segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Companheiros da Caverna

"Tu pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas? (Capítulo Al-Kahf – 18:9)

No 18° capítulo do Alcorão, denominado “Al-Kahf", que significa "A Caverna", é contado o episódio relativo a um grupo de jovens, que se tinha abrigado numa caverna para se esconder do governante que rejeitava Allah e praticava a opressão e a injustiça, particularmente para com os crentes. Os versículos relativos ao assunto são os seguintes:

Ou pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas?Recorda de quando um grupo de jovens se refugiou na Caverna, dizendo:

Ó nosso Senhor, concede-nos a Tua misericórdia, e reserva-nos um bom êxito na nossa situação!

Então, Nós selamos-lhes os seus ouvidos, (adormecendo-os) durante um certo número de anos, na Caverna:

Depois acordámo-los, para verificar qual dos dois grupos melhor sabia calcular a quantidade de tempo que haviam permanecido ali.Narramos-te a sua história com a verdade:

Eram jovens crentes no seu Senhor, e guiamo-los:E fortalecemos os seus corações; e quando se ergueram, disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez!

Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autoridade evidente para tal.

Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Allah?Quando virardes as costas ao que eles fazem e às coisas que adoram, em vez de Allah, refugiai-vos na Caverna:

Então, o vosso Senhor vos cobrirá com a sua misericórdia e vos reservará um feliz êxito no vosso emprendimento.E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto).(Se os houvesses visto), Julgá-los-ias despertos, apesar de estarem dormindo, pois Nós os virávamos, ora para a direita, ora para esquerda, enquanto o seu cão dormia, com as patas estendidas, na entrada da Caverna.

Se os tivesses observado de perto, decerto fugirias deles, apavorado.E eis que os despertamos para que se interrogassem entre si. Disse um deles:

Quanto tempo permanecestes (aqui)? Eles responderam: Permanecemos (talvez) um dia, ou parte de um dia.

Outros disseram: (Só) nosso Senhor sabe melhor do que ninguém o quanto permanecestes...

Enviai um de vós com seu dinheiro à cidade: que descubra a melhor comida (a comer) e que a traga, para (que possam) satisfazer a vossa fome com ela; que se comporte cuidadosamente e com cortesia, e que não informe vivalma a vosso respeito, Porque, se vos descobrirem, decerto apedrejar-vos-ão ou forçar-vos-ão a retomar o seu culto e, então, jamais alcançareis a vossa prosperidade.

Assim demos então a conhecer o seu caso às pessoas, para que pudessem estar cientes de que a promessa de Allah é verdadeira, e de que não existe lugar para dúvidas relativamente à Hora do Juízo.

E quando os habitantes da cidade discutiram este caso, entre eles disseram: Construí um edifício sobre eles; o seu Senhor sabe melhor o que lhes diz respeito. Aqueles que venceram na argumentação disseram:

"Construí um local de culto, por cima da Caverna.

Alguns diziam que eram três, sendo o cão o quarto elemento; outros diziam que eram cinco, e o cão o sexto, fazendo palpites ao acaso; e outros, ainda, diziam que eram sete, sendo o cão o oitavo elemento.

Dize: "O meu Senhor conhece melhor do que ninguém o seu número e só poucos o conhecem!

Assim, não discutas, pois, a respeito disto, a menos que seja de um modo claro, e não inquiras, sobre eles, ninguém.Nem digas, do que quer que seja, "Amanhã farei isto e isto", sem acrescentar, "Se Allah quiser!" e recorda o teu Senhor, quando te esqueceres, e dize:

É possível que o meu Senhor me guie para o que está mais próximo da verdade.E eis que permaneceram na sua Caverna trezentos anos.Dize-lhes: Allah sabe melhor do que ninguém quanto tempo lá passaram, porque é Seu o mistério dos céus e da terra. Quão claramente Ele vê, quão facilmente Ele escuta (tudo)! Eles não têm outro protector que não Ele, e nem Ele partilha com ninguém a Sua governação>>.(Capítulo Al-Kahf – 18:9-26)

De acordo com a crença generalizada, os Companheiros da Caverna, elogiados tanto pelas fontes Islâmicas como pelas Cristãs, foram sujeitos à cruel tirania do Imperador Romano Decius. Face à opressão e injustiça de Decius, estes jovens avisaram, por diversas vezes, o seu povo para que não abandonasse a religião de Allah. A indiferença do seu povo perante a sua transmissão da mensagem, o aumento da opressão por parte do imperador e as ameaças de morte de que foram alvo, conduziram-nos a abandonar os seus lares.
Como comprovam os documentos históricos, nessa época muitos eram os imperadores que implementavam e executavam políticas de terror, opressão, e injustiça para com os crentes que defendiam o antigo Cristianismo na sua forma original.

Numa carta escrita pelo Governador Romano Pilinius (69-113 D.C.), que estava no noroeste da Anatólia, ao Imperador Trayanus, são referidos "os companheiros do Messias (os Cristãos) que foram punidos por se recusarem a adorar a estátua do Imperador".

Esta carta é um dos mais importantes documentos relativos à opressão sofrida pelos antigos Cristãos nessa época. Sob semelhantes circunstâncias, estes jovens, a quem tinha sido ordenado que se submetessem a um sistema não religioso ou a um imperador no lugar de Allah, não aceitaram a ordem e disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez! Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autridade evidente para tal. Haverá alguém mais iníguo do que quem forja mentiras acerca de Allah?

(Capítulo Al-Kahf – 18:14-15)
No que diz respeito à região onde os Companheiros da Caverna viveram, existem diversas teorias. A mais razoável de entre elas aponta para o Efêso e Tarso.
Quase todas as fontes Cristãs mostram o Efêso como a localização da Caverna onde estes jovens crentes se abrigaram. Alguns investigadores Muçulmanos e os intérpretes do Alcorão concordam com os Cristãos relativamente ao Efêso. Outros explicaram detalhadamente o porquê da região em questão não poder ser essa, tentando provar que o acontecimento teve lugar no Tarso. Neste estudo, lidaremos com ambas as possibilidades. Contudo, todos esses investigadores ─ incluindo os Cristãos ─ afirmam que o evento teve lugar no tempo do Imperador Romano Decius (também chamado Decianus), por volta do ano 250 D.C.. Decius, lado a lado com Nero, é conhecido por ter sido o Imperador Romano que exerceu a mais severa tortura sobre os Cristãos. Durante o seu curto reinado, fez passar uma lei que obrigava toda a gente sob a sua alçada a oferecer um sacrifício aos Romanos. Todos eram obrigados a oferecer um sacrifício a estas divindades, e exibir um certificado de aprovação comprovativo deste acto, para ser examinado pelos funcionários do estado. Aqueles que não obedecessem a esta regra seriam executados. Nas fontes Cristãs encontra-se escrito que a grande maioria dos Cristãos evitou cometer este acto idólatra fugindo de "cidade em cidade", ou refugiando-se em abrigos secretos. Os Companheiros da Caverna eram, com grande probabilidade, um grupo respeitador de entre estes primeiros Cristãos.

O nome do Imperador que reinava na altura em que os Companheiros da Caverna despertaram do seu longo sono é Tezusius, de acordo com os investigadores Muçulmanos, enquanto que é Teodósio II segundo Gibbons. Este Imperador governou entre 408 e 450 D.C., depois do Império Romano se ter convertido ao Cristianismo. Referindo-se ao versículo abaixo indicado, em alguns comentários é dito que a entrada da Caverna está virada para norte, daí que a luz do sol não pudesse penetrar no seu interior. Também assim quem passasse pela caverna não poderia vislumbrar de todo o seu interior. O versículo do Alcorão relacionado com o assunto informa-nos:

E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto). (Capítulo Al-Kahf – 18:17)

A segunda localização apresentada como o local onde os Companheiros da Caverna haviam vivido é Tarso.

Na realidade aí existe uma caverna em tudo semelhante à que é descrita no Alcorão, que se situa numa montanha conhecida como Encilus ou Bencilus, no noroeste de Tarso.

A ideia de Tarso é a teoria defendida por muitos estudiosos Islâmicos. Um dos mais importantes intérpretes do Alcorão, At-Tabari, indicou o nome da montanha onde se localizava a caverna como sendo "Bencilus", na sua obra intitulada Tarikh-al Umam, e acrescentou que esta se encontrava em Tarso. (47)

Igualmente, outro famoso intérprete do Alcorão, Mohammed Emin, afirma que o nome da montanha é "Pencilus" e que era em Tarso. O nome pronunciado "Pencilus" pode por vezes ser dito "Encilus". Segundo ele, a diferença entre as palavras deve-se à pronúncia diferente da letra "B" ou à perda de uma letra da palavra original, caso conhecido como "abrasão histórica de palavras". (48)

Fakhruddin ar-Razi, outro bem conhecido estudioso do Alcorão, explica na sua obra que "apesar de se chamar a este local Efêso, a intenção básica é dizer Tarso, pois Efêso é um dos nomes de Tarso." (49)

De igual modo, nos comentários de Qadi al-Baidawi e an-Nesafi, al-Jalalayn e at-Tibyan, nos de Elmaly e O. Nasuhi Bilmen, assim como muitos outros estudiosos, este lugar é especificado como "Tarso". Para além disso, todos estes intérpretes explicam a frase no 17° versículo, "o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda," dizendo que a entrada da caverna se encontrava virada a norte. (50)

A residência dos Companheiros da Caverna foi igualmente assunto de interesse na época do Império Otomano, e algumas pesquisas foram efectuadas sobre a questão.

Existe uma série de correspondência e troca de informações a respeito do assunto nos Arquivos Otomanos do Prime Ministry.

Por exemplo, numa carta enviada ao Tesoureiro Superior do Estado Otomano pela administração local de Tarso, existe um pedido formal com uma mensagem anexa, notificando o seu desejo de pagar um salário às pessoas que se encarregavam da limpeza e manutenção da caverna de Ashab-y Kehf (companheiros da caverna).

Em resposta a esta missiva, fora afirmado que para se poder proceder ao pagamento destes salários, revelava-se indispensável averiguar se este era realmente o local onde residiram os companheiros da caverna.

As pesquisas efectuadas para semelhante propósito foram extremamente úteis na determinação da localização da caverna.

- "Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/

Zaid al Khair

"Tens duas qualidades que são apreciadas por Deus e pelo Seu Profeta: deliberação e paciência" (dizer do abençoado Profeta).
O abençoado Profeta costumava dizer que as qualidades básicas das pessoas são tão duradouras quanto o metal: a melhor das pessoas, dos tempos da ignorância tornam-se os melhores muçulmanos.

Neste capítulo há dois retratos de um dos Companheiros. Um retrato dele é do tempo da ignorância (Jahiliya ), e o outro é de depois que ele aceitou o Islam.
Esse Companheiro era conhecido como Zaid al Khail1, no tempo da Jahiliya, e o abençoado Profeta o renomeou Zaid al Khair2, após ele aceitar o Islam. A primeira descrição dele pode ser encontrada nas antologias da antiga literatura, contada por Al Chaybani, sob a autoridade de um dos velhos da tribo dos Banu Amir.

Os Banu Amir estavam passando por um ano de seca na qual estavam a perder suas colheitas e o seu gado. Um homem pegou sua família e com ela viajou, deixando a tribo, para Al Hira, onde a deixou, dizendo que aí ficasse até que ele voltasse para a pegar. Ele jurou que não iria voltar até que não conseguisse algum dinheiro, ou então iria morrer, na lida.

_Pegou alguma provisão, e se pôs a caminho, a pé. Viajou por todo um dia e, quando a noite caiu, ele se achou defronte a uma tenda; amarrada ali por perto, encontrou um potro. Dizendo a si mesmo que havia encontrado o primeiro tesouro, ele soltou o potro, e estava pronto para o montar, quando ouviu uma voz que disse:

"Deixa-o aí, e corre, se quiseres viver!" Então ele o deixou, e continuou a viagem. Depois de haver caminhado por sete dias, chegou a um lugar onde havia uma cocheira de camelos. Perto dali, viu uma enorme tenda com a cúpula feita de couro, o que queria dizer que os seus donos deveriam ser ricos, e deviam ter um grande número de camelos.

Ele se chegou perto da tenda, e olhou para dentro dela; viu um velho sentado, com as costas voltadas para ele. Ele fez por esgueirar-se para dentro dela, e se sentou atrás do velho, que nem o notou.

Era quase o pôr do sol e, tão logo escureceu, um homem chegou num cavalo. Era o mais corpulento homem que ele já vira na vida, montando um também corpulento cavalo de guerra. Flanqueando-o, estavam dois escravos a pé, e seguindo-os havia uma centena de camelas, dirigidas por um camelo. O camelo ajoelhou-se, e as fêmeas fizeram o mesmo, rodeando-o.

O cavaleiro disse para um dos seus escravos que ordenhasse uma das camelas, apontando para uma grande e gorda, e lhe disse para dar leite ao velho. O escravo ordenhou a camela e encheu uma tigela, a qual colocou na frente do velho, antes de ir embora. O velho tomou um ou dois goles do leite, deixando o resto. O intruso se arrastou, no escuro, até à tigela, da qual bebeu até a última gota. Quando o escravo voltou, viu que o leite havia acabado, e disse ao seu amo que o velho tinha bebido tudo.

Contente, o cavaleiro apontou para uma outra camela, e disse para o escravo que a ordenhasse, e desse o leite para o velho. O escravo obedeceu, e o velho mais uma vez tomou da tigela mais um par de goles. Dessa vez, o intruso bebeu só a metade do leite, pois temeu que se ele bebesse tudo, iria levantar a suspeita do cavaleiro. Este ordenou ao outro escravo que abatesse uma ovelha, a qual ele próprio preparou e assou. Então ele deu manualmente a carne ao velho, até que ficasse satisfeito. Depois daquilo, ele e seus escravos se serviram da carne. Depois foram dormir e, não demorou muito para que estivessem roncando, dormindo a sono solto.

Naquele ponto, o intruso saiu do seu esconderijo e foi até ao camelo, o qual ele desamarrou e montou. O camelo se pôs de pé, e começou a andar, e todas as camelas o seguiram. O ladrão viajou toda a noite. Quando rompeu a manhã, ele olhou em torno e se certificou de que ninguém estava a segui-lo. Continuou, até que o sol estava bem acima do horizonte, quando cismou de olhar atrás dele. À distância, lobrigou algo que primeiramente parecia uma águia vindo em direção a ele. Quando se aproximou, ele constatou que era um cavaleiro; e, quando chegou mais perto, viu que era o dono dos camelos.

Parando e desmontando, ele amarrou o camelo, e se posicionou entre o cavaleiro e a cáfila. Depois tirou um flecha da sua aljava, e a colocou no seu arco. O cavaleiro parou onde estava, à distância, e gritou para ele:

"Desamarra o camelo!"

"Nunca", respondeu o ladrão, "porque tenho minhas esposas e meus filhos a morrerem de fome, em Al Hira, e jurei que não voltaria a eles se não levasse dinheiro, ou morreria tentando."
O cavaleiro disse para ele:

"Matar-te-ei se não desamarrares o camelo, ínfima criatura!"
"Jamais", respondeu o ladrão.


"Maldito sejas, seu tolo imprudente!" disse o homem.

Apontando para uma das rédeas do camelo, o cavaleiro disse para o ladrão que escolhesse um dos três nós. Ele escolheu o do meio, e o cavaleiro atirou uma flecha dentro dele, tão facilmente como se a tivesse posto com a mão. O ladrão se conscientizou de que não teria a menor chance contra tal habilidade, e se rendeu.

O cavaleiro foi até ele, tomou dele o arco e a espada, e lhe disse que montasse na garupa do cavalo; ele assim fez, e o cavaleiro lhe perguntou:

"Que pensas que irei fazer contigo?"

"Provavelmente, algo terrível", respondeu o ladrão.

"Por que?" perguntou o cavaleiro.

"Por causa do que fiz a ti", disse o ladrão, "e por causa do distúrbio que te causei"
O cavaleiro lhe disse:

"Como pensas que te causarei dano, depois que compartilhaste da comida e bebida com Muhalhil, meu pai, e passaste a noite com ele?", dando a conhecer que estivera ciente da estada do intruso, na noite anterior, e não havia objetado a sua presença.

Quando o ladrão ouviu o nome Muhalhil, ficou atônito, e perguntou:

"Será que tu és o Zaid al Khayl?"

O cavaleiro disse que era, e o ladrão lhe implorou que o tratasse com misericórdia. Zaid al Khayl lhe garantiu que não o iria injuriar, e o levou consigo de volta para o acampamento. Quando chegaram ao destino, o Zaid al Khayl, que era famoso por sua generosidade, disse para o prisioneiro:

Se esses camelos fossem meus, eu tos daria, mas acontece que eles pertencem a uma das minhas irmãs. Então, fica conosco como nosso convidado por uns dias. Logo irei sair numa incursão, e espero trazer alguns despojos."

Três dias depois, ele executou uma incursão sobre a tribo dos Banu Numayr, e trouxe consigo quase uma centena de camelos. Ele os deu ao seu prisioneiro, a quem mandou de volta para Al Hira com dois guardas-costas para o proteger.

Esse é o retrato de Zaid al Khail, como era na Jahiliya, mas o seu retrato, como muçulmano, é encontrado em outro lugar, nas histórias da vida do abençoado Profeta.

Quando as notícias sobre o abençoado Profeta alcançaram o Zaid al Khail, e ele ouviu alguns dos ensinamentos sobre o Islam, decidiu visitar Madina e ver o abençoado Profeta por si mesmo. Preparou sua montaria, e convidou os chefes da sua tribo para se juntarem a ele. Um grande número de líderes de Tay o acompanhou, incluindo o Zurr b. Sadus, o Málik b. Jubayr, e o Amir b. Juwayn.

Quando a viagem deles terminou, fizeram seus camelos parar no portão da mesquita, e desmontaram. Aconteceu que quando eles entraram, o abençoado Profeta estava fazendo um khutba3 para os muçulmanos. Ficaram impressionados com o que ele estava dizendo, e surpresos por verem o quão apegados a ele os muçulmanos estavam, e quão seriamente o ouviam, e como ficavam afetados pelo discurso dele.

Quando o abençoado Profeta divisou os visitantes, continuou o seu discurso, dizendo:

"Sou melhor para vós do que Al Uzza e do que tudo o que cultuais, até mesmo os camelos negros que glorificais em vez de Deus", referindo-se aos seus visitantes beduínos.

Alguns deles não reagiram à verdade, e quiseram ouvir mais. Os outros foram embora, em arrogância; de sorte que alguns deles escolheram o Paraíso, ao passo que outros, o Fogo do Inferno.

O homem chamado Zurr b. Sadus viu como o Profeta (S) lá estava, rodeado pelos crentes cujos olhos exprimiam o amor que tinham por ele. Seu coração se encheu de inveja e temor, e ele disse para aqueles que estavam com ele:

"Esse homem irá tornar-se o mestre de todos os árabes; juro que não permitirei que ele seja o meu mestre!"

Ele partiu para a Síria, onde raspou a cabeça e se tornou cristão.

Zaid e outros reagiram diferentemente. Tão logo o Profeta (S) terminou o seu khutba, Zaid juntou-se à multidão de muçulmanos. Era um dos homens mais formosos e, definitivamente, o mais alto; quando montava num cavalo, seus pés arrastavam no chão como se estivesse montando um burrinho. Lá estava ele, sobressaindo-se por sobre os outros, ao dizer, com sua poderosa voz:

"Ó Mohammad, presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e de que tu é o Mensageiro de Deus."

O abençoado Profeta se aproximou dele e perguntou:

"Quem és tu?"

"Sou o Zaid al Khail b. Muhalhil", ele respondeu.

"Irei chamar-te de Zaid al Khair, em vez de Zaid al Khail", disse o abençoado Profeta. "Louvado seja Deus Que te trouxe de tal distância, e abriu o teu coração para o Islam!"

Desde àquela hora, ele passou a ser conhecido como Zaid al Khair.

Pouco depois o abençoado Profeta levou-o para a sua casa, juntamente com o Ômar b. al Khattab e uma porção de Companheiros. Quando entraram e tomaram seus assentos, o abençoado Profeta pôs uma almofada perto do Zaid para que ele nela se reclinasse.

Zaid a recusou, apesar da repetida insistência do Profeta (S), pois achava que seria falta de respeito reclinar-se na presença do Profeta (S). Quando todos estavam confortáveis, o abençoado Profeta disse:

"Ó Zaid, toda vez que eu ouço tecerem louvores a alguém, antes que com ele me encontre, vejo que o encontrar-me com ele é desapontador. Tu és a primeira pessoa que eu encontro que condiz com todas as descrições que fornecem de ti. Tu possuis duas qualidades que são apreciadas por Deus e pelo Seu Profeta."

"E quais são elas, ó Mensageiro de Deus?"

"Deliberação e paciência."

Zaid disse:

"Louvado seja Deus que me proporcionou isso que Ele e o Seu Mensageiro apreciam. Ó Mensageiro de Deus, dá-me trezentos cavaleiros, e eu te garanto que irei atacar e derrotar os bizantinos."

O abençoado Profeta, impressionado pela energia do outro, disse:

"Quanto bem há em ti, ó Zaid! Quanto homem és!"

Naquele ponto, todos os que tinham acompanhado o Zaid na sua viagem anunciaram a sua aceitação do Islam. Quando se preparavam para voltar à sua terra-natal, o abençoado Profeta compareceu para dizer adeus ao Zaid. Ao vê-lo partir, disse:]

Que homem! Se não fosse pela febre que grassa em Madina, ele poderia conseguir grandes coisas!"

Naquela ocasião, havia uma febre que se alastrava por toda Madina e, logo depois que o Zaid al Khair deixou a cidade, começou a mostrar os sintomas dela. Ele disse para aqueles com os quais estava viajando:

"Vamos evitar passar pelas terras dos Banu Cais. Nós costumávamos suster guerras tribais com eles, coisa que mostrava a estupidez da época da Jahiliya. Não desejo encontrar-me com Deus com o pecado da luta sobre meus ombros."


Zaid al Khair continuou sua viagem rumo à sua terra-natal, em Najd, embora estivesse ficando mais fraco a cada hora por causa da febre. Ele queria alcançar suas gentes, e ser aquele que iria registrar a boa ação de as converter ao Islam. Ele estava disputando com a morte, mas foi uma disputa em que esta o sobrepujou. De modo que exalou o seu último suspiro enquanto ainda em viagem. Morreu puro, uma vez que não houve tempo, entre a sua conversão e sua morte, para que cometesse nenhum pecado.

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24Salam,

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/

domingo, fevereiro 22, 2009

A Barba

Infelizmente muitos muçulmanos hoje em dia falham em reconhecer a importância da barba achando que ela é apenas uma ''sunnah''. Deixar crescer a barba está longe de ser apenas um ato recomendável, os 'ulamá (sábios) concordam que deixá-la crescer é obrigatório e cortá-la é haraam. Este veredito é baseado em inúmeros ahadith do Profeta (salla Allahu 'alaihi wa Salam) e também no hábito de seus companheiros; tal é a importância que eles atribuiam que eles consideravam aqueles que cortavam as barbas como sendo efeminados, imitadores das mulheres e não aceitavam seus testemunhos.

Hoje nós vemos muslims que raspam ou cortam a barba e deixam crescer os bigodes, fazendo exatamente o oposto da ordem Profeta (salla Allahu 'alaihi wa Salam) prefirindo seguir a moda dos incrédulos. Que Allah nos permita reconhecer a importância desta matéria e nos permita obedecer seu Mensageiro (salla Allahu 'alaihi wa Salam).
Segue abaixo um poema bem humorado traduzido do inglês, feito por um irmão da Inglaterra sobre a barba. "Eu fui jantar no salão da residência universitária um dia no ano passado quando duas irmãs começaram a rir de mim, eu tinha um resto de comida preso na minha barba, elas começaram inocentemente a rir da minha barba dizendo que ela era desarrumada, inatural e anti-higienica, pouco elas sabiam da ira que eu senti como resultado disso eu canalizei essa ira, liberando minha raiva através da minha caneta e assim foi produzido esse poema.. Eu recitei esse poema na Universidade de Leicester no dia da celebração do Eid e foi recebido com muitas risadas e aclamação - alhamdulillah. Devido a demanda popular e aos muitos requerimentos eu decidi digitar esse poema e mandar por email para os meus amigos no Islam. Deixe-me lembrar a todos para não ficarem ofendidos ja que isso não é uma fatwa - somente um poema que foi produzido espontaneamente como resultado dessa experiencia desafortunada." Tushar (12th March 2001]


A Beleza da Barba! por Br Tushar Imdad-ul-Haque Bhuiya

"Glorificado seja Aquele que embeleza as mulheres com longas mechas de cabelos
E Homens com longas barbas
Há beleza na barba
Ah sim, há beleza na barba!
Quando o leão ruge todos os animais se submetem
Pois o leão é o rei da selva
O leão com sua gloriosa juba
E um homem Muslim cresce sua juba com orgulho
Mostrando ao resto da humanidade que ele deve ser respeitado
Será que alguém poderia imaginar um leão sem sua juba?
Não, vós não podeis!
Então imaginem um homem sem sua barba
Ai das mulheres mundanas que zombam das barbas!
Desejando maridos com faces raspadas
Ai das mulheres que zombam da Sunnah do Profeta
Em nome da higiene, asseio e textura lisa
Verdadeiramente as mulheres mundanas não podem gostar da barba
Mas aquela que deseja o Paraíso ama a barba!
A barba é um presente dado ao homem
Algo que só ele pode crescer; uma mulher nunca poderá!
Quando ele pensa, ele gentilmente passa a mão;
Quando ele come; ela estoca comida;
Quando ele está com crianças, elas brincam com ela com vontade;
Quando ele está com sua esposa, ela a acaricia com amor;
Quando o inimigo a vê, o temor é sentido por seus corações!
Ah! Com certeza há beleza na barba
Todos os Profetas tinham barbas - sim eles tinham!
O Profeta Muhammad tinha barba - tão grande! tão grande!
Todos os companheiros tinham barbas - ó sim! ó sim!
Todos os sábios tinham barbas - eu sei! eu sei!
Todos os eruditos têm barbas - é verdade! é verdade!
Todos os piedosos têm barbas - veja só! veja só!
Todos os Muslims tem barbas!? - Ah se! Ah se!
Quem não tinha barbas? Os kafirun!
Quem tinha faces raspadas? Os kafirun!
Quem crescia os bigodes? Os kafirun!
"E o que o nosso Profeta ordenou?" Eu aqui lhe pergunto
Ele nos ordenou a deixar crescer a barba e a aparar o bigode!
Deixar crescer a barba e aparar o bigode!
Que razão maior que essa poderia existir
O fato que nosso Profeta nos disse
Que nós deveríamos nos mostrar para o mundo
Como homens de barba completa com honras incontáveis
Ó irmão muslim! Porque você deseja se parecer com uma mulher
Quando seu abençoado pêlo facial é a diferença entre você e o sexo oposto?
Ó pobre irmão Muslim! Porque você imita o kaafir
Ao invés de seguir o Profeta do Islaam?
Ó tola irmã muslimah! Porque você é tão cega?
Enfeitiçada pelos atores de Hollywood que não tem raciocínio!
Ó infeliz irmã! Você não está assustada com sua escolha
Você prefere ter um macaco efeminado ao invés de um exaltado gorila másculo!
Então certamente eu amo minha barba
E amo os caracóis e pêlos entrelaçados
Que nenhum óleo, gel ou supercola poderiam esticar
Minha gloriosa longa, encaracolada, desarrumada e fofa barba!
Um local de brincadeiras para as crianças;
A inveja dos malaios
E a amada por Allah!
Eu posso ser rejeitado por mulheres mundanas por causa deste pêlo na minha face
Mas quem liga! Pois minha mãe a ama e ela põe todas essas irmãs em desgraça!
Sejam pacientes irmãos Muslims, que rejeitam um visual da moda por uma aparência profética
Paraíso com as Huris de olhos amendoados é nossa morada final!!!!"
Tushar Abu Hurayrah narrou que o governante do Iêmen, nomeado pelo imperador persa Kisra, enviou dois emissários ao Profeta (salla Allahu 'alaihi wa Salam)). Quando chegaram ante ele, advertiu-os que tinham raspado a barba e deixado crescer o bigode. Odiando a aparência feia deles, virou sua face e disse: “Oh homens, quem lhes disse para fazer isso?” Eles responderam: “Nosso amo (Kisra)!”. O Mensageiro (salla Allahu 'alaihi wa Salam) disse: “Mas meu Senhor, Exaltado e Glorificado seja Ele, me ordenou que poupasse a barba e apare o bigode.” [Registrou por Ibn Jarir at-Tabari, Ibn Sa’d e Ibn Bishran. Verificado como hasan (bom) por al-Albani (Fiqh us-Sirah de al-Ghazali p. 359)] Ibn ‘Umar (que Allah esteja comprazido com ele) narrou que o Mensageiro de Allah (salla Allahu 'alaihi wa Salam)) disse: “Aparem o bigode, mas deixem crescer a barba.” [Al-Bukhari, Muslim e outros]. A’ishah relatou que o Mensageiro de Allah (salla Allahu 'alaihi wa Salam)) disse disse: “São dez as condições da fitrah: aparar o bigode, deixar cerscer a barba, usar o siwak para escovar os dentes, inalar água para limpar o nariz e enxaguar a boca, cortar as unhas, o lavar as juntas dos dedos, depilar os pêlos das axilas, raspar os pêlos púdicos, o lavar as partes íntimas com água, e a circuncisão”. [Muslim, Abu Dawud, Ahmad, Ibn Abi Shaybah, e outros. Sahih ul-Jami nº.: 2222] Todos os profetas (alaihis-salam), os Sahabahs (companheiros do Profeta), os grandes “ulama”, e os Salafs (muçulmanos exemplares) da Ummah (Nação) deixavam crescer a barba. Não existe nenhum relato que diga que algum deles se barbeava. Por exemplo, Allah nos disse que o profeta Araão (alaihis-salam) se dirigiu ao seu irmão Moisés (alaihis-salam) da seguinte maneira: (Araão) disse: “Ó filho de minha mãe! Não me apanhes nem pela barba nem pela cabeça. Por certo receei que dissestes: ‘Causaste separação dos filhos de Israel, e não observaste meu dito!” [Ta-ha 20: 94] Além disso, existem relatos autênticos que indicam que os Califas probos, como também outros sahabahs e tabi’in tiveram grandes barbas. Abu Bakr tinha uma barba grossa [Qut ul-Qulub 4: 9], Umar tinha também uma importante barba [Al-Isabah 2: 511], Uthman tinha uma barba grande [Al-Isabah 2: 455], e a barba de Ali era tão larga que ocupava o espaço entre seus ombros [At-Tabaqat (3: 25) de Ibn Sa’d].

Portanto, raspar a barba é claramente um desvio do caminho dos crentes.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Allah(SW) do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Quanto à Modéstia, suas Virtudes e Como Desenvolvê-la

Ibn Omar (R.A.A), reatou que o Mensageiro de Deus (s) passou por um homem dos ansar que estava aconselhando o irmão à não ser muito modesto ou acanhado. O Profeta (s) disse: "Deixa-o, uma vez que a modéstia e o acanhamento fazem parte da fé". (Bukhari e Muslim)Imran Ibn Hushain (R.A.A.), relatou que o Mensageiro de Deus (s) disse: "O pudor e o recato nada podem ocasionar senão o bem". (Bukhari e Muslim)Abu Huraira (R.A.A.) contou que o Mensageiro de Deus (s disse:"A fé de sessenta ou de setenta e tantos graus; o mais sublime deles é o testemunho de que não há outra divindade além de Deus; e o menor é o ato de se retirar os obstáculos do caminho. Contudo, sabei que o pudor e o recato constituem uns dos graus da fé". (Bukhari e Muslim)Abu Said al Kudri (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus (S) tinha mais pudor e acanhamento que uma virgem na noite de suas bodas nos seus aposentos. Por isso, dávamo-nos conta de qualquer coisa se que o desgostasse. (Bukhari e Muslim)O Respeito aos Pactos, e o Cumprimento das PromessasDeus, louvado seja, disse: "Cumpri o convencionado, porque o convencionado será reivindicado". (17:34)E, louvado seja, disse também: "Cumpri o pacto com Deus se o houverdes feito". (16:91)E, louvado seja, disse mais: "Ó crentes, cumpri com vossas obrigações". (5:1)E, louvado seja, disse mais ainda: "Ó crentes, por que dizeis o que não fazei? É enormemente odioso perante Deus, dizerdes o que não fazeis". (61: 2-3)Abu Huraira (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus (s) disse: "O hipócrita será reconhecido por três instâncias: quando conta algo, mente; quando se compromete com algo, não cumpre, e quando nele se confia, trai a confiança". (Bukhari e Muslim)Abdullah Ibn Amr al Aas (R.A.A.), relatou que o Mensageiro de Deus (s) disse: "Existem quatro características (para se conhecer a hipocrisia); quem as tiver será um autêntico hipócrita, e quem tiver só uma delas terá a característica de hipocrisia, até que a abandone: Caso se confie nele, trai a confiança; se contar algo, mente, se faz um pacto, viola-o; e se tem alguma diferença com alguém, age com perversidade". (Bukhari e Muslim)Jáber (R.A.A.) contou que em certa ocasião, o Profeta (s) lhe disse: "Se tivesse chegado o capital vindo de Bahrain, ter-te-ia dado tanto e tanto". Porém, o Profeta (s) morreu antes que o provento chegasse. Quando o tal provento chegou a Madina, Abu Bakr (R.A.A.) fez o chamamento: "Que nos venha ver aquele a quem o Mensageiro de Deus (s) lhe haja prometido algo, ou que com ele tinha divida". Assim, foi vê-lo, e lhe contou que o Profeta (s) lhe havia dito isto e aquilo. Então Abu Bakr pegou umas moedas com ambas as mãos e lhas entregou. Contou-as, e viu que eram quinhentos dirhams. Em seguida, Abu Bakr disse a Jáber: "Toma! É o dobro do prometido". (Bukhari e Muslim)

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24
Fonte: Livro Riadusallihin (Oásis dos Virtuosos)

Oração (SALAT)

A oração é a primeira das adorações instituídas por Deus no Islam. E tamanha é a sua importância que foi a única que não foi transmitida ao profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do arcanjo Gabriel aqui na terra. A sua transmissão se deu no céu, feita diretamente por Deus ao Seu Mensageiro, nos eventos conhecidos como Al Isrá (A viajem noturna) e Al Miráj (A ascensão).
A oração é citada no Alcorão mais de 117 vezes, a sua finalidade está expressa neste versículo.
"Sou Deus. Não há divindade além de Mim ! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome." (Alcorão Sagrado 20:14)
A obrigatoriedade da oração veio expressa tanto no Alcorão como na Sunnah.
"A oração é uma obrigação prescrita aos crentes, para ser cumprida em seu devido tempo." (Alcorão Sagrado 4:103)
A forma de fazê-la nos foi passada pelo profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através da Sunnah. Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Orai como me vistes orando."
A oração é considerada a base fundamental da religião. Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Para o muçulmano cair na heresia e no ateísmo, basta somente que ele deixe de cumprir as orações."
Deus instituiu cinco orações diárias obrigatórias, onde o muçulmano estabelece um elo, uma ligação direta entre ele e Deus, sem a necessidade de intermediários para isto, onde ele expressa a sua gratidão e amor a Deus, fortificando, dessa forma, o coração, o corpo e o espírito.
A oração islâmica é um conjunto perfeito, onde o muçulmano alcança diversos benefícios, na parte espiritual, ele alcança paz de espírito elevando-o, na parte física, ele realiza um exercício diário, através dos seus movimentos, beneficiando com isso o seu corpo e é um estimulo à utilização da sua razão, a partir do momento em que tem que saber o que diz na oração, raciocinando em cima dos versículos que são recitados na oração.
Logo, o muçulmano que pratica as cinco orações diárias está reforçando, cinco vezes ao dia, a crença sobre a qual repousa a sua fé, pois a prática da oração é um dos maiores sinais de fé, e a prova mais óbvia da gratidão a Deus pelas Suas incontáveis graças.
Nesses momentos, o muçulmano é relembrado de que Deus o esta observando e ao seu comportamento diário, assim, ele procurarará afastar-se de tudo aquilo que é ilícito e fazer tudo aquilo que agrada a Deus.
"Recita o que te foi revelado do Livro e observa a oração, porque a oração preserva o (homem) da obscenidade e do ilícito; mas, na verdade, a recordação de Deus é o mais importante. Sabei que Deus está ciente de tudo quanto fazeis." (Alcorão Sagrado 29:45)
"Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a oração) é carga pesada, salvo para os humildes, Que sabem que encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão." (Alcorão Sagrado 2:45-46)
Nós devemos ter sempre em mente que Deus não precisa da nossa oração, porque Ele está livre de qualquer necessidade. Nós, pelo contrário, é que precisamos dela pois ela nos traz inúmeros benefícios, como os já vistos, além de vários outros, como o de estar imprimindo a organização, a disciplina, a perseverança e a ordem na nossa vida.
A oração nos treina todas as virtudes que tornam possível o desenvolvimento de uma pessoa feliz, proporcionando-nos equilíbrio e paz interior.
Logo, podemos verificar o estímulo à oração feita em grupo, onde os muçulmanos ficam alinhados em fileiras, simbolizando com isso a igualdade que prevalece entre todos quando estão diante de Deus, não havendo diferenças entre o rico e o pobre, o negro e o branco, nem privilégios do governante para o governado.
Além do mais, faz com que os muçulmanos se reencontrem pelos menos cinco vezes ao dia, fortificando, com isso, os laços de amizade, por exemplo, ao constatarem a ausência de alguém que costuma ser assíduo nessas orações, procuram-no para verificar se está doente ou necessitando de algo.
Embora a oração seja aceita por Deus em qualquer lugar, como nas nossas casas, local de trabalho, etc., Deus nos orientou para que construíssemos as mesquitas para que estas orações em grupos pudessem ser realizadas.
"(Semelhante luz brilha) nos templos (Mesquitas) que Deus tem consentido sejam erigidos, para que neles seja celebrado o Seu nome e neles O Glorifiquem de manhã e à tarde." (Alcorão Sagrado 24:36)
"Sabei que as mesquitas são (as casas) de Deus; não invoqueis, pois, ninguém, juntamente com Deus." (Alcorão Sagrado 72:18)
Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Para aquele que constantemente vai à mesquita, ou dela volta, Deus prepara uma mansão no Paraíso, tanto na ida como na volta." (Relatado por Bukhári e Muslim).
e disse também:
"Quanto àquele que fizer corretamente a ablução em sua casa, em seguida for a uma das casas de Deus para realizar uma das orações obrigatórias, saiba que, por cada passo que der, ser-lhe-á perdoada uma falta ou ele será elevado em um grau." (Relatado por Muslim).
A obrigatoriedade da oração recai sobre:
1- Os muçulmanos; homens e mulheres;
2- os que atingiram a puberdade;
3- os que gozam de plenas faculdades mentais.
As condições prévias necessárias para validade das orações são:
"Ó fiéis sempre que vos dispuserdes a observar a oração, lavai o rosto, as mãos e os antebraços até aos cotovelos; esfregai a cabeça, com as mãos molhadas e lavai os pés, até aos tornozelos..." (Alcorão Sagrado 5:6)
E só terá que renová-la para a próxima oração caso a quebre. Isso se dá em caso de necessidades biológicas, caso tenha um ferimento, por onde o sangue escorra, dormir, desmaio ou perda da consciência.
Existem situações em que, ao invés da ablução, temos que tomar um banho completo para realizar as orações. Isto se dá em caso da ejaculação provocada ou involuntária, após as relações sexuais, ao término da menstruação e do pós-parto.
"Ó fiéis, não vos deis à oração, quando achardes ébrios, até que saibais o que dizeis, nem quando estiverdes polutos pelo dever conjugal - salvo se vos achardes em viagem, até que vos tenhais higienizado..." (Alcorão Sagrado 4:43)
"Observai a devida oração, porque ela é uma obrigação, prescrita aos fiéis para ser cumprida em seu devido tempo." (Alcorão Sagrado 4:103)
E quando o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi indagado sobre a mais nobre das ações disse:
"A oração celebrada no seu tempo exato."
Citaremos, agora, um versículo referentes aos horários das orações:
"Glorificai, pois, Deus, quando anoitece e quando amanhece! Seus são os louvores, nos céus e na terra, tanto na hora do poente como ao meio-dia." (Alcorão Sagrado 30:17-18)
3º- Estar direcionado à Makka:
Os muçulmanos de todos os cantos do planeta, ao realizarem as suas orações, se voltam em direção a Makka, simbolizando dessa forma a sua unidade, e seguindo a determinação de Deus, o Altíssimo:
"Orienta teu rosto (ao cumprir a oração) para a Sagrada Mesquita (de Makka)! E vós (crentes), onde quer que vos encontreis, orientai vossos rostos até ela." (Alcorão Sagrado 2:144)
Quem desconhecer a sua direção deverá, através da dedução, direcionar-se para aquela que lhe parecer a mais acertada.
A título de curiosidade, os muçulmanos no início rezavam direcionados a Jerusalém. Somente no segundo ano da Hégira foi ordenado ao profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). mudar o seu direcionamento para Makka.
4º- A intenção.
5º- E estar vestido adequadamente:
O homem deve cobrir-se no mínimo do umbigo até o joelho, e a mulher o corpo todo com exceção do rosto, das mãos e dos pés. Ambos não deverão usar roupas transparentes ou apertadas que marquem o corpo.
Agora, citaremos alguns versículos da Bíblia, que nos mostram que a forma em que os profetas anteriores a Muhammad oravam é bem semelhante a que nós muçulmanos oramos.
Quanto a fazermos a ablução antes das orações:
"Colocou a bacia entre a tenda da reunião e o altar, enchendo-a com água para as abluções. Moisés, com Aarão e os filhos deste, lavavam as mãos e os pés, quando entravam na tenda da reunião ou quando se aproximavam do altar, conforme Javé tinha ordenado a Moisés." (Êxodo 40:30-32)
Quanto à forma de fazermos a oração:
"Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto por terra, e rezou..." (Mateus 26:39)
"... Então Josué prostrou-se com o rosto por terra e o adorou..." (Josué 5:14)
"... Elias subiu ao topo do monte Carmelo e se encurvou até o chão, colocando o rosto entre os joelhos." (I Reis 18:42)
"Moisés e Aarão se afastaram da comunidade, foram para a entrada da tenda da reunião e se prostraram diante dela, com o rosto por terra." (Números 20:6)
Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"O momento em que o muçulmano está mais perto de Deus é quando ele estiver prostrado em oração."

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

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Fonte:
http://www.luzdoislam.com.br

AL-BIDAH (Inovação Na Religião)

Bidah quer dizer inovação na Chari'ah, portanto, inovar é adicionar no Din (religião) práticas não referidas no Alcorão ou no Hadith; atos que não foram praticados pelo Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) nem pelos Sahabas (companheiros do Profeta).
A Bidah é rigorosamente repudiada a ponto do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) dizer:
''Quem honrar o praticante de Bidah está a ajudar na destruição dos fundamentos do Din.'' (Relatado por Al-Bai-Haqui).
E disse:
''Deus não aceita o jejum, o Salat, a caridade, o Haj, o Umra e os rituais obrigatórios e facultativos, realizados pelo praticante de Bidah, ele está fora do Islam.'' (Relatado por lbn Maja).
E diz:
''Deus fechou a porta do Taubah para todo o praticante de Bidah.'' (Relatado por Al-Tabarani). (Pois esse, nunca se sente culpado).
Depois do shirk e Kufr, o bidah é o maior pecado no Islam, Se o bidah fosse permitido, alteraria e desfiguraria o Din de tal modo que nem se reconheceria o verdadeiro Din deixado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) e implicaria certamente um consentimento de que o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) não cumpriu a sua missão ou que há certos atos bons que ele não conhecia e nós é que os descobrimos.
O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:
''Quem introduzir algo novo neste Din (Religião ou Fé), será rejeitado. '' (Relatado por Al-Bukhári e Al-Muslim).
E disse:
'' Todo o ato de bidah é desvio (erro) e todo o ato de desvio estará no fogo. '' (Relatado por Abu Daud e At-Tirmizi)
O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:
''Eu deixo convosco duas coisas, se vocês assegurarem-nas bem, nunca vos extraviareis; O Livro de Deus (Alcorão) e a minha Sunnah.''
E Deus também diz no Alcorão Sagrado:
''Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente, e vos aponto o Islam por religião. '' (Alcorão Sagrado 5:3)
À luz deste ayat e hadith, ninguém tem o direito de introduzir seja o que for ao Din, considerando-o sua parte integrante. Pois, o Din que nos deixou o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) está completo e não precisa de adições nem de remendos.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

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Amr b. al Jamuh

O idoso que resolveu ir manquejando por todo o caminho rumo ao Paraíso.
Amr b. al Jamuh era um dos líderes de Yaçrib durante o tempo de Al Jahiliya, um dos chefes da altiva tribo dos Banu Salama. Foi um dos moradores de Madina que eram renomados por suas gentilezas e generosidades.
Um dos costumes da nobreza, no tempo de Al Jahiliya, era terem em casa um ídolo particular. Prestavam seus respeitos a ele pela manhã e à tardezinha, faziam sacrifícios a ele nos dias de festividade, e apelavam para ele nos tempos de calamidade. O ídolo do Amr b. al Jamuh chamava-se Manat. Havia sido esculpido em preciosa madeira, e o homem passava horas cuidando dele, esfregando-o com óleos raros e perfumados.
Amr b. al Jamuh tinha mais de sessenta anos de idade quando o despertar da fé religiosa irrompeu sobre Yaçrib, tendo os seus raios a iluminar a cidade, lar após lar. Isso aconteceu via um dos primeiros muçulmanos a pregar na cidade, Musab b. Umayr, que conseguiu converter os três filhos de Amr: Muawwaz, Moaz e Khallad, juntamente com um companheiro deles chamado Moaz b. Jabal. Ao mesmo tempo em que seus filhos, sua esposa Hind também aceitou a fé, sem, contudo conhecer nada sobre assunto.
Hind, a esposa de Amr b. al Jamuh, via que em toda Yaçrib a maior parte dos senhores e dos chefes se havia convertido ao Islam, e nenhum permanecia pagão, exceto o Amr b. al Jamuh e uns poucos outros. Ela o amava e o tinha em elevado respeito, mas ao mesmo tempo temia que ele morresse idólatra e fosse para o Fogo do Inferno.
Por seu turno, Amr temia que seus filhos abandonassem o culto dos seus ancestrais e seguissem o pregador Musab b. Umayr, que já havia convertido muitos dos pagãos de Yaçrib para a religião de Mohammad (SAAS). Ele disse à esposa:
"Toma cuidado, ó Hind, senão os nossos filhos irão encontrar-se com aquele pregador, antes que eu tenha a oportunidade de formar uma opinião a respeito dele!"
"Teu desejo é uma ordem", disse ela, "contudo, gostarias de ouvir, dito pelo nosso filho Moaz, o que ele ouviu o homem dizer?"
"Maldita seja!", ele berrou. "Será que o nosso filho descuidadamente esqueceu as nossas crenças, sem ao menos eu disso saber?"
Hind temeu que um excesso de raiva fosse ser danoso para seu idoso marido, então respondeu:
"Não, mas ele assistiu a algumas reuniões do pregador, e guardou na memória algo do que este disse."
"Dize-lhe que quero vê-lo." Quando Moaz chegou, seu pai disse:
"Quero ouvir o que aquele pregador disse." O filho começou:
"Em nome de Allah(SW), o Graciosíssimo, Misericordiosíssimo. Todo o louvor é para Allah(SW), o Senhor dos mundos..." e ele recitou a Surata do Alcorão – Al Fátiha – até ao fim.
"Oh, quão concatenante é esse discurso!", exclamou Amr b. al Jamuh, "e quão belo é! São iguais a esse todos os seus ensinamentos?"
"Melhores ainda, pai", respondeu Moaz. "Não gostarias de te juntar a ele, como o fizeram todas as pessoas a ti relacionadas?"
Amr b. al Jamuh ficou em silêncio por uns momento, então disse:
"Nada irei fazer antes de consultar o ídolo Manat e, ver o que ele diz." Moaz argumentou:
"Ó pai, que poderia o Manat dizer? É um mudo pedaço de madeira que não pensa nem fala!"
"Já te disse, nada irei decidir sem ele."
Amr tinha o costume de levar para sua casa uma saga, quando desejava consultar o ídolo. Fazia com que ela ficasse atrás da estátua, e respondesse as perguntas dele, que todos diziam terem sido inspiradas pelo ídolo.
Assim, Amr b. al Jamuh foi ter com o ídolo, e ficou perante ele, em pé na sua perna boa, porquanto tinha uma perna completamente aleijada. Ficando ereto, começou a se dirigir ao ídolo com a mais respeitosa das saudações. Depois disse:
"Ó Manat, sem dúvida, tu tiveste conhecimento desse pregador que nos veio de Makka. És o único a quem ele tenciona prejudicar. Ele veio para nos proibir de te cultuar. Eu ouvi algumas das suas belas pregações, mas odiaria dar a ele a minha adesão sem te consultar. Portanto, dize-me o que fazer!"
O ídolo não deu resposta alguma, então o Amr b. al Jamuh continuou: "Talvez tu estejas irado. Eu ainda nada fiz para te prejudicar. Deixar-te-ei em paz por uns poucos dias, até que tua ira se desvaneça."
Os filhos de Amr b. al Jamuh sabiam o quão profundamente apegado ao ídolo, Manat, seu pai era, e como, todo o tempo, a estátua se havia tornado parte do seu próprio ser. Porém, sabiam também que o valor dela se tinha tornado equívoco para ele, e sabiam que tinham de encontrar um meio de extirpar esse amor do seu coração, por completo, se é que queriam que ele se apegasse à fé religiosa.
Os filhos de Amr b. al Jamuh, juntamente com o amigo deles, Moaz b. Jabal, pegaram o ídolo, na calada da noite, e o levaram embora. Depositaram-no num buraco que pertencia aos Banu Salama, que o usavam para jogarem lixo. Voltaram para casa, sem ninguém por testemunha.

Chegou a manhã, e o Amr b. al Jamuh foi, como de costume, saudar o ídolo. Notando a falta dele, exclamou:
"Malditos sejais todos vós! Quem foi que pecou contra a nossa deidade, noite Passada?"
Ninguém foi capaz de responder à sua pergunta, então ele saiu à procura do ídolo, dentro e fora da casa, esbravejando ameaças e maldições o tempo todo. Finalmente ele o encontrou de cabeça para baixo, no buraco. Reavendo-o, ele o esfregou, lavou e perfumou, antes de recolocá-lo no seu devido lugar. Depois disse:
"Juro por Allah(SW) que se encontrar quem cometeu este ato contra ti, farei com que fique humilhado!"
Na noite seguinte, os jovens repetiram as suas ações com o ídolo e, na manhã subseqüente, o velho tornou a procura o ídolo. Encontrando-o novamente no buraco, coberto de refugos, recuperou-o, limpou-o e o perfumou, e o pôs de volta ao seu lugar.
Os jovens continuaram, noite após noite, a colocar o ídolo no buraco. Quando Amr b. al Jamuh se desesperançou de evitar que aquilo acontecesse, acercou-se do ídolo, antes de se retirar para a noite; pegando o tirante da espada, pendurou-o no ídolo, dizendo:
"Ó Manat, juro que não sei quem está fazendo isto para ti. Se vales alguma coisa, defende-te desse mal, pois eis que tens uma espada aqui!"
Então ele se retirou; e tão logo os jovens tiveram certeza de que ele estava dormindo, foram pegar o ídolo. Depois de lhe tirarem a espada, levaram-no para fora da casa, e o amarraram a um cachorro morto. Então o atiraram numa cova em que os Banu Salama usavam para depositar a água suja.
Dessa vez o velho acordou, procurou o ídolo, e o encontrou na cova, atado ao cachorro morto, tendo sua espada sido roubada. Ele não o apanhou; foi embora deixando ali a coisa, dizendo:
"Juro por Allah(SW) que se fosses deveras uma deidade, não irias permitir que fosses acabar assim!" Não muito tempo depois, ele entrou para o Islam. Encontrou tanta felicidade na sua fé, que era acometido de arrependimento por cada momento que passara como idólatra. Tornou-se parte do Islam, e o Islam tornou-se parte dele; e colocou a si mesmo, sua riqueza e seus filhos, a serviço de Allah(SW) e do Seu Profeta (S).
Não demorou muito para que a batalha de Uhud tivesse lugar, e o Amr b. al Jamuh viu seus filhos se prepararem para a justa contra os inimigos de Allah(SW). Observava-os virem e irem, cheios de desejo de morrer, cada um deles, como shahid, para ficarem bem vistos aos olhos de Allah(SW). O entusiasmo deles o inflamava, e ele resolveu encetar o jihad com eles, sob a bandeira do Mensageiro de Allah(SW) (S).
Unanimemente, os jovens concordaram em evitar que seu pai agisse de acordo com sua resolução. Ele era idoso, frágil e aleijão, o tipo de pessoa que Allah(SW) isentava do jihad. Disseram-lhe:
"Pai, o Próprio Allah(SW), no Seu Livro, eximiu-te; por que, então, te impões algo do qual Allah(SW) te escusou?" O velho ficou furioso com a fala deles, e saiu à procura do Mensageiro de Allah(SW) (S), ao qual se queixou:
"Ó Profeta de Allah(SW), meus filhos querem me excluir dessa boa ação, com a argumentação de que eu ando manquejando. Eu juro que quero ir manquejando por todo o caminho rumo ao Paraíso!" Então o abençoado Profeta disse para os filhos de Amr b. al Jamuh:
"Permiti que ele vá, porque talvez Allah(SW) pretenda conceder-lhe a morte como shahid". Em obediência ao pedido do Mensageiro de Allah(SW) (S), eles permitiram que o pai fosse.
Quando chegou à hora de partirem para a batalha, o Amr. b. al Jamunh se despediu da sua esposa como se não fosse voltar. Depois, virando o rosto na direção de Makka, ergueu as mãos em súplica, dizendo:
"Ó Allah(SW), concede-me a morte como shahid, e não me tragas aqui de volta em decepção!" Então se pôs a caminho, flanqueado pelos seus três filhos e por uma grande companhia de gentes da sua tribo, os Banu Salama.
Quando a ferocidade da batalha atingiu o seu auge, e muitos dos combatentes deixaram de estar ao redor do abençoado Profeta, o Amr. b. al Jamuh podia ser visto nas primeiras fileiras de lutadores, pulando, com sua perna boa, repetindo:
"Anseio por entrar no Paraíso, anseio por entrar no Paraíso!" E atrás dele estava o seu filho Khallad. Os dois lutaram intensamente, defendendo o Mensageiro de Allah(SW) (S), até que sucumbiram, na batalha, com a diferença de segundos um do outro.
Tão logo a batalha terminou, o abençoado Profeta foi em busca dos que haviam sido mortos como mártires, para enterrá-los no campo. Ele disse para os seus companheiros:
"Não os laveis! Deixai estar seus ferimentos e seus sangues, pois eis que irei testemunhar o modo como morreram, no Dia da Ressurreição. Qualquer muçulmano que sofrer um ferimento para o bem de Allah(SW), aparecerá, nesse dia, com o sangue aparentando uma bela cor, e com um odor igual aos mais preciosos dos perfumes. Sepultai o Amr b. al Jamuh junto ao Abdullah b. Amr, pois que eram muito amigos e achegados, neste mundo!"
Que Allah(SW) esteja aprazido com o Amr b. al Jamuh e com seus companheiros que, como ele, morreram como mártires em Uhud, e que Ele dê luz para seus túmulos!

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Allah(SW) do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW)).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=244&itemTitle=Amr%20b.%20al%20Jamuh

Abdullah b. Massud

Disse o Profeta (SAAS):


"Se algum de vós desejar recitar o Alcorão, com a pureza com que foi primeiramente revelado, que o recite como o faz Ibn Massud."

Naquele tempo, ele era um jovem que ainda não tinha chegado à puberdade. Era responsável pelo pastoreio de um rebanho de ovelhas que pertencia a um dos senhores do Coraix (o Ucba b. Muit), e as levava a pastar numa garganta entre as montanhas ao redor da cidade de Makka. O Profeta (SAAS) o chamava de "Filho de Umm Abd", mas o seu verdadeiro nome era Abdullah, e o nome do seu pai era Massud.

O rapaz havia ouvido falar acerca do profeta que tinha aparecido entre o seu povo, mas as notícias tinham pouco efeito sobre ele. Uma das razões era por causa da sua idade, e a outra era pelo fato de ele estar sempre afastado da sociedade de Makka. Ele levava o rebanho do Ucba, cedo pela manhã, e não voltava para a cidade senão após a noite ter descido.
Num belo dia, o jovem viu dois homens feitos que caminhavam em sua direção. Parecia que o cansaço havia tomado conta deles, e que estavam esmorecidos pela sede. Quando se aproximaram dele, saudaram-no, e disseram:

"Ó garoto, ordenha esta ovelha para nós, a fim de que tenhamos algo com que aplacarmos a nossa sede, e nos reanimarmos!" "Não posso fazer isso", respondeu o rapaz, "porque as ovelhas não são minhas, e eu sou responsável por elas."

Os dois homens não desaprovaram a resposta dele; ao contrário, pareciam estar contentes com ele. Um deles falou:

"Então mostra-nos uma ovelha que ainda não tenha tido filhotes e não produza leite", ao que o rapaz respondeu por meio de apontar para uma ovelha nova que estava por perto. O homem foi até a ovelha, enlaçou-a e passou a mão pelas suas tetas, dizendo o nome de Allah. Atônito, o rapaz exclamou:

"Desde quando uma ovelha que ainda não teve filhotes pode produzir leite?"

Os homens não responderam; e, após uns momentos, o jovem viu as tetas da ovelha incharem e o leite começar a fluir delas. O segundo homem pegou do chão uma pedra côncava, encheu-a de leite, e bebeu, juntamente com o seu companheiro. Depois deram de beber ao rapaz Abdullah b. Massud. Com os olhos arregalados de espanto, ele bebeu a se fartar. Quando beberam o suficiente, o homem disse para as tetas da ovelha:

"Encolhei-vos!", e, rapidamente, a ovelha voltou ao seu estado original, como se nada houvesse acontecido.
Então, o rapaz disse para o homem:
"Ensina-me a dizer às palavras que falaste!"
"Tu já sabes as palavras, ó rapaz!", foi a resposta.

Este foi o começo da estória de Abdullah b. Massud junto ao Islam, pois o homem não era outro senão o abençoado Profeta (SAAS), e o seu companheiro era Abu Bakr Al Siddik (RAA). Naquele dia eles tinham buscado refúgio nos desfiladeiros entre as montanhas de Makka, por causa das perseguições e dos insultos infligidos a eles por parte dos pagãos do Coraix.

O rapaz ficou afeiçoadíssimo ao abençoado Profeta (SAAS) e ao seu companheiro, e eles, por sua vez, ficaram impressionados pela confiabilidade e determinação do rapaz. Eles viam nele a possibilidade de se tornar um grande homem.

Não demorou muito para que o Abdullah b. Massud aceitasse o Islam, para que se apresentasse ao abençoado Profeta (SAAS), e se oferecesse para o servir. Este aceitou a oferta dele, e o sortudo rapaz mudou de trabalho, de tomador de conta de ovelhas, a servir o Mensageiro de Deus.

O Abdullah b. Massud permanecia bem junto ao abençoado Profeta (SAAS), sendo que ficava mais perto dele do que uma sombra. Acompanhava–o em suas viagens, e ia e vinha com ele, passando mesmo horas na casa do abençoado Profeta. Era responsável pela tarefa de acordá-lo, de ocultá-lo quando se banhava levar-lhe as sandálias quando ia sair, e tirá-las quando ele chegava. O rapaz carregava-lhe os pertences e a miswak1, e dormia num quarto pegado ao dele.

O abençoado Profeta até permitia que o Abdullah b. Massud entrasse no seu quarto, sempre que quisesse, e nada escondia do rapaz, tanto que o Abdullah b. Massud ficou conhecido como o guarda-segredos do Mensageiro de Deus.

Ibn Massud foi desse modo, criado na casa do abençoado Profeta, e treinado sob os cuidados dele, e para lhe seguir o exemplo. Ele procurava imitar todos os atos virtuosos do abençoado Profeta (SAAS); e tornou-se tão igual a ele, que as pessoas diziam que ele era mais semelhante ao abençoado Profeta do que qualquer outro, em termos de comportamento e aparência.

Ibn Massud foi educado pelo abençoado Profeta (SAAS) e, dentre os Companheiros, era o mais conhecedor do Alcorão e seus significados, bem como da Lei Divina.

A melhor estória, a que mais ilustra a erudição do Ibn Massud, foi a de um acontecimento que ocorreu em Arafat, quando um homem foi ter com o Ômar b. al Khattab (RAA) dizendo:
"Ó Emir dos Crentes, acabo de vir de Al Kufa, onde há um homem que dita o Alcorão para os escribas, de capa a capa, afirmando que sabe de cor o Livro."

Ômar se encheu de raiva. Raramente alguém o viu tão enraivecido, ao explodir:

"Maldito seja! Quem é ele?"

"É o Abdullah b. Massud" foi à resposta.

Lentamente, a raiva de Omar foi-se abrandando, até que ficou calmo o suficiente para dizer:
"Juro por Deus que não sei se há alguém mais merecedor de tal responsabilidade. Vou te contar uma estória sobre ele:

"O nobre Profeta estava uma ocasião passando o começo de noite com o Abu Bakr, e estavam discutindo coisas concernentes à comunidade muçulmana, e eu estava com eles.

O Mensageiro de Deus ficou repentinamente de pé, e saiu da casa. Nós o seguimos, e vimos um homem, a quem não reconhecemos por causa da escuridão, orando, na mesquita.

O Mensageiro de Deus ficou parado por uns instantes, ouvido o homem recitar o Alcorão, então disse para nós:

"'Se algum de vós deseja recitar o Alcorão, com a pureza com que foi revelado, que o recite como o faz o Filho de Ummu Abd.'

Quando o Abdullah b. Massud se sentou, fazendo súplicas a Deus, o nobre Profeta lhe disse:
"'Pede, pois ser-te-á concedido!'"




Omar continua a estória com estas palavras:

"Então eu planejei ir ter com o Abdullah b. Massud, pela manhã, e contar-lhe como o Mensageiro de Deus havia orado para que as súplicas dele fossem atendidas. Quando eu fui a ele para lhe dar as boas-novas, notei que o Abu Bakr já se havia antecipado a mim, e já lhe dado a notícia.

"Juro que sempre que competi com o Abu Bakr no tocante a praticar atos virtuosos, ele sempre me sobrepujou."

A erudição de Abdullah b. Massud atingiu um grau t
ão elevado, que ele próprio dizia:
"Não há um simples versículo do Alcorão que eu não saiba, tanto quando e onde foi revelado, como em quais circunstâncias. Se eu souber que há alguém mais conhecedor do que eu, irei viajar até ele, e irei aprender com ele.”

Abdullah b. Massud não esteve a exagerar no que dissera de si mesmo. Há uma história sobre o Omar b. al Khattab que diz que ele estava numa viagem. Na escuridão da noite, encontrou-se com uma caravana, e não pôde discernir quem eram as pessoas que tomavam parte nela. Aconteceu que o Abdullah b. Massud estava viajando com a caravana.

Ômar ordenou a um dos seus companheiros que perguntasse de onde os estranhos estavam vindo. Abdullah respondeu:

"Da garganta profunda."

"Para onde estais indo?", perguntou Omar.

"Para a antiga casa", respondeu o Abdullah.

"Eles têm consigo um erudito", Omar comentou com seus companheiros. Então ordenou que um dos companheiros perguntasse:

"Qual versículo do Alcorão é o maior?"

"Aquele que diz: "Allah! Não há mais divindade além d'Ele, Vivente, Auto-Subsistente." (2:255), respondeu o Abdullah. Então o Omar fez com seu companheiro perguntasse:

"Qual é o versículo do Alcorão que contém mais justiça?"

"Aquele que diz: "Allah ordena a justiça, a prática do bem, o auxílio aos parentes." (16:90). respondeu o Abdullah.

Depois Omar pediu ao homem que perguntasse qual dos versículos do Alcorão era o mais abrangente, ao que o Abdullah respondeu:

"É o que diz:”. Quem tiver feito o bem, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á. E quem “tiver feito o mal, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á.” (99:7-8).

Omar pediu ao homem que perguntasse qual versículo do Alcorão era o mais assustador, e o Abdullah respondeu:

"Aquele que diz "Não é segundo os vossos desejos, (406) nem segundo os desejos dos adeptos do Livro. Quem cometer algum mal receberá o que tiver merecido e, afora Allah, não achará protetor, nem defensor.." (4:123).

Então Omar pediu ao companheiro que perguntasse qual versículo do Alcorão dava mais esperança, ao que o Abdullah respondeu:
"É aquele assim: "Dize: Ó servos meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Allah; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo." (39:53).

E eis que o Omar disse ao companheiro que perguntasse se o Abdullah b. Massud estava na companhia deles, ao que responderam:
"Sim, de fato está."

Abdullah b. Massud não apenas era um estudado erudito e um devoto asceta, mas era também influente e determinado. Era um intrépido combatente (mujahid) nas horas de conflito. Basta dizermos que ele foi a primeira pessoa, depois do Mensageiro de Deus, a recitar o Alcorão em público. Isso aconteceu em Makka, numa ocasião em que os companheiros do Mensageiro de Deus se haviam reunido num grupo. Eles eram pouco numerosos, e incapazes de se defender.

Disseram:

"Os indivíduos do Coraix ainda não ouviram ninguém recitar o Alcorão para eles. Quem seria capaz de fazer isso?"

O Abdullah b, Massud disse:

"Eu o recitarei para eles!"

"Tememos que eles vão te injuriar", disseram, "e preferimos que seja um homem de uma tribo forte para o defender, caso joguem sujo com ele."

"““ Deixai-me fazer isso”, disse o Abdullah”; "Deus me há de proteger e me salvaguardar."

Então ele foi para a mesquita, e dirigiu-se para um local chamado Maqam Ibrahim. Estavam na metade da manhã, e as pessoas da tribo do Coraix estavam sentadas em torno da Caaba.

Numa voz altissonante, ele começou a recitar:

"'Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso! O Clemente. Ensinou o Alcorão. Criou o homem, e ensinou-lhe a eloqüência'" Ele continuou a recitar, enquanto os indivíduos do Coraix olhavam para ele e diziam entre si:

"Que coisa está o filho de Umm Abd a falar?"
"Que ele morra! Ele está a entoar algumas das palavras trazidas por Mohammad."

Eles o pegaram de assalto, e começaram a bater nele, enquanto ele continuou a recitar, tanto quanto pôde. Então ele escapou, e voltou para junto dos seus companheiros, com o sangue a lhe escorrer rosto abaixo.

"Eis porque temíamos por ti", disseram.

"Por Deus, eu jamais temi os inimigos de Deus menos do que temo agora. Se quiserdes, irei ter com eles amanhã, e recitarei mais."

"Não, não faças isso!", disseram. "Foi o bastante; tu recitaste para eles, e eles odeiam ouvir a recitação."

Abdullah b. Massud viveu até ao tempo do governo do califa Otman (RAA). Quando sua última doença o prostrou, Otman foi visitá-lo, e perguntou:

"Que causou a tua doença?"

"Meus pecados", respondeu.
"Que coisa queres?" perguntou Otman.

"A misericórdia do meu Senhor", respondeu.

"Por que não me deixas ordenar que recebas o teu estipêndio do tesouro, o qual tem recusado por tantos anos?" Otman sugeriu.

"Não o necessito", Abdullah respondeu.

"Ele poderá ser o teu legado para as tuas filhas", disse Otman.

"Acaso temes que minhas filhas irão amargar a pobreza?" perguntou o Abdullah. "Eu lhes ordenei que recitassem a Surata Al Waqui'a todas as noites, pois ouvi o abençoado Profeta dizer:

"'Se alguém recitar a Al Waqui'a todas as noites, jamais irá amargar a pobreza. '"

Quando a noite desceu, a alma do Abdullah b. Massud partiu para juntar-se ao seu Mais Elevado Companheiro, tendo sua boca a se mover, até ao último momento, recitando os versículos da revelação, e glorificando o nome do seu Senhor. --
"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=247&itemTitle=Abdullah%20b.%20Massud

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

A Crença no Kadar ou Takdir(Decreto Divino,bom ou mal)
Em Nome de Allah, o Clemente e Misericordioso!
Em primeiro lugar, ele indica que Allah, Deus-Todo Poderoso traçou um plano de toda a sua criação nos seus mínimos detalhes. Por isso, devemos acredita que não existem acidentes na Natureza, e sim que tudo que ocorre foi decretado por Allah, o Altíssimo. Por exemplo, os aspectos relacionados com os movimentos dos astros e as suas respectivas distâncias, a pressão atmosférica, dentre outros foram previamente planejados por Allah, Louvado Seja.
(39:62) –“Allah é o Criador de tudo e é de tudo o Guardião”.
(25:2) –“E criou todas as coisas, e deu-lhes a devida proporção”.
Em segundo lugar, que tais conhecimentos estão registrados num Livro guardado.
(22:70) –“Ignoras, acaso, que Allah conhece o que há nos céus e na terra¿ Em verdade, isto está registrado num Livro, porque é fácil para Allah.”
(57:22) – “Não assolará desgraça alguma, quer seja na terra, quer sejam as vossas pessoas, que não esteja registrada no Livro, antes mesmo que a evidenciemos. Sabei que isso é fácil a Allah.”
Em terceiro lugar, que Allah sabe de tudo que aconteceu e que irá acontecer com todas as suas criaturas.
Logo, Kadar é a crença do muçulmano do pré-conhecimento que Allah, o Altíssimo, tem de tudo e no poder de Allah de conhecer e cumprir com seus planos.
Agora, no que tange aos seres humanos, Allah nos dotou de livre arbítrio, sendo que o mesmo não é total e sim parcial. Existem coisas que foram determinadas por Allah sem que nós possamos interferir. Como, por exemplo, quando iremos nascer, quem serão nossos pais, como serão nossas características físicas, quando iremos morrer, como também a nossa incapacidade de controlar os músculos do nosso coração ou do nosso estomago etc...
(28:68) –“Teu Senhor cria e escolhe, da maneira que melhor Lhe apraz, ao passo que eles não têm faculdade da escolha.” (3:6) – “Ele é Quem vos configura nas entranhas, como Lhe apraz.”
Logo, por estes versículos podemos observar que o menino recém-nascido, por exemplo, não tem faculdade de se transformar em menina. E sim que essa é uma escolha que está somente dentro dos poderes de Allah. E existem outras que nós podemos utilizar o poder de escolha, como com o que queremos estudar, se desejamos praticar o bem ou o mal, com quem queremos casar, se queremos abrir ou fechar a mão, se queremos sentar ou levantar etc...
(91:8-10) – “E lhe imprimiu o discernimento entre o que é certo e o que é errado, que será venturoso quem purificar (a alma), e desventurado quem a corromper.” (78:39) –“Tal será o dia infalível; quem quiser, pois, poderá encaminhar-se para o seu Senhor! “ (64:10) – “Por outra, aqueles que renegarem a desmentirem os Nossos versículos, serão condenados ao inferno, onde morarão eternamente. E que funesto destino!” (18:29) – “Dize-lhes: A verdade emana do Senhor; assim pois, que creia quem desejar , e descreia quem quiser.” (2.286) – “Allah não impõe a nenhuma alma uma carga superior às suas forças. Beneficiar-se-á com o bem quem o tiver feito e sofrerá o mal quem o tiver cometido. Ó Senhor nosso, não nos condenes, se nos esquecermos ou nos equivocarmos! Ó Senhor nosso, não nos imponha carga, como a que impuseste aos nossos antepassados! Ó Senhor nosso, não nos sobrecarregues com o que não podemos suportar! Tolera-nos! Perdoa-nos! Tem misericórdia de nós! Tu és nosso Protetor! Concede-nos a vitória sobre os incrédulos!”
A recompensa e o castigo estão vinculados à liberdade. Se não houvesse liberdade, não haveria castigo. É inconcebível que Allah tenha predeterminado para seus servos algo que não pudessem evitar e logo os castigasse por isso. Assim sendo, Allah não julga o homem senão dentro dos limites da sua liberdade e capacidade, não o responsabiliza pelo que temos opção de fazer ou deixar de fazer, se o homem com o bem que tiver feito e sofrerá pelo mal que tenha cometido.
(41:46) – “Quem pratica o bem o faz em benefício próprio; por outra, quem faz o mal é em prejuízo seu, porque o teu Senhor não é injusto para com os Seus servos.”
Muitas pessoas os muçulmanos como sendo fatalista, o que é um grande erro. Em primeiro lugar, vamos definir o que venha a ser fatalismo. Fatalismo é a doutrina de que todos os eventos ocorrem de acordo com um destino fixo e inevitável, onde o homem não controla nem interfere ou afeta. E vimos que o ser humano possui livre arbítrio dentro de um campo limitado onde pode escolher o que fazer.
Agora, como o muçulmano age em relação a fatos que independem e escampam a sua vontade¿ Nesta vida incidem sobre o homem obstáculos que anulam a sua vontade e outros que desviam sua direção e influem sobre os assuntos que não pode afastar nem mudar. Em relação a isto ele aceita tais acontecimentos, quer sejam agradáveis ou não, como vindos de Allah, sem se vangloriar caso sejam bons ou se desesperar caso sejam ruins. Em ambos os casos, Ele agradece a Allah e procura sempre melhorar ou reverter algo, se utilizando dos meios físicos concedidos por Allah para isso. O Profeta Muhammad (SAAS) nos aconselhou advertindo-nos para não nos arrependêssemos ou nos entristecêssemos de acontecimentos, dos quais não temos capacidade de modificá-los. E em um dito disse:
“Esforça-se para adquirires o que é benéfico para ti. Procure o apoio de Allah, e não te desanimes. E se te atingir um contra tempo não digas: se eu tivesse feito isso, teria acontecido aquilo. Ao invés disso diga: Allah decretou assim e o que Ele quis aconteceu. Porque a palavra “se” abre caminho para a ação do Shaitan (Demônio). ”(Compilado por Muslim).
Por exemplo, muitas pessoas ao perderem um ônibus se chateiam e começam a reclamar e a dizer: “Se eu tivesse saído um pouco mais cedo, isso não teria acontecido”; ou,” Se eu tivesse feito aquilo, não teria me atrasado e perdido o ônibus.” Esse tipo de comportam não faz parte da crença muçulmana, pois se Ele perdeu o ônibus é porque estava escrito que ele iria perdê-lo e pronto.
Se Allah conceder um benefício ao ser humano, ninguém poderá removê-lo e se algum mal atingir o ser humano, só Allah poderá removê-lo.
(10:107) – “ E se Allah te infligir algum mal, ninguém, além d’Ele, poderá removê-lo; E se Ele te agraciar, ninguém poderá repelir sua graça, a qual concede a quem lhe apraz dentre seus servos, porque Ele é Indulgente, o Misericordiosíssimo.” (35:2) – “ A misericórdia com que Allah agracia o homem ninguém pode obstruir e tudo quanto restringe ninguém pode prodigalizar, à parte d’Ele, porque é Poderoso, o Prudentíssimo.”
Muitas pessoas reclamam dos acontecimentos que atingem as suas vidas dizendo: Isto não é justo! Por que isso acontece logo comigo¿ No entanto, nós devemos ter em mente que a Justiça Divina não se mede com os parâmetros da justiça humana. O que pode parecer injusto para nós, pode na verdade, ser justo e bom diante de Allah. Exemplificando isso: Como tivéssemos uma criança enferma que necessitasse da aplicação de uma injeção para se curar, a aplicação de uma injeção para a criança pareceria uma injustiça, pois ela só levaria em conta na sua análise a dor a dor que estaria sentindo. Em contrapartida o pai dessa criança, assim como o médico, acharia a aplicação da injeção algo justo e benéfico, pois analisariam isso por outro ângulo (a influência que este medicamento teria sobre a cura da criança). A capacidade mental de uma criança não é igual a de um adulto, da mesma forma que um analfabeto não tem a capacidade de perceber muitas coisas que um intelectual teria. Fazendo uma analogia com esses exemplos, temos que o nosso conhecimento é limitado e o nosso pensamento se baseia em considerações individuais ou pessoais, enquanto que o conhecimento de Allah é ilimitado e infinito.
(2.216) – “É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá gosteis de algo que vos seja prejudicial; todavia, Allah sabe e vós ignorais.”
O bem e o mal são apenas conceitos relativos. Como por exemplo, um animal que caça outro para se alimentar. O que é bom para um, a subsistência, é ruim para o outro, a morte.
Outro detalha importante é que Allah é nosso Criador, logo Ele não pode ser questionado do porque que fez isso ou aquilo, enquanto nós como criatura Dele, sim, que seremos interrogados.
(21:23) – “Ele não poderá ser questionado quanto ao que faz; elas sim(as criaturas) serão interpeladas.”
Nós também devemos ter em mente que esta vida terrena nada mais é do que um teste. Por isso, muitas vezes somos surpreendidos por desgraças ou situações difíceis, para saber como nos comportaremos diante de tais fatos. O crente, quando se depara com uma desgraça aceita como vinda de Allah e a suporta pacientemente tendo confiança em Allah.
(64:11) – “Jamais acontecerá calamidade alguma, senão com a ordem de Allah. Mas, a quem crer em Allah, Ele lhe iluminará o coração, porque Allah é Onisciente.”
(2:155-57) – “ Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro), anuncia (a bem-aventurança aos perseverantes, aqueles que, quando os aflige uma desgraça, dizem: Somos de Allah e a Ele retornaremos. Estes serão cobertos pelas bênçãos e pela misericórdia de seu Senhor, e , estes são os bem encaminhados.”
Disse o Profeta (SAAS):
“É espantosa a situação do crente! Tudo que acontece é em seu benefício, isto só acontece com o crente. Se lhe acontece algo de bom, ele agradece, e isso é bom para ele, e se lhe acontece um infortúnio, ele se encontra entre os pacientes, e isso é bom para ele.” (Compilado por Muslim).
Mas o muçulmano não deve ficar parado diante de tais situações, e sim atuar se encomendando a Allah. O muçulmano deve-se encomendar a Allah em tudo o que ele for fazer.
(9:51) –“ Dize:Jamais nos ocorrerá o que Allah não nos tiver predestinado! Ele é nosso protetor. Que os fiéis se recomendem a Allah!” (11:88) – “ e meu êxito só depende de Allah, a Quem me recomendo e a Quem retornarei contrito.” (65:3) – “ E o agraciará, de onde menos esperar. Quanto àquele que se encomendar a Allah, saiba que ele lhe será Suficiente, porque Allah cumpre o que promete. CertamenteAllah predestinou uma proporção para cada coisa.”(3:159) – “E quando te decidires, encomenda-te a Allah, porque Allah aprecia aqueles que (a Ele) se encomendam.”
Allah também nos ensinou, através do Alcorão, a não afirmarmos que iremos fazer algo mais tarde sem dizermos Insha-Allah(Se Allah quiser).
(18:23-24) – “Jamais digas deixai, que farei isso amanhã, a menos que adiciones; Se Allah quiser! Recorda teu Senhor quando esqueceres, e dize: É possível que meu Senhor me encaminhe para o que está mais próximo da verdade.”
Agora analisaremos um versículo que geralmente é mal compreendido:
(2-26) – “Com isso desvia muitos e encaminha muitos outros.”
À primeira vista, entendemos que o desvio e o encaminhamento são assuntos predeterminados. Ou seja, que está prescrito por Allah sem que tenhamos escolha. No entanto o Alcorão é auto-explicativo e certas passagens elucidam outras. Ao analisarmos o versículo seguinte vemos que o encaminhamento e o desvio não são impostos por Allah, mas que estão de acordo com o cada de cada indivíduo, devido aos atributos e aos atos inerentes à liberdade e à capacidade de cada um. Assim, se é temente, o Alcorão será para ele orientação e se é depravado será desvio.
Caso observemos os seguintes versículos veremos a descrição dos tementes que merecerão a orientação de Allah:
(29:6) –“ Por outra, quanto aqueles que diligenciam por Nossa causa, encaminhá-los-emos pela Nossa senda. Sabeis que Allah está com os benfeitores. “(2:2-5) – “ Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Allah; Que crêem no incognoscível, observam a oração e gastam daquilo com que os agraciamos; Que crêem no que foi revelado (Ò Muhammad), no que foi revelado antes de ti e estão persuadidos da outra vida. Estes possuem a orientação do Senhor e estes serão os bem-aventurados.” (47:17) – “ Por outra, quanto àqueles que se orientam, ele lhes aumenta a orientação e lhes concede piedade.”
Enquanto que os depravados que merecerão o desvio de Allah são:
(2:26-27) – “Mas, com isso, só se desviam os depravados, Que violam o pacto com Allah, depois de o terem concluído: separam os que Allah tem ordenado manter unido e fazem corrupção na terra. Estes serão desventurados”. (61:5) – “Porém, quando se desviaram, Allah desviou os seus corações, porque Allah não encaminha os depravados.”
Logo, caso tenhamos características dos tementes que seguem as ordens de Allah seremos merecedores do encaminhamento. Caso tenhamos as características dos depravados que as desobedecem seremos merecedores do desvio. Assim, podemos perceber que Allah colocou um sistema de causa e efeito para a Sua orientação e desorientação.
Allah também nos informou, através do Alcorão, que os males que nos atingem é uma conseqüência dos nossos atos e resultado das nossas atitudes.
(42:30) – “E todo infortúnio que vos aflige é por causa do que cometeram as vossas mãos, muito embora ele perdoe muitas coisas.” (30:41) – “ A corrupção surgiu na terra e no mar por causa dos que as mãos dos humanos lucraram. E (Allah) os fará provar algo de que cometeram. Quiçá assim se abstenham disso.”
Existem Dois de Orientação
1 – A orientação que somente indica o caminho, que é a orientação dada pelos profetas.
2 – A orientação que só atua sobre aqueles que aceitaram o primeiro tipo de orientação. Logo, quando Allah encaminha alguém, é quando ele aceitou a primeira orientação; quando desvia alguém, é quando negou a primeira orientação.
Um exemplo prático disso: caso uma pessoa perguntasse onde fica tal lugar e você a orientasse lhe indicando o caminho estaria no primeiro tipo de orientação. Agora, caso essa pessoa lhe perguntasse onde fica tal lugar e você a orientasse e ela lhe pedisse auxílio para chegar até lá e você o colocasse no seu carro e a levase até lá a deixando na porta, estaríamos no segundo tipo de auxílio, onde ela aceitou a sua orientação e ainda lhe pediu auxílio, onde ela aceitou a sua orientação e ainda lhe pediu auxílio para chegar lá.
Allah nos mostrou através do Alcorão que este segundo tipo de orientação é exclusivo Dele e que os profetas não têm este poder.
(28:56) – “Por certo que não és tu que orientas a quem queres; contudo, Allah orienta a quem Lhe apraz, porque conhece melhor do que ninguém os encaminhados.”

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: Islam A sua Crença e a sua Prática – Sami Armed Isbelle – páginas 185 a 191.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

O filho Adotivo do Profeta - Zaid

Zaid b. Háriça
Juro por Deus que o Zaid b. Háriça merecia ser comandante. Foi uma das pessoas a quem eu mais amei." {Profeta Mohammad (SAAS)

Nossa estória começa quando uma mulher de nome Su'da b. Çalaba sai da casa do seu marido para fazer uma visita à tribo de Man. Leva consigo o seu menininho, Zaid b. Háriça al Ka'bi. Ela não havia estado com a tribo por muito tempo, quando todos foram atacados por incursadores dos Banu al Cayn. Os atacantes roubaram o povo de Man, tomaram seu dinheiro e gado, e levaram um bom número de pessoas como cativos. Um dos que foram raptados foi o filho de Su'da, o Zaid b. Háriça.

Ao tempo, Zaid tinha quase oito anos de idade. Ele foi levado para a feira de Ukass, onde foi vendido como escravo a um rico figurão do Coraix por 400 dirhams. O nome desse homem era Hakim b. Hazam b. Khuwailid. Ele comprou um bom número dos escravos que estavam à venda, e os levou consigo para Makka.

Depois que chegou a Makka, recebeu uma visita de cortesia da sua tia, Khadija b. Khuwailid, que foi congratulá-lo pela sua volta segura da viagem. Desejando mostrar a sua estima pela sua tia, ele insistiu em que ela escolhesse um dos escravos que havia adquirido, para que lho desse de presente.

Khadija se pôs a olhar os escravos. Ao invés de examinar os físicos deles, para ver qual poderia ser o mais laborioso, ela lhes perscrutou os rostos. Por fim, decidiu-se pelo Zaid b. Háriça, porque parecia ser o mais inteligente, e o levou consigo.

Não muito tempo depois, Khadija b. Khuwailid casou-se com Mohammad b. Abdullah. Ela desejou dar a ele um presente que fosse singular, e decidiu que o melhor presente seria o seu escravo favorito, o Zaid.

Assim, a criança sortuda cresceu sob os gentis cuidados de Mohammad (S), com quem aprendeu os mais altos padrões de vivência e a mais refinada conduta.

Ao mesmo tempo, a mãe do menino, devastada pelo seu rapto, passava os dias na esperança de que, de algum modo, ele fosse encontrado, e passava as noites chorando. Ela não sabia se ele ainda estava vivo; ou se estava morto, para que, assim, pudesse perder as esperanças e pôr um fim ao seu sofrimento.

O pai da criança se engajava numa contínua busca quanto a ela. Viajava para todos os lugares em que pudesse pensar, e perguntava a todos que encontrava acerca do seu desaparecido filho. Ele compôs versos de partir o coração sobre a sua dor pela sua criança, alguns dos quais foram:

"Chorei pelo Zaid, não lhe sabendo a sina;
"Estaria ele vivo? esperamos que sim,
"Ou será que a morte nos derrotou?
"Juro por Deus que não sei, mas perguntarei;
"Ó Zaid, sará que as planícies te roubaram de nós?
"Ou será que foram as montanhas?
"O sol o traz à minha mente, quando se alevanta,
"E a memória dele me atormenta,
"Quando o sol se assenta.
"Assim hei de passar a vida, até que minha hora chegue,
"Pois todo ser humano é mortal
"Embora a esperança lhe eleve o moral.

Aconteceu que alguns dos membros da tribo de Zaid foram a Makka para celebrarem a estação da peregrinação, à maneira pagã. Estavam andando pela Caaba quando, repentinamente, encontraram-se cara a cara com o Zaid. Eles o reconheceram, disseram-lhe quem eles eram, e lhe perguntaram como fora parar em Makka. Quando eles terminaram de realizar os rituais, voltaram para suas terras e contaram ao pai Háriça que haviam encontrado o seu filho, e relataram tudo o que o Zaid lhes havia dito.

Háriça não perdeu um só momento em preparar a sua montaria e, tendo coletado dinheiro suficiente para comprar a liberdade do seu precioso filho, e levando consigo o seu próprio irmão, Kaab, pôs-se, apressadamente, a caminho de Makka. Ao chegarem, procuraram imediatamente a Mohammad b. Abdullah (S) e disseram:

"Ó filho de Abdul Muttalib, vós, habitantes de Makka, sois apegados a Deus; proporcionais proteção aos indefesos, comida para os famintos, e assistência para aqueles em desespero. Viemos pleitear por nosso filho que está contigo, e trouxemos dinheiro suficiente para comprar a sua liberdade. Sê condescendente conosco e dize-nos o teu preço por ele!"
"Qual seria esse filho a que vos referis?" perguntou Mohammad (S).
"O teu servo, Zaid b. Háriça", responderam.
"Gostaríeis de fazer algo melhor do que comprar a liberdade dele?" perguntou Mohammad.
"E que coisa seria essa?" eles argumentaram.
"Vou chamá-lo aqui. Dai-lhe a oportunidade de escolher entre ir convosco e ficar aqui comigo. Se ele vos escolher, podereis levá-lo sem nada pagar; mas se ele me escolher, não o empurrarei para longe de mim."
"Tu és imparcial e justo além do que alguém possa imaginar!" exclamaram.
E eis que Mohammad (S) mandou chamar o Zaid, e lhe perguntou:
"Sabes acaso quem são estas pessoas?"
"Este é meu pai, Háriça b. Churahil, e aquele é o meu tio, Kaab."
"Estou proporcionando-te uma escolha", Mohammad (S) disse a ele. "Se quiseres, poderás ir com eles; e se quiseres, poderás ficar comigo."
"Prefiro ficar contigo", disse o Zaid.
"Maldito sejas, ó Zaid!", berrou o Háriça. "Preferirias a escravidão ao teu pai e à tua mãe?"
"Após conhecer este homem", disse Zaid, "desejo passar o resto da minha vida com ele."
Quando Mohammad (S) viu o quão Zaid era apegado a ele, dirigiu-o pela mão até à Grande Mesquita, e os dois ficaram de pé defronte ao santuário, e perante um grande número de membros dos coraixitas. Então ele disse:
"Povo do Coraix! Prestai testemunho do fato de que este rapaz é meu filho adotivo e meu herdeiro."

Quando Háriça e Kaab, o pai e o tio de Zaid constataram o quanto Mohammad zelava pelo rapaz, ficaram convencidos de que iria ser melhor para ele ficar com Mohammad (S). Eles voltaram para o seu povo, confiantes de que o Zaid estava em boas mãos, e dando-se muito bem.

Daquele dia em diante, Zaid foi por todos denominado Zaid b. Mohammad, e continuou a assim ser chamado, até ao tempo em que o Mensageiro de Deus (S) recebeu a divina revelação, que abolia a adoção (nos termos ocidentais). O Todo-Poderoso Deus diz, no Alcorão:

"Dai-lhes os sobrenomes dos seus (verdadeiros) pais" (Al Ahzab, 33:5).

E daí em diante foi novamente chamado de Zaid b. Háriça.

Zaid não sabia, ao escolher a Mohammad (S) e não à sua família, que prêmio angariava para si. Não sabia que o mestre a quem preferira ao seu próprio povo era o mestre de todos os povos, e o Mensageiro de Deus para toda a humanidade. Não tinha como saber que um Estado divino estava para se erguer na terra, e que este iria disseminar a retidão e a justiça, de oeste até ao este. Não tinha como saber que ele iria ser o primeiro tijolo da construção desse Estado.

Nada disso ocorrera ao Zaid, pois aquilo era pela graça de Deus, Que a concede a quem Lhe apraz, porque Deus é Aquele com ilimitadas graças.

Apenas uns poucos anos haviam passado após o incidente em que lhe foi dada a escolha, e Deus envolveu o Seu Mensageiro (S) com a religião da diretriz e da verdade. Zaid foi o primeiro homem a acreditar nele. Poderia alguém ultrapassar um primeiríssimo como esse? Nenhuma outra aquisição se compara a essa!

Zaid b. Háriça tornou-se um confidente dos segredos do Mensageiro de Deus (S), assim como um líder dos exércitos em tempo de guerra, e o deputado do Profeta (S) em Madina, quando este viajava.

Zaid amava o Profeta (S), sendo que o preferiu, aos seus prórios pais. O Profeta (S) lhe retribuía o amor, fazendo dele um membro da sua própria família, e compartilhando com ele tudo o que possuía. Se Zaid estivesse para sair numa viagem, o Profeta (S) sabia que iria sentir terrivelmente a sua falta; e sentia-se super jubiloso quando ele voltava, são e salvo.

A senhora Umm al Muminin Aicha descrevia uma cena que mostrava a alegria do abençoado Profeta (S) quando o Zaid voltava duma viagem; ela disse:

"Uma ocasião o Zaid voltava para Madina. O Mensageiro de Deus (S) estava no meu quarto quando o Zaid bateu à porta. O Mensageiro de Deus (S) pulou para abrir a porta, com nada mais que uma tanga que lhe cobria até aos joelhos; e foi pondo as roupas enquanto se dirigia para a porta. Juro por Deus que aquela foi a única vez em que vi o Mensageiro de Deus ficar de pé e caminhar sem as suas vestes."

O amor do abençoado Profeta (S) pelo Zaid era tão conhecido, que as pessoas o apelidaram de Zaid al Hubb (Zaid, o amado), e Hibb (o amado). O filho de Zaid, Ussama, tornou-se conhecido como Ibn Hibbi (filho do amado).

No oitavo ano da Hégira, Deus quis testar o Profeta (S), fazendo por separá-lo do seu amado amigo.

Aconteceu de o Profeta (S) enviar uma carta ao rei de Busrah, convidando-o ao Islam. O portador da missiva era o Al Háris b. Umair al Azdi, que foi apenas até Muata, a leste do Jordão. Nesse ponto foi barrado por um dos príncipes gassânidas, Churhabil b. Amr, que o capturou, amarrou-o e fez com que fosse executado em público, pela decapitação.

O abençoado Profeta (S) nunca tivera um dos seus mensageiros que fora morto, e ficou ultrajado. Assim, ele pôs uma força de três mil lutadores a marcharem sobre Muata, e colocou o seu amado amigo, Zaid b. Háriça no comando daquela força. O Profeta se dirigiu aos soldados:

"Se o Zaid for ferido, passai o comando para o Jafar bin Abi Tálib; e se o Jafar também for ferido, passai o comando para o Abdullah bin Rawaha; e se este também for ferido, que os soldados muçulmanos escolham o seu próprio líder."

O exército marchou até que chegou a Maan, na parte oriental do Jordão. Heráclius, o imperador de Bizâncio, madou uma força de 100.000 homens para proteger o Estado-satélite ghassânida, e juntaram-se a mais 100.000 dos árabes pagãos. Esse exército enorme estabeleceu acampamento próximo aos muçulmanos.

Os muçulmanos passaram duas noites em Maan discutindo e consultando-se sobre o melhor plano de ação. Algumas pessoas sugeriram que mandassem uma mensagem ao Profeta (S) perguntando-lhe o que deveriam fazer. Outras afirmavam que eles deveriam lutar, dizendo:

"Juro por Deus que as nossas batalhas não são encetadas com números ou fortidão, ou com suprimentos. Nossas batalhas são vencidas com fé. Devemos acabar o que começamos, pois, de todo modo, Deus nos tem garantida a vitória: ou vencemos a batalha, ou morreremos como mártires, e entraremos no Paraíso."

Os dois exército se chocaram em Muata, e os muçulmanos lutaram com tal ferocidade, que chegaram a assustar os bizantinos, enchendo-os de espanto com aqueles três mil muçulmanos que lhes desafiavam a enorme força.

O Zaid b. Háriça defendeu o estanderte do Mensageiro de Deus com um heroísmo sem precedente de qualquer um na história. Por fim, Zaid sucumbiu, com centenas de ferimentos causados pelas lanças do inimigo. Jafar b. Abi Tálib lhe tomou o lugar, agarrando o estandarte e defendendo-o com nobreza, até que ele, também, caiu como um mártir. Então o Abdullah b. Rawaha tomou o lugar de Jafar, segurando o estanderte e lutando forozmente, até que teve a mesma sorte dos seus dois companheiros.

Os combatentes muçulmanos deram o comando ao Khalid b. al Walid, que se havia recentemente convertido ao Islam. Ele reuniu o exército muçulmano e forçou os homens a se retirarem do campo, antes que ficassem totalmente aniquilados.

O abençoado Profeta recebeu a notícia da derrota em Muata e da morte dos seus três líderes. Nunca havia estado tão intensamente pesaroso como ora estava, por eles. Ele foi para cada uma das casas deles, a fim de oferecer suas condolências às suas respectivas famílias. Quando chegou a casa do Zaid, a filhinha deste se atirou sobre o abençoado Profeta, soluçando. O abençoado Profeta a segurou, chorando tão alto, ele mesmo, que todos podiam ouvi-lo.

O Saad b. Ubada lhe perguntou:

"Por que estás chorando desse jeito, ó Mensageiro de Deus?"
"É muito natural que a gente chore pela morte de um ente querido", respondeu o Profeta (S). --

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Agradecemos a Allah SW pelos irmãos que nos presenteou no islam. Omar que sua fé islâmica possa contaminar outras pessoas rumo ao paraíso.