quinta-feira, abril 15, 2010

Tafsir (exegese) Surat Al Fatiha ( Surat da Abertura)‏

Em Nome de Allah, O Misericordioso, Misericordiador!

Louvado seja Allah, Senhor do Universo, e que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre o mais honrado dos Profetas e Mensageiros, o Profeta Muhamad, com seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o dia do Juízo Final. Amin!

Tafsir: Seria a exegese do Quran, ou seja, a interpretação, a explicação do Quran. Os métodos utilizados são:

1) Explicação do Quran pelo Quran, isso ocorre quando um versículo explica o outro (como veremos mais adiante). 

2) Explicar o Quran através da Sunna. O profeta SAAS disse: Em verdade foi me dado o Alcorão e um outro igual junto (referindo-se à sunn“a)”. Em outro hadith, o Mensageiro de Allah (SAAS) disse a Muaz Ibn Jabal quando o enviou para o Iêmen : “Com que irás julgar?” Ele disse : “Com o Livro de Allah.”. O Profeta disse: “E caso não encontre? Ele disse: “Com a sunna do Mensageiro de Allah” Então disse o Profeta: “E caso não encontres?” Ele disse: “Esforçarei-me para achar a resposta”. Então o Profeta bateu em seu peito e disse: “Louvor a Allah que guiou o mensageiro do mensageiro de Allah, para o que agrada Seu mensageiro”

3) Explicar o Quran pelos ditos dos sahabas (companheiros): Ibn Taimya disse: “Caso não encontres a exegese no alcorão nem na sunna, deves procurar nos ditos dos sahabas, pq eles são os que mais conhecem a respeito, por tudo o que eles presenciaram de sinais e acontecimentos e pelo grande conhecimento que possuíam, principalmente seus sábios, entre eles os 4 primeiros khalifas.

E ainda se não encontrares nos ditos dos sahabas, muitos sábios recorreram aos companheiros dos sahabas.

Sura Al Fatiha

Audho billahi mina shaitan aradim : Amparo-me em Allah contra o maldito demônio. Porque começamos as suras dessa forma? Porque Allah ordenou no Quran que assim fizéssemos: “Quando recitares o Quran, peça amparo de Allah contra o maldito demônio”

Em Nome de Allah, O Misericordioso, Misericordiador:

Louvor a Allah, Senhor dos Mundos

O Misericordioso, Misericordiador

Soberano do Dia do Juízo

So a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda

Guia-nos a senda reta a senda dos que agraciaste não a dos incursos em Tua ira nem a dos descaminhados

1° Versículo - Basmallah- “Bismillahi ar-Rahman ar-Rahim”( Em Nome de Allah, O Misericordioso, Misericordiador)

O muçulmano inicia todas as suas ações com a basmallah, por 2 motivos principais:

1-Buscar bênçãos começando com o nome de Allah;

2- expressar que a ação é só para Allah.

Então é como se o servo dissesse: “Eu busco a ajuda de Allah através do Seu nome, O Misericordioso, O Misericordiador na ação que estou prestes a fazer.” 

Abu Huraira relatou que o Profeta Muhamad (SAAS) disse: “Toda ação importante que não comece em nome de Allah não é positiva nem abençoada”

Vers. 2: “Alhamdulillahi Rab al ‘alamin” (Louvor a Allah, Senhor dos Mundos)

O significado da palavra al hamd é Louvar, exaltar, elogiar. Seu significado é mais geral do que a palavra Shukr (Agradecimento), pois a palavra shukr só é expressada em resposta a um favor, enquanto al hamd é expressada tanto em resposta a um favor como tanto a uma ação espontânea de Dhikr (Lembrança de Allah). A este respeito disse Ibn Abbas: “Alhamdulilah é a declaração de todo o servo grato”.

Conseqüentemente, se analisarmos o Quran veremos que os Profetas demonstram gratidão a Allah através da palavra hamd. Vejamos:

Allah disse ao Profeta Noé (AS) :

E quando estiverdes embarcado na arca, junto àqueles que estão contigo, dize: Louvor a Allah, que nos livrou dos iníquos! (sura 23:28)

O Profeta Ibrahim (AS) disse:

Louvor a Allah, que na minha velhice, me agraciou com Ismael e Isaac! Como o meu Senhor é Exorável! (14:39)

O Profeta Davi (AS) e o Profeta Salomão (AS):

Havíamos concedido a sabedoria a David e Salomão, os quais disseram: Louvor a Allah Que nos preferiu a muitos de Seus servos fiéis (27:15)

Allah disse ao nosso Profeta (SAAS) dizer:

E dize: Louvor a Allah, que jamais teve filho algum, tampouco teve parceiro algum na Soberania, nem (necessita) de ninguém para protegê-Lo da humilhação, e é exaltado com toda a magnificência. (17:111)

As pessoas do Paraíso dirão:

E dirão; Louvor a Allah, que nos tem livrado da aflição! O Nosso Senhor é Compensador, Indulgentíssimo. (35): 34)

Onde sua prece será: Glorificado sejas, ó Deus! Aí sua mútua saudação será: Paz! E o fim de sua prece será: Louvor a Allah, Senhor do Universo! (10): 10

É por isso que a palavra Hamd foi empregada nesse versículo da Sura Al Fatiha.

Vejamos a virtude de dizer Alhamdulilah:

Anas Ibn Malik relatou que o Profeta (SAAS) disse: “Se o mundo inteiro e seu conteúdo fosse colocado na mão de um homem da minha Ummah (Nação) e ele disser: Alhamdulilah, então Alhamdulilah seria melhor do que tudo o que a mão conteve”

A declaração de alhamdulilah seria melhor do que o mundo e tudo que ele contém, é porque o mundo logo perecerá e essas ações integras (como o proferir  Alhamdulilah) permanecem. Allah disse:

E Allah aumentará os orientados na orientação. As boas ações, as perduráveis, são mais meritórias e mais apreciáveis aos olhos do teu Senhor. [Maryam (19): 76]

Abu Mussa al-Ash’aree relatou que o Mensageiro de Allah (SAAS) disse: “A pureza é a metade da fé. Proferir Alhamdulilah preenche as balanças. E Subhan Allah walhamdulillah preenche o que está entre o céu e a terra.”(Muslim)

A palavra Rabb pode significar Senhor, Mestre, dono, etc. É um dos nomes de Allah que cria e sustenta todos suas criaturas, que regula seus negócios e concede todos os favores e bênçãos. Mais especificamente, Ele é aquele que cria, sustenta Seus servos sinceros, corrigindo e purificando seus corações, almas e ações. 

Al ‘alameen é tudo o que existe, é tudo que têm existência além de Allah SWT, segundo alguns sábios. Segundo outros, Mundos (‘alameen) se refere aos mundos dos gênios, humanos, anjos e demônios. Ex: 

Faraó disse: “E o que é o Senhor dos Mundos?” Moises disse: “O Senhor dos céus e da terra e do que há entre ambos, se estais convictos disso” . (26:23-24)

Nessa parte do versículo é essencial para a nossa compreensão do Tawhid (monoteísmo), pois deixa claro que Allah Louvado e Exaltado Seja, é distinto de Sua criação. Também aprendemos com esse versículo que Allah é o Único Criador e Sustentador e que Ele é Auto-Suficiente e a criação está em necessidade total Dele para todos os assuntos.

3 versiculo - Ar-Rahman Ar-Rahim (O Misericordioso, Misericordiador)

Estas são duas descrições de Allah e dois dentre Seus belos Nomes e atributos, ambos derivados da palavra “Rahma (Misericórdia)” de modo a expressar seu intenso e profundo significado.

Ar-Rahman é mais intenso que Ar-Rahim, porque Ar-Rahman é o dotado de Misericórdia que se estende a todas as criações deste mundo e para os crentes no futuro.

Ar-Rahim, por outro lado, é O dotado de Misericórdia que se estende só aos crentes no Dia do Julgamento, esse é o entendimento da maioria dos Sábios.

Outros resumiram da seguinte forma:

Ar-Rahman: O que mostra a Misericórdia nessa vida e na outra a todos.

Ar-Rahim: O que mostra a Misericórdia na vida futura para os crentes.

Por exemplo, como prova temos o versículo:

Ele é Quem vos abençoa, assim como (fazem) Seus anjos, para tirar-vos das trevas e levar-vos para a luz; sabei que Ele é Misericordioso(Rahim) para com os fiéis. [Al-Ahzaab (33): 43] 

Allah menciona no versículo seus nomes Ar-Rahman Ar Rahim, depois de ter mencionado Rabb al’alamin (Senhor dos Mundos), como forma de advertência e medo aos seus servos e ao mesmo tempo esperança . Encontramos diversos versículos que causam esse efeito no Quran e também encontramos na Sunnah. Por ex:

Notifica Meus servos de que sou o Indulgente, o Misericordiosíssimo. E que Meu castigo será o dolorosíssimo castigo!” [Al-Hijr 15: 49-50]

Remissório do pecado, Condescendente, Severíssimo no castigo, tem longo alcance. Não há mais divindade além d’Ele! A Ele será o retorno.”[Ghaafir 40: 3]

Abu Huraira relatou que o Mensageiro de Allah (SAAS) disse: “Se o crente conhecesse o castigo que Allah dispõe, jamais teria esperanças de alcançar o Seu paraíso. E se o incrédulo conhecesse a Misericórdia que Allah dispõe, jamais perderia a esperança de alcançar o Seu Paraíso.” (Muslim)

4° versiculo - Malik Yaumideen: (Soberano do Dia do Juízo)

Os recitadores do Quran tem duas formas diferentes de recitar a primeira palavra desse versículo.

1°: Recitando Mâlik, significando Rei. Então o significado seria que a Realeza, Grandeza, Poder e autoridade nesse Dia só pertencerão a Allah em sua totalidade. Allah diz:

Dia em que sairão (dos seus sepulcros) e nada deles se ocultará a Deus. A quem pertencerá, nesse dia, o reino? A Deus, Único, Irresistibilíssimo. [Ghaafir (40): 16]

2°: Maalik, significando O Dono. E dessa forma o versículo significaria que nesse Dia tudo pertencerá a Allah e a ninguém mais, ou seja, ninguém poderá expressar uma opinião ou obrigar uma decisão como eles faziam nesse mundo. Allah diz:

No dia em que comparecerem o Espírito(1824) e os anjos enfileirados, ninguém poderá falar, salvo aquele a quem o Clemente o permitir; e falará a verdade.” [Um-Naba`a (78): 38]

Nesse dia seguirão um arauto, do qual não poderão afastar-se. As vozes humilhar-se-ão ante o Clemente, e tu não ouvirás mais do que sussurros.” [Taa Haa (20): 108]

“Ele conhece tanto o que há antes deles como o que há depois deles, e não podem interceder em favor de ninguém, salvo de quem a Ele aprouver, são, ante seu temor, a Ele reverentes.” Al-Anbiyaa (21): 28]

Ambas as recitações tem um sentido bom e profundo. Alguns sábios do tafsir dizem que Allah Mâlik é um atributo da essência e já Maalik é um atributo da Ação.

Abu Huraira relata que o Mensageiro de Allah (SAAS) disse: “No Dia da Ressurreição Allah segurará a Terra e dobrará o céu com Sua mão direita. Então Ele dirá: ‘Eu sou o Rei, onde estão os reis que reinaram na Terra?’”

A palavra Yaum significa um período de tempo transcorrido. Pode se referir como o período de 1 dia ou então ou como períodos de tempo maior que 1 dia.

A palavra deen que significa contas ou recompensa. Como por ex. empregado no versículo:

“Nesse dia Deus os recompensará pelo que merecerem (deenahum), e então saberão que Deus é a verdade Manifesta.” [An-Nur (24): 25] 

Ou seja, significa recompensa das ações com justiça completa.

Então, Yaumideen significa: Dia em que os servos serão julgados, O Dia da Ressurreição. Ele os recompensará pelas ações, se forem boas será boa a recompensa, se forem ruins será ruim a recompensa, com exceção daquele a quem Allah SWT perdoa. 

Não há nenhuma explicação adicional quanto a yaumideen, mas Allah SWT diz no Quran: 

E que te fará entender o que é o Dia do Juízo (Yamideen)? Novamente o que te fará entender o que é o Dia do Juízo? É o dia em que nenhuma alma poderá advogar por outra, porque o mando, nesse dia, só será de Allah.” (82: 17-19) 

5° versículo - Yaka Na’budu wa yaka Nasta’in (So a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda)

Yaka Na’abudu: (Só a Ti adoramos)

Em um só versículo da Fatihat, Allah reuniu toda a relação entre a criatura e o criador. A adoração é o máximo do amor, acompanhado com a máxima submissão. Na’budu vem de ‘ibada .A adoração é verdadeira quando se toma por exemplo e guia do Mensageiro de Allah SAAS, ou seja, seguindo a sunna e quando a adoração é feita somente com o intuito de agradar a Allah. Então essas duas condições tem q estar presente para a ação ser considerada adoração e conseqüentemente para que seja aceita por Allah. Essas condições estão comprovadas em 2 hadith:

O primeiro, que foi relatado por Omar Ibn Khatab que narrou que o Mensageiro de Allah disse: “As obras vem determinadas pelas intenções. Assim, cada homem alcançará o que busca de acordo com suas intenções...” (Bukhari e Muslim)

E o segundo: Aisha relatou que o Mensageiro de Allah (SAAS) disse: “Aquele que tentar introduzir em nossa religiao algo que não faça parte dela será rechaçado.” (Bukhari e Muslim)

Ou seja, a ação deve estar correta de acordo com o Quran e a Sunna e com a intenção de somente agradar a Allah. Então se a ação é correta mas não for sincera não será aceita, da mesma forma, se ela for sincera mas não for correta. É sincero quando for pela causa de Allah e será correta se for conforme o Quran e a Sunna.

Yaka Nasta’in : (Só de Ti imploramos ajuda)

Isso quer dizer que só buscamos a ajuda de Allah, pois Tudo está abaixo de Seu controle. Demonstrando nossa total confiança Nele.Essa parte do versículo seria a conseqüência da primeira parte. Logo, se só Allah adoramos Só a Ele imploraremos ajuda.

E de Allah é o invisível dos céus e da Terra. E a Ele retorna toda a determinação. Então, adora-o e Nele confia. E o Teu Senhor não esta desatento ao que fazeis.” (11: 123)

Então, se ele voltam as costas, dize: Allah Basta-me. Não existe deus senão Ele. Nele confio. E Ele é Senhor do magnífico trono.”[Tawbah (9): 129]

O islam todo se resume nesses dois princípios: Nós não adoramos nada além de Allah e nós não colocamos nossa confiança em outro que não seja Allah. Esses são os meios da felicidade perpétua e segurança de todos os males, ou seja, não há nenhum caminho para a vitória exceto estabelecendo esses 2 pilares.

Por isso alguns sábios disseram:

O segredo do Quran está na Fatiha e seu segredo é o versículo: Yaka Na’abudu wa yaka Nasta’in.”

6° versículo- Ihdina Siratal Mustaqim: (Guia-nos a senda reta)

Ou seja, depois de Louvar a Allah nós imploramos a Allah. Esse é o modo mais virtuoso de se fazer uma suplica, primeiro louvando e depois implorando. Conforme o que nos ensinou o Mensageiro de Allah (SAAS) a melhor forma é primeiro Louvar a Allah e após isso enviar as bênçãos de Allah ao Seu Mensageiro e logo após então fazer a súplica.

A palavra Ihdina vem da palavra Hidaya que significa orientação. Essa orientação pode ser interpretada tanto no sentido de nos evidenciar o caminho do bem e do mal, como no sentido de clarear a verdade, e também no sentido de nos orientar no Dia do Juízo até o paraíso, ou seja, na ponte que teremos que passar.

Sirata al Mustaqim (caminho reto): Tem varias interpretações , conforme alguns, seria o livro de Allah, outros dizem que é o Islam, outros dizem que é o profeta de Allah e os dois primeiros Khalifas: Abu Baker e Omar, outros interpretam como a verdade. 

Na verdade todas essas opiniões estão corretas pois, pra seguir o Islam deve seguir o Profeta e os 2 primeiros khalifas , esses seguiram a verdade, e o Quran é a verdade e quem seguir o Quran obedece a Allah.

Segundo um hadith, Allah SWT exemplificou com uma parábola:

“Há uma estrada que conduz diretamente ao destino. Nas laterais da estrada há uma parede na qual há portas abertas com cortinas que os esperam. Do fim remoto da estrada, uma voz chama, 'proceda diretamente e não desvie.' Sempre que alguém pretende erguer uma cortina da porta outra voz chama de acima, 'Tome cuidado! não erga a cortina, caso contrário você será atraído dentro.'”

O Profeta (SAAS) explicou a parábola dizendo que o caminho direto é Islaam, as paredes são os limites impostos por Allaah, as portas abertas são as coisas que ele proibiu, a voz que chama do fim da estrada é o Qur`aan e a voz sobre as quais chamam é o monitor de Allaah no coração de todo crente.

Allah nos ensinou a suplicar da seguinte forma, no Quran Karim:

Oh Senhor nosso, não desvies os nossos coraçoes, depois de teres nos guiado, e agracia-nos com a Tua Misericórdia, porque Tu és o Munificente por excelência.” [Al Imraan (3): 8]

7° versículo- Sirata aladhina an’amta ‘aleihem (a senda dos que agraciaste) 

Depois do servo ter pedido a orientação ao caminho certo, Allah esclarece o que é o caminho certo nesse versículo e em outro versículo explica :

E que obedece a Allah e ao Mensageiro, esses estarão com os que Allah agracia: os Profeta, os verazes, os mártires e os virtuosos. Que excelentes companheiros serão.”[Um-Nisaa ` (4): 65-69] 

Ghair al maghdubi ‘aleihem (não a dos incursos em Tua ira): Maghdub vem da palavra em árabe ghadab que significa fúria, raiva, ira e é o contrario de satisfação (Ridaa)

Wala Dalin (nem a dos descaminhados) : Dalin vem da palavra dalal que significa desviar da meta planejada ou divergir do verdadeiro caminho, lingüisticamente é o oposto da orientação.

Segundo um hadith : Adi Bin Hatim disse: Eu perguntei para o Mensageiro de Allah sobre quem Allah está dizendo quando diz: “não aos dos incursos na Tua Ira” Ele disse: se refere aos judeus. Eu perguntei e “nem a dos desencaminhados” e ele (SAAS) disse: “os cristãos, são eles que foram desencaminhados.”

Isso também é comprovado com as declarações de Allah com relação aos judeus no Quran:

“Que execrável o preço pelo qual venderam suas almas, ao renegarem o que Allah fez descer, movidos pela revolta de que Allah fizesse descer algo de Seu favor sobre quem Ele quisesse, dentre Seus servos. Então incorreram em ira sobre ira. E haverá para os renegadores da fé aviltante castigo” [Al-Baqarah (2): 90]

“Dize: Informar-vos-ei do que é pior que isso, como retribuição junto de Allah? os que Allah amaldiçoou e contra quem se irou, de quem fez símios e porcos, e os que adoram o sedutor esses estão em pior situação e mais descaminhados do caminho certo.” [Al-Maa`idah (5): 60]

E Allah disse com relação aos cristãos:

Dize: Oh seguidores do livro não vos excedais , profanando a verdade em vossa religiao, e não sigais as paixões de um povo que com efeito se descaminhou anteriormente, e descaminhou a muitos outros, e se descaminharam do caminho certo. [Al-Maa`idah (5): 77]

Pra finalizar existe um hadith Qudsi que Allah diz: 

Dividi a oração entre Mim e meu servo:

Quando meu servo diz: “Louvor a Allah, Senhor dos Mundos”diz Allah: Meu servo me louvou. Quando o servo diz: “O Misericordioso, Misericordiador” Allah diz: “Meu servo me elogiou”. Quando o servo diz: “Soberano do Dia do Juízo” Allah diz: Meu servo Me glorificou. E qdo o servo diz: “So a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda” Allah diz: isso é entre Mim e meu servo. E quando o servo diz: “Guia-nos a senda reta a senda dos que agraciaste não a dos incursos em Tua ira nem a dos descaminhados” Allah diz: “isso é para o Meu servo, e ao Meu servo darei o que pediu.” (relatado por Muslim)

Oh Allah para Ti são todos os louvores e todo o agradecimento.Louvado sejas por ter nos guiado ao Islam e ter nos guiado para a fé, Oh Allah para Ti são os louvores em todas as circunstanicas. Oh Allah abençoe e exalte nosso amado profeta Muhamad, sua família, seus companheiros e seus seguidores.

Oh Allah lhe imploramos que nos conceda a retidão dos corretos, as ações dos verdadeiros crentes, a sinceridade dos arrependidos, a Constância dos perseverantes, a precaução dos que Te temem, a saudade dos que Te amam, a devoção dos devotos piedosos e a sabedoria dos sábios.

Oh Allah perdoa-nos, tem misericórdia de nós e aceita nosso arrependimento, em verdade Tu es quem aceita o arrependimento , O Perdoador

Oh Allah, na sua misericórdia nos socorremos, socorra e guie a Ummah do teu amado Profeta SAAS, uma os corações dos muçulmanos e guie-os para a verdade e a retidão, para o Quran e a Sunna. Oh Allah conceda a vitória ao islam, ao seu livro, a sunna do teu Profeta e aos teus servos crentes. Oh Allah proteja nossos irmãos no Iraque, na Palestina, na Chechenia e em todos os lugares e conceda-lhe a vitória sobre os inimigos. Oh Allah nossos irmãos necessitam da Sua Misericórdia, envie seu socorro e sua misericórdia sobre eles. 

Oh Allah não permita que saiamos deste local antes de teres perdoado nossos erros e pecados, aceitado nosso esforço, sem teres enviado sobre nós a sua misericórdia e sem que estejas satisfeito conosco e aceitado nosso Du’a. 

E que a paz, as bênçãos de Allah estejam sobre o Profeta Muhamad e com todos seus seguidores até o dia do juízo, e Louvado seja Allah Senhor do universo. Amin! 

Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Caros leitores e irmãos na fé, as palavras de Iça (Jesus) AS estão cada dia mais atuais quando Ele diz no Evangelho segundo São João 8:32:"Conhecereis a Verdade e a Verdade Vos Libertará".

Assalamum Aleikum war Matulahi wa Baraketu

Craig Robertson, Ex-Católico, Canadá - Agora muçulmano Graças a ALLAH!‏

Uma das coisas que me chamaram atenção no Islamismo quando ainda era Bispo Auxiliar da Diocese de Brasilia DF - da Igreja Católica Apostólica Brasileira, foi o fato de não encontra revertidos ao islam com baixa escolaridade. Isso tem sido confirmado durante minha trajetória islâmica. Vejam que interessante essa historia.

Craig Robertson, Ex-Católico, Canadá
Enviado por admin em 01 janeiro 2010 15:46:59
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Meu nome é Abdullah Al-Kanadi. Nasci em Vancouver, Canadá. Minha família, que era católica romana, educou-me como um católico romano até eu ter 12 anos de idade. Sou muçulmano por aproximadamente seis anos, e gostaria de compartilhar a história de minha jornada ao Islã com vocês.

Suponho que em qualquer história seja melhor começar do começo. Durante minha infância freqüentei a escola religiosa católica e aprendi sobre a fé católica, junto com outros assuntos. Religião sempre foi minha melhor matéria; eu me destaquei academicamente nos ensinamentos da Igreja. Fui pressionado a prestar serviço como coroinha por meus pais desde muito pequeno, algo que agradava muito aos meus avós; mas quanto mais eu aprendia sobre minha religião, mais a questionava! Tenho essa lembrança de minha infância, quando perguntei minha mãe na missa: “A nossa religião é a certa?” A resposta de minha mãe ainda ressoa em meus ouvidos até hoje: “Craig, elas são todas iguais, todas são boas!” Bem, para mim isso não parecia certo. Qual o sentido em aprender minha religião se eram todas igualmente boas?!

Quando eu tinha doze anos, minha avó materna foi diagnosticada com câncer de cólon e morreu poucos meses depois, após uma batalha dolorosa com a doença. Eu só me dei conta do quanto sua morte me afetou um pouco mais tarde. Com a idade de doze anos decidi que seria ateu para punir Deus (se você puder sequer imaginar tal coisa!) Era um menininho zangado; estava zangado com o mundo, comigo mesmo e o pior de tudo, com Deus. Tropecei durante meus primeiros anos de adolescente tentando fazer de tudo que podia para impressionar meus novos “amigos” do segundo grau na escola pública. Rapidamente percebi que tinha muito a aprender, porque protegido em uma escola religiosa você não aprende o que deveria em uma escola pública.

Pressionei em particular todos os meus amigos para que me ensinassem sobre todas as coisas que não aprendi, e logo adquiri o hábito de xingar e debochar de pessoas mais fracas que eu. Embora tentasse ao máximo me adaptar, nunca consegui, de fato. Era intimidado; as meninas debochavam de mim e assim por diante. Para uma criança da minha idade, isso era devastador. Eu me fechei, naquilo que chamava de ‘carapaça emocional’.

Minha adolescência foi cheia de miséria e solidão. Meus pobres pais tentavam falar comigo, mas eu era beligerante com eles e muito desrespeitoso. Concluí o segundo grau no verão de 1996 e senti que as coisas mudariam para melhor, já que acreditava que não poderiam ficar piores! Fui aceito em uma escola técnica local e decidi que devia prosseguir com minha educação e talvez fazer um bom dinheiro, para poder ser feliz. Aceitei um emprego em um restaurante fast-food perto de minha casa para ajudar a pagar a escola.

Poucas semanas antes de começar as aulas, fui convidado para morar com alguns amigos do trabalho. Para mim, essa era a resposta para meus problemas! Esqueceria minha família e estaria com meus amigos o tempo todo. Uma noite eu disse a meus pais que estava me mudando. Eles disseram que eu não podia, que não estava pronto para isso e que não permitiriam! Eu tinha 17 anos e era muito obstinado; xinguei meus pais e disse a eles todo tipo de coisas ruins, das quais continuo a me arrepender até hoje. Senti-me encorajado por minha nova liberdade, senti-me liberto, e podia seguir meus desejos do jeito que quisesse. Fui morar com meus amigos e não falei com meus pais por um longo tempo depois disso.

Estava trabalhando e indo à escola quando meus colegas de quarto me introduziram à marijuana. Fiquei apaixonado depois do primeiro ‘puff’! Fumava um pouco depois de ir para casa, vindo do trabalho, para relaxar e desanuviar. Logo comecei a fumar mais e mais, até que durante um final de semana eu tinha fumado tanto que era segunda de manhã antes que me desse conta, e hora de ir para escola. Pensei, bem, tirarei um dia de folga na escola e irei no dia seguinte, porque não darão falta de mim. Nunca voltei à escola depois disso. Finalmente percebi o quanto isso era bom. Com toda a comida de fast-food que se pode roubar e todas as drogas que se pode fumar, quem precisa de escola?

Estava vivendo uma ótima vida, ou assim pensava eu; tornei-me o bad boy ‘residente’ no trabalho e conseqüentemente as garotas começaram a prestar atenção em mim como não tinham feito no segundo grau. Tentei drogas mais pesadas mas, alhamdulillah, fui salvo das realmente terríveis. O estranho é que quando não estava alto ou bêbado eu estava miserável. Sentia-me inútil e completamente sem valor. Estava roubando do trabalho e de amigos para ajudar a manter o ‘nevoeiro químico’. Fiquei paranóico em relação às pessoas a minha volta e imaginei que policiais me perseguiam em todas as esquinas. Estava à beira de um colapso e precisava de uma solução. Então, pensei que a religião poderia me ajudar.

Lembrei-me de ter visto um filme sobre bruxaria e pensei que seria perfeito para mim. Comprei alguns livros sobre Wicca e Adoração à Natureza, descobri que encorajavam o uso de drogas naturais e assim, continuei. As pessoas me perguntavam se acreditava em Deus e eu tinha as conversas mais estranhas quando estava sob a ‘influência’, mas lembro-me distintamente de dizer que não, de fato não acreditava em Deus, acreditava em muitos deuses tão imperfeitos quanto eu.

Durante tudo isso, um amigo ficou do meu lado. Era um cristão ‘renascido’ e estava sempre pregando para mim, apesar de eu debochar de sua fé em todas as oportunidades. Era o único amigo que eu tinha na época que não me julgava e, então, quando ele me convidou para ir a um acampamento jovem no final de semana eu decidi ir. Eu não tinha expectativas. Pensei que riria muito debochando de todos os “fanáticos da Bíblia”. Durante a segunda noite eles fizeram um enorme serviço religioso em um auditório. Tocaram todos os tipos de música que louvavam Deus. Eu observava enquanto jovens e velhos, e homens e mulheres gritavam por perdão e derramavam lágrimas por qualquer coisa. Estava realmente comovido e fiz uma oração silenciosa durante as frases “Deus, sei que tenho sido uma pessoa horrível, por favor, me ajude, me perdoe e me deixe começar de novo.” Senti uma onda de emoção se apoderar de mim e lágrimas rolando em minhas bochechas. Decidi naquele momento abraçar Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador pessoal. Levantei minhas mãos para o ar e comecei a dançar (sim, dançar!) Todos os cristãos ao meu redor começaram a me fitar em um silêncio atordoado; o cara que debochava deles e dizia o quanto eles eram estúpidos por acreditarem em Deus, estava dançando e louvando Deus!

Retornei para minha casa festiva e evitei todas as drogas, intoxicantes e garotas. Imediatamente disse aos meus amigos como precisavam ser cristãos para que pudessem ser salvos. Estava chocado por terem me rejeitado, porque sempre prestavam atenção em mim antes. Acabei me mudando de volta para a casa dos meus pais depois de uma longa ausência, e costumava atormentá-los persistentemente com as razões pelas quais deviam se tornar cristãos. Sendo católicos eles sentiam que já eram cristãos, mas eu sentia que não eram, porque adoravam santos. Decidi me mudar de novo, mas dessa vez em termos melhores, e meu avô me deu um emprego porque queria me ajudar com minha “recuperação”.

Comecei a participar em uma “casa da juventude” cristã que basicamente era uma casa onde os adolescentes podiam ir, para se afastar das pressões familiares e discutir o Cristianismo. Era mais velho que a maioria dos garotos e tornei-me um daqueles que mais falavam e tentavam fazer os meninos se sentirem bem vindos. Apesar disso eu me sentia uma fraude, porque comecei a beber e namorar de novo. Dizia aos meninos sobre o amor de Jesus por eles, e durante as noites bebia. Durante tudo isso, meu amigo cristão tentava aconselhar-me e manter-me na trilha certa.

Lembro-me até hoje de meu primeiro encontro com um muçulmano. Um dos rapazes trouxe seu amigo para a casa da juventude. Era um garoto muçulmano cujo nome eu esqueci. O que me lembro é do garoto dizendo “trouxe meu amigo ‘fulano’, ele é muçulmano e quero ajudá-lo se tornar cristão”. Estava absolutamente assombrado com este garoto de 14 anos, ele era calmo e amigável! Acreditem ou não, ele se defendeu E ao Islã contra uma dúzia de cristãos que lançavam abusos contra ele e o Islã! Enquanto manuseávamos nossas Bíblias em vão e ficávamos cada vez mais zangados, ele simplesmente sentava lá, sorrindo de forma quieta e nos dizendo sobre adorar outros além de Deus e como, sim, há amor no Islã. Era como uma gazela cercada por uma dúzia de hienas, e ainda assim, o tempo todo, se manteve calmo, amigável e respeitoso. Isso confundiu minha mente!

O garoto muçulmano deixou uma cópia do Alcorão na prateleira, a esqueceu ou a deixou de propósito, não sei, mas comecei a lê-la. Logo fiquei enfurecido com esse livro quando vi que fazia mais sentido do que a Bíblia. O joguei no sofá e andei sobre ele, fervendo de raiva, e ainda assim, depois de lê-lo, tinha uma pequena dúvida no meu âmago. Fiz o que pude para esquecer sobre o garoto muçulmano e simplesmente passar meu tempo com meus amigos na casa da juventude. O grupo de jovens costumava ir a várias igrejas nos finais de semana para eventos de oração e as noites de sábado eram passadas em grandes igrejas ao invés de no bar. Lembro-me de estar em um evento chamado ‘A Fonte’ e de sentir-me tão próximo de Deus que queria me humilhar e mostrar ao meu Criador meu amor por Ele. Fiz o que me pareceu natural e me prostrei.

Prostrei-me como os muçulmanos fazem em suas orações diárias, embora não soubesse o que estava fazendo. Tudo que sabia é que me sentia realmente bem...parecia o certo, mais do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Senti-me muito religioso e espiritual e continuei em meu caminho mas, como de costume, comecei a sentir as coisas saindo de controle.

O Pastor sempre nos ensinou que devíamos submeter nossa vontade a de Deus e eu não queria nada além disso; mas não sabia como! Sempre supliquei “Por favor, Deus, faça da Sua Vontade a minha, faça-me seguir Sua Vontade” e assim por diante, mas nada acontecia. Sentia que lentamente me afastava da igreja na medida em que minha fé declinava. Foi nessa época que meu melhor amigo, o cristão que tinha me ajudado a vir para Cristo, junto com outro amigo meu muito chegado, estupraram a namorada com quem eu estava há dois anos. Eu estava no outro quarto bêbado demais para saber o que estava acontecendo e incapaz de impedir qualquer coisa. Algumas semanas depois foi revelado que o homem que dirigia a cada da juventude tinha molestado um dos garotos com quem eu tinha amizade.

Meu mundo estava despedaçado! Tinha sido traído por tantos dos meus amigos, pessoas que supostamente eram próximas de Deus e trabalhavam pelo Paraíso. Não tinha nada para dar, estava vazio de novo. Andei em círculos como antes, cego e sem direção, apenas trabalhando, dormindo e indo a festas. Minha namorada e eu terminamos em seguida. Minha culpa, ódio e tristeza envolveram todo o meu ser. Como o Criador podia permitir que tal coisa acontecesse comigo? Quão egoísta era eu!

Um pouco depois meu gerente no trabalho me disse que um “muçulmano” viria trabalhar conosco, que era realmente religioso e devíamos tentar ser decentes quando estivéssemos à sua volta. No minuto em que esse “muçulmano” chegou, ele começou a fazer dawah. Não perdeu tempo nos dizendo tudo sobre o Islã e todos disseram a ele que não queriam ouvir nada sobre o Islã, exceto eu! Minha alma chorava e minha teimosia não podia silenciar os lamentos. Começamos a trabalhar juntos e a discutir nossas respectivas crenças. Eu tinha desistido completamente do Cristianismo, mas quando me faziam perguntas minha fé ressurgia e me sentia um ‘cruzado’ defendendo a Fé do “muçulmano” mau.

O que importava é que esse “muçulmano” em particular não era mau como haviam me dito. De fato, era melhor do que eu. Não xingava, nunca se zangava e era sempre calmo, gentil e respeitoso. Estava verdadeiramente impressionado e decidi que ele daria um excelente cristão. Continuamos fazendo perguntas sobre nossas religiões, mas depois de um tempo me senti cada vez mais na defensiva. Em um determinado ponto, fiquei muito zangado...aqui estava eu tentando convencê-lo da verdade do Cristianismo, e sentia que ele estava com a verdade! Comecei a me sentir cada vez mais confuso, e não sabia o que fazer. Tudo que sabia foi que tinha que aumentar minha fé, então entrei no carro e corri para ‘A Fonte’. Estava convencido que se pudesse orar lá novamente, teria de volta aquele sentimento e a fé fortalecida, e então poderia converter o muçulmano. Cheguei lá, depois de correr ao longo de todo o caminho, e a encontrei fechada! Não havia ninguém a vista e procurei freneticamente por outro evento semelhante para que pudesse me ‘recarregar’, mas não encontrei nada. Desanimado, voltei para casa.

Comecei a perceber que estava sendo empurrado em uma determinada direção e então supliquei ao meu Criador para submeter minha vontade à Dele. Senti que minha súplica estava sendo atendida; fui para casa, deitei na cama e naquele momento percebi que precisava orar como nunca antes. Sentei na cama e clamei, ‘Jesus, Deus, Buda, quem quer que Você seja, por favor, por favor, me oriente, preciso de Você! Já fiz muito mal em minha vida e preciso de Sua ajuda. Se o Cristianismo for o caminho correto então me fortaleça e se for o Islã, então traga-o para mim!’ Parei de orar e as lágrimas secaram e no fundo de minha alma me senti calmo. Sabia qual era a resposta. Fui para o trabalho no dia seguinte e disse ao irmão muçulmano “como eu digo ‘olá’ a você?” Ele perguntou o que eu queria dizer e eu disse, “Eu queria me tornar muçulmano”. Ele me olhou e disse “Allahu Akbar!” Nos abraçamos por um bom minuto, mais ou menos, agradeci a ele por tudo e comecei minha jornada no Islã.

Quando olho para todos os eventos que aconteceram em minha vida, percebo que tudo estava sendo preparado para que eu me tornasse um muçulmano. Deus teve muita misericórdia comigo. Em tudo que aconteceu em minha vida, havia algo a aprender. Aprendi a beleza da proibição islâmica aos intoxicantes, a proibição do sexo ilícito, e a necessidade do Hijab. Finalmente estou em uma trilha equilibrada, não estou mais seguindo em uma única direção; vivo uma vida moderada e faço o melhor para ser um muçulmano decente.

Sempre existem desafios como estou certo que muitos de vocês tiveram. Mas através desses desafios, através dessas dores emocionais, ficamos mais fortes; aprendemos e, espero, nos voltamos para Deus. Aqueles de nós que aceitaram o Islã em algum ponto da vida, são verdadeiramente abençoados e afortunados. Foi-nos dada uma chance, uma chance para a maior misericórdia! Misericórdia que não merecemos, mas que ainda assim Deus estará disposto a conceder no Dia da Ressurreição. Reconciliei-me com minha família e estou pensando em começar a minha própria família, se Deus quiser. O Islã é de fato um estilo de vida, e mesmo se recebemos um tratamento inadequado de nossos companheiros muçulmanos ou não-muçulmanos, devemos sempre lembrar de sermos pacientes e nos voltarmos somente para Deus.

Se eu disse algo incorreto veio de mim, e se algo que disse é correto, vem de Deus. Todos os louvores são para Deus, e que Deus conceda Sua misericórdia e bênçãos sobre seu nobre Profeta Muhammad, Amém. Que Deus aumente nossa fé e a faça de acordo com o que O agrada e nos conceda Seu Paraíso, Amém!

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“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

quarta-feira, abril 14, 2010

A MODÉSTIA, UMA DAS CARACTERÍSTICAS DOS ISLAMISMO

A Modéstia, uma das Características do Islam

Louvado seja Allah, Que espalha as Suas benesses por toda a criação, e estende Suas mãos de generosidade entre as criaturas. Louvamo-Lo em todos os assuntos e buscamos a Sua assistência para o cumprimento dos Seus mandamentos. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além d'Ele, e de que Mohammad é o Seu servo e Profeta. Allah o enviou para que Lhe manifestasse os mandamentos, e falasse acerca da Sua recordação.

Conseqüentemente, ele cumpriu a missão com dignidade, e o fez até o dia de sua morte. Ele deixou entre nós o estandarte da retidão. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidore até o dia do Juízo Final, amin.

Dentre as virtudes para a qual o Islam convoca é a modéstia. Se ela for encontrada numa família ou numa comunidade, toda a sociedade fica feliz: o mais idoso sente carinho pelo mais jovem, e o mais jovem respeita o mais idoso. Os sábios reputam a pessoa modesta como maleável, distante da arrogância e da vaidade. Allah elogia os modestos, dizendo: "E os servos do Clemente são aqueles que andam pacificamente pela terra e, quando os ignorantes lhes falam, dizem: Paz!". (25:63).

Eles andam pacificamente, sem arrogância, nem insolência; são calmos e modestos.

Esse é o seu comportamento quanto ao andar. Porém, no que diz respeito ao seu relacionamento com seus semelhantes, eles os tratam com modéstia e educação. Por isso, Allah diz: "Quando os ignorantes lhes falam, dizem: Paz". Um poeta disse: "Seja como as tamareiras, distante do ódio, quando lhe são pedras atiradas, retribuem as mesmas com suas melhores frutas."

A modéstia é composta de várias partes: a mais nobre é a modéstia do indivíduo perante a lei de Allah. Ele aceita a Sua determinação e a determinação do Profeta, com toda convicção e educação. Allah diz: "A resposta dos crentes, ao serem convocados ante Allah e Seu Mensageiro, para que (estes) julguem entre eles, é: Escutamos e obedecemos!" (24:51).

Faz parte da modéstia levar em consideração os direitos e as posições dos outros, sem arrogância ou insolência. Um sábio disse: "A modéstia é aceitar o direito de quem quer que seja, acatando-o e atendo-se a ele, mesmo que seja de um jovem ou de um pobre.

Allah encheu o coração do Seu Mensageiro (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) com a dádiva da modéstia, para tratar as pessoas com benevolência. Ele disse:

"Pela misericórdia de Allah, foste gentil para com eles; porém, tivesses tu sido insociável ou de coração insensível, eles se teriam afastado de ti" (3:159), ou seja, devido à misericórdia que Allah lhe concedeu, foi modesto com seus seguidores, em todas as circunstâncias. Tivesse sido arrogante com eles, teriam-no abandonado.

O Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) deu o maior exemplo nisso, pois ele próprio era o exemplo vivo da modéstia e da maleabilidade. Aceitava o convite do rico e do pobre, não se prevalecia sobre os seus companheiros, mas ajudava-os em seus afazeres. Escutava, em silêncio e atenciosamente, a conversa de quem lhe dirigia a palavra. Não deixava o interlocutor antes que o mesmo terminasse a sua fala. Quando alguém lhe apertava a mão, não tirava a sua antes que o outro o fizesse. Não interrompia a conversa de ninguém.

Quando algum de seus companheiros se ausentava, ele sentia a sua falta. Se estivesse viajando, ele fazia prece por ele, se estivesse doente, ele o visitava. Ele disse: "Allah me revelou que sejamos modestos, para que nenhum se vanglorie sobre o outro, nem serdes injustos uns sobre os outros". Ele também disse: "Allah acrescenta a honra do servo perdoador. Todo aquele que for modesto, por amor a Allah, Ele o eleva em posição." Os nossos antepassados se enfeitavam com a virtude da modéstia. Eis o exemplo do Califa Ômar Ibn Abdel Aziz.

Estava ele dando audiência a algumas pessoas, quando a lamparina que iluminava o local apagou. Ele próprio levantou-se e foi reascendê-la. Um dos presentes comentou. "Nós poderíamos tê-lo feito." Ele respondeu: "Não é digno do anfitrião utilizar-se de seu hóspede. Quando me levantei para fazê-lo, eu era Ômar, e quando regressei, continuei sendo Ômar. Nada perdi."

Um sábio disse: "A modéstia é uma virtude quando é praticada pelo poderoso. Porém, se for praticada por receio, o ato não é considerado um ato de modéstia."

Áli (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse: "Quão excelente é a modéstia dos ricos, na casa dos pobres, com o intuito de receberem a recompensa de Allah. Melhor do que isso é o honrar os pobres na casa dos ricos, por confiança a Allah."

Uma vez que a modéstia é um dos mais altos graus da virtude, a arrogância e a vaidade são os mais ínfimos vícios. O arrogante é uma pessoa vazia, sem valor, sem personalidade, que procura suprir a sua incapacidade com a arrogância. Um poeta disse: "As espigas cheias se curvam com modéstia, e as cabeças das vazias altas ficam."

Allah censurou os arrogantes em mais de uma oportunidade. Ele diz:

"Afastarei dos Meus versículos aqueles que se envaidecem sem razão, na terra" (7:146). Disse, também, no Hadice Cudsi: "A honra é a Minha roupa, e a grandiosidade é o Meu manto; quanto àquele que competir comigo nesses dois itens, será castigado."

O Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) anunciou a falência dos vaidosos e arrogantes, dizendo: "Os arrogantes serão agrupados, no Dia da Ressurreição, como se fossem formigas perante os homens, marcados com a estigma da humilhação."

Há uma diferença entre o arrogante e o orgulhoso. O Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse: "Nenhuma pessoa, com um átomo de arrogância no coração, entrará no Paraíso." Alguém comentou: "Ó Profeta, a pessoa gosta de ter uma bela vestimenta e um belo calçado." O Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse: "Allah é Belo e aprecia a beleza. A arrogância, porém é insolência, é a negação da justiça e o menosprezo às pessoas."

A arrogância, quer seja devido ao conhecimento, ou ao culto, ou à ascendência, ou à riqueza é uma doença e conduzirá o arrogante à perdição.

Que Allah nos agracie com a modéstia, amém.


“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

Compilado por: Hamza Abdullah Islam - O menor dos Servos de Allah SW

terça-feira, abril 13, 2010

O PROFETA MUHAMMAD E SUA PREOCUPAÇÃO COM A MULHER

Os direitos que as mulheres modernas buscam ainda hoje foram concedidos às mulheres muçulmanas a 1431 anos atrás. Apesar dos mitos e dos regimes tribais que assolam alguns povos muçulmanos, a religião islâmica e o Profeta Muhammad SAASW sempre deu uma especial atenção a esse ser que merece toda nossa consideração e respeito. E é preciso que fique bem claro, se algum muçulmano não trata devidamente às mulheres, trata-se de uma responsabilidade individual e não podemos culpar a religião por isso. Emobora os mal tratos à mulher aconteça em todo mundo independente de religião e povos vamos demonstrar no texto abaixo escrito por sua Eminência o Cheikh Khaled Taky Eldin e traduzido pelo Professor Samir EI Hayek, que o islamismo e o seu Mensageiro sempre se preocuparam com bem estar dela enquanto , filha,esposa,companheira,guerreira e etc.

Louvado seja Allah, o Senhor do Universo. O Único, o Absoluto, Que na gerou nem foi gerado e ninguém é comparável a Ele, Presto testemunho que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros, e presto testemunho que Mohammad é o Seu servo e Mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz. Ele o enviou como misericórdia para a humanidade, que a orientou das trevas da ignorância para a luz do conhecimento E da fé.

Caros irmãos:

A mulher é o ser nobre na religião islâmica. Antes da revelação da lei islâmica, ela não tinha muitos direitos. Quando surgiu o Islam, ele foi justo com ela. Os árabes, antes do Islam, consideravam-na uma vergonha, que deveria ser descartada. Uma parte dos romanos e dos persas considerava-a um instrumento de prazer, outra parte discutia se a mulher tinha alma ou era um corpo sem alma. Mesmo em épocas recentes a mulher não tinha direito à herança, não tinha direito à instrução, não tinha direito ao voto, antes que as legislações modernas concederem alguns direitos a ela.

A questão no Islam é totalmente diferente. Além do enobrecimento do Alcorão à mulher, sendo ele o Livro de Allah que foi revelado ao Seu Profeta Mohammad (S), vamos apresentar das tradições a esse respeito, de como ele tratou do direito da mulher, e como a considerou. Para isso, vamos analisar alguns aspectos da vida do Rassulullah (S).

1) O Rassulullah (S) como esposo.

O Rassulullah (S) era um excelente esposo. Não se sabe que ele tenha insultado alguma mulher ou tenha gritado com ela. Ao contrário, narra-se que ele respeitava as esposas e as tratava dignamente, com amor e respeito. Ele disse: “As mulheres são irmãs dos homens.” Aicha (R), esposa do Rassulullah (S), foi perguntada como ele tratava a família? Ela respondeu: “Ele estava a serviço de sua família, ajudando-a nos afazeres de casa. Quando chegava a hora da oração, ele se dirigia para a sua prática.” (Relatada por Bukhári). Esse é o aspecto da hombridade, da perfeição do humanismo, com o esposo auxiliando à esposa nos afazeres de casa.

O Profeta (S) recomendou aos muçulmanos o bom tratamento às mulheres. Ele disse: “O melhor dentre vós é quem trata melhor a sua família, e eu sou quem trata melhor a minha família.” Ele também disse: “Os melhores dentre vós são os que tratam melhor as suas esposas.” O Profeta (S) considerou o sustento à esposa o melhor dos atos que aproximam o servo de Allah. Ele disse: “Toda vez que você gastar algo com a intenção de agradar a Allah, você será recompensado, mesmo o bocado que você coloca na boca de sua esposa.” Ele disse, ainda; “Se o homem dar de beber à esposa será recompensado por isso.” (Narrada por Ahmad).

Essas condutas mostram a extensão do carinho, do respeito e da cooperação que o Rassulullah (S) recomendou entre os casais. Se isso fosse cumprido, a casa ficaria repleta de felicidade e de segurança.

2) O Rassulullah (S) como pai:

O Rassulullah (S) recomendou cuidarmos dos filhos em geral, principalmente das filhas. Ele considerou a educação das meninas algo necessário, bem como instruí-las e educá-las como atos que elevam a pessoa de tal forma que estará junto a ele no Paraíso. Ele disse: “Quem tiver 3 meninas e as sustentar e cuidar delas entrará no Paraíso.” Perguntamos: “E se forem duas?” Ele respondeu: “Mesmo se forem duas.” Perguntamos novamente: “E se for uma só?” Ele respondeu: “Mesmo se for uma só.” (Tradição narrada por Musslim).

3) Sua recomendação quanto à mãe:

O Profeta (S) ordenou que fossemos benevolentes para com as nossas mães, colocando os seus direitos acima dos direitos do pai. Isso demonstra a sua importância e o
respeito que o Profeta tinha por ela. Abu Huraira (R) relatou que um homem foi ter com o Profeta (S) e lhe perguntou: “Ó Rassulullah, quem é a melhor pessoa a quem devo oferecer a minha amizade?” Ele respondeu: “A tua mãe”. O homem perguntou novamente: “E quem mais?” Ele respondeu: “A tua mãe”. “E depois dela”, ele perguntou. O Profeta (S) respondeu: “A tua mãe”. “E depois dela?”, ele perguntou, novamente. O Profeta (S) respondeu: “Ao teu pai” (Musslim).
Muitas tradições foram narradas a esse respeito que demonstram e esclarecem que o Paraíso está sob os pés das mães. É a forma mais elevada de homenagem e engrandecimento.

4) Sua recomendação quanto ao tratamento à mulher em geral

Quem analisa a história irá verificar como a Europa tratava a mulher. Incutia-lhe a responsabilidade pelo pecado original, perguntava se ela possuía alma ou não, como é o caso do homem. Ao mesmo tempo, o Rassulullah (S) concedia o direito de voto às mulheres, da mesma forma que o fez com os homens. Isso mostra a participação da mulher na vida política. A mulher tinha o direito de procurar instruir-se. Ela participava das aulas nas mesquitas e nos outros locais da mesma forma que os homens, ao ponto de uma delas perguntar ao Rassulullah (S) como ela se purificava da menstruação e outras perguntas pertinentes às mulheres. Aicha (R) relatou que as mulheres dos Ansar (habitantes de Madina) faziam todo tipo de perguntas, sem reservas, para se instruírem na religião. (Narrada por Bukhári). As mulheres pediram um dia especial para elas para que fossem instruídas pelo Rassulullah (S), e ele as atendeu, convicto da necessidade da mulher de se instruir, porque isso iria se reverter na instrução da família e na construção da sociedade.

Quanto às mulheres guerreiras, que participaram das batalhas juntamente com o Rassulullah (S), elas são muitas. Isso demonstra, também, que a mulher participava de todas as atividades, e que desempenhava um papel preponderante na vida da sociedade. Eis Ummu Ammar, que empunhava a espada na batalha de Uhud, protegendo o Rassulullah (S). Ele disse a seu respeito: “Toda vez que me virava para a direita ou para a esquerda, via Ummu Ammar ali, defendendo-me com a sua espada.” Ela também participou da Batalha de Yamáma, contra o falso profeta, Mussailama, quando perdeu a mão.

Quanto às mulheres que participaram da migração (Hijra), podemos citar Rucaiya, filha do Rassulullah (S), Ummu Salama, Assmá filha de Ummais...

Entre as que deram o voto de confiança ao Rassululah (S) podemos citar Sumaiya, filha de Caab, Assmá, filha de Omar, e muitas outras.

Esses exemplos demonstram que o Rassulullah (S) formou companheiras e tratou a mulher como ser humano, capaz, com plenos direitos e deveres. Ele mostrou que a mulher é corpo e alma, que quando a mulher é bem instruída, será a causa da formação de uma sociedade sustentada pela ciência, pela moral, pela força, pela religiosidade e pela paz. A mulher, na vida do Rassulullah (S) tinha um local de destaque.

Por isso, dizemos que o Islam e o seu Profeta proporcionaram à mulher o que nenhuma outra legislação humana ofereceu. Por isso, é nosso dever lermos cada vez mais a respeito da luz profética, ensinar aos nossos filhos e às nossas filhas, divulgando isso entre a sociedade.

Que Allah abençoe a todos e aos seus filhos, Amém.

Obsevações: A palavra Rassullo em árabe significa "Mensageiro".


Compilado por Hajj Hamza Abdullah Islam - O menor dos Servos de Allah Sw

segunda-feira, abril 12, 2010

DESCOBERTAS ALCORÂNICAS - FIQUEM ATENTOS AO LIVRO SAGRADO!

Descobertas bastante impressionantes feitas pelo Dr. Tariq Al-Swadain, deixam-nos espantados.

Após investigar profundamente os versículos do sagrado Al-Qur’án, ele concluiu que ALLAH menciona o mesmo número de vezes, algumas palavras que são equiparáveis umas às outras.

Por exemplo, é impressionante como a palavra “homem” aparece 24 vezes mencionada no Al-Qur’án e, igualmente, a palavra “mulher” também aparece. Esta equiparação não acontece somente com estas duas palavras.

O Dr. Tariq concluiu que o mesmo acontece com outras palavras árabes existentes no Al-Qur’án:

a) Dúnia (este mundo): 115, Ákhirah (Além): 115;

b) Maláika (Anjos): 88, Shaitán (Satanás): 88;

c) Vida: 145, Morte: 145;

d) Bondade: 50, Corrupção: 50;

c) Pessoas: 50, Mensageiros: 50;

d) Ibliss (rei dos demônios): 11, Pedido de refúgio contra Ibliss: 11;

e) Calamidade: 75, Agradecimento (a ALLAH): 75;

f) Sadaqah (caridade): 73, Satisfação: 73;

g) Pessoas desencaminhadas: 17, Mortos: 17;

h) Muslimin: 41, Jihád: 41;

i) Ouro: 8, Vida fácil: 8;

j) Magia: 60, Fitna (tentação): 60;

k) Zakát (caridade obrigatória): 32, Barakah (bênçãos): 32;

l) Mente: 49, Nur (Luz): 49;

m) Língua: 49, Sermão: 49;

n) Renúncia: 8, Medo: 8;

o) Falar publicamente: 18, Publicar: 18;

p) Dificuldade: 114, Paciência: 114;

q) Muhammad: 4, Shari’ah: 4;

O mais espantoso ainda, é o número de vezes que as palavras “Mar” e “Terra” são mencionadas:

Mar: 32, Terra: 13;

Mar + Terra = 32 + 13 = 45 = 100% do Globo,

Mar = 32/45 = 0,71111 = 71,111%,

Terra = 13/45 = 0,28889 = 28,889%,

A ciência moderna provou apenas recentemente, que a água ocupa 71% do Globo Terrestre e que a terra ocupa 29%, aproximadamente. Será isto uma coincidência? A questão é: Quem ensinou tudo isto ao Profeta, há mais de 1.400 anos?

A resposta vem-nos imediatamente: Foi ALLAH Quem ensinou ao profeta Muhammad.

Este é o Al´Qur’an, o verdadeiro Livro Divino!


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“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

O GOVERNANTE JUSTO

Em tempos que se preparam uma eleição importante no país vale a pena discorrer sobre o "Governante Justo". E se você muçulmano ou não, quiser um exemplo de um governante justo, não precisa fazer pesquisas nós lhes apresentamos o mais justo de todos. O Profeta Muhammade SAASW! Vejam na Khutubh proferida no Masjid de Cuiabá no dia 09/04/2010 durante o Salat Jumua ( Oração de Sexta-Feira).

O Louvor é para Allah. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e rogamos pelo Seu perdão. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.

Diz Allah em Seu Nobre Livro: Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos. A verdadeira palavra está no Alcorão. A melhor orientação é a do Profeta Mohammad (s). A pior coisa é A Inovação, e toda inovação é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

Ademais! Queridos irmãos e irmãs no Islam, o mensageiro de Deus (s) nos relatou sete tipos de pessoas dos quais estarão sob a sombra do Trono do Misericordioso no Dia do Juízo Final; quando o sol estiver muito próximo de suas cabeças. Esta narrativa está presente nos dois livros de Bukhari e Muslim. Disse o Mensageiro de Deus (s): “Sete indivíduos serão aqueles que estarão à sombra de Deus no Dia do Juízo Final, quando não haverá outra sombra a além da d’Ele. São: O governante justo; o jovem que passou sua juventude adorando e servindo à Deus, o Senhor da Honra e da Gloria; aquele que tiver o coração permanentemente ligado a mesquita; duas pessoas que se amam por amor a Deus; se juntam para aprazer a Deus e se separam para aprazê-lo; aquele que for incitado a cometer um pecado por uma bela mulher e não aceitar, dizendo: temo a Deus; aquele que faz caridade em segredo, sem se mostrar, de tal forma que sua mão esquerda não sabe o que a direita dá; e aquele que se lembra de Deus com tanta solicitude, que seus olhos se enchem de lágrimas.”

Hoje, o assunto a ser abordado é o governante justo. E temos no Mensageiro de Deus o melhor exemplo de justiça. Ele foi dentre todas as criaturas de Deus o mais justo com seus familiares, com seus companheiros e com seu povo.

Aicha ® relatou acerca da ocasião de um roubo praticado por uma mulher da tribo de Makhzum, que por isso foi condenada. Os coraixitas se encontravam muito preocupados com a questão, e se perguntavam: Quem será que poderá interceder por ela junto ao Mensageiro de Deus (s)? Alguém disse: Ninguém poderá interceder a não ser Usama Bin Zaid, pois ele é o mais querido do Profeta (s). Assim foi que Usama intercedeu por aquela mulher junto ao Mensageiro de Deus (s), que disse: “Acaso pretendes interceder ante uma sentença prescrita por Deus?” Então ele (s) se levantou e admoestou as pessoas, nestes termos: “O que levou os povos anteriores a vós à perdição e destruição foi o fato de que deixavam livre o nobre que roubava, ao passo que condenavam o fraco que roubava. Juro por Deus que se Fátima, a própria filha de Mohammad, tivesse roubado, ter-lhe-ia cortado a mão!”

E certa vez, quando o Profeta Mohammad (s) estava com seus companheiros disse-lhes: Aquele que se sentiu injustiçado por mim que venha reivindicar a justiça nesta vida antes da outra. Então um dos companheiros se levantou e disse: Eu fui injustiçado. Perguntou o Profeta (s): Qual foi a injustiça que pratiquei contra você? Respondeu: Bateste-me na minha barriga com o Miswak. Então o Profeta se levantou e pediu ao companheiro para se aproximar e bater com o Miswak. O companheiro disse: Minha barriga estava exposta. O Mensageiro expos sua barriga para que o companheiro batesse, mas para a surpresa de todos, o companheiro ao invés de bater ele beijou a barriga do Profeta (s). Então o Profeta lhe perguntou: Por que você fez isto?

Respondeu: Eu ouvi sua narrativa em que disseste: “Aquele que sua pele tocar a minha pele não será tocado pelo fogo no Dia do Juízo Final, por isso quis que minha pele tocasse a sua.

AbuLLAH Bin Amr Bin al’As ® , relatou que o Mensageiro de Deus (s) disse: “Os justos se encontraram perante Deus, sobre estratos de Luz. São os imparciais em suas sentenças, e em suas famílias, bem como nas responsabilidades a que foram incumbidos.”

E Auf Ibn Málek ® relatou ter ouvido o Mensageiro de Deus (s) dizer: “Os melhores dentre vós, governantes, são aqueles que são amados pelo povo, e que o ama em troca. Imploram a Deus por ele, e ele implora a Deus por eles, em troca. E os piores dentre vós, governadores, são aqueles que detestam o povo, e são detestados pelo povo. Maldizem-no e são malditos em troca.” Perguntamos-lhe (continuou Málek): Ó Mensageiro de Deus, poderíamos nós, sublevar-nos contra eles?” Disse: “Não, desde que mantenham a celebração das orações.”

Maquel Ibn Yasser ® relatou que ouvira o Mensageiro de Deus (s) dizer: “Quando Deus nomeia alguém auteridade sobre um povo e ele o trai, Deus lhe proibirá a entrada no Paraíso.”

E Aisha ® relatou: “Tenho ouvido, nesta minha casa, O Mensageiro de Deus (s) dizer: “Senhor, sê intransigente com aquele que, ao adquirir um cargo de autoridade, na minha nação, for intransigente para com ela. E sê benevolente com aquele que, ao adquirir um cargo de autoridade, na minha nação, for benevolente para com ela.”

O mensageiro de Kissra, rei da Pérsia, veio até Madina para ver a Omar, o governante dos muçulmanos, veio ver sua situação e sua nação, pois era temido e respeitado por todos no mundo. Imaginava encontrar um castelo, seguranças, serventes, etc., porém, quando veio não encontrou nada disso. Perguntou à população: "Onde posso encontrar o rei de vocês?", "Não temos rei, temos um amir", responderam. E disseram que está pela cidade. Procurou-o até que o encontrou dormindo na areia do deserto debaixo do sol, com o suor a escorrer de seu corpo. Parou espantado e pensou consigo mesmo: "Este é o homem respeitado e temido por todos os reis, e que não tomam decisão sem fazer conta da sua presença!?". Depois concluiu inteligentemente: "Mas Omar, você governou, promoveu justiça, e assim teve segurança e, pode dormir". Concluiu que a justiça resultou na segurança e tranqüilidade da nação que tinha no governante justo a confiança e o respeito. Assim eles nos ensinaram a justiça que tanto o mundo procura atualmente e que está ocultada nas páginas da história islâmica da qual até mesmo nós muçulmanos não temos grande conhecimento.

Outro exemplo de justiça sincera que começou com a justiça no conhecimento e adoração a Deus e depois na observação das leis de Deus e resultou num governo e comunidade justos... Omar, tinha no seu governo Amr ibn al Ass como seu representante e governante no Egito. O filho de Amr agrediu um egípcio e este, logo enviou uma carta para o Emir, Omar. Quando a recebeu, logo ordenou que Amr viesse com seu filho até Madina. Encontraram-se em Madina Amr, seu filho, o egípcio e Omar e, o agressor confessou perante Omar ter agredido aquele homem. Omar, imediatamente, deu um chicote para o egípcio para que o agredisse como havia sido agredido. Após ter descontado sob a ordem do Emir dos crentes, Omar disse-lhe: Agora, bata nas costas de Amr. O homem disse: "Ó Emir dos crentes, já agredi quem me agrediu". Então, Omar concluiu: "Por Allah, se você o tivesse feito, não te impediria, pois ele só te agrediu por causa do poder de seu pai (Amr)"Depois se dirigiu a Amr e disse: "Ó Amr, desde quando vocês escravizam as pessoas sendo que suas mães deram a luz a eles livres!?".

Foi este mesmo Omar quem certo dia disse: "Se uma besta se perder no Iraque temo que Allah me interrogue no dia do juízo: por que não arrumastes o caminho para ela". Vejam só queridos irmãos e irmãs eles temiam até mesmo a injustiça com os animais, como não poderiam governar com justiça e ser exemplos eternos de vida individual, social e política.

Assim ensinaram a justiça ampla e duradoura do Islam aos muçulmanos até o fim dos tempos.

Que Allah nos conceda um líder justo, um governante imparcial, um homem benevolente, que ame a nação islâmica e que seja amado por ela. Amin! Ua Salamu Alaikum.

--
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

terça-feira, abril 06, 2010

A MULHER MUÇULMANA

No meio das trevas que envolviam o mundo, a revelação divina ecoou no vasto deserto da Arábia com uma nova, nobre e universal mensagem para a humanidade:

“Ó humanos, temei a vosso Senhor que vos criou de um só ser, do qual criou sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres”. (4ª. Surata, versículo 1).

Ponderando sobre esse versículo, podemos dizer que não há um texto, antigo ou novo, que trate da afabilidade da mulher, em todos os aspectos, com tão espantosa brevidade, eloqüência, profundeza e originalidade como esse decreto divino.

Acentuando essa nobre e natural concepção, o Alcorão diz: “Ele (Deus) foi Quem vos criou de um só ser e, do mesmo, plasmou sua companheira, para que convivesse com ela...” (7ª. Surata, versículo 189).

“Deus vos designou esposas de vossa espécie e delas vos concedeu filhos e netos e vos agraciou com todo o bem.” (16ª. Surata, versículo 72).

O ASPECTO ESPIRITUAL

O Alcorão fornece uma clara evidência de que a mulher está completamente igualada ao homem, na visão de Deus, quanto aos seus direitos e responsabilidades:

“Toda alma é depositária de suas ações.” (74ª. Surata, versículo 38).“A quem
praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, conceder-lhe-emos uma vida agradável e o premiaremos com uma recompensa superior ao que houver feito”. (16ª. Surata, versículo 97). A mulher, de acordo com o Alcorão, não é responsável pelo pecado original de Adão. Ambos erraram com a sua desobediência a Deus, ambos se arrependeram e foram perdoados. (Alcorão, 2ª. Surata, versículos 36-37). De fato, em um versículo (2ª. Surata, versículo 121), Adão, especificamente, é o culpado.

Em termos de obrigações religiosas tais como as orações diárias, o jejum, o Zakah e
a peregrinação, a mulher não se difere do homem. Em alguns casos, na verdade, a mulher tem certas vantagens sobre o homem. Por exemplo, a mulher fica isenta das orações diárias e do jejum durante o seu período menstrual e na sua dieta pós-parto.

Fica também isenta de jejuar durante a sua gravidez e quando estiver amamentando, se houver qualquer ameaça à sua saúde ou à saúde do bebê. Se o jejum posposto é obrigatório (durante o mês de Ramadan), ela pode repor os dias pospostos quando puder fazê-los. Não terá de repor as orações perdidas pelas razões acima mencionadas. As mulheres costumavam ir às mesquitas durante os dias do Profeta; e daí em diante, a oração em congregação na sexta-feira passou a ser opcional para elas enquanto é obrigatória para os homens.

Certamente, este é um toque sensível dos ensinamentos islâmicos. pois considera o fato de que a mulher pode estar amamentando seu filho ou cuidando dele, e assim torna-se incapaz de ir à mesquita na hora das orações. Leva em consideração também as mudanças fisiológicas e psicológicas associadas às funções de sua natureza feminina.

O ASPECTO SOCIAL

a) Como Criança e Adolescente.

A despeito da aceitação social do infanticídio feminino entre algumas tribos árabes, o Alcorão proibiu esse costume e o considerou um crime como outro qualquer.

“Quando a filha, sepultada viva, for interrogada: Por que delito foi assassinada?” (81ª. Surata, 8-9). O Islam exige que a menina seja tratada com amabilidade e justiça. Dentre os ditos do Profeta Muhammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) a esse respeito, citamos os seguintes:

"Aquele que tiver unta filha e não a enterra viva, não a insultar, e não preferir o filho homem a ela, Deus o introduzirá no Paraíso”. O direito da mulher de procurar o conhecimento não é diferente do direito dos homens. O Profeta Muhammad disse: “Procurar o conhecimento é obrigação de todo muçulmano e muçulmana.”

b) Como Esposa

O Alcorão indica claramente que o casamento é compartilhado pelas duas metades da sociedade; e seus objetivos, além de perpetuarem a espécie, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. Suas bases são o amor e a compaixão. Entre os mais impressivos versículos do Alcorão a respeito do casamento, citamos:

“Entre Seus sinais estão de haver-vos criado companheiras de vossa mesma espécie para que com elas convivais; e vos vinculou pelo amor e pela piedade.” (30ª. Surata, versículo 21).

De acordo com a lei islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento.

Além de todas as outras provisões para a proteção da mulher no tempo de casada, foi
especificamente decretado que ela tem todo o direito do desfrutar de seu dote, o que é dado a ela pelo marido, e está incluído no contrato nupcial. Tal propriedade não é transferível a seu pai ou marido. O conceito do dote no Islam não representa nem preço real, nem simbólico da mulher, como era o caso com algumas culturas, mas é um presente, simbolizando amor e afeição. As regras para a vida matrimonial no Islam são claras e estão em harmonia com a honrada natureza humana. Em consideração à constituição fisiológica e psicológica do homem e da mulher, ambos têm direitos iguais e deveres mútuos, exceto em uma responsabilidade, a de liderança. É uma questão natural em qualquer vida coletiva, e é consistente com a natureza do homem.

O Alcorão diz:

“Elas têm direito sobre eles, como eles os têm sobre elas; embora os homens mantenham o predomínio.” (2ª. Surata, versículo 228). Tal predomínio é representado pela manutenção e proteção. Isso se refere à diferença natural entre os dois sexos o que outorga proteção ao sexo feminino. Não implica, porém, em superioridade ou vantagem perante a lei. Assim, o desempenho da liderança do homem em relação a sua família não significa a predominância do marido sobre a esposa. O Islam dá ênfase à importância de pedir conselho e anuência mútuos nas decisões familiares.

Além dos direitos básicos da mulher como esposa, vem o direito acentuado pelo Alcorão, e intensamente recomendado pelo Profeta: tratamento amável e camaradagem. O

Alcorão diz:

“Harmonizai-vos com elas; pois se as menos prezardes, podereis estar depreciando um ser que Deus dotou de muitas virtudes”.(4ª. Surata, versículo 19). O Profeta Mohammad disse: “O melhor dentre vós é o melhor para a sua família, e eu sou o melhor dentre vós para a minha família”. Uma vez que o direito da mulher de decidir sobre o seu casamento é reconhecido, o seu direito de pedir o término de um casamento fracassado é também reconhecido. Para proporcionar estabilidade da família, contudo, e visando a sua proteção quanto a decisões precipitadas, sob tensão emocional temporária, certos passos e períodos de espera devem ser observados pelo homem e pela mulher que estão se divorciando.

c) Como Mãe

O Islam considera a amabilidade para com os pais próxima da adoração de Deus:
“O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais.” (17ª. Surata, versículo 23). Além do mais, o Alcorão apresenta uma recomendação especial para o bom tratamento às mães:

“E recomendamos ao homem benevolência para com seus pais. Sua mãe o suporta entre dores e dores...” (31ª. Surata, versículo 14). Uma famosa tradição do Profeta, diz: “O Paraíso jaz aos pés das mães”.

d) Poligamia

Nas leis religiosas da antiguidade, não existe nenhuma restrição quanto ao numero de esposas que um homem pode ter. Todos os profetas bíblicos eram polígamos. Até na cristandade, que se tornou sinônimo da monogamia, o próprio Jesus Cristo jamais pronunciou uma palavra contra a poligamia; por outro lado, há eminentes teólogos cristãos, como Lutero, Melancton, Bucer e outros, que não teriam hesitado em concluir pela legalidade da poligamia a partir da parábola das dez virgens, contida no Evangelho de Mateus (25: 1-12):

" Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.

2 E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.

3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.

4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.

5 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.

6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.

7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.

8 E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.

9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.

10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.

11 E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.

12 E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço".

No entendimento desses conceituados teólogos,Jesus Cristo prevê a possibilidade de um homem casar-se com até dez mulheres ao mesmo tempo, segundo suas interpretações do texto.

Se os cristãos não querem se beneficiar da permissão que o próprio Jesus Cristo parece ter-lhes dado, a lei não está alterada por causa disso. Isto também vale para os muçulmanos, cuja lei é, além do mais, a única da história, que expressamente limita o número máximo permissível de esposas. Circunstâncias há que podem requerer o tomar outra esposa, mas o direito é garantido, de acordo com o Alcorão, somente na condição de que o marido seja escrupulosamente equânime.

“Podereis desposar duas, três ou quatro das que vos aprouver entre as mulheres. Mas, se temerdes não poder ser eqüitativo para com elas, casai, então, com uma só”. (4ª. Surata, versículo três).

Na realidade, a lei muçulmana está mais perto da razão, pois ela admite a poligamia quando a própria mulher consente com tal modo de vida. O preceito não impõe a poligamia, somente a permitindo em determinados casos. Ela depende unicamente do consentimento da mulher. Isso se aplica tanto à primeira esposa, quanto à pretendida segunda. Seria desnecessário observar que a suposta segunda mulher pode simplesmente recusar-se a casar com o homem que já tem uma esposa; pois já vimos que ninguém pode forçar uma mulher a contrair laços matrimoniais sem seu próprio consentimento. Se a mulher concorda em ser co-esposa, não é só a lei que deve ser considerada como cruel e injusta para com as mulheres, e como favorecedora somente dos homens.

Quanto à primeira esposa, o ato de poligamia depende dela, já que por ocasião do seu casamento pode exigir a aceitação, e inserção, no documento referente ao contrato nupcial, de cláusula assegurando que seu marido pratique somente a monogamia. Tal cláusula é tão válida quanto qualquer outra de um contrato legal. Se uma mulher não quiser utilizar esse seu direito, não será a legislação que a obrigará a fazê-lo. A poligamia não é a regra, e sim a exceção, com vantagens multilaterais, sociais, entre outras; e a lei islâmica tem orgulho de sua própria maleabilidade.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

Fonte: http://www.islam.com.br

domingo, abril 04, 2010

O FALSO TESTEMUNHO

O Louvor é para Allah. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e rogamos pelo Seu perdão. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.

Diz Allah em Seu Nobre Livro: Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos. A verdadeira palavra está no Alcorão. A melhor orientação é a do Profeta Mohammad (s). A pior coisa é A Inovação, e toda inovação é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

A demais! Irmãos e irmãs na fé o assunto abordado pelo Imam hoje é “O Perjúrio mais conhecido como A prestação do Falso Testemunho”. O Islam ordena seus seguidores a manter um inabalável compromisso com a justiça em todos os sentidos de sua vida, como por exemplo, nas relações comerciais e sociais. A característica que distinguiu a sociedade muçulmana no seu primeiro período foi a justiça, a tolerância e a cautela no falar. A falsidade, o rompimento de promessas, o falso testemunho e outras baixezas são sinais de desintegração ou de rompimento da relação do individuo com a religião.

O Falso Testemunho é uma doença que acometeu a humanidade e infelizmente aos muçulmanos. O Falso Testemunho resulta, na maioria dos casos, pode conduzir a injustiça e na desmoralização de toda a sociedade. Deus, louvado seja, quando menciona o falso testemunho no Alcorão, menciona-o comparando o Shirk. Isto significa que prestar falso testemunho é um pecado tão grave quanto a Associar alguém a Deus ou tão grave quanto a idolatria. Diz Allah em Seu Nobre Livro, Al Hajj 30: “... Evitai, pois, a abominação da adoração dos ídolos e evitai o perjúrio.”

Abu Bakr (r) relatou que o Mensageiro de Deus (s) disse: “Quereis que vos fale dos pecados mais graves?” Disseram: “Ó Mensageiro de Deus, é claro que sim?” E ele respondeu: “São eles: Associar alguém a Deus, desobedecer ou maltratar os pais.” Ele estava curvado sobre seu lado direito. Em seguida ele se levantou e disse; “E contar mentiras e prestar falso testemunho.” E ele continuou a repetir esta frase até que desejamos que se calasse.

E foi relatado que certo dia após a oração da Alvorada, O Profeta Mohammad (s) se levantou e disse aos presentes: “O perjúrio equivale-se a associação a Deus” e em seguida recitou o seguinte versículo do Alcorão: Al Hajj 30: “... Evitai, pois, a abominação da adoração dos ídolos e evitai o perjúrio.”

Queridos irmãos e irmãs no Islam, o perjurio ou o falso testemunho não se restringe somente em falar mentira perante um juiz, na verdade toda ação realizada com a intenção de disfarçar a verdade, ou ainda esconder a verdade para lograr algum beneficio é considerado como perjúrio. A esse respeito Allah O Altissimo diz: Al Bakarah 42: E não disfarceis a verdade com a falsidade, nem a oculteis, sabendo-a.

Foi relatado que certa vez o Mensageiro de Deus (s) foi perguntado a respeito de como a pessoa deve prestar testemunho. Ele orientou os seus companheiros dizendo: A caso vocês estão vendo nitidamente este sol? Todos responderam: Sim, vemos o sol com nitidez absoluta. Concluiu o Mensageiro (s): Assim deverá ser o vosso testemunho, caso contrário deverão abster do testemunho. Isto significa, queridos irmãos e irmãs, que só podemos prestar testemunho daquilo que vimos. Ou seja, não se pode testemunhar dizendo: eu ouvi falar, eu fiquei sabendo, ou eu acho.

Desprezar a verdade ao prestar testemunho e o pior tipo de falsidade. Quando um muçulmano se apresentar para dar testemunho, ele deve afirmar a verdade sem vacilar, independente de ser ela contra um amigo ou preferido seu. Nenhum relacionamento ou preconceito deve desviá-lo do caminho correto, nem qualquer interesse ou suborno deve torná-lo capaz de vacilar no seu testemunho.

A esse respeito diz Allah O Altissimo: “Ó crentes, sede firmes em observardes a justiça, atuando como testemunhas, por amor a Deus, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe protegê-los. Portanto, não sigais os vossos caprichos, para não serdes injustos; e se falseardes o vosso testemunho ou vos recusardes a prestá-lo, sabei que Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis.” (4ª:135).

O Mensageiro de Deus disse: “Todos os defeitos podem ser encontrados num muçulmano, menos a desonestidade e a falsidade.” (Ahmad)

Perguntaram ao Mensageiro de Deus se algum muçulmano poderia ser um covarde. Ele respondeu, “Sim.” Perguntaram-lhe: “Pode um muçulmano ser mesquinho?” Ele disse que sim, que ele poderia ser mesquinho. E novamente perguntaram a ele: “Pode um muçulmano ser mentiroso?” Ele respondeu: “Não!”. (Málik)

Numa passagem ocorrida entre o Imamu Ali ® e um judeu temos um excelente exemplo de conduta. Certa vez, O Imamu Áli (r) sentiu falta de um escudo, encontrou-o nas mãos de um judeu. Queixou-se ao juiz Churaih, acusando-o de ter roubado o escudo. O judeu negou. Churaih pediu ao Imamu Áli para que apresentasse testemunhas. Áli apresentou o seu ajudante e seu filho Hassan ®. O juiz lhe disse: “Testemunho de filho não é aceito” e por falta de provas e testemunha o juiz sentenciou a favor do judeu. Ali aceitou sem reclamar. O judeu então disse: “O emir dos crentes me levou perante o juiz e este o condenou, sendo que o escudo é dele”. Por isso declaro: “Presto testemunho de que não há outra divindade além de Allah e de que Mohammad é seu Mensageiro. O escudo é seu, ó emir dos crentes”. Feliz pela conversão do judeu O ImamuÁli lhe deu o escudo e mais um cavalo de presente.

O Mensageiro de Deus (s) avisou seus seguidores a respeito desses absurdos que acontecem nos dias de hoje, admoestando-os para tomarem cuidado e não adotar quaisquer costumes ou práticas a não ser as indicadas no Alcorão e na Sunna. Ele disse: “No último período da minha Umma (nação), surgirão pessoas que serão enganadoras e mentirosas. Elas lhes dirão coisas que vocês jamais ouviram, nem os vossos antepassados tampouco as escutaram. Tomem cuidados com essas pessoas; não lhes permitam misturar-se a vós e não as deixeis envolvê-los com a corrupção.” (Musslim)

Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: “Aquele que não abandonar o falso testemunho e as más ações, Allah não tem necessidade que se abstenha de comer ou beber (ou seja, Allah não aceitará seu jejum)” Dentre as características dos servos do Clemente está ilustrada na surat Al Furcan que eles não perjuram e não prestam falso testemunho.

Diz Allah Al Furcan (63): E os servos do Clemente são aqueles que andam pacificamente pela terra e, e quando os insipientes lhes falam, dizem: Paz! 64 São aqueles que passam a noite adorando o seu Senhor, quer estejam prostrados ou em pé. 65 São aqueles que dizem: Ó Senhor nosso, afasta de nós o suplício do inferno, porque o seu tormento é angustiante. 66 Que péssima estância e o lugar de repouso! 67 São aqueles que, quando gastam, não se excedem nem mesquinham, colocando-se no meio-termo(1070) 68 (Igualmente o são) aqueles que não invocam, com Deus, outra divindade, nem matam nenhum ser que Deus proibiu matar, senão legitimamente, nem fornicam;(1071) (pois sabem que) quem assim proceder, receberão a sua punição: 69

No Dia da Ressurreição ser-lhes-á duplicado o castigo; então, aviltados, se eternizarão (nesse estado). 70 Salvo aqueles que se arrependerem, crerem e praticarem o bem; a estes, Deus computará as más ações como boas, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo. 71 Quanto àquele que se arrepender e praticar o bem, converter-se-á a Deus sinceramente. 72 Aqueles que não perjurarem e, quando se depararem com vaidades, delas se afastarem com honra, 73 Aqueles que, quando lhes forem recordados os versículos do seu Senhor, não os ignorarem, como se fossem surdos ou cegos, 74 E aqueles que disserem: Ó Senhor nosso, faze com que as nossas esposas e a nossa prole sejam o nosso consolo, e designa-nos imames dos devotos, 75 Tais serão recompensados, por sua perseverança, com o empíreo, onde serão recebidos com saudação e paz, 76 E onde permanecerão eternamente. Que magnífica estancia e o lugar de repouso! 77 Dize (àqueles que rejeitam): Meu Senhor não Se importará convosco, se não O invocardes. Mas desmentistes (a verdade), e por isso haverá um (castigo) inevitável.

Para concluir, Se um homem é sincero e objetivo no seu falar e nos seus negócios, então, inevitavelmente, haverá honestidade e sinceridade nos seus atos e bondade. Adotando métodos honestos e diretos no trato com os outros, esta luz da verdade também ilumina o coração e a mente do homem, fazendo desaparecer deles as trevas.

E é sabido por todas as pessoas sensatas desse mundo, independente de credo e religião, que o assassinato, o suplantar os direitos alheios, a tirania em todas as suas formas, a bebida alcoólica e as drogas, a mentira, o adultério entre outras, são ações abomináveis. Porém no Islam, dentre todas as ações, as mais graves são a desobediência aos pais, o perjúrio e o falso testemunho.

Que Allah nos ilumine com a luz da verdade, que nos mantenha firmes na senda reta. Amin! Ua Salamu Alaikum!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,


Fonte: Omar Hussein Hallak - Khutubah de 02.04.2010 - Mesquita de Cuiabá MT

Compilado por Hajj Hamza Abdullah Islam - O menor dos servos de Allah SW

quinta-feira, abril 01, 2010

OS VALORES MORAIS NO ISLAMISMO

Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradecemos, imploramos ajuda, a Ele retornamos arrependidos e solicitamos orientação. Testemunho que não há divindade a não ser ALLAH, Único e sem associados. Rogo a Deus que tal testemunho nos livre do fogo infernal. Profeta Mohammad (saaws) advertir uma pessoa: “Aproveite 05 coisas antes que outras 05 coisas te aconteçam: sua juventude antes de sua velhice, sua saúde antes da sua doença, sua riqueza antes da sua pobreza, sua ociosidade antes da sua ocupação e sua vida antes da sua morte”.

Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat Ar’rum “55-E no dia em que chegar a Hora, os pecadores jurarão que não permaneceram nos sepulcros mais do que uma hora. Como se equivocarão!” E testemunho que Mohammad (saaws) é Seu servo e mensageiro, o escolhido dentre Suas criaturas; divulgou a mensagem, zelou por aquilo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e se esforçou ao máximo pela causa de Deus. Ibn Abbass (raa) relatou que ouvira O Ó queridos do Profeta Mohammad (saaws), nesta narrativa observamos uma recomendação do Mensageiro de Deus para toda a nação do Islam. Vejam neste trabalho de sua Eminência Shaikh Mohamad Al Ghazali
tradução do conceituado Prof. Samir El Hayek

OS PILARES DO ISLAM E OS VALORES MORAIS

O Profeta Mohammad assim asseverou o propósito primordial de ele ter sido enviado a este mundo e o método de sua convocação aos povos:

"Eu fui enviado para o propósito único de aperfeiçoar a boa moral" (Narrado por Málik Ibn Anas na obra Al Mauthá).

Essa é a grande mensagem que deixou uma impressão indelével na história da vida. O Profeta (S) se empenhou incessantemente espalhar os seus raios e unificar dos povos sob sua influência. O propósito dela não é outro senão o de fortalecer o caráter moral dos povos, para que o mundo de beleza e perfeição possa ser percebido por eles de modo a que possam tentar alcançá-lo conscientemente e com saber.

O culto tornou-se compulsório no Islam, e foi feito um dos pilares básicos da fé. Entretanto, as formas islâmicas de adoração não são quaisquer exercícios místicos que ligam o homem a algum ser desconhecido e misterioso, nem submetem o homem a realizar atos ou outros movimentos sem sentido. Todas as formas compulsórias islâmicas de culto consistem de exercícios e treinamento que habilitem as pessoas à aquisição de uma moralidade e de hábitos corretos, e a viver virtuosamente, praticando tais virtudes permanentemente, independentemente de quaisquer mudanças que venham a ocorrer nas circunstâncias.

A Oração Impede que se Cometa o Mal

O culto é uma forma compulsória que é como um exercício ao qual o homem é atraído com interesse e vontade. Ele a oferece continuamente, para que a vida dele possa estar livre de todas as doenças e o corpo dele possa ser sadio e forte.

O Sagrado Alcorão e a Sunna (tradições) do Profeta são as provas claras destas realidades.
Quando ordenou que se instituíssem as orações compulsórias, Ele expressou a sábia conveniência disso da seguinte maneira:

"Observa a oração, porque a oração preserva (o homem) da obscenidade e do ilícito" (29ª:45).
São também realidades da oração o (desejo) de manter-se afastado do mal, da maldade, e de purificar-se (redimir-se) de males cometidos.

Em uma Tradição Autêntica (Hadice Qudsi) afirma-se:

"Eu aceito as orações das pessoas que assumem por atitude a humildade ao pronunciá-las em face da Minha grandeza, que obsequiam as Minhas criaturas, que não persistem em pecar contra Mim, passam o dia Me invocando, e são bondosos para com os pobres, os viajantes, as viúvas, e os sofredores." (Hadice narrado pelo Bazzar)

O Zakat é um Meio de Purificação

O zakat foi imposto às pessoas escolhidas dentre os eleitos. Não se trata de um mero tributo recolhido dos bolsos do povo, pois seu propósito primordial é o de lançar as sementes da bondade, simpatia e benevolência, para proporcionar uma oportunidade de acesso entre os vários segmentos da sociedade, e para estabelecer (entre esses) uma relação de amor e de amizade.

O propósito em se pagar o zakat foi asseverado no Alcorão:

"Recebe, de seus bens, uma caridade que os purifique e os santifique" (9ª:103).
Para limpar-se das impurezas mundanas e elevar o padrão da sociedade ao ápice da decência e da pureza, a sabedoria oculta na arrecadação do zakat.

Por esta razão, o Profeta o entendeu no sentido mais lato, e recolher o zakat fez-se compulsório a todo muçulmano. Disse o Profeta:

"Manter um sorriso no rosto para o seu irmão é uma caridade. Praticar boas ações e impedir que outrem cometa o mal é uma caridade. Orientar uma pessoa impedindo que ela se perca, é uma caridade. Remover coisas incômodas tais como espinhos e ossos do caminho é uma caridade. Guiar uma pessoa que tenha visão defeituosa é uma caridade." (Bukhári)

O ambiente do deserto e da vida de beduíno ¬– um ambiente que tem origem em querelas e lutas intestinas – este foi o ambiente em que os ensinamentos do Islam foram apresentados ao mundo, mostrando as metas e propósitos que esses ensinamentos tiveram. E mostrando aonde esses ensinamentos levaram os árabes a partir daquele ambiente obscuro e sinistro.

O Jejum é um passo na direção da virtuosidade

Também ao jejum, o Islam tornou compulsório. Mas ele não foi projetado para afastar os homens dos seus desejos carnais e outras coisas proibidas somente por um período pre-fixado. Disse o Profeta:

"O jejum não significa apenas abster-se de comer e beber, mas de manter-se afastado das coisas más e obscenos. Se durante o período de jejum alguém abusar de vós ou vos incitar a uma querela, digam-lhe: "Estou jejuando."

O Alcorão assim assevera o propósito da imposição do jejum:
"Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus." (2ª:183)

O Hajj é uma peregrinação obrigatória para reduzir o amor pelo que é terreno. Às vezes o homem pensa que viajar aos lugares sagrados e realizar (o rito da) peregrinação que foi feita compulsória a todo muçulmano rico, e que está incluída entre os pilares básicos do Islam, é meramente um ritual de adoração que não tem nenhuma relação com a esfera de moralidade e caráter. Este é um engano. Instruindo a respeito desse culto compulsório, Deus assevera:

"A peregrinação se realiza em meses determinados. Quem a empreender, deverá abster-se das relações sexuais, da perversidade e da polémica. Tudo o que fizerdes de bom Deus o saberá.

Equipai-vos de provisões, mas sabei que a melhor provisão é a devoção" (2ª:197).

Estas são, em linhas gerais, as formas de culto que são sobejamente conhecidas e geralmente praticadas no Islam, e que são seus pilares fundamentais. Elas nos mostram quão profunda é a relação existente entre a religião e a moralidade, e quão forte e duradoura é esta relação.

Como são diferentes entre si estas formas de culto, no seu espírito e sua aparência, mas como são estreitamente ligadas (uma as outras) no tocante à meta e propósito que constituem o principal objetivo proclamado pelo Profeta.

Portanto, a oração (salat), o jejum (saum), a contribuição (zakat) e a peregrinação (Hajj), e outras formas de adoração como estas, são degraus em direção à verdadeira perfeição, e são os meios para se alcançar a integridade e castidade que tornam a vida segura e magnífica. Em virtude dos elevados atributos e nobres qualidades que são parte inalienável e as consequências de tais formas de culto, foi-lhes dado um lugar de grande destaque e importância na religião de Deus.

Se tais formas de culto não purificam os corações dos homens, se elas não nutrem as melhores qualidades naqueles que as cumprem, e se elas não aprimoram e tornam sólida a relação entre Deus e os Seus servos, então não resta nada aos homens senão a destruição e a devastação.

"E quem comparecer como pecador, ante seu Senhor, merecerá o inferno, onde não poderá morrer nem viver. E aqueles que comparecerem ante Ele, sendo fiéis e tendo praticado o bem, obterão as mais elevadas dignidades; jardins do Éden, abaixo dos quais correm rios, onde morarão eternamente. Tal será a retribuição de quem se purifica" (20ª:74-76).

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu.

Fonte: Razões da Profecia - Perfeição da Moralidade -Shaikh Mohamad Al Ghazali

Tradução: Prof. Samir El Hayek – Compilado por Hajj Hamza Abdullah Islam – o menor dos servos de Allah SW

segunda-feira, março 29, 2010

CALIFA ALI IBN ABU TÁLIB (RAA) - O 4º E ÚLTIMO PROBO

O Louvor é para Allah. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e rogamos pelo Seu perdão. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro. Diz Allah em Seu Nobre Livro: Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos. A verdadeira palavra está no Alcorão. A melhor orientação é a do Profeta Mohammad (s). A pior coisa é A Inovação, e toda inovação é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

A palavra Califa em árabe quer dizer "SUCESSOR". Os sábios islâmicos consideram como sucessores probos os quatro Califas que sucederam o Profeta Muhammad (SAAS), são eles:
1º - ABU BAKAR

2º - OMAR KHATAB

3º - OSMAN E

4º - ALI IBN ABU TÁLIB

Louvado seja Allah, Protetor dos temente e Ajudante dos enfraquecidos. Que a paz e a graça de Deus esteja com o derradeiro dos profetas e dos mensageiros, nosso Profeta Mohammad(S), com os seus familiares e com todos os seus companheiros

Esta é a última jornada dos Califas probos e líderes dos orientados. Vamos viver com ela com o quarto califa probo, um dos dez auspiciados com o Paraíso, o primeiro menino a adotar o Islam, o califa mais próximo em parentesco do Rassulullah (S). É o seu primo, tendo o mesmo avô, Abdel Mutalib, marido da filha do Profeta (S) e pai do Hassan,

Ali Ibn Abi Tálib (R)

Um dos famosos sábios, dos ascetas conhecidos, os oradores lembrados, herói dos heróis, cavaleiro dos cavaleiros, forte, o mestre dos corajosos, o portador do estandarte no dia de Khaibar para educar todo covarde!

SOB A DOÇÃO DO PROFETA (SAAS)

Áli Ibn Abi Tálib (R) foi educado na casa do Profeta (S), isso antes do início da mensagem. Ibn Isaac relatou, com base em Mujáhid Ibn Jubair: “Foi da graça de Deus ao Áli Ibn Abi Tálib que uma crise se abateu sobre os coraixitas. Abu Tálib tinha uma família numerosa. O Profeta (S) pediu ao Abbás, um dos mais ricos entre o clã de Háchim, para aliviarem a carga familiar de Abu Tálib, adotando cada um deles um dos filhos dele. O Abbás aceitou e foram ter com Abu Tálib, expondo-lhe a questão. Este lhes disse: “Se vocês me deixarem ‘Aquil, podem fazer o que quiserem.”
O Rassulullah (S) levou Áli e o Abbás levou Jaafar. Áli permaneceu com o Profeta (S) até o início de sua mensagem. Ele o seguiu, acreditando e tendo confiança nele.

A SUA CONVERÇÃO

Áli (R) disse: “O Rassulullah (S) foi comissionado na segunda-feira, e eu adotei o Islam na quarta-feira.” Foi o primeiro menino a se tornar muçulmano. Estava com oito anos de idade.
Devido à sua pouca idade e a sua permanência na casa do Profeta (S), Áli Ibn Abi Tálib foi educado na boa conduta. Nunca foi pueril, nunca adorou ídolos, nunca ingeriu álcool, nem conheceu o caminho da diversão e da indecência.

DORMIU NO LEITO DO PROFETA (SAAS)

No dia da Hégira, Áli Ibn Abi Talib (R) dormiu no leito do Profeta (S), mesmo sabendo do perigo que estava correndo, uma vez que os politeístas estavam à espreita, do lado de fora, armados, querendo matar quem estavam dormindo no leito. A sua vida, porém, não era mais querida do que a vida do Rassulullah (S).

ENTRETA DOS DEPÓSITOS

Quando o Profeta (S) migrou para Madina, ordenou Áli (R) a permanecer em Makka para devolver os depósitos que estavam sob a guarda do Profeta (S), e então o seguisse junto com a sua família, e ele o fez.

SUAS PARTICIPAÇÕES

Áli (R) participou da batalha de Badr, e foi decisivo nela. Participou de Uhud, e estava do lado direito portando o estandarte depois de Mus’ab Ibn Umair. Participou da Batalha do Fosso e matou o herói dos árabes e um de seus famosos valentes, Amru Ibn Wad al Ámiri. Participou do pacto de Hudaibiya, da aclamação de Radhwan. Participou da expedição de Khaibar, tendo uma participação espantosa, conquistando a fortaleza e matando o seu comandante.

Participou de Umratul Cadhá. Nela o Profeta (S) disse: “Você é de mim e eu sou de você.” (Bukhári).

Participou da conquista de Makka, da campanha de Hunain, de Taif. Em todas essas batalhas lutou com coragem ímpar. Ele acompanhou o Rassulullah (S) na Umra à partir de Ju’rána.

O Rassulullah (S) o enviou como emir e governador do Iêmen, juntamente com Khálid Ibn al Walid. Acompanhou o Rassulullah (S) na Peregrinação de Despedida, levando as oferendas, cumprindo os rituais que o Rassulullah (S) cumpria. Acompanhou-o na oferenda, permanecendo com o ihram (veste da peregrinação) até sacrificarem as oferendas após o término dos rituais da peregrinação.

Será que o Profeta (S) Designou Áli Para a Sua Sucessão?
Quando o Profeta (S) adoeceu, o Abbás disse para Áli (R): “Pergunte ao Rassulullah (S) quem irá sucedê-lo?” Áli respondeu: “Por Deus que não irei perguntar. Se ele nos proibir, as pessoas não irão nos aceitar mais depois dele.”

As tradições verdadeiras e sinceras mostram que o Rasssulullah (S) não indicou a ele ou a ninguém para sucedê-lo, mas aludiu ao Siddik e indicou de forma compreensível e visível a ele.

O que muitos ignorantes e estúpidos alegam que ele indicou Áli para o califado, estão mentindo, proferindo calúnias e falsidades, e cometem um grave erro, acusando os companheiros de traição e de parcialidade, deixando de executar o seu testamento, desviando-o para outro, sem sentido nem causa.

Cada crente em Deus e no Seu Mensageiro confirma que o Islam constitui na verdade e sabe que essa alegação é falsa, porque os companheiros do Rassulullah (S) eram pessoas melhores depois dos profetas, as melhores gerações dessa comunidade, a mais nobre das comunidades neste mudo e no Outro, de acordo com o texto do Alcorão, do consenso dos antecessores e dos sucessores, com a graça de Deus.

Alegar, também, que o Profeta (S) designou Áli (R) para o califado e ele não o exigiu, mas exerceu a função de ministro e conselheiro dos califas anteriores, casou e concedeu sua filha em casamento, acusando-o de mudez e fraqueza, Deus está isento disso, pois ele foi o cavaleiro indomável, que não se furtava em pronunciar a verdade.

A Sua Posição Quanto ao Califado dos que o Antecederam
Quando o Rassulullah (S) faleceu, Áli participou da preparação, banho e amortalhamento e sepultamento do corpo. Quando o Siddik foi aclamado, em Saquifa, Áli fazia parte dos que o aclamaram na mesquita.

Estava ao lado do Siddik, com os outros líderes dos companheiros, consciente de seu dever de obedecê-lo e servi-lo.
Quando Abu Bakr faleceu e Omar assumiu o califado por designação de Abu Bakr, Áli participou de sua aclamação, e foi o seu fiel conselheiro.

Diz-se que Omar lhe pediu para sentenciar durante o seu califado, foi com ele e um grupo dos companheiros para a Síria, assistiu ao seu discurso em Jábiya.

Quando Ômar foi apunhalado, e tornou a sucessão numa questão de consulta entre seis candidatos, com Áli sendo um deles, e a escolha ficou entre Osman e Áli e a escolha ficou com Osman, ele acatou a escolha. Quando Osman foi assassinado, numa sexta-feira, as pessoas escolheram Áli e o acalmaram.

Áli negou-se atendê-los em aceitar o califado mesmo com a insistência no pedido. Ele se retirou para o pomar de Bani Ámru Ibn Mabdul e se fechou no local. As pessoas foram atrás dele, insistiram com ele, juntamente com Tal-há e Zubair. Disseram-lhe: “Não se pode ficar sem um governante.” Continuaram insistindo com ele até aceitar.

SUAS VIRTUDES

Áli Ibn Abi Tálib (R) teve muitas virtudes e muitos méritos. O Imam dos sunnitas, Ahmad Ibn Hanbal (que Deus tenha piedade dele), disse: “Nenhum dos companheiros do Rassulullah (S) teve os méritos de Áli.” Isso indica o amor dos sunnitas a Áli e os familiares do Profeta (S), pois eles conservaram essas tradições e as narraram como as ouviram do Profeta (S), sem omitir nenhuma delas. Entre as tradições a respeito de seus méritos (R), citamos:

1ª. Áli como Mártir: Abu Huraira (R) relatou que o Rassulullah (S) estava em Harrá juntamente com Abu Bakr, Omar, Osman, Áli, Tal-há e Zubair, e a rocha se moveu. O Rassulullah (S) disse: “Quita, está sobre você um profeta,ou Siddik ou mártir.”

2ª. Áli no Paraíso. O Rassulullah (S) disse: “Abu Bakr estará no Paraíso, Omar estará no Paraíso, Osman estará no Paraíso e Áli estará no Paraíso.” (Ahmad).

3ª. Só o ama o crente e só o odeia o hipócrita: Áli (R) disse: “Por Aquele que criou a semente e fez soprar a brisa, que o Profeta iletrado (S) me afiançou que só me amará o crente e só me odiará o hipócrita.” (Musslim).

4ª. Sua posição em relação ao Profeta (S): Saad Ibn Abi Waccas relatou que o Rassulullah (S) deixou Áli em Madina durante a expedição de Tabuk. Disse-lhe: “Ó Rassulullah, está me deixando junto com as mulheres e as crianças”? Respondeu-lhe: “Você não ficaria satisfeito ser para mim o que Aarão foi para Moisés? Fique sabendo que não haverá qualquer profeta depois de mim”? (Bukhári e Musslim).

5ª. Familiares do Profeta (S). Saad Ibn Waccas relatou que quando o seguinte versículo: “Vinde! Convoquemos os nossos filhos e os vossos” (3:61), o Rassulullah (S) convocou Áli, Fátima, Hassan e Hussein e disse: “Ó Deus, estes são os meus familiares” (Musslim)

6ª. Áli ama Deus e Seu Profeta (S), Deus e Seu Profeta (S) o amam. Sahl Ibn Saad (R) relatou que o Rassulullah (S) disse no dia de Khaibar: “Amanhã vou entregar o estandarte a um homem, por intermédio do qual, Deus irá conceder a vitória. Ele ama Deus e Seu Profeta (S) e Deus e Seu Profeta (S) o amam”. As pessoas foram dormir querendo adivinhar a quem daria o estandarte. Ao amanhecer, foram ter com o Rassulullah (S), cada um desejando ser escolhido. Ele perguntou: “Onde está Áli Ibn Abi Tálib”? Responderam-lhe: “Ele está se queixando dos olhos”. Pediu: “Mandem chamá-lo”. Áli chegou, o Rassulullah (S) pegou a sua saliva, passou nos olhos dele, fez uma prece e a vista de Áli ficou boa, sem dor. Deu-lhe o estandarte e Deus lhe concedeu a vitória. (Bukhári e Musslim).

7ª. Áli, como juiz. Áli (R) relatou: “O Rassulullah (S) me enviou ao Iêmen, como juiz. Perguntei-lhe: ‘Ó Rassulullah, está me enviando a pessoas mais velhas do que eu para ser juiz deles’? Respondeu: ‘Vai, Deus, Altíssimo, firmará a sua língua e orientará o seu coração’. (Ahmad e Nissá-i).

8ª. Você é meu e eu sou seu. Bará Ibn ‘Azib (R) relatou que o Profeta (S) disse a Áli: “Você é meu e eu sou seu”. (Bukhári).
Habachi Ibn Junáda relatou que o Profeta (S) disse: Áli é meu e eu sou dele e, só pagam as minhas dívidas, eu ou Áli”. (Ahmad e Tirmizi).

OS ELOGIOS DOS COMPANHEIROS E DE SEUS ANTECESSORES

Ômar Al Khattab (R) disse: “Áli é o nosso juiz”. Costumava pedir refúgio em Deus, quanto aos problemas em que não havia opinião de Abul Hassan, quer dizer Áli.

Ibn Abbás disse: “Quando era-nos apresentado um parecer de Áli, não objetávamos”.
Ibn Saad, baseado em Said Ibn Mussib relatou: “Nenhum dos companheiros se atrevia a dizer: ‘Perguntem-me’, a não ser Áli Ibn Abi Tálib”.

Ibn Mass’ud declarou: “O mais sensato e o maior juiz de Madina era Áli”.
Aicha (R) declarou: “Era o mais conhecedor do que restou dos companheiros quanto a Sunna”.

Massruk declarou: “O conhecimento dos companheiros do Rassulullah (S) terminou em Ômar, Áli e Ibn Mass’ud”.
Abdullah Ibn Abbás disse: “Áli possuía um conhecimento vasto, foi um dos primeiros muçulmanos, genro do Profeta (S), jurisprudente da Sunna, aliado nas batalhas e muito generoso”.

Ômar Ibn Al Khattab (R) disse: “Foram concedidas a Áli pelo Profeta (S) três características, se uma deles fosse concedida a mim, eu a preferiria às coisas mais valiosas”. Perguntaram-lhe: “Quais são”? Respondeu: “O casamento com a sua filha, a sua residência na mesquita e o estandarte no dia de Khaibar”.
Áli (R) disse: “Por Deus, nenhum versículo foi revelado sem que eu soubesse sobre o quê, onde e a respeito de quem foi revelado. Meu Senhor me concedeu um coração sensato e uma língua eloquente”.

A CONDUTA DE ALI (R)

Costumava varrer a casa da moeda, rezava nela, com a esperança de que Deus testemunhasse que não deixava de distribuir os bens entre os muçulmanos.

SEU ASCETICISMO

Quando Áli assumiu o califado, não mudou a sua conduta ascética quanto ao mundo. Recusou-se a morar no palácio do califado. Abandonou-o dizendo: “É o palácio dos insânos, nunca irei morar nele”.
Jarmuz relatou: “Vi Áli vestindo roupas rústicas, a calça até metade da canela, camisa curta, com bastão na mão, andando pelo mercado, ordenando às pessoas temerem a Deus e serem honestas no seu comércio, dizendo-lhes: “Pesem e meçam devidamente”.

SUA JUSTIÇA

Áli sentiu falta de um escudo quando estava em Siffin, encontrou-o na casa de um judeu. Queixou-se ao juiz Churaih, acusando-o de ter roubado o escudo.

O judeu negou. Churaih pediu a Áli para que apresentasse testemunhas. Áli apresentou o seu ajudante e Hassan. O juiz lhe disse: “Testemunho de filho não é aceito” e sentenciou a favor do judeu. Ali aceitou sem reclamar.O judeu então disse: “O emir dos crentes me levou perante o juiz e este o condenou, e o escudo é dele”. Por isso declaro: “Presto testemunho de que não há outra divindade além de Allah e de que Mohammad é seu Mensageiro. O escudo é seu, ó emir dos crentes”. Áli lhe deu o escudo de presente.

Dhirar Bin Dhamra Descreve ÁliMuáwiya pediu a Dhirar Ibn Dhamra: “Descreve-me Áli.” Respondeu-lhe: “Isente-me disso.” Pediu-lhe: “Peço-lhe por Deus que o faça.” Disse:
Era, por Deus, de longa visão, muito forte, falava com eloqüência e sentenciava com justiça. O conhecimento brotava de seus flancos, sua língua pronunciava sabedoria, negava o mundo e suas flores e tinha intimidade com a noite e suas trevas. Era, por Deus, de lágrima fácil, de pensamento longo, gostava as vestes curtas e os alimentos simples. Era como nós, respondia quando era perguntado, atendia ao nosso convite e nós, por Deus, apesar de sua proximidade não conseguíamos lhe falar por respeito e reverência. Ele valorizava os religiosos, se aproximava dos necessitados. O forte não cobiçava sua ilicitude e o fraco não se desesperava pela sua justiça. Presto testemunho que o vi em algumas situações, tarde da noite, segurando a barba, agitado como se tivesse sido picado, chorando de tristeza e dizendo: “Ó mundo, tente outro, não adianta se expor ou se enfeitar. Sei de três coisas a seu respeito: A sua vida é curta, o seu perigo é grande. Temo a pouca provisão, a longa jornada e a solidão do caminho.”

Muáwiya chorou e disse: “Que Deus tenha misericórdia de Abul Hassan. Por Deus, era realmente assim.”

SEU ASSASSINATO

Quando a disputa entre Áli e Muáwiya se agravou, três pessoas dos khawárij resolveram assassinar Áli, Muáwiya e Ômar Ibn Al ‘As (Que Deus esteja Satisfeito com todos eles).
Quanto ao encarregado de assassinar Áli, foi Abdul Rahman Ibn Muljim (Que Deus o deteste). Foi ajudado por Chubaib Ibn ‘Ajra Achja’i (Que Deus o deteste).
Na noite de sexta-feira, 17 de Ramadan do ano 40 da Hégira, Áli (R) acordou cedo para o Sahur, o muézin foi ter com ele e o avisou do horário da oração. Áli saiu, chamando as pessoas à oração. Os dois criminosos estavam de tocaia. Chubaib o segurou, Áli o golpeou com a espada. A espada atingiu a porta. Então, Ibn Muljim o golpeou com a espada, atingindo-o na fronte e fugiu. Chubaib voltou para casa e um homem de Bani Umaiya o matou.
Quanto a Ibn Muljim, foi perseguido, preso e levado até Áli que o olhou e disse: “Vida por vida. Se eu morrer, matem-no como me matou. Se eu escapar, vou estudar o seu caso”.

Ibn Muljim ficou preso, enquanto Áli permaneceu vivo na sexta e no sábado, faleceu na noite de domingo. Hassan ordenou que cortassem a cabeça de Ibn Muljim.
Que Deus esteja satisfeito com Áli Ibn Abi Tálib(R). Ó Senhor seja testemunha de que o amamos, a todos os califas probos e a todos os companheiros de Seu Profeta. Que

Deus abençoe e dê paz ao nosso Profeta Mohammad(S), aos seus familiares e a todos os seus companheiros.


BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

Preparação: Dr. Ahmad Al Mazid
Dr. Ádel Ach Chadi

Compilado por Hajj Hamza Abdullah Islam - o menor dos servos de Allah SW.