / Sheikh Mabrouk El Sawy Said – Recife (PE) 2008.