sábado, fevereiro 26, 2011

Sahaba 33‏ - Abu Sufyan b. al Háris

Queridos irmãos e amados leitores,

Quem procura saber da vida do Profeta Muhammad SAAS cada dia tem uma surpresa. Quando iniciei meus estudos islâmicos conheci duas personagens que me tocaram profundamente Hamza tio do Profeta SAAS e Abu Sufyan. Eu logo amei profundamente ao Hamza RAA pela sua valentia e dedicação à causa do Rassulolah SAAS como odiei Abu Sufyan pela perseguição que ele empreedeu ao Mensageiro de Allah.

Contudo também aprendi, de que todos os acontecimentos foram escritos por Allah SW e que eu precisava aceitá-los. Hoje repasso para vocês essa matéria que nos mostra a transformação de um homem, que passou de perseguidor a seguidor. Abu Sufyan assim como eu compreendeu que Muhammad SAAS era verdadeiramente um mensageiro de Allah SW e que veio para trazer uma Religião Universal o Islamismo, pelo qual agradeço a Allah SW por me pemitir a ser um muçulmano. Vamos ao artigo Inshallah!

Por: Dr. Abdulrahman Ráafat Bacha

Tradução: Prof. Samir El Hayek

Raramente duas pessoas têm tanta coisa em comum como aquelas que eram compartilhadas por Mohammad b. Abdullah (S) e pelo Abu Sufyan b. al Háris. Foram amigos de infância, tendo nascido aproximadamente no mesmo tempo, e criados na mesma família numerosa. Abu Sufyan era primo em primeiro grau do Profeta (S), porquanto Abdullah, pai do Profeta (S), e Al Háris, pai de Abu Sufyan, eram totalmente irmãos, sendo, estes, dois dos filhos de Abd al Muttalib. Abu Sufyan e o Profeta (S) eram ainda irmãos de criação, pois ambos foram amamentados pela Halimah al Sadiyah ao mesmo tempo.

Em adição, ele era amigo íntimo do Profeta (S) antes de este receber o chamado para a profecia, e até se parecia com ele. Com toda honestidade, poderia o leitor ter visto, em qualquer lugar, laços mais fortes do que aqueles que ligavam o Profeta (S) e o Abu Sufyan b. al Háris?

Era de se esperar que o Abu Sufyan iria ser uma das primeiras pessoas a responder o chamamento ao Islam, e o mais ansioso a seguir o Profeta (S), de quem era íntimo. Contudo, os eventos agiram contrariamente à expectativa de todos. Logo que o Profeta (S) começou a conclamar publicamente as pessoas ao Islam, a afeição que o Abu Sufyan nutria pelo Profeta (S) se transformou em ódio e inimizade. Negando os laços de parentesco, o Abu Sufyan tornou-se do Profeta (S) um acre inimigo.

No tempo em que o Profeta (S) obedeceu a ordem de Allah e começou a conclamar as pessoas ao Islam, o Abu Sufyan era conhecido como um dos mais intrépidos guerreiros do Coraix, bem como um dos seus mais dotados poetas. Ele decidiu-se por usar o seu poder e a sua eloqüência para o mister de lutar contra o Mensageiro de Allah (S), e para lhe obstruir a missão. Valia-se de todos os seus talentos com o simples propósito de injuriar o Islam e os muçulmanos. Sempre que os coraixitas desfechavam uma batalha contra o Profeta (S), era o Abu Sufyan que a instigava, e estava certo de desempenhar um melhor papel nos esforços para infligir danos aos muçulmanos. Ele também explorava os seus talentos poéticos, compondo grosseiras sátiras sobre o Profeta (S). Compôs versos que foram misericordiosamente esquecidos pela história, porquanto eram algo da mais indecente poesia que já foi recitada em árabe.

A inimizade do Abu Sufyan para com o Profeta (S) durou quase vinte anos, durante os quais ele não deixou pedra alguma sem ser virada, na sua trama contra o Profeta (S), e no seu afã de causar danos aos muçulmanos. Vinte anos de ódio e crueldade, pelos quais o Abu Sufyan tem de suportar a culpa.

Pouco tempo antes de Makka ser finalmente tomada pelos muçulmanos, o destino quis que o Abu Sufyan aceitasse o Islam. A estória de como ele aceitou o Islam é tão extraordinária, que pode ser encontrada em todos os livros da hitória árabe. Todavia, seria melhor se deixássemos que o conteúdo da estória fosse dita pelas próprias palavras dele.

A história de Abu Sufyan

Quando o Islam tornou-se estabelecido e poderoso, e eram espalhados rumores de que o Profeta (S) estava planejando tomar Makka, senti que não havia lugar no mundo aonde eu pudesse ir. Eu imaginava:

“Aonde irei? Com quem? Entre que povo irei viver?” Então fui ter com minha esposa e meus filhos e lhes disse:

“Preparai-vos para deixar Makka, pois Mohammad (S) logo virá, e eu serei morto se ficar aqui quando chegarem os muçulmanos.”

“Quando irás conscientizar-te de que tanto os árabes como os não-árabes, todos juraram sua fidelidade a Mohammad (S)?” perguntaram-me. “Tu persistes na tua inimizade para com ele, quando já era tempo para que abraçasses a sua religião. Teria sido bem mais válido se tivesses sido um dos que o houvessem apoiado desde o início.”

Eles continuaram tentando me influenciar favoravelmente ao Islam, mostrando-o como uma luz aconchegante, até que fianlmente Allah fez com que me inclinasse a aceitar o Islam.

Naquele ponto, eu me levantei, chamei o meu criado, Mandhkur, a lhe disse que selasse alguns camelos e uma égua para nós. Levando meu filho Jafar comigo, pusemo-nos às pressas a caminho de Al Abwa, entre Makka e Madina, pois havia ouvido dizer que Mohammad (S) lá estava acampado. Quando estávamos quase chegando, eu me disfarcei, para que não fosse reconhecido e morto antes de chegar ao Profeta (S) e declarar a minha fidelidade ao Islam na presença dele.

Continuei minha viagem a pé por quase um quilômetro e, passando por mim em direção contrária, viam-se as primeiras facções de soldados muçulmanos que se dirigiam para Makka, um grupo após o outro. Saí do caminho, dando-lhes passagem, permanecendo de lado, temendo ser reconhecido por um dos companheiros de Mohammad (S). Enquanto isso acontecia, o grupo com o qual o Mensageiro de Allah (S) estava viajando apareceu repentinamente. Parado no meio da estrada, Eu esperei que ele se aproximasse. Quando ele estava tão perto, a ponto de estar cara a cara comigo, eu me revelei a ele. Logo que me deu uma boa olhada e viu quem eu era, voltou o rosto na outra direção. Dei a volta em torno dele, e fiquei na frente dele novamente. Uma vez mais ele virou o rosto, e continuou a proceder assim, embora eu fizesse vários esforços para fazer com me olhasse e falasse comigo.

Então, quando os outros viram que o Mensageiro de Allah (S) se afastou e recusou falar comigo, puseram-se hostis para comigo, e todos se afastaram de mim. Abu Bakr me viu e, inflexível, afastou o olhar; então voltei-me para o Ômar b. al Khattab, e olhei para ele percrutadoramente, esperando que ele olhasse para mim com benevolência. Achei-o mais severo do que Abu Bakr, na sua recusa em me olhar. Em vez disso, ele disse algo que incitou um dos Ansar a falar coisas contra mim; aquele ansar disse:

“Ó inimigo de Allah, eras tu que costumavas causar danos ao Profeta (S) e aos seus companheiros. Tuas injúrias e teus insultos são suficientes para encher o mundo inteiro...” e ele continuou naquele teor, enquanto os Companheiros continuavam a me olhar friamente, satisfeitos com o que eu estava sendo forçado a ouvir.

De súbito, eu vi meu tio, Al Abbas, e me voltei a ele, dizendo:

“Ó tio, esperava que o Mensageiro de Allah (S) fosse ficar feliz por eu ter aceitado o Islam, por causa do meu parentesco com ele e do meu status entre o meu povo. Mas... tu viste como ele me recebeu. Fala com ele para que ele reconsidere com realção a mim!”

“Não”, ele respondeu. “Juro por Allah que não direi uma palavra ao Mensageiro de Allah (S), depois que vi o modo como ele se afastou de ti, a menos que eu veja uma oportunidade apropriada, porque tenho muito respeito por ele. Não, não seria propriado agora.”

“A quem devo dirigir-me então, ó tio?” gritei eu.

“Nada posso fazer por ti”, foi a resposta dele. Fiquei arrazado de desânimo e desencorajamento. Logo depois eu vi o meu primo Áli b. Abi Tálib, e falei com ele, na esperança de que ele fosse fazer algo em meu favor, mas ele apenas disse a mesma coisa que ouvira do meu tio, Al Abbas. Então eu voltei a falar com o meu tio, e disse:

“Ó Tio, já que és incapaz de fazer com que o Profeta (S) me olhe com bons olhos, pelo menos defende-me do homem que me está vilipendiando e incitando os outros a fazerem o mesmo!”

“Dize-me como é o homem”, disse o tio. Quando eu descrevi o homem, ele disse:

“Esse é o Nuayman b. al Háris al Najjari.” Mandou chamá-lo e falou, dizendo:

“Ó Nuayman, o Abu Sufyan aqui é primo do Mensageiro de Allah (S) e meu sobrinho. Embora o Profeta (S) esteja zangado com ele, eis que um dia ele poderá reconsiderar quanto a ele; então deixa-o em paz!” Al Abbás persistiu, até que convenceu o homem a se reprimir de me amolar, e ele prometeu que não mais me iria incomodar, daquele momento em diante.

Quando o Mensageiro de Allah (S) chegou a al Jahfah, e fez aí uma parada, eu me sentei à entrada da sua tenda, com o meu filho Jafar ao meu lado. Quando o Profeta (S) saiu e me viu, virou o rosto. Contudo, eu não perdi as esperanças de fazer com que ele reconsiderasse em relação a mim; e toda vez que ele fazia uma parada para descansar, eu sentava à sua porta, e fazia com que o Jafar ficasse em pé do meu lado. Sempre que o Profeta (S) me via, afastava-se de mim. Aquilo continuou por algum tempo, até que comecei a ficar desencorajado. Quando eu estava para perder as esperanças, disse para minha esposa:

“Juro por Allah que, ou o Profeta (S) reconsidera com relação a mim, ou vou pegar meu filho pela mão e vagar pelo deserto até que morramos de fome e de sede.”

Quando o Profeta (S) foi informado sobre aquilo, abrandou em relação a mim e, da próxima vez que saiu da sua tenda, olhou para mim duma maneira não tão severa quanto da vez anterior. Eu queria que ele sorrisse para mim.

O Profeta (S) entrou em Makka, e eu entrei juntamente com os seus seguidores. Então ele foi para a mesquita, e eu fui após ele, seguindo-o a cada passo.

O tempo passou, e aconteceu a batalha de Hunayn. As tribos árabes que permaneciam hostis ao Profeta (S) se juntaram numa inusitada força para fazerem a guerra contra ele. Eles prepararam o seu exército intensamente, e estavam determinados a desfechar uma batalha que iria ser o golpe de morte para o Islam e os muçulmanos.

O Profeta (S) arrebanhou uma força para defender os muçulmanos, e se pôs a campo, juntamente com os Companheiros, para encarar o exército invasor. Eu fui com eles e, ao ver o imenso número de soldados dos inimigos pagãos, disse comigo:

“Juro por Allah que hoje irei compensar todas as coisas que fiz como inimigo do Mensageiro de Allah (S), e farei com que ele me veja prová-lo, duma maneira que irá agradar a Allah e a ele.”

Quando os dois exércitos se encontraram na batalha, os muçulmanos viram-se diminuídos perante os inimigos pagãos, e começaram a perder algumas das suas energias e algo do seu entusiasmo. As forças que apoiavam o Profeta (S) logo ficaram desordenadas, e parecia que iriam sofrer uma humilhante derrota. Eis que lá estava o Mensageiro de Allah (S), por quem eu seria capaz de renegar a meu pai e minha mãe, constantemente mantendo a sua posição, sobre a sua mula cor de cinza, firme como uma rocha, defendendo-se a si e aos que o rodeavam, atacando como se fosse um leão. Ao ver aquilo, pulei do meu cavalo, quebrando a bainha da minha espada, atirando-a de lado. Allah sabe que eu desejei encontrar a morte na defesa do Seu Mensageiro (S).

Meu tio Al Abbas segurava as rédeas da mula do Profeta (S), e permanecia ao seu lado, enquanto eu tomava o meu lugar, no lado contrário. Na minha mão direita eu segurava a minha espada, usando-a para defender o Mensageiro de Allah, enquanto segurava a sua sela com a mão esquerda. Quando o Profeta (S) viu quão ferozmente eu lutava, perguntou ao meu tio Al Abbás:

“Quem é esse?”

“Esse é o seu primo e irmão, o Abu Sufyan b. al Háris”, respondeu Al Abbás, “ó Mensageiro de Allah (S)... por favor, mostra que estás aprazido com ele!”

“Sim, estou aprazido com ele, e que Allah lhe perdoe cada fragmento de hostilidade que sempre demonstrou contra mim!”

Meu coração pulou de alegria quando ouvi dizer que o Profeta (S) estava aprazido comigo; eu me curvei sobre sua sela e lhe beijei o pé, ao que ele disse:

“Ó irmão meu, vai em frente, e luta intrepidamente!” Suas palavras acenderam o meu entusiasmo, e eu desfechei uma carga tal sobre os pagãos, que os fez recuar das suas posições. Os muçulmanos os assaltaram juntamente comigo, e os perseguimos por vários quilômetros, e eles debandaram em todas as direções.

Fim da narrativa de Abu Sufyan.

Desde o dia da batalha de Hunayn, o Abu Sufyan foi abençoado com a aceitação da parte do Mensageiro de Allah (S), que passou a tratá-lo graciosamente. Abu Sufyan, no entanto, nunca mais foi capaz de olhar o Profeta (S) no rosto, pois sentia-se tímido perante ele, e envergonhado pelas memórias do seu comportamento passado.

Abu Sufyan contorcia-se de remorso ao lembrar-se dos dias negros que passara em Al Jahiliya1, sem ser tocado pela luz da verdade de Allah, e privado da Sua Escritura. Começou a passar noites e dias a ler o Alcorão, a educar-se nos seus ensinamentos, e a ponderar sobre suas lições espirituais.

Ele virava as costas a todas as tentações da vida terrena, e voltava todo o seu coração e sua mente para Allah. Numa ocasião, o Profeta (S) viu o Abu Sufyan entrando na mesquita, e perguntou para a Aicha (que Allah esteja aprazido com ela):

“Ó Aicha, sabes quem é aquele?”

“Não, ó Mensageiro de Allah (S)”, respondeu ela.

“É o meu primo Abu Sufyan b. al Háris. Vê, ele é o primeiro a entrar na mesquita e o último a dela sair; e nunca tira os olhos do chão”, disse o Profeta (S).

Quando o Mensageiro de Allahs (S) partiu da vida deste mundo para estar com o seu Senhor, o Abu Sufyan chorou por ele como se fora uma mãe que perdera o seu filho único. Pranteou-o como se tivesse perdido o seu amigo mais querido, e compôs um poema que é considerado a mais fina das elegias jamais escritas, pois é cheio de uma emoção que envolve o leitor no profundo sentimento do poeta.

. Al Jahiliya – o estado de falta de fé e de lei que caracterizava aqueles que praticavam a idolatria.

Durante a autoridade de Al Faruk Ômar (que Allah esteja aprazido com ele), o Abu Sufyan sentiu que o seu próprio fim estava-se aproximando. Cavou um túmulo para si mesmo, e dali três dias morreu. Quando chegou sua hora, ele voltou-se para sua esposa e seus filhos, e disse: “Vós não precisais chorar por mim, pois juro por Allah que nada fiz de pecaminoso depois que aceitei o Islam”, e morreu com a tranquilidade de um inocente. Al Faruk Ômar dirigiu a oração, no funeral, e ele e os Companheiros se entristeceram com o passamento do Abu Sufyan, e acharam que aquilo era uma grande perda para o Islam e para os muçulmanos.

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

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segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Os Perigos do Secularismo[1] [parte 1]

بسم الله الرحمن الرحيم
Em Nome de Deus Clemente e Misericordioso
Queridos Irmãos e Leitores,

Existe uma coisa que vem preocupando muito os religiosos sinceros, é a inovação da Religião de Deus. Em tempos mais remotos fazia-se um esforço muito grande para cumprir as obrigações recomendadas nos Livros Sagrados. Hoje temos uma desculpa para tudo. É fato que o tempo ficou muito excasso, a forma de trabalho mudou, as mães trabalham fora para auxiliarem no orçamento doméstico, contudo isso tem caráter restritivo não porém, impeditivo. Quantos minutos diários podemos dispensar para as cinco orações? Com certeza não gastamos mais que 30 minutos em nossas orações diárias. Se o dia tem 24 horas, porque não fazemos mais as 05 orações recomendadas por Allah SW? Isso acontece em relação ao jejum, trajes, abate halal entre outros.

Pois bem, não nos consta em lugar algum que Allah SW irá levar em consideração essas dificuldades no grande Julgamento do Juízo Final! Precisamos ter muito cuidado. A morte está mais próxima de nós do que nossa jugular (veia na região do pescoço), e se não atentar-nos poderemos morrer em estado de pecados, ai, somente a misericórdia de Allah SW poderá nos garantir um lugar no Paraíso.

Sobre esse assunto o site Unicidade Luz, escreveu um artigo que em Nome de Allah SW que compartilhar com nossos leitores. Segue logo abaixo, e que Allah SW tenha misericórdia de nossas almas. E não podemos nos esquecer, toda inovação gera confusão e toda confusão leva ao inferno.

Allah, Exaltado seja, enviou o Livro [o Nobre Alcorão] para esclarecer todos os assuntos, sendo ele um guia e misericórdia para os crentes.

Ele enviou ao Seu Mensageiro, Muhammad [que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele] com a orientação e a verdadeira religião com a qual abriu os olhos cegos, os ouvidos surdos e corações fechados. Com esta, Ele eliminou a obscuridade da ignorância e a estupidez quebrando as correntes do politeísmo de tal maneira, que o desvio se converteu em uma lenda do passado e a adoração de ídolos se converteu em um mito antigo.

Um muçulmano se surpreende diante da estupidez do politeísmo. Disse Allah o Único (significado em português): “Aquele que Allah guia estará bem encaminhado; porém àquele que Ele desviar, jamais poderá achar nada que o guie”. [Al-Kahf 18: 17].

Entretanto, devemos sempre recordar que as provas são continuas e que o mal permanece. Os demônios entre a humanidade e os jinns [gênios] continuam espalhando o desvio, tornando-o atraente e difundindo-o por meio de todas as línguas. Disse Allah o Altíssimo [significado em português]: “E assim fizemos para cada profeta vários inimigos, demônios dentre os humanos e os gênios, que sussurram [palavras] uns aos outros com a uma bela eloqüência para iludirem a todos; porém, se teu Senhor assim quisesse, não o teriam feito. Afaste-se, pois, deles e de suas mentiras!”. [Al-Na’am 6: 112].

É uma obrigação para todos conhecer as formas de desvio, para alertar as pessoas sobre este, expondo-o, mostrando seus objetivos e bloqueando os caminhos para aqueles que buscam tal. Ao fazer isto, os muçulmanos terão consciência daquilo que Senhor quer deles e ter um ponto de vista adequado para não serem prejudicados pelas tramóias e planos dos desviados.

Hoje em dia, no mundo islâmico, muitas filosofias e ideologias diferentes estão sendo difundidas, e são estas as mesmas que desviam muitas pessoas com seu brilho e glória superficiais. Muitos slogans [lemas] e terminologias têm capturado as mentes das pessoas e acabam controlando sua forma de pensar.

Estas falsas crenças são como uma doença e derivadas do fogo [do inferno]. Foi decretado que essas falsas crenças sejam disseminadas e que estas destruirão a pessoa afetada.

Uma destas ideologias é o secularismo, a qual tem se infiltrado nas comunidades muçulmanas. Talvez um dos desafios que os seguidores do Ahlu As-Sunnah ua Aj-Jama’ah [a verdadeira metodologia islâmica] neste momento, é para derrubar essas falsas crenças, esclarecendo seus inúteis argumentos e, expor a realidade dos obscuros conceitos por de traz das quais se esconde o secularismo que espalha seu veneno nas mentes e corações do povo desta nação.

Por esta razão, é necessário descobrir o verdadeiro rosto desta ideologia desviada e desviadora ao mesmo tempo.

O secularismo em sua definição correta é a crença onde a religião não deve entrar nos assuntos do Estado; negando qualquer forma de crença e adoração religiosa. Portanto, o secularismo é o oposto do monoteísmo islâmico; o qual, desde a perspectiva do Islam, é a realidade e a verdade maior.

Ibn Taimiiah [que Allah tenha misericórdia dele] em seu livro Al-Ubudiah [A Submissão] disse: “A humanidade está numa encruzilhada que possui dois caminhos, não há um terceiro. Estes são: escolher entre servir a Allah ou negar-se a serví-Lo. Para crer plenamente na submissão a Allah, excluindo todos os demais, sabendo que a submissão a qualquer outra coisa em lugar de Allah, grande ou pequena, é a adoração ao Satanás”.

Disse Allah [significado em português]: “Porventura não vos prescrevi, ó filhos de Adão, que não adorásseis Satanás, porque é vosso inimigo declarado? E que Me agradecêsseis, porque esta é a senda reta?”. [Ia Sin 36: 60-61]. Isto inclui os árabes, sobre aqueles Allah disse [significado em português]: “Não invocam, em vez d’Ele, a não ser divindades femininas, e, com isso invocam o rebelde Satanás”. [An-Nisa’ 4: 117]. Isto também inclui todos os atos de adoração ao longo da história realizados para qualquer outro que não seja Allah.

Alguns dos atos de adoração mudaram. Os árabes não mais adoram os ídolos do passado. No entanto, o culto a Satanás em si mesmo não mudou. Os ídolos antigos foram substituídos pelos novos: como o sectarismo, o nacionalismo, o secularismo, a liberdade individual, o sexo e outros.

Existem muitos novos ídolos hoje em dia. De fato, é a adoração a Satanás e Taghut [qualquer coisa adorada além de Allah, quer seja um ídolo material ou uma ideologia] que nega o testemunho de que não existe nada com o direito de ser adorado exceto Allah. O significado de “la ilaha ila Allah” [a primeira parte do testemunho de fé] é negar o Taghut e crer somente em Allah.

Baseado nisso, podemos conhecer as regras do Islam concernentes ao secularismo. O secularismo é a incredulidade e também o conceito pré-islâmico de Taghut, o qual nega e contradiz “la ilaha ila Allah”.

Dois pontos fundamentais e que estão lado a lado, em primeiro, isto está regulamentado por algo mais do que as leis de Allah e daquilo que Allah Revelou. Segundo, isto associa outros na adoração a Allah.

O secularismo simplesmente significa governar com outras leis em vez das leis de Allah, ou seja, alguma outra coisa diferente daquela que Allah Revelou. É reger com uma constituição ou legislações diferentes da que Allah tem Legislado. A aceitação de ser governado por ela e seguir o Taghut em vez de seguir a Allah é a essência de estabelecer uma vida sem nenhuma fé nem religião.

Allah disse [significado em português]: “Aqueles que não julgarem conforme o que Deus tem revelado, serão incrédulos”. [Al-Ma-ida 5: 44].

A incredulidade tem diferentes formas sobre as quais devemos ter precaução. Um aspecto da Jahiliah [paganismo pré-islâmico] era a rejeição de Allah. A rejeição de Sua existência está relacionada com a fé e a forma como a vida é percebida, o qual corresponde à Jahiliah do comunismo.

Outro aspecto, é o reconhecimento da existência de Allah, mas de uma forma corrompida e com atos de adoração desviados. Este tipo de Jaahiliah é sinônimo da Jahiliah dos judeus e dos cristãos.

Outro aspecto é aceitar a existência de Allah e realizar atos de adoração mas com um sério desvio na compreensão, a envolvimento e a pratica do “la ilaha ila Allah, Muhammad Rasul Allah”, [não existe nada com o direito de ser adorado exceto Allah, e Muhammad é mensageiro de Allah] o qual resulta numa ampla associação na questão da obediência e o atribuir parceiros a Allah. Esta Jahiliah é daqueles que se intitulam a si mesmos de muçulmanos, porem eles na verdade são laicos. Eles pensam que estão dentro das fileiras do Islam e que possuem todos os direitos de um muçulmano, pelo simples fato de ter pronunciado a Shahada [testemunho de fé: “la ilaha ila Allah, Muhammad Rasul Allah”]. Eles realizam os atos de adoração de forma contrária ao Islam.

[1] s.m. (secular+ismo) 1- Regime secular ou laical. 2- Espírito ou tendência secular. 3- Sistema ético que rejeita toda forma de fé e devoção religiosa e aceita como diretrizes apenas os fatos e influências derivados da vida presente; laicismo. 4- Doutrina segundo a qual devem ser excluídos da educação pública e de outros assuntos estatais elementos religiosos.

Fonte: Unicidade Luz

Ali, a Armadura e o Cristão - História Interessante

 بسم الله الرحمن الرحيم

Em Nome Deus, Clemente e Misericordioso
‘Ali, a Armadura e o Cristão

Durante Seu kalifado, ‘Ali Ibn Abu Talib [que Allah se compraza com ele] viu sua armadura com um cristão. Então decidiu levar essa questão legal até Shuraih [o Juiz].

'Ali disse: “Esta é minha armadura, eu não a vendi nem a dei de presente”. Shuraih perguntou ao cristão: “O que você tem a dizer sobre o que o 'Amir dos crentes reclama?”. O cristão respondeu: “Esta é minha armadura, embora eu não considere o ‘Amir dos Crentes ser um mentiroso”. Shuraih então se virou para ‘Ali e disse: “Ó ‘Amir dos Crentes tens alguma prova [da propriedade]?”. ‘Ali riu e disse: “Shuraih está certo, não tenho nenhuma prova”. Shuraih considerou então que a armadura era do cristão. Cristãos a pegou e começou a se afastar caminhando, porém logo depois voltou. Ele proclamou: “Quanto a mim, declaro que essa é a opinião dos Profetas - o ‘Amir dos Crentes mesmo me leva perante o juiz e o juiz deu seu veredicto contra ele! Testemunho que não existe nenhuma divindade digna de adoração, exceto Allah e testemunho que Muhammad é o Mensageiro de Allah. Por Allah, a armadura é sua ‘Amir dos Crentes. Segui o exército quando você estava no seu caminho para a batalha de Siffin e a armadura saiu de seu equipamento”. ‘'Ali disse: “Se você aceitou o Islam a armadura é sua”. E então ele a colocou em seu cavalo.

Ash-Sha’bi [narrador deste incidente] disse: “Fui informado posteriormente por aqueles que viram esse homem lutando contra o Khauarij [junto com ‘Ali] na batalha de Nahrauan”.

Ibn Kathir, Al-Bidaiah ua An-Nihaiah - vol:8 pág: 5.

Fonte: UNICIDADE LUZ

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

A Piedade do Rassulullah (S) Pelas Crianças

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

Louvado seja DEUS, o Senhor do Universo. Que DEUS abençoe e dê paz, ao Profeta Mohammad, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Existem muitos irmão que se sentem perturbados com a presença de crianças na Mesquita. As vezes tomamos até atitudes extremadas com esses pequeninos. Não podemos nos esquecer que não existe novo sem o velho, daí nossa obrigação de orientar nossas criança no caminho do bem, educando-as e preparando-as para a vida neste, e no outro mundo.

As crianças de hoje não são diferentes das criança da época do Profeta (SAAS). Nesse khutb que segue vamos observar que seus netos faziam com Ele, as mesmas coisas que nossos filhos e netos fazem conosco nos dias de hoje. O que precisamos aprender são suas atitudes e o seu amor pelos pequeninos. E não esquecermos que os gritos, as correrias das crianças dentro das Mesquitas são a certeza da continuação da nossa religião, portanto vamos tratá-lass com carinho, amor como nos ensinou o Rassulullah (SAAS).

Vamos ao maravilho artigo de autoria de Sua Eminênca Cheikh Khaled Taky Eldin tradução e adaptação do Prof. Samir EI Hayek.

O Rassulullah (S) nasceu em Makka no ano de 571 da Era Cristã e cresceu órfão, pois perdeu o pai, Abdullah, antes de nascer. Aos seis anos de idade, sua mãe Amina faleceu. DEUS o protegeu e cuidou dele. Ele cresceu na casa de seu avô, Abdul Mutálib e de seu tio Abu Tálib. Por isso, seu coração, desde criança, ficou repleto de piedade, de simpatia e de carinho pelas crianças. Ele ensinou ao seu povo os métodos civilizados e educacionais na sua relação com as crianças. Essas lições serve para toda a humanidade de acordo com as palavras de DEUS, exaltado seja: “E não te enviamos senão como misericórdia para a humanidade.” (21:107).

1 – Cuidar da criança desde o nascimento.

A orientação do Rassulullah (S) foi o de receber a criança entoando o Azan no seu ouvido direito, então o anúncio do início da oração (icáma) no seu ouvido esquerdo. Ele ordenou ao pai da criança de escolher-lhe um belo nome, promover-lhe um banquete e convidar todos os parentes e amigos em agradecimento ao Senhor do Universo.

2 – O Rassulullah (S) ordenou que se instruíssem os filhos

O Profeta (S) considerou as crianças como confiança, e que devem ser instruídas. Deve-se iniciar a instrução com a palavra de “Não há outra divindade além de DEUS e Mohammad é o Rassulullah”. Então empenhar-se em ensinar-lhes o Alcorão, a leitura e a escrita e os outros conhecimentos que lhes são úteis tanto nesta vida como após as suas mortes.

3 – O Saudar as Crianças

Era seu costume (S) saudar as crianças quando as encontrava nas ruas. Ele lhes demonstrava carinho. Jábir Ibn Sámura (R) relatou: “Pratiquei a primeira oração com o Rassulullah (S). Então ele foi para casa, e eu fui com ele. Ele foi recebido por duas crianças de Madina. Ele começou limpar-lhes os rostos um a um. Disse: “Quanto a mim, ele limpou o meu rosto e verifiquei que sua mão estava fria e cheirosa, como se a tivesse tirado de vasilha de um perfumista.” (Tradição narrada pelo Tabaráni).

4 – O Brincar com as Crianças

O Rassulullah (S) era carinhoso com as crianças em geral. Ele era para os seus netos, Hassan e Hussein o melhor pai e avô. Quando ele ingressava na oração e se prostrava, os seus netos, Hassan e Hussein montavam em suas costas, Quando alguém dos companheiros do Profeta quisesse vedá-los o Profeta (S) sinalizava-lhe para deixá-los. Abu Huraira (R) relatou: “Costumávamos praticar a Oração da Noite com o Rassulullah (S). Quando ele se prostrava, O Hassan e o Hussein pulavam nas costas dele. Quando ele erguia a cabeça, ele os pegava com a mão por trás suavemente.. Colocava-os no chão com suavidade. Quando voltava a se prostrar, eles voltavam a pular nas suas costas. Ao ficar sentado, ele os colocava nas pernas dele, um de cada lado.” Abu Huraira disse: “Fui ter com o Profeta (S) e lhe perguntei: ‘Quer que os leve para a mãe deles?’ Ele respondeu: ‘Não!’” (Tradição fidedigna). Anas (R) relatou: “O Profeta era a melhor pessoa quanto à conduta. Eu tinha um irmão que se chamava Abu Umair. Quando o Profeta (S) o via dizia-lhe: “Ó Umair, onde está o Nughair?” (Bukhári) . O Nughair era um pequeno pássaro com quem Abu Umair brincava.

5 – A sua Misericórdia para com as Crianças

Anas Ibn Málik (R) relatou: “Nunca vi alguém mais misericordioso pelos familiares do que o Rassulullah (S)” (Musslim). Buraida (R) relatou: “O Rassulullah (S) estava proferindo o sermão quando o Hassan e o Hussein foram ter com ele, vestindo camisas vermelhas, caminhavam e tropeçavam. O Profeta (S) desceu do púlpito, carregou os dois e disse: “Certamente ‘verdade os vossos bens e os vossos filhos são uma mera tentação.’ (64:15). Eu olhei para aqueles dois meninos caminhando e tropeçando e não consegui esperar. Interrompi o sermão e fui pegá-los.” (Tradição narrada por Tirmizi). Sábit, baseado em Anas (R) relatou: “O Profeta (S) pegou o seu filho Ibrahim, beijou-o e o cheirou.”

Esse carinho ele tinha por todas as crianças que ele encontrava. Anas (R) relatou que o Rassulullah (S) tinha um criado judeu muito jovem. E aconteceu que este adoeceu e, por isso, o Profeta (S) foi visitá-lo na casa dos pais dele; sentou-se próximo à cama, e lhe disse: “Abraça o Islam, e submete-te a Deus!” O jovem olhou para o seu pai, que se encontrava presente, que lhe disse: “Obedece a Abu al Cassem!” Naquele exato momento, o rapaz judeu anunciou o seu testemunho de abraçar o Islam. O Profeta (S) saíu de lá, dizendo: “Louvado seja DEUS, que salvou do Inferno o rapaz!” (Bukhári).

O principal motivo da misericórdia é o de nos ensinar que devemos proteger a criança e proporcionar-lhe a felicidade nesta vida e na Outra. O Profeta (S) censurou veementemente as pessoas que não têm piedade nos seus relacionamentos com as crianças. Abu Huraira (R) relatou que em certa ocasião o Profeta (S) estava beijando o seu neto, Hassan Ibn Áli, sendo que Al Acra Ibn Hábis se encontrava sentado ao seu lado. Al Acra disse: “Tenho dez netos (ou filhos), e nunca beijei a nenhum deles.” O Mensageiro de Deus (S) olhou-o, e disse: “Aquele que não for misericordioso com os demais, não será tratado com misericórdia.” (Bukhári).

Esse é um método educacional muito elevado quanto ao tratamento das crianças, amando-as e tendo carinho por elas para que cresçam com uma personalidade natural, distante dos complexos e dos problemas.

Esse carinho e piedade fizeram o Profeta (S) encurtar a oração quando ouvia o choro de alguma criança. Ele disse: “Eu tenho vontade de prolongar a oração. Quando ouço o choro de alguma criança, eu a encurto para não prejudicar ou forçar a mãe.” (Bukhári).

Essa é uma prova de que as mães levavam as crianças para as mesquitas para aprenderem e se prepararem para o futuro. Indica, também, a misericórdia e a piedade do Rassulullah (S).

6) A Prece do Rassulullah (S) pelas crianças

Certamente, as crianças de hoje serão os jovens de amanhã e os líderes do futuro. Por isso, deve-se fazer prece por elas para que sejam abençoadas e bem sucedidas. São essas palavras que irão colocá-las no caminho da liderança e do comando; Aicha (R) relatou que as pessoas traziam para o Rassulullah (S) as crianças e ele as abençoava e adocicava as suas bocas com tâmaras.” (Musslim).

Ussama Ibn Zaid relatou que o Profeta (S) costumava pegá-lo e ao Hassan e dizia: “Ó DEUS, eu os amo, portanto, ama-os!” (Bukhári),

Com essas belas palavras a criança se acostuma ouvir coisas agradáveis cheias de fé, influenciando isso no seu caráter, fazendo surgir uma geração preparada para o sacrifício e o empenho pela prática do bem, beneficiando as criaturas em todo lugar; uma geração distante das palavras maldosas e da tentação de Satanás.

Por isso, irmão muçulmanos, essa é uma oportunidade excelente para nós conhecermos o nosso Profeta Mohammad (S) e aplicarmos os seus ensinamentos na educação dos nossos filhos.

Peço a DEUS que nos oriente para o que é bom e útil. Finalmente peço perdão a DEUS por mim e por vocês.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,


Contribuição do irmão: Omar Hussein Hallak - que Allah SW o tenha entre os eleitos.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Qual é a realidade da maioria dos Muçulmanos e Muçulmanas Convertidos ao Islam?

Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradecemos, a ELE imploramos ajuda e a ELE solicitamos orientação. Testemunho que não há divindade a não ser ALLAH, Único e sem associados.

Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat ANNISSÁ 40:

“Deus não frustrará ninguém, nem mesmo no equivalente ao peso de um átomo; por outra, multiplicará toda a boa ação e concederá de Sua parte, uma magnífica recompensa.”

E testemunho que Mohammad (SAAWS) é Seu servo e mensageiro, o escolhido dentre Suas criaturas; divulgou a mensagem, zelou por aquilo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e se esforçou ao máximo pela causa de Deus. Disse O Profeta Mohammad (saaws):

“Sejam temerosos quanto à injustiça; pois em verdade a injustiça será a escuridão no dia do Juízo final.” Relatado por Muslim.

Eu como um muçulmano convertido pude sentir a honra, a glória, mas também já provei o abandono, o descaso e até o preconceito. Primeiro que não é fácil um brasileiro encontrar espaço para conhecer, estudar e praticar o islamismo. A primeira coisa que esbarramos é na língua, uma vez que o islam tem como idioma oficial o árabe. Não temos muitas opções de aprender esse idioma no Brasil. Ai nos valemos dos livros traduzidos, que na realidade são poucos e como encontrá-los é bem difícil, principalmente se você não reside perto de um Centro Islâmico.

Uma vez convertido, depois de enfrentar essas dificuldades os neófitos são recebidos com festa e recebem toda a atenção, principalmente dos líderes religiosos. Mas, nem tudo é festa. Devagar somos postos de lado e ai se inicia a sensação de abandono. Se realmente o convertido não recebeu um convite de Allah SW ele acaba se afastando da religião e retornando às suas origens.

Essa situação ainda é pior para as mulheres. É bem verdade que algumas se utilizam do islam por acharem as roupas, o hijab interessante e até na esperança de encontrar um companheiro. Existe a impressão que todo árabe, indiano etc, são ricos. Mas, na maioria elas são bem intencionadas e as vezes caem em verdadeira ciladas e falsas promessas.  Sabe por que? Porque existem muçulmanos e muçulmanos... O que é isso? Bem, o verdadeiro muslim compreende que o Islam é uma religião universal, mas, existem aqueles que acreditam que o Islam é uma religão dos árabes. O que é um grande erro, uma vez que, hoje os árabes não ultrapassam os 360 milhões e o Islam possui cerca de 1 bilhão e 600 milhões de seguidores em todo o planeta. Mas de qualquer forma muitas vezes somos vistos, por várias razões, como religiosos de segunda categoria.

Irmãos e irmãs brasileiros, todo o cuidado é pouco. Quando apredemos as verdades do islam, acreditamos que todos os muçulmanos andam de acordo com o aprendizado, o que não é verdade. Então precisamos avaliar bem e fazer valer a nossa condição de muslim, mesmo não sendo árabe, paquistanês, indiano e mesmo não dominando o idioma árabe. O islamismo é de todos aqueles que o abraçaram como religião e não podemos esquecer que Allah SW é poliglota, ou seja, ele entende todos os idiomas.

Para ilustrar nossos esclarecimentos, gostaria de que lessem com atenção esse artigo, retirado do site Unicidade e Luz http://unicidadeeluz1.wordpress.com/?tag=artigos, escrito por uma irmã de nome Chaimae Agdaou, a qual peço licença em nome de Allah para repassar aos nossos leitores, vamos ao artigo.

Um dos piores sentimentos que uma pessoa pode experimentar Na sua vida é o sentimento de decepção, é inevitável a dor indescritível que sentimos perante este sentimento, ele não sossega por nada, com nada, especialmente se ele está relacionado com o parceiro, achando que aquela pessoa em quem nós depositamos confiança e até mesmo as nossas esperanças, simplesmente nos derruba. A traição vai além do que os outros possam perceber ou entender como tal, para muitos uma traição não é tão forte se não for palpável, sem duvida os problemas de traição estão muito além de qualquer coisa que não possamos ver. Existem muitos assuntos proibidos relacionados com a traição, como violar a honra e destruir a confiança com os demais. Não é à toa que hoje a taxa de traição principalmente entre os casais é alarmante, embora as estatísticas negativas ainda estejam inclinadas para o homem, porém este não é o tema em questão.

Creio que muitas irão concordar comigo sobre o fato de pelo menos uma de nós, pelo menos uma vez na vida já ouviu falar, ouso até dizer que viveu uma história de amor que, infelizmente, não terminou como nos contos de fadas, ou seja, felizes para sempre. Infelizmente esta realidade não é estranha ao Islam, ou melhor, para nós muçulmanos, como sempre digo o Islam é claro, conciso, ou seja, ele é perfeito, o que realmente é imperfeito somos nós os muçulmanos. Como é do conhecimento de meus achegados, por muitos anos tenho estado interada nos assuntos da mesquita e dos muçulmanos, o que me permitiu não só conhecer alguns dos assuntos internos de minha comunidade, inclusive muitos outros, da mesma forma temos compartilhado notícias felizes como também dor e a tristeza. Em profunda aflição ouvi uma e outra vez uma história que se repete muitas vezes, especialmente dentro das nossas comunidades, que é o tema dos casamentos entre irmãos e irmãs muçulmanos ou de árabes convertidos casando com meninas não muçulmanas aqui da América Latina. Dentro deles existem histórias belíssimas de amor onde compreensão e tolerância tem sido a marca desses casais que conseguiram sua felicidade para sempre, porém infelizmente são poucas as historias de felicidade.

Em contrapartida, podemos ver o lado negro desta, antes mesmo de falar sobre a posição clara e firme do Islam sobre o racismo: “Ó povo! Vosso Deus é um e vosso ancestral (Adão) é um.. Um árabe não é melhor do que um não-árabe e um não-árabe não é melhor do que um árabe, e uma pessoa vermelha não é melhor do que uma pessoa negra e uma pessoa negra não é melhor do que uma pessoa vermelha, exceto na piedade. [Musnad Ahmad, # 22978]. Infelizmente isto está sempre presente e é muito difícil de erradicar. É lamentável reconhecer quando esta existe dentro de nossas famílias e nossas comunidades, por vezes, uma das formas mais evidentes da sua nocividade pode ser sentida quando chega ao nosso conhecimento essas histórias em que um rapaz árabe (nacionalidade x) conhece uma garota latina – podendo ser muçulmana ou não. O Islam permite um muçulmano se casar com cristã e judia, também aos muçulmanos que deixassem elas praticarem a sua religião, mas ao mesmo tempo devem explicar o Islam para elas, Allah, o Todo-Poderoso diz no Alcorão (significado em português): “Hoje, estão-vos permitidas todas as coisas sadias, assim como vos é lícito o alimento dos que receberam o Livro da mesma forma que o vosso é lícito para eles. Está-vos permitido casardes com as castas, dentre as fiéis, e com as castas, dentre aquelas que receberam o Livro antes de vós [judeus e cristãos], contanto que as doteis e passeis a viver com elas licitamente, não desatinadamente, nem as envolvendo em intrigas secretas. Quanto àqueles que renegarem a fé, sua obra tornar-se-á sem efeito e ele se contará, no outro mundo, entre os desventurados.” [Al-Maida 5: 5].

Essa pessoa promete vilas e castelos, não quero expor nem julgar o motivo da sinceridade destas intenções, porque somente Allah Glorificado seja Ele, sabe o que ocultam os corações, como Ele mesmo fala no Alcorão Sagrado: “[Allah] Ele conhece os olhares furtivos e tudo quanto ocultam os corações”. [Al-Ghafir 40: 19].

Acredito que em muitos casos existiram boas e sinceras intenções, só que o destino tem desempenhado o seu papel, porém em 99% dos casos essas promessas foram como o sal na água, e citarei como exemplo o caso de uma menina muçulmana, jovem e recém-convertida que começou a frequentar regularmente a mesquita em sua cidade. Ela conheceu um rapaz árabe que conseguiu entrar em contato com ela através do marido de uma irmã casada e, através de conversas que tiveram ao longo do tempo firmaram um compromisso. O rapaz começou a falar com a família da menina sobre sua fé, da sua religião e de sua firme convicção de constituir uma família dentro dos melhores parâmetros, todos eles aparentemente maravilhosa, até que era hora de conhecer a família do rapaz em seu país de origem, onde os problemas realmente começam. Como antes eram promessas que iam e vinham e agora são só desculpas que preenchem o espaço, desculpas desde o pedir um tempo para se preparar, chamadas não atendidas quando estão com um parente próximo onde poderia contar a seus pais toda a verdade sobre as intenções do novo casamento com a menina, propostas indecentes sobre um casamento em segredo mesmo sabendo que muitas famílias árabes e até mesmo outras culturas, como a Índia e o Paquistão não vêem com bons olhos os seus filhos se misturem com outras etnias, inclusive usando adjetivos prejudiciais para desmerecer e rebaixar outras etnias. Tudo isso porque o não árabe, o não hindu não, etc. são considerados como uma segunda categoria, porém é importante salientar que isso NÃO deve e NEM pode ser generalizado.

Entre os piores casos estão aqueles em que a garota só é tomada, usadas e descartada, onde essas promessas são apenas para chegar a um “casamento halal” – melhor seria usar o termo “relação halal” na qual claramente nunca foi a intenção de estabelecer uma família – em todos estes casos o casamento serve somente para apaziguar a consciência daqueles que não desejam sentirem-se culpados de ter relações ilícitas, porém rejeitando a verdadeira importância do matrimônio, assim como o ignorar o quão é abominado o divórcio para Allah, Glorificado seja, tão claramente retratado no hadith: quando o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse: “O mais detestável do licito perante Allah é o divórcio” [Citado por Abu Daud]. Isso nos indica que o divórcio NÃO É UM BRINQUEDO, por isso o Islam ordena que seja levado muito a sério o casamento, utilizando a separação somente em casos extremos e saibamos dominar esta ação em determinados momentos. O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse: “Deus amaldiçoe a todos “zawaq”[1], e ao que se divorcia constantemente”. Também disse: “Existem três coisas de alta seriedade e se forem levadas na brincadeira possuem conseqüências sérias: o matrimônio, o divórcio e a reconciliação”.

É um tema muito sério, que infelizmente deixou um grave impacto sobre muitas mulheres jovens (muçulmanos ou não). A decepção não distingue raças, sexos, nem tampouco mede suas consequências, enquanto para alguns é uma vitrine para os outros é a dor na sua maior expressão. Diz-se que a trapaça é uma arte que todos nós possuímos e, portanto, devemos perdoar, e haverá muitas desculpas para enganar e muito pouco de coragem moral para enfrentar a realidade. Os seres humanos são fracos demais perante suas próprias paixões e desejos como nós mostra Sagrado Alcorão (significado em português) : “…porque o homem foi criado fraco”. [An-Nissa’ 4: 28].

Pergunte a si mesmo: “O que seria daquelas essas meninas que neste momento estão, vivendo de amor inseguro, desconfiadas de tudo e de todos e devido a isso seu coração endureceu; o que seria delas se eles tivessem falado a verdade?”. As relações humanas não são um brinquedo apesar de que todos têm o direito de se relacionar, porém nem todos possuem a maturidade para manter essas relações no contexto justo. Existem sempre aqueles que dizem “é errando que se aprende”; será por isso que existe no momento essa grande quantidade divórcio injustificada?

Os danos morais são muito difíceis de se superar, porque a dor, angústia, sofrimento físico ou espiritual na pessoa enganada pode chegar a modificar o espírito, interferindo no desenvolvimento da sua capacidade no entender, querer ou sentir, fazendo com que a pessoa se torne diferente daquilo que ela era antes do fato. Como conseqüência deste prejuízo emocional, a pessoa tem uma enorme anímica e espiritual tornando-se altamente frágil e sensível. A traição é um jogo onde traidor perde a consciência e a razão, e não se dá conta que esta jogando contra ele mesmo.

Disse Allah no Alcorão (significado em português): “Ó vós que credes, cumpri com as vossas obrigações [convênios e acordos entre vós e Allah]”. [Al-Maida 5: 1]. Uma promessa não é uma palavra vazia falada por acidente sem a intenção de cumpri-la como muitos muçulmanos fazem hoje. É uma responsabilidade muito séria pela qual seremos questionados por Allah (significado em português): “Cumpri o pacto com Allah, se houverdes feito, e não quebre sua promessa depois de haverdes jurado solenemente,”. [An-Nahl 16: 91]. Quando um muçulmano dá a sua palavra deve entender que a promessa não é apenas um compromisso frente a essa pessoa, vai além de um acordo com Allah, Glorificado seja, por isso o seu cumprimento é uma obrigação independentemente das circunstâncias (significado em português): “Ó vós que credes, por que dizeis o que não fazeis? É enormemente odioso, perante Allah, dizerdes o que não fazeis”. [As-Saf 61: 2-3]. Vemos quão detestável é perante Allah, Glorificado seja, aqueles que usam simples palavras sem que dentro do seu coração tivesse a intenção de cumprir com seus juramentos, como prometer amor, fidelidade e proteção a uma mulher apenas para obter os seus desejos e agradar as paixões carnais. O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse: “Os sinais de um hipócrita são três: Quando fala, diz mentiras. Quando promete, não cumpre. Quando lhe é dada confiança, ele trai”. Segundo a versão narrada por Muslim, ele (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele), acrescenta: “Apesar de orar, jejuar, e achar que é um muçulmano”.

As irmãs devem ter seus sentidos muito bem alertas no momento de serem pretendidas por algum irmão, devem ler e aprender sobre o Din essa é a única maneira de nos protegermos desses hipócritas. Apenas com a busca do conhecimento correto e seu devido entendimento, fará com que seja mais difícil temos os nossos direitos violados. Assim quando um desses traiçoeiros for até uma menina e ao observar que os valores e os conhecimentos dela sobre o Din são elevados, ele imediatamente recuará porque saberá que é uma mulher dentre as tementes em Allah, uma verdadeira crente, e não irá ceder frente suas sedutoras palavras e promessas cheias de engodo. A muçulmana deve pedir e suplicar a Allah, Glorificado seja, que aumente sua fé e conceda forças a seu Din, aprenda e desenvolva a humildade, olhar mais para a essência espiritual do que a efêmera banalidade da Dunia (vida terrena), gostar e ser firme em seus valores morais islâmicos, respeitar e orgulhar-se de ser muçulmana e Latina e não querer ser algo que em realidade não é.

Aos irmãos… Temam Allah, Glorificado seja, como deve ser Temido. Temam Allah, Glorificado seja, e Suas palavras contidas em Seu Livro Sagrado, assim como a sabedoria que herdamos de nosso Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) e seus predecessores piedosos (As-Salaf Salihin), que devem ser marcadas a fogo no coração de cada crente. Que esta realidade seja também conhecida por aqueles que dão sua palavra, porém logo se afastam da mesma. Por aqueles que brincam com os sentimentos alheios e quando lhes é confiado um segredo traem essa confiança. Que todos estes que cometem tais coisas, saibam muito bem que estão dentre os hipócritas, embora jejuem, orem e clamem ser muçulmanos.

Lembrem-se! Os hipócritas (munafikun) estarão nos níveis mais baixos do Inferno.

[1] É o casamento com desejo secreto de se separa após um determinado tempo ou querer se divorciar de sua esposa sem uma razão justificável para se casar com outra mulher.

Irmãos o tratamento de um muçulmano revertido como um muslim de segunda categoria é uma das maiores injustiça que se pode cometer contra ele e contra o islam.

Caros irmãos a injustiça tem como consequência um castigo doloroso para o individuo e para sociedade.


ALLAH louvado seja jurou dizendo: “Juro pela Minha majestade que vingarei do injusto, cedo ou tarde, e me vingarei daqueles, que mesmo vendo alguém ser um injustiçado, mesmo podendo, não os  protegeram”.

Caros irmãos de fé devemos ser temerosos quanto à prece de um injustiçado, pois entre a sua prece e ALLAH não á obstáculo algum.

O Mensageiro de ALLAH (saaws): recomendou a Muadhz bin Jabal antes de se dirigir ao Yamen para governá-la:

Subhanna Allah, Al hamidulillah e Alahu Akbar!

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Fairuz al Dailami (Sahaba=Companheiro do Profeta)

O Fairuzé um homem abençoado, vindo de uma família de gente abençoada.”


(Dizer do Profeta {SAAS})

Na volta da sua peregrinação de adeus, o Profeta (SAAS) caiu doente. A notícia da sua enfermidade correu feita relâmpago por toda a Arábia. Muitas pessoas, acreditando que um profeta não morria, apostatou do Islam. Três indivíduos de diferentes regiões se puseram em pauta com reivindicação à profecia, dizendo aos seus povos que Deus os havia enviado, assim como havia enviado a Mohammad (SAAS) ao Coraix. Eram eles Al Aswad al Ansi, do Yêmen, Musaylima, de Al Yamama, e Tulayahak al Asadi, dos Banu Asad.

Al Aswad al Ansi era um charlatão que reivindicava ser um clarividente. Era consistentemente formado, fisicamente, e possuia uma natureza obscura e irascível, a qual habilidosamente ocultava. Sempre aparecia perante o povo usando um véu, com o fito amortalhar-se numa aura de grandesa e mistério. Sua eloqüência fazia oscilar as mentes daqueles que o ouviam, e ele era destro em manipular as pessoas comuns; e aqueles que não se deixavam levar facilmente por ele, por cusa das suas próprias sofisticações, eram aliciados pela riqueza e pelo poder que ele lhes oferecia. Naquele tempo, o poder político era exercido pelos indivíduos de “sangues mistos”, conhecidos como al abná (os filhos). Estes eram rebentos de pais persas que migraram dos seus países para o Yêmen e se casaram com mulheres árabes. O líder deles, o Bazan, tinha sido o vice-rei do Cosroé, no Iêmen, no tempo em que esse país era uma província do império sassânida. Quando o Bazan ficou convencido da verdade da mensagem do Profeta (SAAS), separou-se do império de Cosroé e levou o seu povo para a religião do Islam. O Profeta (SAAS) havia reafirmado a autoridade do Bazan sobre o povo do Iêmen, e ele permaneceu no poder até à morte, um pouco antes da ascensão à proeminência de Al Aswad al Ansi. Naquele tempo, um dos líderes dos al abna era o Fairuz al Dailami.

Os primeiros a se aliarem ao culto do Al Aswad al Ansi foram os da sua própria tribo, os Banu Madhij. O culto atacou primeiramente a cidade de Sanaa, onde os seus componentes mataram o governador, Shahr, filho de Bazan. A viúva de Ahahr, cujo nome era Adhada, foi levada para a cama de Al Aswad al Ansi, que a “desposou” pela força.

Usando a cidade de Sanaa como base, Al Aswad al Ansi atacou outras regiões, que sucumbiram sob a inesperada força da sua agressão. Num surpreendente espaço de tempo, ele havia ganho o controle da área que fazia fronteira com o Hadhramawt ao sul, com Taif ao norte, com Bahrain ao leste, e Al Ahsa ao oeste.

O fato de ser um sagaz charlatão era o grande fator do sucesso de Al Aswad al Ansi. Ele era assistido por um bando de apoiadores que diziam que ele era ministrado por um anjo do Céu que lhe revelava segredos metafísicos. Eses mesmos assistentes atuavam para ele como uma rede de espionagem que se infiltrava na vida íntima das pessoas. Os espias relatavam a Al Awad os segredos e as preocupações pessoais das pessoas, seus problemas, desejos, e suas esperanças. Al Aswad mandava chamar essas pessoas, e as confrontava com os assuntos que elas achavam não serem do conhecimento de ninguém. Ele fazia ainda simples truques de mágica que faziam reforçar a impressão das pessoas comuns de que ele de fato possuia poderes espirituais. Desse modo, ele foi capaz de obter o apoio de muitos, e gradativamente ganhava poder, sendo que o interesse no seu culto se espalhou como relâmpago.

Logo que o Profeta (SAAS) ouviu coisas sobre a apostasia de Al Aswad al Ansi, e do seu golpe, no Yêmen, enviou cerca de doze dos seus companheiros com cartas para os primeiros iemenitas convertidos ao Islam. O Profeta (SAAS) antecipava a expectativa de que aquelas pessoas iriam constituir a mais positiva força contra o culto, e, na carta, as exortava a permanecerem fiéis e firmes, face à onda que infeccionava as pessoas qual pestilência. Ele ordenou a elas que usassem a ingenuidade do povo para porem fim ao mal que causava Al Aswad al Ansi.

O Profeta (SAAS) estava correto na sua expectativa pois todos os correspondidos responderam positivamente às suas cartas, declarando suas iminências em combater ativamente o culto. A primeira pessoa a fazer isso foi o herói na nossa estória, o Fairuz al Dailami, juntamente com os Al Abna, que eram seus aliados. Os historiadores têm preservado o relato do testemuho ocular dos eventos que lhes foram dados por ele.

A narrativa do Fairuz al Dailami

Os Abna, que eram meus aliados, e eu jamais duvidamos por um momento de que a religião de Deus era a única e verdadeira religião. Nenhum de nós levava em consideração a crença no inimigo de Deus, Al Aswad al Ansi. Estávamos apenas à espera de uma chance para o agarrarmos e nos livrarmos dele, por todos os meios.

Então o Profeta (SAAS) enviou cartas para nós e para os primeiros crédulos do Iêmen. Aquilo nos forneceu a solidariedade de que precisávamos para agirmos de maneira organizada.

Naquela altura, Al Aswad al Ansi havia atingido o zênite do seu poder. Ébrio com o orgulho do seu sucesso, começou até a tratar os seus apoiadores, que o levaram ao poder, com arrogância e rudeza. Foi tão frio no seu tratamento quanto ao Cais b. Abd Yagus, o líder do seu exército, que este começou a temer que iria cair vítima de um ato de traição. Eu fui visitar o Cais, levando comigo o meu primo Dadhaway, e o informamos da nossa correspondência com o Mensageiro de Deus (SAAS). Nós convidamos o Cais a se juntar a nós para golpearmos Al Aswad, antes que fosse tarde demais. Ele nos respondeu com alívio, revelando-nos os seus temores, e tratando-nos como se tivéssemos sido enviados do Céu. Nós três juramos dirigir nossos esforços no sentido de atuarmos contra o charlatão renegado, estando do lado de dentro, enquanto nossos camaradas iriam lidar com ele, estando do lado de fora. Decidimos ainda trazer para a aliança a minha prima Adhada, que tinha sido forçada a casar-se com Al Aswad al Ansi, depois que este havia assassinado o Shahr b. Bazan, seu legítimo marido.

Fui ao palácio de Al Aswad al Ansi visitar a minha prima Adhada, e lhe disse:

“Prima, não é preciso que eu te relembre o mal e a injúria que esse homem tem causado a ti e a nós. Ele assassinou o teu marido e muitos homens do teu povo, e tem violentado muitas mulheres. Ele se arroga o poder sobre todos nós.

“Nós recebemos cartas do Mensageiro de Deus (SAAS), dirigidas a nós, emparticular, e ao povo do Iêmen, em geral. Ele nos anima a pormos um fim a esta desordem civil. Estás tu disposta a nos ajudar?”

“Ajudar-vos em quê?” Perguntou ela.

“A tirarmo-lo do poder”, respondi.

“Ajudaria até mesmo a matá-lo”, ela disse.

“Isso mesmo que eu queria dizer”, disse eu, “mas tive medo de dizer, assim de chofre.”

“Juro por Aquele Que enviou a Mohammad, em verdade, como um admoestador e portador das boas-novas, que nunca tive um momento de dúvida quanto à verdade da minha religião. Para mim, Deus jamais criou um homem mais odioso do que esse demônio. Desde o momento em que o vi, soube que se tratava de um pecador desavergonhado, sem nenhum respeito pelos direitos das pessoas, ou escrúpulos quanto às malfeitorias,” disse ela.

“Pois bem, então, sabes como poderemos pôr um fim a ele?” Perguntei.

“Ele é muito cauteloso e está sempre vigilante”, ela disse. “Todos os locais do palácio estão cheios de guardas. Contudo, há uma velha e abandonada despensa com uma parede externa que dá para terreno aberto, num determinado lugar. Quando cair a noite, podereis cavar um túnel sob ela, e aí podereis pegar armas e uma lanterana, que estará pronta para vós. Eu irei esperar para vos guiar até aonde ele dorme, e podereis ir pegá-lo.”

“Não irá ser facil fazermos um túnel para dentro do cômodo, neste castelo”, eu argumentei. “Alguém poderá pasasar por perto, ver-nos, dar o alarme e alertar os guardas; e isso iria ser o fim de tudo!”

É verdade”, ela disse. “Tu não estás errado. Ouve, eu tenho outra idéia. Manda até mim alguém, em que tu confias, vestido como criado. Eu farei com que ele cave o túnel, de dentro para fora, deixando apenas um pequeno trecho para cavardes. Quando cair a noite, podereis romper facilmente a extremidade do túnel.”

Essa é uma ótima idéia!” concordei. Afastei-me dela, e informei os meus dois aliados do meu acerto com minha prima. Eles disseram amém à idéia; então nos pusemos a campo para os preparativos quanto ao plano. Informamos aos crédulos que nos eram achegados sobre a senha que iríamos usar, e lhes dissemos que iríamos encontrar-nos no palácio, na madrugada da manhã seguinte.

Tão logo a noite se tornou bem escura e quieta, e a hora que fixamos era chegada, meus companheiros e eu fomos para o local onde estava o túnel, e o pusemos a descoberto. Entramos através dele, entramos no compartimento, pegamos as armas e acendemos a lanterna. Eis que saímos à procura do inimigo de Deus. Encontramos a minha prima à porta do quarto dele. Ela fez sinal para mim, e eu entrei e o encontrei dormindo profundamente, roncando. Sem hesitar, eu fui até ele, e o esfaqueei na garganta. Ele começou a berrar e a se debater feito um camelo ao ser abatido, coisa que despertou a atenção dos guardas. Alarmados, acorreram depressa, mas a minha prima os deteve na porta, como se tivesse acabado de acordar.

“Podeis ir em paz”, disse ela, de modo angelical. “O nosso divino está a receber um revelação do Senhor!” Convencidos, eles se foram.

Nós esperamos até à madrugada no palácio, e então eu fui para os baluartes, e gritei:

“Allahu akbar, Allahu akbar...”, e continuei a recitar o adhan3, dizendo:

“Presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e presto testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Deus, e presto testemunho de que Al Aswad al Ansi é um charlatão”, que era a senha.

Os muçulmanos encheram o palácio, vindos de todas as direções, caçando os guardas, que saltavam em espanto ao ouvirem o azan. Então eu peguei a decepada cabeça de Al Aswad al Ansi e a atirei, de onde estava, para o meio dos apoiadores. À visão dela, eles se desanimaram e pararam sua investida, enquanto os muçulmanos gritavam: “Allahu akbar!” Dominando rapidamente qualquer resitência, eles tomaram posse do palácio, antes mesmo que o sol se levantasse.

3. Azan – o chamamento à oração, que é expedido publicamente, cinco vezes ao dia, para anunciar que é chegada a hora das orações ritualísticas.

Confome a manhã se tornava mais brilhante, nós despachamos uma carta para o Mensageiro de Deus (SAAS), dando-lhe a boa notícia da morte do inimigo do Senhor. Quando os mensageiros chegaram a Madina, souberam que o Profeta (SAAS) tinha morrido na noite anterior.

Porém, eles também souberam que a notícia que eles portavam já havia sido comunicada ao Profeta (SAAS) por um mensageiro velocíssimo, o anjo Gabriel, que o informou da morte de Al Aswad al Ansi, na mesma noite em que cumpríramos a nossa missão. Ele disse para os seus companheiros:

“Eis que Al Aswad al Ansi foi morto na noite passada. Foi morto por um homem abençoado, procedente de gente abençoada.”

“Quem é ele, ó Mensageiro de Deus?” perguntaram seus companheiros.

“O Fairuz”, ele disse. “O Fairuz teve sucesso, e condisse com sua fé!”

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Por: Omar Hussein Hallak

segunda-feira, janeiro 31, 2011

O Carnaval e Suas Origens Pagãs

Em nome de Allah o Clemente e Misericordiosos

Muitas pessoas tem me perguntado se participar do Carnaval é pecado. Bem ai segue um texto que nos fala da origem dessa festa que se tornou um identidade do Brasil no mundo inteiro. Não estamos aqui para condenar nem tampouco julgar. O Profeta SAAS disse: De cada tres juízes dois estão no inferno. Vamos apresentar nossa visão e o pensamento da nossa religião e também é o entendimento de algumas facções cristã.  Que todos reflitam e dê um tratamento ao assunto de acordo com a sua conciência. A responsabilidade da salvação é individual. Não podemos utilizar de nada que seja ilícito, ainda que seja para chegar a alguma coisa lícita. Que Allah tenha piedade de nossas almas no dia do Juizo Final.

Os primeiros registros conhecidos sobre esta festividade datam de aproximadamente 5000 anos atrás na Babilônia, onde se venerava a Marduk (deus pagão que, segundo a lenda, fundou a cidade). Outros dados apontam que esta era uma celebração em homenagem a deusa Osiris que se realizava no Egito.

Também é dito que o carnaval teve origem em Roma, com as celebrações Saturnais (em homenagem a Saturno), Bacanais (em homenagem a Baco) e Lupercais (em homenagem ao deus Pan). Na Grécia era realizado um festejo em homenagem a Dionísio. Em Olímpia, Creta e outras populações da Grécia, era sacrificado anualmente um homem que representava a Cronos, o equivalente a Saturno dos romanos.

Estas celebrações tinham como objetivo venerar a alguma divindade pagã, e se caracterizavam pela selvageria, violência e obscenidade.

O que era celebrado no carnaval?

No carnaval se celebravam festas em homenagem a vários ídolos pagãos. Em tais festas reinavam a selvageria e os excessos de todo tipo; as leis e os cargos públicos eram ridicularizados.

Durante a Idade Média, a igreja Católica, em um esforço para se adaptar os costumes pagãos da população para conseguir mais adeptos, estabeleceu que o carnaval marcava o inicio da quaresma e propôs uma etimologia do latim vulgar “carne levare”, que significava “abandonar a carne”; mas este significado não tinha sentido, já que nestas festas costumava-se comer carne e toucinho. Posteriormente surgiu outra etimologia igualmente falsa, porém mais fácil de entender: “carne vale”, significando que durante a época de carnaval era permitido comer carne, assim poderiam estar preparados para suportar a abstinência de carne obrigatória na quaresma.

Que aspectos comuns existem entre o carnaval moderno e o antigo (romano)?

O principal aspecto em comum do carnaval moderno e do antigo é a selvageria, os excessos e a permissividade. Hoje, como antes, o carnaval é considerado como um tempo em que tudo é permitido. Nesta época as pessoas têm a sensação de possuir a “liberdade” em fazer tudo o que lhe agrada. As estadísticas demonstram que durante esta celebração aumenta desproporcionalmente o consumo de álcool e drogas, a violência nos lares, a violência nas ruas, a fornicação e o adultério.

Apesar de tentarem mostrar o carnaval sendo uma festa cultural ou como uma ocasião para divertir-se, não podemos negar o fato de que, assim como antigamente, o carnaval segue sendo uma festa onde reina o caos e se cometem inúmeros atos que atentam contra a dignidade do ser humano. Para dar-nos conta disto, basta olhar como ficam as ruas de uma cidade na manhã seguinte depois um dia de carnaval: homens e mulheres jogados nas sarjetas, tão embriagados que não recordam nem seus próprios nomes, garrafas de bebidas alcoólicas por todas as partes e um infinito de outros desperdícios que fazem com que as ruas pareçam literalmente como lixeiras.

Outro aspecto em comum que poderíamos mencionar é o uso de máscaras e disfarces, que já eram usados nas celebrações dos ídolos pagãos na Grécia antiga e Roma, e que tanto como antigamente quanto hoje, servem como uma armadura encorajadora para aqueles que querem cometer seus crimes sem ser reconhecido ou saciar seus mais baixos desejos e paixões.

Quem é o Rei Momo?

Segundo a mitologia grega, Momo é o filho do sono e da noite; e é o deus da zombaria, do sarcasmo e da ironia. O Momo era conhecido como o protetor daqueles que se entregavam a loucura, ao escândalo, aos vícios e aos excessos. Era representado como um bufão (bobo, palhaço), que usava um gorro com guizos, um cetro e uma máscara. Atualmente o Momo é a figura central dos carnavais.

Qual é a posição do Islam sobre o carnaval?

Como podemos observar em tudo que foi mencionado antes, o carnaval é uma celebração eminentemente pagã, produto da idolatria dos povos da antiguidade. Por tanto, a celebração do carnaval não é aceita no Islam, já que toda forma de idolatria, por menor que seja ou por mais inofensiva que pareça, é um pecado muito grave.

 O Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) proibiu claramente aos crentes em um Deus Único imitarem os costumes dos idólatras. Também proibiu terminantemente aos crentes de participarem destas festas, mesmo que participassem somente com a intenção de se divertirem; pois o participar destas é encorajar, confirmar e aprovar as tais.

Todos os estudiosos (‘Ulama) muçulmanos estão de acordo que é ilícito para o crente participar destas festas de origem pagã e de baixa moral tais como o carnaval, entre muitas outras existentes.

Fonte: Unicidade e Luz

sábado, janeiro 29, 2011

50 maneiras de buscar a recompensa de Allah e o perdão dos pecados

Louvado seja Allah Senhor do Universo, a paz e as bênçãos estejam com o mais nobre dos Profetas e Mensageiros.
Esta mensagem é dirigida a todo muçulmano que e não associa nada junto a Allah, tendo o objetivo maior de deixar este mundo com todos os pecados perdoados por Allah, não sermos perguntados por eles no dia do Juízo, para que assim possamos entrar no paraíso eternamente.

Este artigo é um guia pratico de 50 conselhos para aquele que busca a recompensa de Allah e o perdão de seus pecados. Pedimos a Allah que aceite as nossas ações, pois ELE é quem tudo ouve e tudo vê.

1) O arrependimento

“Quem se arrepende antes que o sol saia do ocidente, Allah aceita seu arrependimento”. Muslim 2703.

Allah, o Todo-Poderoso, aceita o arrependimento do servo enquanto sua alma não tenha chegado à garganta [a morte]”.

2) Sair em busca do conhecimento

“Quem empreende o caminho em busca do conhecimento, Allah lhe facilita o caminho até o paraíso”. Muslim 2699.

3) Recordar de Allah

“Quereis que vos informe qual é a melhor de vossas ações, a mais pura ante vosso Soberano, a mais elevada em graus, melhor do que enfrentar o inimigo? Disseram: Sim. Respondeu: A recordação de Allah”. At-Tirmidhi 3347.

4) Fazer boas ações e mostrar o caminho do bem

“Todo favor é uma caridade e quem incentiva a fazer uma boa ação é como se a tivesse feito”. Al-Bukhari 10/374, Muslim 1005.

5) As virtudes da D’aua

“Quem convida para a guia correta, terá a recompensa igual aquele que a segue sem diminuir absolutamente nada a recompensa dele”. Muslim 2674.

6) Estabelecer o bem e proibir o mal

“Quem de vocês enxergar um mal, que o mude com sua mão, quem não consiga, que o faça com sua palavra e quem não consiga, que rejeite com seu coração sendo que esta é a expressão mais fraca da fé”. Muslim 49.

7) Recitar o Alcorão sagrado

“Recitai o Alcorão, pois será um intercessor no dia do juízo para seu povo”. Muslim 804.

8) Aprender [decorar e entender] o Alcorão sagrado e ensiná-lo

“O melhor dentre vocês é aquele que aprende o Alcorão [decora e entende] e logo o ensina”. Al-Bukhari 9/66.

9) Saudar os irmãos dando Salam [paz]

“Não entrarás no paraíso até que acrediteis, e não acrediteis até que vos ameis. Quereis que vos indique algo que se o colocardes em pratica vos amareis? Cumprimente com Salam uns aos outros”. Muslim 54.

10) Nos amarmos por Allah

“Allah, Louvado seja, dirá no dia do juízo final: Onde estão os que se amaram por mim? Hoje os colocarei sob minha sombra, e neste dia não haverá outra sombra alem da Minha”. Muslim 2566.

11) Visitar os doentes

“Não existe um muçulmano, que visite pela manha o seu irmão muçulmano enfermo, sem que setenta mil anjos peçam as bênçãos por ele até o anoitecer. E se o visita a noite, outros setenta mil anjos pedem por ele até o amanhecer e terá um jardim no paraíso”. At-Tirmidhi 969.

12)- Ajudar as pessoas na Fe*

“Quem socorra uma pessoa em dificuldades, Allah facilitará seus assuntos nesta vida e na outra”. Muslim 2699.

13) Esconder os defeitos dos demais

“Se um servo encobre os defeitos de seu irmão, Allah encobrirá teus defeitos no dia do juízo final”. Muslim 2590.

14) Fortalecer os laços familiares

“Os laços familiares estão ligados ao Trono Divino. Quem mantenha unidos esses laços, se manterá unido a Allah, e quem romper estes, romperá seus laços com Allah”. Al-Bukhari 10/350, Muslim 2555.

15) O bom caráter

Foi perguntado ao Mensageiro de Allah [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele] sobre o que se pode fazer para que as pessoas entrem no paraíso. Ele respondeu: “O temor de Allah e o bom caráter”. Al-Tirmidhi 2003.

16) A sinceridade

“Sejam sinceros, pois a sinceridade conduz a benevolência, e a benevolência conduz ao paraíso”. Al-Bukhari 10/423, Muslim 2607.

17) Controlar-se ante a raiva

“Quem se controla no memento de ira podendo revidar, Allah o chamará diante de toda criação no dia de juízo final e deixará que escolha dentre as huries que deseje”. Al-Tirmidhi 2.22.

18) Pedir perdão pelas criticas e insultos ditos em uma reunião

Quem sentar em uma reunião onde se pronunciam criticas e insultos e diz antes de se retirar: “Glorificado e Louvado sejas Ó Allah, Testemunho que não existe outra divindade salvo Tu, a Ti peço perdão e me arrependo” – será perdoado.

19) A paciência

“Toda enfermidade, dor, preocupação, tristeza, prejuízo ou desgraça que sofre o muçulmano, inclusive o fincar da ponta de um espinho, Allah lhe perdoará os pecados”. Al-Bukhari 10/91.

20) A benevolência com os pais

“Que ruim, que detestável, que terrível. Perguntaram: Quem ó Mensageiro de Allah? Disse ele: Aquele que tem um de seus pais ou os dois, que ao chegar à velhice não obtém o paraíso cuidando deles”. Muslim 2551.

21) Ajudar as viudas e os necessitados

“Quem se ocupe das viúvas e dos necessitados, seu esforço é equivalente a quem reza e jejua permanentemente”. Al-Bukhari 10/366.

22) Cuidar dos órfãos

“Eu e aquele que cuida dos órfãos, estaremos no paraíso assim” [assinalou com o dedo indicador e médio juntos]. Al-Bukhari 10/365.

23) A ablução

“Quem realize a ablução corretamente, os pecados abandonaram seu corpo e até mesmo, o que esta debaixo de suas unhas”. Muslim 245.

24) Pronunciar o testemunho de fé logo após fazer a ablução

“Quem realize corretamente a ablução e logo diga: Testemunho que não há outra divindade exceto Allah, o Único sem associados. Testemunho que Muhammad é Seu servo e mensageiro”. Lhe serão abertas as portas do paraíso podendo entrar em qualquer uma que deseje”. Muslim 234.

25) Fazer uma súplica logo após o chamado da oração [adhan]

“Quem diz logo apos o chamado da oração [adhan]: Ó Allah! Senhor deste chamado perfeito, a oração esta por começar, concede a Muhammad Teus favores e Al-Uasilah [um lugar no paraíso] e o lugar que tens reservado. Lhe será concedida intervenção de Muhammad no dia do juízo”. Al-Bukhari 2/ 77.

26) Construir uma mesquita

“Quem constrói uma mesquita com o desejo de agradar Allah, lhe será construída um casa no paraíso”. Al-Bukhari 450.

27) Escovar os dentes com o Miswak

“Se não considerasse isso pesado demais para minha nação, lhes haveria ordenado que usassem o Misuak antes de cada oração”. Al-Bukhari 27/331, Muslim 252.

28) Ir a mesquita

“Quem vai para a mesquita pela manhã ou pela tarde, Allah lhe reservará um lugar no paraíso”. Al-Bukhari 2/124, Muslim 669.

29) Fazer as cinco orações

“Todo muçulmano que vai a uma oração prescrita, faça corretamente a ablução e realize a oração com concentração; será para ele expiação de seus pecados, se eles não forem dos grandes, deste modo e para sempre”. Muslim228.

30) Fazer no seu tempo devido a oração da alvorada [Fajr] e a oração da tarde [‘Asr]

“Quem realize as orações da madrugada e da tarde [em seu devido horário], entrará no paraíso”. Al-Bukhari 2/43.

31) Fazer a oração de sexta na mesquita [jumu’a]

“Quem realize corretamente a ablução, se dirija para realizar a oração de sexta, escute o sermão e fique em silencio. Lhe serão perdoados os pecados dentre esta sexta e a anterior”. Muslim 857.

32) O horário em que são respondidas as suplicas na sexta

“Na sexta existe um horário no qual, se o servo muçulmano se encontra rezando ou suplicando a Allah, [sua suplica] será concedida”. Al-Bukhari 2/344, Muslim 852.

33) Realizar uma oração [voluntária] depois de cometer um erro

“Aquele servo que comete um pecado, logo realiza a ablução corretamente, reza uma oração [duas raka’at] e pede perdão para Allah, será perdoado”. Abu Daud 15521.

35) Orar a noite

“A melhor dentre as orações logo depois das obrigatórias, é a que se realiza na parte da noite”. Muslim 1163.

36) A oração do meio da manhã [Duha]

“Todos os dias, cada falange do Corpo deve fazer uma caridade. Assim sendo, a glorificação [dizer subhana Allah] é um caridade, cada louvor e testemunho da unicidade divina [dizer alhamdulillah ua La ilaha ila Allah] também é uma caridade, cada engrandecimento de Allah [dizer Allahu akbar], da mesma forma que ordenar o bem e proibir o mal. Uma oração [duas raka’at] no meio da manhã [salat duha] equivalem a todos estes atos de caridade”. Muslim 720.

37) Pedir as bênçãos pelo Profeta [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele]

“Quem pede as bênçãos por mim, Allah o abençoará por isso dez vezes”. Muslim 384.

38) O jejum

“O servo que jejua um dia pela causa de Allah, Allah o afasta do fogo [do inferno] por setenta anos”. Al-Bukhari 6/35, Muslim 1159.

40) O jejum do mês de Ramadan

“Quem jejua o Ramadan com fé e esperança na recompensa divina, lhe serão perdoadas as suas faltas”. Al-Bukhari 4/221, Muslim 760.

41) Jejuar seis dias no mês de Shauual

“Quem jejua o mês do Ramadan e logo os seis dias de Shauual, será o mesmo que ter jejuado toda sua vida”. Muslim 1164.

42) Jejuar no dia de Arafat

“O Jejum no dia de Arafat serve de expiação para os pecados do ano anterior e deste ano”. Muslim 1162.

43) O jejum do dia de ‘Ashurah

“O jejum de ‘Ashurah é para que Allah perdoe as faltas do ano anterior”. Muslim 1162.

44) Dar de comer ao jejuador

“Quem dá de comer a um jejuador obterá a recompensa de ter jejuado, sem diminuir em nada a recompensa do jejuante”. At-Tirmidhi 807.

45) Rezar durante a noite do decreto

“Quem reza durante a noite do decreto com fé, esperando ser recompensando por ele. Lhe serão perdoados os pecados”. Al-Bukhari 4/221, Muslim 1165.

46) Fazer caridade

“A caridade apaga os pecados tal como a água apaga o fogo”. At-Tirmidhi 2616.

47) A peregrinação maior [Hajj] e a menor [‘Umrah]

“Realizar a ‘Umrah é expiação dos pecados entre essa ‘Umrah e a anterior. E a peregrinação aceita por Allah não tem outra recompensa se não o paraíso”. Muslim 1349.

48) As boas ações realizadas nos primeiros dez dias de Dhul Hijja

“Não existem outros dias em em que se realizam boas ações que sejam mais amados por Allah do que os dez primeiros dias de Dhul Hijja. Perguntaram-lhe: Nem sequer combater pela causa de Allah? Respondeu: Nem sequer combater pela causa de Allah, exceto no caso de uma pessoa que saia para combate expondo sua pessoa, contribuindo com seus bens e morrendo no caminho”. Al-Bukhari 2/381.

49) Lutar por uma causa justa

“Um dia de esforço na causa de Allah é melhor que o mundo inteiro e tudo que há nele. E uma marca no paraíso é melhor que o mundo inteiro e tudo o que existe nele”. Al-Bukhari 6/ 11.

50) Realizar a oração pelo defunto e seguir o seu cortejo

“Quem assiste um funeral e ore pelo falecido, obterá um qirat de recompensa. E quem participa até seu enterro obterá dois qirat. Perguntaram: O que representa dois qirat? Respondeu: São como duas grandes montanhas de recompensas”. Al-Bukhari 3/158, Muslim 945.

Queira Allah conceder-nos a sinceridade na busca da complacência e a recompensa de Allah através de nossas ações.

Que a paz e as bençãos de Allah estejam com o Profeta Muhammad, sua família, seus companheiros e seguidores até o dia do Juízo Final.

Fonte; UNICIDADE E LUZ- Explicando o Islam de forma clara e simples- unicidadeeluz@hotmail.com.br
http://unicidadeeluz1.wordpress.com/

sábado, janeiro 22, 2011

O muçulmano e o carnaval

Louvado seja Allah, e que a Sua paz e graça estejam com o que derradeiro dos profetas, o Profeta Mohammad, com seus familiares, e todos os seus companheiros.

Estamos no limiar das festividades carnavalescas no Brasil, depois de enormes preparações, mesclada de saudades e esperanças dos participantes, dos apreciadores as festividades, com seus sonhos rosados. Todos preparam seus soldados para combaterem a Deus, Exaltado seja. Por isso, perguntamos:

-Será que essas pessoas sabem que o que fazem irrita a Deus?

-Conseguem eles combater a Deus?

-Será que Deus criou o ser humano para dançar, embebedar-se, fornicar e cometer todo tipo de pecado?

-Será que essa é a missão do ser humano na terra?

-Será que essas pessoas estão seguras de que a maldição de Deus não irá cair sobre elas, ou que não serão destruídas enquanto estão dançando?

-Será que estão seguras que não irão se apresentar a Deus, no Dia da Ressurreição para prestarem contas de seus atos?

-Será que esses atos trazem realmente alegria e felicidade perenes e o bem da sociedade?

Todas essas perguntas, juntamente com outras, se fazem presentes. Por isso, dizemos:

- Acordem, gente. Deus os criou para adorarem somente a Ele e ordenou-os temê-Lo.

- Acordem, gente. Sigam a religião e a mente e não seguem os desejos. Não seguem os demônios, gênios e humanos, pois são inimigos de si mesmos e de toda a humanidade.

- Acordem, gente, pois a ira de Deus é intensa e seu castigo é doloroso neste mundo antes do Outro.

- Acordem, gente. Olhem para o terremoto e as enchentes ao seu redor, como Deus destruiu milhares de pessoas com o terremoto de Haiti, em um minuto, com 7 graus na escala Richter. O que aconteceria se o tempo fosse maior? O que aconteceria se o grau for mais alto? O que veda que isso aconteça em qualquer parte da terra? Deus fez o terremoto e as enchentes mensagens para os seres humanos para acordarem. Porém, não entenderam a lição. Deus disse: “Nós os advertimos! Porém, isto não fez mais do que aumentar a sua grande transgressão.” (17:60).

Acordem, gente. Nós lhes desejamos o bem. Acordem!

O Verdadeiro Preservativo

Tomou-se providências para limitar a AIDS e outras doenças venérias com a distribuição de milhões de preservativos masculinos. Onde está o preservativo contra a ira do Compulsor, Onde está o preservativo dos terremotos, dos vulcões, das enchentes e dos furacões, que representam os soldados de Deus que Ele envia sobre quem quiser de Seus servos rebeldes? Onde está o preservativo do Fogo do Inferno? Onde está o preservativo da aflição, da preocupação, da tristeza, do rancor que se abatem sobre os opositores?

Deus, Exaltado seja, diz: “Acaso, não percorreram a terra para verem qual foi a sorte dos seus antepassados? Eram superiores a eles em força e traços (que eles deixaram) na terra; porém, Deus os exterminou, por seus pecados, e não tiveram ninguém que os salvasse dos desígnios de Deus” (4):21).

O verdadeiro preservativo é a obediência e a adoração a Deus, como Ele deseja.

Fiquem prevenidos, caros muçulmanos:

Aqui dizemos aos muçulmanos: Fiquem atentos para não participarem, assistirem ou gostarem dessas festividades que irritam ao nosso Senhor, onde a religião é sacrificada, os méritos são eliminados, as bandeiras dos pecados são erguidas bem alto, declarando, com a sua conduta: “Não O adoramos, Senhor. Não seguimos o Seu Método. Proibiu a fornicação e a cometemos, proibiu as bebidas inebriantes e as bebemos. Proibiu a nudez e as mulheres sairão nuas, dançantes provocando todo tipo de pecado. Vamos viver como gostamos e não como nos estabeleceu. Não tememos o Seu Inferno e nem desejamos o Seu Paraíso.

Caros muçulmanos, querem participar desses símbolos?

Castigos e maldições pelas desobediências:

Caros muçulmanos, vocês sabem que essas festividades constituem em combater a Deus, em graves e incontáveis, desobediências que causam sequelas, maldições e castigos?

O Imam Ibn Al Kaiem (Que Deus o tenha em Sua misericórdia), no livro: a doença e o remédio, citou mais de quarenta castigos pelas desobediências, entre os quais citamos:

1 – Privação do conhecimento de Deus, o mais importante conhecimento, o segredo do lucro e da salvação. O conhecimento é luz que Deus incute no coração e a desobediência apaga aquela luz. O Cháfi-i disse: “Vejo que Deus colocou luz em seu coração, não a apague com as desobediências.”

2 - Privação da riqueza: O Rassulullah (S) disse: “A pessoa será privada da riqueza com o pecado que comete.” A riqueza não é de dinheiro apenas, mas é tudo que beneficia o ser humano.

3 – Um vazio que o desobediente sente no coração: Um vazio entre ele e Deus que não pode ser substituída por satisfação alguma, mesmo que se juntam as satisfações de todo o mundo não preenche aquele vazio.

4 – Um vazio que acontece entre ele e os homens de bem. Quanto mais forte aquele vazio, mais se afasta deles e de suas assembléias e das mesquitas.

5 – A piora de seus problemas: Não se dirige a uma coisa sem encontrá-lo difícil e fechado perante ele.

6 – Uma escuridão que ele encontra realmente no coração. Sente-a como sente as trevas da noite. Ela cresce até aparecer nos olhos, então cresce até aparecer no rosto e se tornar escuro nele que as pessoas de bem o veem nele.

7 – As desobediências enfraquecem o coração e o corpo. O enfraquecimento do coração é uma questão patente. Quanto ao enfraquecimento do corpo, o imoral, mesmo que tenha o corpo forte, é a pessoa mais fraca na hora da necessidade.

8 – Privação da obediência. Com o pecado, priva-se de muitas obediências, cada uma é melhor para ele do que o mundo e o que possui. Não consegue praticar as orações, nem lembrar-se de Deus nem praticar o bem.

9 – As desobediências reduzem o tempo de vida e eliminam as bênçãos. Certamente, da mesma forma que a piedade aumenta o tempo de vida, a imoralidade a reduz. O segredo da questão é que a idade do ser humano e o tempo de sua vida, e não há vida sem se submeter-se a Deus, usufruir de Seu amor, lembrá-Lo, louvá-Lo e satisfazê-Lo. O desobediente acaba com a vida atrás das mulheres, das bebidas inebriantes e da imoralidade.

10 – As desobediências geram uma às outras. Alguns antecedentes disseram: O castigo pelo mal é o mal seguinte. A recompensa pelo bem é o bem seguinte. A companhia dos maus gera o consumir bebida inebriante, então a fornicação, que por causar a negação de Deus, que Ele nos livre disso.

11 – A desobediência enfraquece a boa vontade: Cresce a vontade pela desobediência e enfraquece a vontade do arrependimento.

12 - Acostumar-se a praticar a desobediência – Esse é um mal maior – ao ponto de extrair do coração a sua condenação. Torna-se um costume, sem se importar com a consideração das pessoas nem com seus comentários.

13 – A desobediência causa a afronta de Deus ao servo. Deus, Altíssimo, disse: “E a quem Deus afrontar não achará quem o honre.” (22:18).

14 – O malefício da desobediência: O malefício da desobediência vira-se contra ele e se queimará juntamente com outros por causa do malefício dos pecados e da injustiça.

15 – A desobediência gera a vileza: A glória, toda glória, reside na obediência a Deus. Ele disse: “Quem ambiciona a glória, saiba que toda glória pertence integralmente a Deus” (35:10).

16 – A desobediência corrompe a mente: A mente tem uma luz e a obediência apaga a luz da mente. Certamente, se a sua luz apagar, perde a sua função.

17 – Os pecados, quando aumentam, selam o coração do praticante, tronando-o ignorante. Deus, exaltado seja, disse: “Em seus corações há a mácula (do pecado), que cometem.” (83:14).

18 – Os pecados fazem o servo ingressar sob a maldição do Profeta (S). Ele amaldiçoou toda desobediência como os homens parecerem-se com mulheres, as mulheres parecerem-se como homens e o suborno. O que acontece no Carnaval é bem mais grave do que isso e merece mais ser mais amaldiçoado. Você gostaria que a maldição do Profeta (S) recaia sobre você?

19 – Os pecados são a causa da privação da invocação do Rassulullah (S) e a invocação dos anjos: Deus, Glorificado seja, ordenou o Seu Profeta de pedir perdão pelos crentes (homens e mulheres). Será que quem participa do carnaval é um deles?

20 – Os pecados e as desobediências causam na terra algumas espécies de poluição: na água, no ar, nas plantas, nos frutos, nas residências. Deus, Altíssimo, diz: “A corrupção surgiu na terra e no mar por causa do que as mãos dos humanos lucraram. E (Deus) os fará sentir o gosto do que cometeram. Quiçá assim se abstenham disso.” (30:41). Entre as influências das obediências na terra é o que acontece de eclipses, de terremotos e a eliminação das bênçãos.

21 – As desobediências enfraquecem no coração o engrandecimento de Deus, o Majestoso, o respeito a Ele, quer o servo queira ou não. Alguns castigos para isso eliminam a reverência dos corações das criaturas, negligencia-os como eles O negligenciaram, e os menospreza como eles O menosprezaram.

22 – A desobediência causa o esquecimento de Deus ao servo, abandonando-o à mercê de seu demônio. Nisso reside a perdição sem volta. Deus, o Altíssimo, disse: “Ó crentes, temei a Allah! E que cada alma considere o que (de provisão) tiver guardado, para o dia de amanhã; temei, pois, a Allah, porque Allah está bem inteirado de tudo quanto fazeis. E não sejais como aqueles que se esqueceram de Allah e, por isso mesmo, Ele os fez esquecerem-se de si próprios. Estes são os depravados!” (59:18-19).

23 – Os pecados eliminam as dádivas. Quando uma dádiva desaparece do servo, é por causa de um pecado; cada desgraça que lhe acontece, é por causa de um pecado. Deus, o Altíssimo, disse: “Isso, porque Allah jamais muda as mercês com que tem agraciado um povo, a menos que este mude o que há em seu íntimo.” (8:53).

Acertou quem disse:

Se estiver usufruindo de uma dádiva, cuide dela

Pois as desobediências eliminam as dádivas

Conserve-a com a obediência ao Senhor dos servos,

Pois Ele é pido no castigo pelas desobediências.

24 – Entre os castigos pelas desobediências é o temor que Deus, Glorificado seja, introduz no coração do desobediente. Você só o vê com medo, aterrorizado. A obediência é a fortaleza mais importante de Deus. Quem nela ingressar estará seguro do castigo deste mundo e do Outro. Quem dela sair será cercado pelo medo.

25 – As desobediências cegam a visão do coração, cobre a sua luz, fecha os caminhos do conhecimento, e veda as fontes da orientação.

26 – Entre os castigos da desobediência é a vida miserável nesta vida, no purgatório e na Outra vida. Deus, o Altíssimo, diz: “Quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida” (20:124).

Caros irmãos e caras irmãs:

Esses são alguns castigos pelas desobediências e pelos pecados. O sensato é aquele que sente que um só deles é o suficiente para que ele se arrependa e peça perdão, voltando para Deus, Exaltado seja.

É seu dever, irmão muçulmano, a se apressar em se arrepender e retornar a Deus. Ele disse: “Dize: Ó servos Meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Allah; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo.” (39:53), com a condição que não retornem mais ao pecado.

O Profeta (S) disse: “Deus, o Altíssimo, estende Sua mão, à noite, para que se arrependa o malfeitor do que tenha cometido durante o dia, e estende Sua mão, de dia, para que se arrependa o malfeitor do que tenha cometido durante a noite. E, assim, até que o sol saia do seu poente.”

Cuidado com o arrependimento mentiroso, que é feito com a língua e não com o coração, que está envolvido na desobediência, decidido em cometê-la quando surge a oportunidade. Não menospreze a desobediência, pois ela é a causa da saída dos nossos pais do Paraíso, é a causa da expulsão de Satanás do Reino. Ela é que causou a ventania sobre o povo de Ád, deixando-os sem vida, como um tronco de tamareira vazia. A desobediência enviou o estrondo sobre o povo de Samud, partindo-lhes os corações, destruiu as cidades do povo de Lot. A desobediência enviou sobre o povo de Xu’aib as nuvens de castigo e fez chover sobre eles fogo do céu. A desobediência afogou o Faraó e seu povo no mar e transferiu suas almas para o inferno. A desobediência é a causa de toda desgraça e calamidade que acomete o filho de Adão. As desobediências se aglomeram e recaem sobre o servo para destruí-lo.

Pedimos a Deus que nos livre dos castigos e nos conceda a paz

Que Deus abençoe e dê paz ao Profeta Mohammad, aos seus familiares e aos seus companheiros, amém.

Agradecemos Allah SW pela vida, as bênçãos e o entendimento que temos recebido através dos ensinamentos ministrados pelos líderes do site http://www.islam.com.br/ . Que possa ser derramado em suas vidas muitos barakas e também sobre seu familiares e frequentadores do Centro Islâmio de Foz de Iguaçu essa grande escola de salvação de almas no Brasil.

Jazaka Alahu Gharyr - Hajj Hamza Abdullah Islam o menor dos servos de Allah SW.

Fonte: http://www.islam.com.br/