terça-feira, setembro 28, 2010

HIJÁB (LENÇO QUE COBRE A CABEÇA) NO CRISTIANISMO

É incorreto pensar que somente a mulher muçulmana é quem tem a obrigação de se vestir decentemente, pois mostrar os contornos do corpo feminino, quer seja através de vestes transparentes, justas ou deixando parte do corpo ou cabelo descobertos, é também interdito noutras religiões. De foto, o Islam não é a única doutrina que advoga essas diretivas, mas é certo que se trata da única religião no mundo moderno que ainda luta por manter e defender os seus princípios morais e sociais.

As muçulmanas são as únicas mulheres que ainda optam por seguir o código de indumentária deixado pelo último mensageiro enviado à humanidade – Muhammad assim como pelos profetas anteriores a ele como Jesus e Moisés. Analisemos o caso concreto do Cristianismo, que é atualmente a religião mais predominante no Ocidente e de onde surgem indivíduos que constantemente se prontificam a criticar o Islam quando o assunto é Hijáb e não só.

Antes de prosseguir, é pertinente esclarecer aqui o verdadeiro conceito de Hijáb. Não se trata apenas da conduta e comportamento da mulher, mas abrange ainda a sua indumentária, pois segundo este código, a mulher deve constantemente cobrir todo o seu corpo incluindo os cabelos, com exceção da cara, mãos e pés, e não vestir peças justas ou transparentes de modo a que possa exibir as partes proibidas. Portanto, o termo árabe “Hijáb” reflete um conceito mais alargado e não possui uma tradução direta para Português. Este conceito tem sido indevidamente traduzido através da palavra “véu”, que na língua portuguesa significa “tecido com que as mulheres cobrem o rosto”, o que é incorreto pois o termo árabe utilizado para esta última palavra é “Niqáb”, que é especificamente a peça que cobre o rosto.

Voltando ao assunto em epígrafe, será que é um mandamento cristão a mulher cobrir os seus cabelos? Vejamos o que diz a Bíblia sobre isso: «Rebeca também levantou seus olhos, e viu a Isaac, e desceu do camelo. E disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu senhor. Então a tomou o véu e cobriu-se.» [Génesis 24:64-65] .Rebeca cobriu a sua cabeça na presença de Isaac – um homem estranho a si – como sinal de modéstia, prática essa que ainda hoje pode ser encontrada nalgumas mulheres extremamente decentes, retratando exatamente aquilo que defende a Bíblia. Era prática das mulheres à volta dos profetas, incluindo Jesus, cobrirem a cabeça e se vestirem decentemente devido à sua modéstia e por serem reservadas. Paulo também criticava duramente às mulheres que não cobriam a cabeça, senão vejamos: «Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a
cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada.

Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu (cubra os cabelos). O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.

Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.» [I Coríntios 11:4-10]. Estes versículos deixam algumas mensagens interessantes relacionadas às diretivas cristãs: • O homem cristão não deve cobrir a cabeça, pois isso é desonra para ele. Não se compreende como é que os prelados das igrejas cristãs, incluindo o Papa, cardeais, etc. usam a mitra ou solidéu sobre a cabeça. • A mulher cristã não deve deixar a cabeça descoberta, pois isso é desonra para ela, assim como o é rapar os seus cabelos. Portanto, a mulher que não cobre a cabeça que rape os seus cabelos, mas se isso for indecente para ela, então que os cubra. • O homem é a imagem e glória de Deus, não provém da mulher e nem foi criado por causa dela, enquanto que a mulher é glória do homem, provém dele e foi criada por causa deste.

O objetivo pelo qual a Bíblia estabelece de que a mulher deve cobrir a cabeça está bem claro: representa a autoridade e superioridade do homem em relação à mulher, tal como foi estipulado por S. Paulo.

O Ocidente tem atribuído indevidamente a mesma concepção à religião isslâmica; como o Hijáb é sinal de autoridade masculina no Cristianismo, então concluem que o mesmo princípio talvez seja igualmente aplicável no Isslam.

Contudo, o objectivo do Hijáb é de preservar a modéstia, honra e dignidade da mulher, tratando - se duma criatura mais sensível, preciosa e particular. Se o propósito do Hijáb fosse aquele que é atribuído ao Isslam pelo Ocidente, então o sagrado Al-Qur’án seria claro em defender isso assim como o fez a Bíblia. É também dever da mulher cristã cobrir a cabeça quando pretende orar ou efectuar trabalhos na igreja e sempre que estiver na presença de homens estranhos. Até aos anos 60, era obrigatório à mulher católica cobrir os seus cabelos na Igreja, lei essa que foi mais tarde “modernizada”, assim como muitas outras leis bíblicas. Já pensou porque razão é que Maria, a mãe de Jesus, é sempre representada com os cabelos cobertos? É de admirar porque apenas algumas freiras é que cumprem o “Hijáb”. Que leis são essas que devem ser cumpridas somente por uma camada de crentes seguidores da mesma doutrina?

O mesmo acontece com a questão do casamento, em que uns podem contrair e outros não, esquecendo-se que se trata duma necessidade individual de cada ser humano, para depois se envolverem em escândalos de pedofilia, deixando de lado tanta mulher que existe por aí!

Na realidade, são estes aspectos que fazem com que o Isslam seja reconhecido na prática e que tem conquistado vários seguidores, apesar da forte crítica que tem sido divulgada pela media ocidental, talvez por inveja de ser a religião que mais crentes ganha e a única que ainda cumpre os princípios originais estipulados por Deus aos diferentes profetas que foram enviados à face da Terra.

É verdade que certas muçulmanas não cumprem devidamente o mandamento do Hijáb. Mas quantas cristãs o fazem? Qual a proporção das que cumprem em relação às outras, em cada uma das religiões? Quantos cristãos seguem os ensinamentos bíblicos referentes à Unicidade de Deus, caridade obrigatória, proibição do sexo pré-marital, do adultério, das bebidas alcoólicas, da carne de porco, etc.?

Na realidade, existe um número muito reduzido de judeus e cristãos que ainda seguem os ensinamentos das suas Escrituras sagradas. Entretanto, a lei moral requer que a mulher cumpra o Hijáb (código de conduta) no seu coração muito antes de vesti-lo (como indumentária) exteriormente, pois aí estaria a aceitar livremente a posição que Deus lhe concedeu, seja na igreja, no seio da família ou na sociedade. O exemplo disso é o de uma das grandes mulheres que surgiu na história da humanidade: Maria, mãe de Jesus, uma personalidade humilde, submissa e obediente a Deus, a respeito da qual o profeta Muhammad  disse:

«De entre os homens existem muitos que se aperfeiçoaram, mas nas mulheres, só Ássiya, a esposa do Faraó, e Mariam fi lha de Imrán (mãe de Jesus) é que se aperfeiçoaram». [Bukhari] .Tudo o que é valioso não é de fácil acesso nem se encontra à mostra; o mesmo acontece com as coisas preciosas que ALLAH criou, senão vejamos: os diamantes e pedras preciosas são encontrados nas profundezas do subsolo, bem cobertos e escondidos; as pérolas encontramos no fundo do oceano, protegidas dentro de lindas conchas; o mesmo sucede com o ouro e outros metais preciosos, em que temos que perfurar rochas e rochas até os alcançarmos. Quem tem a coragem de deixar o seu dinheiro, umas simples notas de papel, à disposição de qualquer pessoa? Ninguém, pois conhecemos o seu verdadeiro valor e esforçamo-nos bastante para adquiri-lo.

Qualquer fruta também foi criada com a respectiva casca, uma espécie de invólucro que tem a função de conservar o sabor, o suco e a fruta no seu todo. Como podemos ver, existem vários outros exemplos que poderiam ser mencionados. Portanto, tudo o que é valioso ALLAH deixou bem protegido. O mesmo acontece com a mulher, que é muito mais preciosa do que diamantes, pérolas, ouro ou dinheiro e deve igualmente estar constantemente coberta e protegida. ALLAH estima a mulher que cumpre o Hijáb e sabe que se trata dum presente dado por Ele, pois a tratou como uma criatura bastante preciosa. Ela cumpre o Hijáb, pois sabe que através do mesmo adquire a honra, dignidade, respeito, beleza e estatuto e não se expõe perante homens estranhos que almejam apenas o contentamento carnal.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24


Fonte: REVISTA ISSLÂMICA - P. 1999 - Maputo – Moçambique - info@sautulisslam.com
http://www.sautulisslam.com/ - ANO XIX – EDIÇÃO Nº 29 - Shawwál 1431 - Setembro 2010 -Coordenador: Ahmad A. Abbá - Colaboradores: Sheikh Sulaiman H. Fonseca - Muhammad Alibai Lorgat - Lookmaan Mussa Makda

sexta-feira, setembro 24, 2010

NATAL E PAIXÃO NA PALESTINA


About JAMAL KAMAL 

Tu Jesus menino,
Que nasceste palestino,
Sob um teto de estábulo
Feito a foice e martelo.

Ainda hoje te vejo
Olhando teu Pai, humilhado.

Ainda hoje te vejo,
Chorando tua casa e teus sonhos
Demolidos.

Ainda hoje te vejo,
Clamando por justiça,
Aos teus pés, os corpos de teus irmãos,
meninos, palestinos.

Ainda hoje te vejo Jesus menino,
Desafiando monstros de aço e de fogo.

Ainda hoje te vejo menino palestino,
Resistindo ao terror a dor e a agonia.

Ainda hoje
E apesar de tudo,
Te vejo sorrindo.

Tu Jesus menino,
Que nasceste palestino,

Ainda hoje te vejo,
Na dor e no sorriso
De cada menino.

Na Palestina todo dia é dia de Natal,
Na Palestina todo dia é dia de funeral.
Feliz aniversário menino.

Quantos mais virão? "

( Poema dedicado a Faris- menino palestino, assassinado pelas forças invasoras israelenses, aos 13 anos de idade, por jogar pedras em um tanque de guerra.).

terça-feira, setembro 14, 2010

O Que Aprendemos de Ramadan?

Por: Sheikh.Khaled Taky El Din

Louvado seja Allah, Senhor do Universo e que a paz e a graça de Allah esteja com o nosso amado Profeta, com os seus familiares e com todos os seus companheiros.

Ramadan terminou sendo testemunha a favor ou contra nós. Para que o muçulmano complemente os sinais da fé que adquiriu durante esse mês abençoado, deve conservar algumas condutas que o ajudarão a auferir a satisfação de Allah. Entre essas condutas, citamos:

· Conservar o temor a Allah

"Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito aos vossos antepassados, para que temais a Allah" (2:183).

A nossa preocupação durante o mês de Ramadan era atingirmos o temor a Allah.

O significado do temor é ter receio de Allah, agir de acordo com o que foi revelado, contentar-se com pouco e preparar-se para o dia da partida.

Abu Zar (R) relatou que o Rassulullah (S) lhe disse: "Teme a Allah onde estiver, e pratica um bom ato após o mau ato que o apagará. Certamente Allah criou as pessoas com bom caráter." (Narrado por Tirmizi)

Essa tradição nos ordena temer a Allah onde estivermos.

· O Sentir-se Observado

O mês de Ramadan nos ensinou sentirmos que estamos sendo observados por Allah. Jejuávamos em segredo e manifestamente, pela nossa convicção de que Allah conhece tudo a nosso respeito, tem ciência dos nossos atos. Sentimos a Sua observação e, por isso, tememos desobedecê-Lo, e não por causa das pessoas.

"A Allah pertence tudo quanto há nos céus e na terra. Tanto o que manifestais, como o que ocultais, Allah vo-lo julgará. Ele perdoará a quem desejar e castigará a quem Lhe aprouver, porque é Onipotente." (2:284).

Aprendemos prestar contas de nós mesmos, observarmos os nossos corações durante o Ramadan para não quebrarmos o nosso jejum, porque sabemos e acreditamos que Allah conhece o que há dentro dos corações.

"Dize: Quer oculteis o que encerram os vossos corações, quer o manifesteis, Allah bem o sabe, como também conhece tudo quanto existe nos céus e na terra, porque é Onipotente." (3:29).

· A prática da religião e nos preocuparmos com a Outra Vida como a preocupação principal na nossa vida que nos facilita o nosso viver.

"Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a oração) é deveras árdua, salvo para os humildes, que sabem que encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão." (2:46).

Anas Ibn Málik (R) relatou que o Rassulullah (S) disse: "Quem se preocupa com a Outra Vida, Allah lhe concederá a riqueza no coração, unificará a sua família, e lhe submeterá o mundo. Aquele que se preocupa com o mundo, Deus o empobrecerá e desunirá a sua família, e não lhe proporcionará do mundo a não ser o que lhe foi destinado.” (Tirmizi).

· O Enaltecimento dos Rituais de Deus, glorificado e exaltado seja

Deus, glorificado e exaltado seja mostrou que o enaltecimento de Seus rituais faz parte da piedade nos corações.

"Quem enaltecer os rituais de Allah, saiba que tal (enaltecimento) partirá de quem possuir piedade no coração." (22:32).

· O Atendimento ao Chamado de Deus

O nosso atendimento foi rápido, sem vacilo ao chamamento do Senhor, obedecendo-O quanto ao jejum durante o mês de Ramadan. Pedimos a Deus que sejamos desta forma em todas as horas e situações, pois Deus nos prometeu um uma magnífica recompensa.

"Os quais, mesmo feridos, atendem ao chamamento de Allah e do Mensageiro. Para aqueles que fazem o bem e são tementes, dentre eles, haverá uma magnífica recompensa." (3:172)

O Senhor, glorificado e exaltado seja, mostrou que o atendimento às Suas ordens é a vida verdadeira, pois Ele é o nosso Criador e conhece o que é benéfico, e Ele só nos ordena o que é benéfico para as suas criaturas.

"Ó crentes, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." (8:24)

· Nós provamos o gosto dos rituais e desejamos continuar a praticá-los.

Diz-se que os sinais do crente são a sua alegria e felicidade com as suas benevolências.

“O verdadeiro crente é aquele se alegra com a bondade e se entristece com a maldade.”

“O Persistir na Prática das Orações em Seus Devidos Tempos bem Como a Prática das Orações Voluntárias” (Tirmizi)

· O Continuarmos a Praticar as Orações em Seus Devidos Tempos Bem Como as Práticas das Orações Voluntárias
.
Aprendemos durante o mês de Ramadan praticar as orações em seus devidos tempos, de nos livrarmos dos nossos afazeres para as praticarmos devidamente, não deixando os nossos afazermos nos desviarem de nos lembrarmos de Deus. Pedimos a Ele que continuemos assim, pois isso faz parte das características dos muçulmanos que creem na Outra Vida, pois Deus lhes preparou uma excelente recompensa.

"Homens a quem os negócios e as transações não desviam da recordação de Allah, nem da prática da oração, nem do pagamento do zakat. Temem o dia em que os corações e os olhos se transformem, para que Allah os recompense melhor pelo que tiveram feito, acrescentando-lhes de Sua graça; sabei que Allah agracia imensuravelmente a quem Lhe apraz." (24:37-38).

Aprendemos durante o mês de Ramadan de praticarmos muitas orações voluntárias. Deus elogiou aqueles que praticam muitas orações voluntárias e explicou que apagam os pecados.

"E observa a oração em ambas as extremidades do dia e em certas horas da noite, porque as boas ações anulam as más. Nisto há mensagem para os que recordam." (11:114).

Dentre essas orações voluntárias estão as orações noturnas que Deus descreveu os praticantes que fazem parte dos tementes e que são os servos do Clemente:

"São aqueles que passam a noite adorando o seu Senhor, quer estejam prostrados ou em pé." (25:64).

· O Continuarmos a Praticar as Orações da Noite e da Alvorada em Congregação

Aprendemos durante o mês de Ramadan a praticarmos as orações da Alvorada e da Noite em congregação. Pedimos a Deus que nos ajude a continuarmos a fazê-lo. O Rassulullah (S) mostrou os méritos dessas duas orações em congregação.

O Rassulullah (S) disse: “Quem praticar a Oração da Noite em congregação é como se tivesse orado durante a metade da noite. Quem praticar a Oração da Alvorada em congregação é como se tivesse orado a noite toda.” (Musslim)

O Profeta (S) disse: “Avisa os que caminham na escuridão da noite para as mesquitas que terão luz total no Dia da Ressurreição.” (Tirmizi)

· O Continuarmos a Recitar o Alcorão Sagrado

"Recita o que te foi revelado do Livro e observa a oração, porque a oração preserva (o homem) da obscenidade e do ilícito; mas, na verdade, a recordação de Allah é a (coisa) mais importante. Sabei que Allah está ciente de tudo quanto fazeis." (29:45)

Aprendemos durante o mês de Ramadan a sermos assíduos na recitação do Alcorão. Deus descreveu aqueles que recitam seu Livro e crêem na Outra Vida, que fazem um comércio perene com Deus.

“Por certo que aqueles que recitam o Livro de Allah, observam a oração e fazem caridade, privativa ou abertamente, com uma parte daquilo com que os agraciamos, almejam um comércio imorredouro." (35:29)

O Profeta (S) disse: “Recitem o Alcorão porque, no Dia da Ressurreição irá interceder pelos recitadores.” (Musslim).

· Acostumar-se a fazer preces e pedir perdão durante a madrugada.

Deus, glorificado e exaltado seja, mostrou os méritos das preces durante a madrugada e descreveu os madrugadores como os tementes.

"Em verdade, os tementes habitarão entre jardins e mananciais, desfrutando de tudo com que o seu Senhor os agraciar, porque foram benfeitores. Porque possuíam o hábito de pouco dormir à noite. E, ao amanhecer, imploravam o perdão de suas faltas. E há em seus bens uma parte para o mendigo e o desafortunado." (51:15:19).

Abu Huraira (R) relatou que o Rassulullah (S) disse: “O nosso Senhor, Bendito e exaltado seja, toda noite, Se manifesta no céu aparente no último terço da noite e diz: ‘A quem Me suplicar atenderei. A quem Me pedir concederei. A quem Me pedir perdão perdoarei.” (Bukhári).

· O continuar a ter vontade em ouvir as lições religiosas e aprender os preceitos religiosos

Aprendemos durante o mês de Ramadan a assistirmos as aulas religiosas e a participarmos das reuniões de recordação de Deus, aprendendo os preceitos, lendo livros islâmicos. Isso representa muitos benefícios para os muçulmanos. Tomara que permaneçamos nessa situação nos dias seguintes.

"Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e todo aquele que for agraciado com ela, sem dúvida terá logrado um imenso bem; porém, salvo os sensatos, ninguém o compreende." (2:269).

Deus deu preferência aos sábios sobre os outros.

"Tal homem poderá, acaso, ser equiparado àquele que se consagra (ao seu Senhor) durante as horas da noite, quer esteja prostrado, quer esteja em pé, que se precavê em relação à Outra Vida e espera a misericórdia do seu Senhor? Dize: Poderão, acaso, equiparar-se os sábios com os ignorantes? Só os sensatos é que são lembrados disso." (39:9).

"Ó crentes, quando vos for dito para vos apertardes, (dando) nas assembléias (lugar aos demais), fazei-o; e sabei que Allah vos dará lugar no Paraíso! E quando vos for dito que vos levanteis, fazei-o, pois Allah dignificará os crentes, dentre vós, assim como os sábios, porque está inteirado de tudo quanto fazeis." (58:11).

"Exaltado seja Allah, o Verdadeiro Rei! Não te apresses com o Alcorão antes que sua inspiração te seja concluída. Outrossim, dize: Ó Senhor meu, aumenta-me em sabedoria!" (20:114).

Anas Ibn Málik relatou que o Rassulullah (S) disse: “Procurar o conhecimento é dever de todo muçulmano (homem ou mulher)” (Ibn Mája).

Abu Huraira (R) relatou que ouviu o Rassulullah (S) dizer: “A vida terrena é amaldiçoada, e amaldiçoado o que nela há, a não ser quem se recorda de Deus, quem o acompanhar, o sábio e o estudante.” (Ibn Mája).

· O Restringir a Língua e os Outros Órgãos

Aprendemos com o Ramadan restringirmos as nossas línguas, tendo cuidado com o que prenunciamos para não quebrarmos o nosso jejum. Seria ótimo continuarmos a termos cuidado com o que dizemos.

O Profeta (S) disse: Quem crê e Deus e o Dia do Juízo Final que diga boa palavra ou se cale. Deus, exaltado seja, disse: “Não pronunciará palavra alguma, sem que junto a ele esteja presente uma sentinela pronta (para a anotar).” (50:18).” (Bukhári).

Abdullah Ibn Omar relatou que foi perguntado ao Rassulullah (S): “Quem é a melhor das pessoas?” Respondeu: “O que possui coração magnânimo e a língua veraz.” Declararam: “Conhecemos quem tem língua veraz, quem é que possui coração magnânimo?” Respondeu: “O piedoso, o puro, que não comete pecado nem iniqüidade, nem exagero, nem inveja ninguém.” (Ibn Mája).

· A nossa assiduidade na participação na prestação de serviços sociais aos muçulmanos, na prática de boas obras durante o mês de Ramadan nos convoca a continuarmos à serviço dos muçulmanos.

O Profeta (S) disse: “Cada muçulmano deve dar em caridade.” Perguntaram-lhe: “Ó Rassulullah, e quem não tiver para dar?” Respondeu: “Que trabalhe, beneficiando-se e dê em caridade.” Perguntaram: “E se não conseguir?” Respondeu: “Deve ajudar o necessitado.” Perguntaram: “E se não encontrar?” Respondeu: “Que pratique o bem e se abstenha de praticar o mal, pois isso constitui em caridade.” (Bukhári).

O Rassulullah (S) disse: “Em qualquer dia da vida, as falanges (articulações) do ser humano devem oferecer uma caridade. Para isso, o estabelecer a justiça entre duas pessoas é uma caridade; ajudar um homem a subir em sua montaria e ajudá-lo com a carga da mesma é também uma caridade; a boa palavra é uma caridade; e cada passo que der em direção à oração é uma caridade; e retirar do caminho um obstáculo é também uma caridade.” (Musslim)

O Rassulullah (S) disse: “Àquele que aliviar, de um crente, uma angústia, das angústias desta vida, Deus aliviará algumas das angústias no Dia do Juízo; e àquele que resolver a dificuldade de um necessitado, Deus resolverá as dificuldades, tanto nesta, como na Outra Vida; e à pessoa que for discreta para com as faltas de um muçulmano, Deus será discreto com as faltas dela, nesta e na Outra, e Deus estará ajudando o servo enquanto este estiver ajudando o seu irmão.” (Musslim)

· A Educação da Alma na Obediência em Continuidade e Empenho

"Entre os homens há também aquele que se sacrifica para obter a complacência de Allah, porque Allah é Compassivo para com os servos." (2:207).

"Por outra, quanto àqueles que diligenciam por Nossa causa, encaminhá-los-emos pela Nossa senda. Sabei que Allah está com os benfeitores." (29:69)

· O dever de Contiuarmos a Obedecer a Deus em Todos os Momentos

Deus é o Senhor de todos os meses, e o Senhor do mês de Ramadan é o Senhor do mês de Chauwal. A adoração do indivíduo é uma ordem exegida em todos os tempos e situações.

"Ó crentes, perseverai, sede pacientes e constantes, estai sempre vigilantes e temei a Allah, para que prospereis." (3:200).

O melhor ato é o pouco e permanente

Ó gente, assumam os serviços o que podem fazer, pois Deus não Se cansa até vocês se cansarem. Os atos mais apreciados por Deus são as perenes, mesmo que sejam poucos.” (Bukhári).

· O Continuarmos a Obedecer a Deus após o Ramadan

Entre as obediências é o jejum durante seis dias de Chauwal

O Rassulullah (S) disse: “Quem cumpre o jejum durante todo o mês de Ramadan, seguido do jejum dos seis dias de Chawal, saiba que isso é tão bom, como se tivesse jejuado durante toda a vida.” (Musslim)

Peço a Deus que nos oriente para o que Ele goste e aceita, de palavras e atos, pois Ele é Senhor disso e o Onipotente.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen


Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Pedimos e agradecemos pela vida dos irmãos Omar Hussein Hallak que não mede esforços para incrementação desse blogger e de sua Eminência Sheikh.Khaled Taky El Din, esse homem de Allah SW que nos ensina os caminhos do din, com tanta sabedoria e dedicação. Que Allah SW mutiplique seus anos de vida, a felicidade e alegria de seus familiares até o dia do Juizo Final amin.


Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Como se firmar após o Ramadan?‏

Irmãos e Caros leitores o mês Sagrado do Ramadan se foi, jejuamos, rezamos, recitamos o Alcorão e agora? Bem, não podemos voltar a estaca zero da espiritualidade e aguardar outro Ramadan. Conclamamos a todos, em nome de Allah SW para darmos sequência e dentro do possível e da realidade humana continuar à nossa adoração e a colher as bênçãos que Allah SW tem todos os dias para os seus crentes.

Essa khutba é muito importante ser lida, esforcem-se. Um aprendizado muito bom de adquirir.

Em nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador!

O Louvor é para Allah, O Louvamos, Imploramos Sua ajuda e Suplicamos o Seu Perdão. E nos refugiamos em Allah contra o mal das nossas almas e das nossas más ações. Aquele a quem Allah guiar ninguém poderá desencaminhar e aquele a quem Allah desencaminhar ninguém poderá encaminhar. Testemunhamos que não há divindade digna de adoração exceto Allah e Testemunhamos que Muhamad é Seu servo e mensageiro. E que a paz e as bênçãos de Allah esteja com o Profeta Muhamad e com seus familiares, seus companheiros, e todos aqueles que seguirem seu exemplo até o Dia do Juízo, Allahuma Amin.

Como se firmar após o Ramadan?

Mais um Ramadan passou por nós e ficou registrado nas nossas vidas. Nos aproximamos de Allah, nos esforçamos nas orações e no du’a. E agora o Ramadan se foi e é como se estivéssemos desorientados sem saber o que fazer agora sem Ramadan, bateu a tristeza destes dias abençoados terem passado e a tristeza e preocupação de não sabermos se teremos a benção de passarmos por outro Ramadan ou não. Por isso nosso assunto de hoje é como segurar o nosso nafs e como nos firmar após o Ramadan. Lembrem-se quando falávamos do Ramadan e do quanto deveríamos nos esforçar nas adorações. Vamos nos lembrar dos versículos do Quran que falam do Ramadan :

“Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus. Jejuareis determinados dias; porém, quem de vós não cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará, depois, o mesmo número de dias. Mas quem, só à custa de muito sacrifício, consegue cumpri-lo, vier a quebrá-lo, redimir-se-á, alimentando um necessitado; porém, quem se empenhar em fazer além do que for obrigatório, será melhor. Mas, se jejuardes, será preferível para vós, se quereis sabê-lo. O mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e vidência de orientação e Discernimento. Por conseguinte, quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém, quem se achar enfermo ou em viagem jejuará, depois, o mesmo número de dias. Deus vos deseja a comodidade e não a dificuldade, mas cumpri o número (de dias), e glorificai a Allah por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais. Quando Meus servos te perguntarem de Mim, dize-lhes que estou próximo e ouvirei o rogo do suplicante quando a Mim se dirigir. Que atendam o Meu apelo e que creiam em Mim, a fim de que se encaminhem.” (2-183-186)

Feliz daquele que aproveitou o Ramadan e que saiu dele abastecido com a fé para se firmar durante o resto do ano. Feliz daquele que saiu do Ramadan purificado dos pecados e escrito dentre o povo do Paraíso. Feliz daquele que se apegou no Ramadan com unhas e dentes e saiu dele mais temente a Allah. 

O Profeta SAAS disse: “Se vocês soubessem o que é o Ramadan teriam desejado que todo o ano fosse Ramadan!”

Subhan Allah, quem de nós conseguiu sentir o sabor da fé nesses 30 dias e quem de nós deixou de lado essa oportunidade? 

E agora irmãos, o Ramadan passou ...e nós como ficaremos agora? Como ficarão as nossas orações obrigatórias que estávamos cumprindo com entusiasmo? Como ficarão as nossas orações voluntárias pela noite? Como ficarão os nossos du’a pelas madrugadas? Como ficarão as nossas leituras do Quran? Deixaremos tudo isso de lado? Esqueceremos tudo isso? É haram irmãos, wallahi é haram. Allah SWT disse no Quran:

Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Allah.” 2:183

Mas agora vem a questão: Como conseguiremos nos firmar após o Ramadan? Porque as adorações agora nos parecem mais difíceis? O que acontece com a nossa Ummah após o Ramadan? 

O que devemos fazer para conseguir ficar firme na fé após o Ramadan?

1º) Lute contra o shaytan! 

E quem é o Shaytan? Allah SWT disse no Quran:

“Shaytan é vosso inimigo, tratai-o, pois como inimigo, porque ele incita os seus prosélitos a que sejam condenados ao tártaro.” 35:06

E disse também: “E que Shaytan não vos desencaminhe; sabei que é vosso inimigo declarado.” 43:62

E ao ser expulso do Paraiso prometeu:

Disse: Juro que, por me teres extraviado, desviá-los-ei da Tua senda reta. E, então, atacá-los-ei pela frente e por trás, pela direita e pela esquerda e não acharás, entre eles, muitos agradecidos!” 7:17

Allah SWT disse no Quran: 

Seduze com a tua voz aqueles que puderes, dentre eles; aturde-os com a tua cavalaria e a tua infantaria; associa-te a eles nos bens e nos filhos, e faze-lhes promessas! Qual! Satanás nada lhes promete, além de quimeras. Não terás autoridade alguma sobre os Meus servos, porque basta o teu Senhor para Guardião.” 17:64-65

Irmãos no primeiro dia após o Ramadan o shaytan foi libertado depois de passar 30 dias acorrentado, e cuidado irmãos, agora ele virá com tudo para cima de nós, com toda a sua raiva por você ter conseguido adorar a Allah uma noite sequer. Agora ele fará de tudo para que vc perca tudo o que vc conseguiu no Ramadan. Como? Ele irá tentar te empurrar para o haram, mas para um haram grande para fazer inválido todo o teu esforço do Ramadan. Vai empurrar até ti os shayatin dentre os humanos para te desviarem e te levarem ao haram o mais rápido possível, para que vc caia e não consiga se levantar. E isso não só acontece após o Ramadan, mas sim após cada boa ação sua, pq ele quer torná-la inválida. Você vai ver que as fitnas e os testes correrão atrás de ti, as tuas más amizades correrão atrás de ti tentando te levar ao haram. Atenção irmãos! O shaytan saiu do seu cárcere e veio agora com toda a sua raiva para cima de ti. Allah SWT disse no Quran:

E com efeito, Iblis comprovou sua conjectura acerca deles; entao, seguiram-no.” 34:20

Ou seja, o shaytan vai querer fazer com que no primeiro dia vc caia e não consiga mais se levantar, para que vc se veja impossibilitado de voltar a Allah, para te humilhar e te dizer e dizer a Allah: “Ele ficou Te adorando 30 dias e eu em uma hora enganei ele e o levei ao haram.” Isso para te fazer pensar que não tem condições de adorar a Allah, que vc não tem jeito mesmo, e cair de vez no haram. Acreditaremos no shaytan? 

E com efeito, Iblis comprovou sua conjectura acerca deles; entao, seguiram-no, exceto um grupo de crentes.” 34:20 

Insha Allah nós estejamos entre esse grupo de crentes.

Irmãos, isso ocorre com todos nós, o haram virá com tudo atrás de nós, vamos ficar firmes, se nós conseguirmos nos firmar nessas primeiras 2 semanas após o Ramadan, as coisas ficarão mais fáceis depois para se firmar. Mas, muito cuidado para não cair agora, pq se cair agora o shaytan te enganará para que vc não consiga voltar a Allah. Firmem-se da mesma forma que estava firme no Ramadan. 

Irmãos, eu sei que nós pensamos: “Poxa eu acabei de sair do Ramadan eu preciso descansar!”, mas saibam que nessa vida não há descanso para o muslim, mas então onde eu vou descansar? Uma vez perguntaram ao Imam Ahmad Ibn Hambal: “Onde o servo sente o sabor do descanso?” e ele respondeu: “Com o primeiro passo dentro do Paraíso, antes disso não há descanso!”. 

Allah SWT disse:

“criamos o homem em uma atmosfera de aflição.” 90:4

E disse tb:

Ó humano, em verdade, esforçar-te-ás afoitamente por compareceres ante o teu Senhor. Logo O encontrarás!” 84:6

Irmãos, não vamos cair nas primeiras semanas, vamos nos manter firmes, não vamos relaxar nas nossas orações, nem nas nossas boas ações. Nós já conhecemos o plano do Shaytan, não vamos cair nele. 

Além de tomar o cuidado de não cair no haram, vem o segundo cuidado: Não deixar as adorações! Irmãos, alhamdulilah no Ramadan provamos o que era fazer rezas voluntárias, vivemos com a recitação do Quran nos 30 dias, provamos o que era estar com a lembrança de Allah clara em nossas mentes 24 horas por dia, provamos o que era fazer nossos ouvidos, nossa boca, e nossos olhos jejuarem, por Allah, não vamos deixar isso de lado após o Ramadan!!

Olhem como o shaytan brinca conosco: No Eid provavelmente você estava cansado, rezou o eid e foi descansar, logo ele já se esforçou em fazer vc se atrasar para rezar o dhuhor, ou o asr, depois vai seguir atrás de ti até que vc perca o salat fajr do outro dia, e depois mais um dia, e depois mais um dia, após isso pronto, ele já conseguiu o que queria.

O que devemos fazer então para que o shaytan não consiga brincar conosco? Vamos nos firmar em 5 coisas com unhas e dentes para que o shaytan não consiga nos fazer cair novamente. Se vc ficar firme nessas 5 coisas nessas 2 primeiras semanas, vc conseguirá ficar firme após isso:

1) A oração na mesquita, principalmente aos irmãos, fiquem firmes quanto as orações obrigatórias na mesquita, nem que seja 3 das 5 orações, em último caso nem que seja nas orações da sexta-feira, fiquem firmes com as orações na mesquita. E com relação às irmãs? Se não puder rezar na mesquita, tentar rezar o mais cedo possível, entrou o horário da oração vou deixar tudo e vou correr até a oração, e se possível continue rezando as tuas orações em congregação, seja com a tua família, seja com alguma irmã muçulmana, seja com a tua mãe. Por Allah irmãos, não vamos abandonar as orações após o Ramadan.

2) A lembrança de Allah SWT. Nem que seja 5 minutos por dia eu vou parar para glorificar e louvar a Allah e pedir o seu perdão.

3) O Du’a . Não vamos abandonar os du’a após o Ramadan. Vamos seguir fazendo du’a todos os dias e entre eles faça du’a para que Allah te firme agora após o Ramadan.

4) Continue ouvindo ou lendo o Quran. Nem que seja 10 minutos por dia, reserve um momento para recitar o Quran ou ouvir o Quran, não abandonem o Quran.

5) Essa é muito importante: Se apeguem à amizades que te aproximem do Islam e de Allah. Se vc fizer as 4 primeiras coisas e andar com pessoas que não são religiosas e que não são próximas a Allah, logo logo cairás. Por isso irmãos, apeguem-se a amizades que te levem para a obediência a Allah e não a desobediência de Allah e do Seu profeta SAAS. Cuidado com as más companhias, pq esses são os shaytan dentre os humanos que se esforçarão junto com os shayatin a te puxar ao haram. Irmãos, está mais do que comprovado: se vc seguir com amizades que estão afastadas do din mais cedo ou mais tarde vc vai segui-los. Já tivemos historias trágicas de pessoas que após serem firmes no din morreram como incrédulas devido às más companhias, que Allah SWT nos proteja disso e nos proteja de termos más companhias. E já tivemos histórias de pessoas que não eram apegadas em Allah que após andarem com pessoas apegadas no din se firmaram no islam e se apegaram ao vínculo com Allah SWT. Portanto irmãos, se vcs tem amizades com pessoas que não são apegadas a Allah, o mais rápido possível cortem relações com essas pessoas antes que seja tarde demais. Allah SWT disse no Quran:

Distancia-te daqueles que tomam a religião por jogo e diversão, a quem ilude a vida terrena, e relembra-lhes que todo o ser será penitenciado pelo que cometer e não terá, além de Deus, protetor, nem intercessor algum; e ainda que ofereça qualquer resgate, não lho será aceito. Os ignóbeis serão entregues ao tormento, pelo que cometeram, e terão, por bebida, água fervente e um doloroso castigo, por sua ignomínia.” 6:70


E também disse:

“Será o dia em que o iníquo morderá as mãos e dirá: Quem dera tivesse seguido a senda do Mensageiro! Ai e mim! Quem dera não tivesse tomado fulano por amigo, Porque me desviou da Mensagem, depois de ela me ter chegado. Ah! Satanás mostra-se aviltante para com os homens!” 25:27-29

Ó fiéis, não sigais as pegadas de Satanás; e saiba, quem segue as pegadas de Satanás, que ele recomenda a obscenidade e o ilícito.”

Irmãos vamos nos firmar após o Ramadan! Entenderam agora pq é sunna fazer 6 dias de jejum no mês de Shawal? Para que vc continue firme. Se vc fizer jejum os 30 dias do Ramadan mais 6 dias de shawal somam-se 36 dias de jejum que multiplicados por 10 boas- ações cada um deles dá um total de 360 dias, ou seja, é como se vc tivesse jejuado o ano inteiro.

Quem jejue o Ramadan e o segue mais seis (dias) de Shawual será como tivesse jejuado toda a vida.” [Muslim]

A outra questão é: Como saber se o meu esforço no Ramadan foi aceito por Allah ou não? O Imam Ahmad ibn Hambal disse: “Entre os sinais de que uma boa ação foi aceita por Allah é que vc se esforce em fazer outra boa ação depois desta.”

Ou seja, se após o Ramadan vc conseguir se firmar nas hassanat então quer dizer que Insha Allah teu esforço no Ramadan foi aceito, mas se já na primeira semana vc cair feio no haram e deixar as hassanat saiba que isso não é um bom sinal e quem sabe teu esforço não tenha sido aceito devido a essa sua caída. 

Os sahaba quando faziam uma boa ação se esforçavam para fazer da melhor maneira possível, e após terminá-las corriam para o Du’a e suplicavam a Allah temerosos se Allah tinha ou não aceito aquela boa ação deles, até o ponto de ficarem extremamente preocupados com isso. 

Bom qual é o ultimo ponto que devemos cuidar agora após o Ramadan? Vamos viver e trabalhar pelo islam.Vamos reservar um momento da semana para estudar o islam, vamos nos reunir com os irmãos para estudar o islam, para memorizar o quran, para estudar a biografia do Profeta SAAS, para firmar nossa fé. Além disso vamos pensar em como fazer boas ações, em como fazer algo em prol da Ummah, seja na Da’wa para chamar as pessoas ao islam e firmar os muçulmanos na fé, seja com a caridade, seja ajudando um pobre, seja o que for, vamos pensar em como fazer algo pela Ummah. Wallahi isso além de fortalecer a Ummah em geral fortalece a nós mesmos, pq estaremos ligados com o islam sempre para aumentar o nosso iman. Irmãos nós precisamos sempre renovar a nossa fé, se qualquer um de nós passar alguns dias sem ler nada sobre o islam, sem ouvir o Quran, sem ler ahadith, sem falar sobre Allah pode ter a certeza que a nossa fé irá despencar, por isso irmãos, não viva um dia sequer deixando o islam de lado, pq isso pouco a pouco fará com que vc caia no haram e que o shaytan se firme contra ti. Além disso irmãos, a Ummah precisa de nós, precisa do nosso esforço, o Islam precisa que nós trabalhemos, os nossos irmãos mujahidin que estão sofrendo precisam que nós puxemos as pessoas novamente ao islam para exaltar a Ummah e exaltar o Islam. Irmãos, a nós cabe o mesmo trabalho que aos profetas foi encarregado: chamar as pessoas a Allah, vamos fazer isso no limite das nossas competências, no limite do nosso conhecimento, isso pq o Profeta Muhamad SAAS disse: “divulguem o que aprenderam por mim nem que seja um versículo”. 

Habibina Muhamad SAAS disse: 

O islam chegará tão longe como a noite e o dia, e Allah não deixará nenhuma casa ou tenda sem que Ele faça com que esta religião entre nela. Alguns serão honrados outros humilhados, Allah honrará o Islam e humilhará a incredulidade.”

Irmãos, a luz do islam está voltando a brilhar na nossa Ummah, não é a toa que nós alhamdulilah estamos aqui hoje, não é a toa que Allah SWT nos guiou a este caminho, portanto irmãos vamos ser os instrumentos de Allah para espalhar a luz do islam na nossa Ummah, principalmente nos jovens da Ummah que precisam com urgência da luz do Islam.

Irmãos, nós vivemos com Allah 30 dias, 30 dias e Ele SWT nos guiou à adoração, ao jejum, à oração, nos guiou a estarmos vivos e passarmos pelo Ramadan, pela Laylatul Qadr. Allah SWT derramou sobre nós a Sua Misericórdia, nos perdoou os nossos pecados e erros, permitiu que nós sentíssemos o sabor do du’a e o sabor da fé, permitiu que nós o adorássemos, depois disso tudo vamos esquecer de Allah? Irmãos o Ramadan é uma das bênçãos de Allah, não pense que porque nós rezamos ou lemos o Quran isso foi feito com nosso mérito, não! Isso tb foi uma benção de Allah, uma lágrima sequer que nós derramamos nessas noites por temor a Allah foi pq Ele permitiu, se vc louvou a Allah, se vc implorou o Seu Perdão isso só aconteceu pq Ele te guiou a isso. Allah SWT disse no Quran:

"Certamente, não é mais do que uma mensagem, para o universo. Para quem de vós se quiser encaminhar. Porém, não vos encaminhareis, salvo se Allah, o Senhor do Universo, assim o permitir.” 81:27-29

Agradeçam a Allah irmãos, não esqueçam as inúmeras bênçãos que Ele nos concedeu e que continuará nos concedendo, agradeçam a Allah obedecendo as Suas ordens. Vejamos o que o Shaytan disse:

“Disse: Juro que, por me teres extraviado, desviá-los-ei da Tua senda reta. E, então, atacá-los-ei pela frente e por trás, pela direita e pela esquerda e não acharás, entre eles, muitos agradecidos!” 07:17 

Olhe a sua volta e comece a enumerar as bençãos de Allah sobre vc e agradeça a Allah, e jamais conseguirás enumerá-las, pq elas começam até mesmo antes de vc nascer. 

Irmãos, não vamos esquecer de Allah, não vamos esquecer dos Seus versiculos, não vamos esquecer do Seu Din, Allah SWT disse no Quran:

“E não sejais como aqueles que se esqueceram de Deus e, por isso mesmo, Ele os fez esquecerem-se de si próprios. Estes são os depravados!” 59:19

Disse Allahu Taala: 

“Oh fiéis, recordai de Allah com frequencia, e Glorificai-o, de manha e a tarde” 33:41-42

E disse em relação a situação daqueles que esqueceram Allah no dia do Juizo:

"Em troca, quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida, e, cego, congregá-lo-emos no Dia da Ressurreição.Dirá: Ó Senhor meu, por que me congregastes cego, quando eu tinha antes uma boa visão? E (Deus lhe) dirá: Isto é porque te chegaram os Nossos versículos e tu os esqueceste; a mesma maneira, serás hoje esquecido!” 20:124

Que Allah SWT nos firme e firme a nossa Ummah na retidão e na orientação, e que Allah não permita que nós caiamos nem nos desviemos agora após o Ramadan.

Ya Allah Ayrob !Glorificado e louvado sejas, Abençoado seja Teu nome, altissimo é o Teu poder e não há divindade digna de adoração além de Ti. Ya Allah buscamos proteção em Ti para que não nos extraviemos nem que nos extraviem, de cometermos erros ou de sermos levados a cometê-los, de oprimirmos ou sermos oprimidos, de sermos ignorantes ou sermos tratados com ignorância. Ya Allah nos protegemos em Ti, no Teu poder e na Sua nobre face e na sua autoridade eterna, contra shaytan rajim e seus sussurros e extravios. Ya Allah ajuda-nos a nos lembrarmos de Ti, a sempre Te agradecer e a Te adorar da melhor forma. Ya Allah imploramos o temor a Ti tanto secretamente como publicamente, imploramos-te a palavra verdadeira tanto nos momentos felizes como nos tristes, imploramos-te o equilibrio na riqueza e na pobreza, imploramos-te pela satisfação apos nos destinar algo, imploramos por uma vida feliz apos a morte, imploramos pela docura de contemplar a Tua face e a saudade pelo Teu encontro. Ya Allah adorna nosso coração com o adorno da fé e faze-nos estar entre aqueles que guiam e sao guiados! E que a paz e as bençãos de Allah estejam com o Profeta Muhamad e Louvado seja Allah Senhor do Universo. Allahuma Amin!

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen 

Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo. 

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

fonte site: islamismo.org

quarta-feira, setembro 08, 2010

SALÁTUL-IDE (FESTA DO DESJEJUM)

SALÁTUL-IDE 
Por Sheikh Sulaiman H. Fonseca adaptado por Ibrahim Mustafa Ammar

É relatado no Bukhari e Musslim de que Abu Sa’íd Al-Khudri (Que Deus esteja satisfeito com ele) narra que nos dias de Idul-Fitr e Idul-Ad’há, o profeta Muhammad (A paz de Deus esteja com ele) costumava sair para o Mussallah (Idgáh) e a primeira coisa que fazia era o Salát; em seguida, dirigia-se às pessoas para proferir o Khutbah (Exortação) enquanto elas permaneciam sentadas nas suas fi leiras.

MÉTODO DE REALIZAÇÃO
O Salátul-Ide consiste em dois rakátes Sunnat, com alguns Takbir extras em relação aos Salátes habituais. Segundo o Imám Abu Hanifa, ao todo são feitos seis Takbir extras, sendo três no primeiro rakát, logo após o Saná e antes de recitar o Suratul-Fátiha, e outros três no segundo rakát, depois de recitar o Quirát e antes de se dirigir para o Rukú.

De acordo com os Imámes Sháfi , Málik e Ahmad, este Salát contém doze Takbir extras, sendo sete no primeiro rakát, pronunciados tal como no método anterior, e cinco no segundo rakát, também antes de recitar o Suratul-Fátiha.

ONDE EFETUAR O SALÁTUL-IDE?

Este Salát deve ser constituído por um grande ajuntamento e realizado nas imediações da cidade, de forma a demonstrar o dinamismo e vigor dos muçulmanos. 
De acordo com a tradição do Profeta (A paz de Deus esteja com ele), efetuá-lo nas imediações da cidade é melhor e mais virtuoso do que efetuá-lo dentro da cidade [Fatáwa Darul-Ulum, Vol. 5].

Entretanto, como nas grandes cidades é difícil definir um Idgáh nas suas imediações, então é necessário escolher um terreno amplo e aberto para tal. Contudo, deve-se esforçar na medida do possível para preparar um grande ajuntamento, pois isso é melhor em comparação a muitos Idgáh pequenos [Ahssánul-Fatáwa, Vol. 4].

Efetuar este Salát no Idgáh é Sunnat Mu’akkidah e aqueles que assim não o fizerem sem razão válida, são dignos de repreensão e censura e serão considerados pecadores. Caso o Idgáh se localize a uma certa distância e seja inconveniente para idosos e doentes, então é permitido para essas pessoas fazerem-no na Mesquita [Fatáwa Rahimiyah, Vol. 1].

O Salátul-Ide efetuado na Mesquita é válido, pois existem narrações em que os Khalifas Umar e Ussmán (Que Deus esteja satisfeito com eles) assim o fizeram devido à chuva, ou seja, por existir uma razão válida, tal como já foi dito anteriormente. Porém, efectuá-lo no Idgáh é uma tradição do Profeta (A paz de Deus esteja com ele), e fazê-lo noutro lugar sem um motivo válido é o mesmo que contrariar o Sunnat [Fatáwa Darul-Ulum, Vol. 5].

Algumas pessoas acham melhor fazer este Salát na Mesquita alegando que o Profeta (A paz de Deus esteja com ele), optou por um lugar amplo devido à incapacidade da Mesquita An-Nabawi (Mesquita do Profeta) de acomodar todos os Sahábah presentes. Contudo, isto não é correto pois se a causa fosse esta, o Profeta (A paz de Deus esteja com ele),  ordenaria que se fizesse o Salátul-Ide noutras Mesquitas tais como Qubá ou Quiblatain, que já existiam na altura.

Outros optam por juntar os frequentadores nas respectivas Mesquitas e efetuar este Salát sozinhos, talvez pelo simples protagonismo ou por questões de liderança nos diferentes rituais. De fato, o que era costume é que os Sahábah sempre se juntavam num único lugar e realizavam aí as cerimônias de Ide, todos unidos.

O Salátul-Ide era realizado nas imediações da cidade de Madina, num lugar previamente designado como Idgáh; nessa época, não havia paredes à volta, era um lugar amplo e aberto e localizava-se a cerca de 300 metros da Mesquita An-Nabawi [Ma’áriful-Hadice, Vol. 3].

A PRESENÇA DE MULHERES NO IDGÁH

É relatado por Bukhari, Musslim e outros de que o Profeta (A paz de Deus esteja com ele), aconselhava vigorosamente às mulheres a estarem presentes no Idgáh. Umme Atiyya (RTA) narra que elas eram aconselhadas (e numa outra narração consta que o Profeta (A paz de Deus esteja com ele), as aconselhava) a trazer para o Idgáh as adolescentes, as caseiras (mulheres que permanecem a maior parte do tempo em casa) e as menstruadas e estas (menstruadas) não se juntavam ao Salát [Bukhari].

Numa outra narração consta que o Profeta (A paz de Deus esteja com ele), trazia para o Idgáh as adolescentes, as castas, as caseiras e as menstruadas e estas últimas não se juntavam ao Salát mas presenciavam o ajuntamento dos muçulmanos [Musslim, Tirmizhi]. Ibn Abbass  narra ainda que o Profeta (A paz de Deus esteja com ele),  trazia as suas esposas e filhas para os dois Ides [Ibn Májah, Baihaqui].

E de acordo com um Hadice relatado por Nassaí, o Profeta (A paz de Deus esteja com ele), declarou que deixassem que as adolescentes, as caseiras e as menstruadas se apresentassem no Idgáh, e que estas últimas se abstivessem do Salát.

Consta ainda numa narração considerada autêntica e mencionada no Mussannaf Ibn Abi Shaiba em que Abu Bakr (Que Deus esteja satisfeito com ele) afirma que é direito de toda a mulher presenciar os dois Ides. Portanto, depreende-se destas narrações autênticas de que faz parte do Sunnat a mulher participar nas cerimônias do dia de Ide tais como escutar o Khutbah, participar no Duá e, para aquela que não estiver no seu período menstrual, juntar-se ao Salátul-Ide. Entretanto, a mulher deve prestar muita atenção em não sair de casa sem cumprir devidamente o Hijáb e nem sair toda maquiada, ornamentada ou perfumada, para não atrair a atenção de homens estranhos pois isso é expressamente proibido. Assim sendo, efetuar o Salátul-Ide na Mesquita impede à mulher que esteja no seu período menstrual de presenciar as outras práticas para além do Salát, pois nesta condição ela não pode frequentar a Mesquita.

De fato, o Sunnat é efetuar este Salát no Idgáh tal como o Profeta (A paz de Deus esteja com ele) sempre fez e aconselhou também às mulheres a participarem. Infelizmente, estas duas comprovadas tradições do profeta Muhammad (A paz de Deus esteja com ele) tendem a desaparecer devido ao desleixo de alguns dirigentes e teólogos muçulmanos, pois são iniciativas que não dependem da vontade apenas dos crentes. Vamos esforçar-nos para corrigir estas práticas, pois o Profeta (A paz de Deus esteja com ele) disse: «Aquele que assegurar o meu Sunnat na altura da corrupção, receberá a recompensa de mártir». [Musstadrak Hákim].

Louvado seja Allah. Louvamo-Lo, Glorificado e Exaltado seja. Pedimos Sua ajuda, indulgência e diretriz. Pedimos-lhe refúgio contra os malefícios das nossas almas e as maldades das nossas ações. Que Deus abençoe e dê paz ao Profeta Mohammad, a melhor das criaturas e o Mensageiro escolhido de Deus, assim como aos seus familiares e aos seus companheiros e seguidores até o Juizo Final. Amém.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

quarta-feira, setembro 01, 2010

O Casamento Islâmico

Em nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso:

Já falamos a cerca do casamento islâmico em outra matéria. Como existe muito questinamento e muita lenda sobre esse tema resolvemos reeditá-lo em uma forma bem didática e de fácil entendimento. Cuidado leitores não muçulmanos ao condenarem o islamismo por permitir que o homem venha a casar com até 04 (quatro) mulheres. Bom lembrar que não foi o islam quem criou a poligamia ele apenas a disciplinou e criou regras claras.

Uma das coisas que mais  contraria a Allah SW é a hipocrisia. O que é mais lícito, você desposar mais de uma esposa ou viver enganando sua mulher, filhos, sogro , sogra e a sociedade em geral?
Peço para Allah SW que nesse mes Sagrado do Ramadan, que nos dê dicernimento e clareza em nossas ações. Experimente dividir o número de mulheres aptas ao casamento pelo número de homens que tem condições de desposá-las. Elimina-se ai homens e mulheres, que optaram pelo homossexualismo ou pelo celibato, quem sabe nós chegaremos a um número 04 (quatro).


O Islam, desde o séc. VII d.C, garantiu às mulheres casadas personalidade independente, conquista essa que as mulheres ocidentais se viram privadas até muito recentemente. No Islam, a noiva e sua família não têm obrigação de presentear o noivo. A moça, numa família muçulmana, não é responsável. Uma mulher é tão dignificada no Islam que ela não precisa presentear ninguém, a fim de atrair maridos em potencial. É o noivo que precisa presentear a noiva com um presente de casamento. Este presente é considerado sua propriedade e, nem o noivo nem a família da noiva têm qualquer direito ou controle sobre tal presente. Em algumas sociedades muçulmanas de hoje, um dote de casamento no valor de US$100.000,00 não é incomum. Em regra geral, a noiva fica com o seu presente de casamento, mesmo que mais tarde ela se divorcie – motivadamente. Não é permitida a participação do marido na propriedade de sua esposa, a não ser que ela a ofereça a ele por sua livre e espontânea vontade. O Alcorão Sagrado estabelece sua posição a esse respeito muito claramente:

"E concedei os dotes que pertencem às mulheres; mas se elas, de boa vontade, conceder-vos uma parte, aceitai-o e desfrutai-o com bom proveito" (4:4).

A propriedade e os ganhos da esposa estão sob seu completo controle e para seu uso somente, uma vez que a sua manutenção e a das crianças é responsabilidade do marido. Não importa quão rica seja a esposa, ela não é obrigada a agir como co-provedora para a família, a menos que, voluntariamente, escolha fazê-lo. O casal herda entre si. Além disso, uma mulher casada no Islam conserva sua personalidade legal independente e o nome se sua família. Um juiz americano, certa vez, comentando sobre os direitos das mulheres muçulmanas, disse: "Uma muçulmana pode se casar 10 vezes, mas sua individualidade não é absorvida pela de seus vários maridos. Ela é um planeta solar, com um nome e uma personalidade jurídica própria".

As três religiões monoteístas têm diferenças importantes em suas posições em relação ao divórcio. O cristianismo abomina o divórcio complemente. O Novo Testamento, inequivocamente, advoga a indissolubilidade do casamento. Os cristãos atribuem a Jesus (a.s.) o ter dito, "mas eu digo a vocês que qualquer que se divorcie de sua esposa, exceto pôr infidelidade, transforma a mulher em adúltera, e qualquer um que se case com uma mulher divorciada comete adultério" (Mateus, 5:32). Este ideal intransigente é, sem dúvida, irreal. Ele pressupõe um estado de perfeição moral que as sociedades humanas jamais alcançaram. Quando um casal percebe que sua vida conjugal não tem mais jeito, negar o divórcio em nada irá ajudá-lo. Forçar casais, que não se dão bem, a viverem juntos contra suas vontades não produz qualquer efeito, além de não ser razoável. Não espanta que o mundo cristão tenha sido obrigado a sancionar o divórcio.

O judaísmo, por outro lado, permite o divórcio, mesmo sem qualquer razão ou causa. O Velho Testamento dá ao marido o direito de se divorciar de sua esposa, mesmo que ele apenas se antipatize por ela: "Se um homem se casa com uma mulher que venha a se tornar desagradável a ele, porque ele descobre alguma coisa indecente sobre ela, ele assina o certificado de divórcio e o dá para a esposa e a manda embora de sua casa. E se, depois que ela deixar a sua casa, e se tornar a esposa de um outro homem, e esse segundo marido não a quiser mais, se ele emitir o certificado de divórcio, e a mandar embora de sua casa, ou se ele morrer, aquele primeiro marido, que havia se divorciado dela, não pode mais se casar com ela" (Deuteronômio 24:1/4).

O Islam reconhece o direito de ambos os parceiros terminarem suas relações matrimoniais. O Islam dá ao marido o direito ao divórcio. Além disso, o Islam, diferentemente do Judaísmo, garante à esposa o direito de dissolver o casamento através do que é conhecido como "Khula". Se o marido dissolve o casamento, ele não pode retirar qualquer dos presentes de casamento que ele tenha dado a ela. O Alcorão explicitamente proíbe aos maridos divorciados de terem de volta os presentes de casamento, não importando quanto eles tenham custado.

"Mas, se vos decidirdes tomar outra esposa no lugar da primeira, mesmo que vós tenhais dado à primeira o maior tesouro como dote, não o diminua em um pedaço. Tomá-lo-íeis de volta, com uma falsa imputação de erro manifesto?" (4:20).

No caso de ser a esposa a escolher o fim do casamento, ela pode devolver os presentes a seu marido. Retornar os presentes de casamento é uma compensação para o marido que gostaria de manter a esposa, enquanto que ela escolheu deixá-lo. O Alcorão instruiu os muçulmanos a não tomar de volta os presentes que eles deram às esposas, exceto no caso de a esposa escolher dissolver o casamento:

"Não é lícito para vós (homens) tomar de volta quaisquer dos presentes, exceto quando ambas as partes temerem não ser capazes de manter os limites ordenados por Allah. Não há culpa para qualquer um de vós se ela der alguma coisa por sua liberdade. Tais são os limites ordenados por Allah, assim não os transgridam" (2.229).

Em resumo, o Islam tem oferecido à mulher muçulmana alguns direitos inigualáveis: ela pode terminar o casamento através da "Khula" e pedir o divórcio. Uma esposa muçulmana não pode nunca se tornar prisioneira de um marido recalcitrante. Foram esses direitos que seduziram as mulheres judias, que viviam nas primeiras sociedades islâmicas do séc. VII, d.C., a procurarem obter os certificados de divórcio de seus maridos judeus nas cortes muçulmanas. Os rabinos declararam aqueles certificados nulos e inválidos. A fim de terminar esta prática, os rabinos deram novos direitos e privilégios às mulheres judias, na expectativa de enfraquecer o encanto das cortes muçulmanas. Não se ofereciam às mulheres judias, que viviam nos países cristãos, qualquer privilégio semelhante onde a lei romana de divórcio, então praticada, não era mais atraente do que lei judia.

Agora focalizemos nossa atenção sobre como o Islam desencoraja o divórcio. O Profeta do Islam disse aos crentes que: "entre todos os atos lícitos, o divórcio é o mais odiado por Deus" (Abu Dawood). Um muçulmano não deve se divorciar de sua esposa, apenas porque ele não se simpatiza mais com ela. O Alcorão orienta o muçulmano a ser gentil com suas esposas, mesmo em caso de emoções fortes ou sentimentos de desagrado: "Vivei com elas (vossas esposas) em bases de gentileza e equidade. Se vós vos antipatizais delas pode ser que estejais antipatizando com alguma coisa que Allah colocou como um grande bem" (4:19). O Profeta Muhammad deu uma orientação semelhante: "Um crente não deve odiar uma crente. Se ele não gosta de alguma coisa, ele poderá se agradar de outras" (Muslim). O Profeta também enfatizou que os melhores muçulmanos eram aqueles que eram os melhores para as suas esposas: "Os crentes que mostram a fé mais perfeita são aqueles que têm o melhor caráter e o melhor dentre vocês é aquele que é o melhor com suas esposas" (Tirmidthi).

De um discurso do nosso irmão, o Sheykh Mohamad al Bukai, da Liga da Juventude Islâmica Beneficente do Brasil, no Bairro do Pari, em São Paulo/SP, proferido aos 09 de setembro do ano passado, observa-se o seguinte:

“Meus irmãos, o Islam colocou o divórcio como lei, mas ele explica suas condições de forma muito clara no Alcorão Sagrado. O divórcio é uma forma de se resolver os problemas quando o casamento chega a um caminho sem direção; Deus facilitou para o casal uma saída e o divórcio tornou-se uma misericórdia para ambos: “E, se ambos se separam, Deus enriquecerá a cada um deles de sua munificência (...). (4:130)

Entretanto, não é permitido, sob nenhuma hipótese, que o divórcio seja realizado por motivo fútil e volúvel. Deus nos disse que não podemos tratar desses assuntos como uma brincadeira: “(...) E não tomeis os versículos de Deus por objeto de zombaria (...). (2:231)

Queridos irmãos, o divórcio cresceu muito hoje em dia, pela diminuição da fé no coração das pessoas, pela falta de amor e pela expansão do egoísmo entre os seres humanos.

Outro motivo é a falta de maridos tementes a Deus que não assumem a responsabilidade de suas famílias e não dão às suas esposas os direitos que Deus ordenou e não percebem que o casamento tem obrigações que precisam ser cumpridas. Maridos que não perdoam os erros de suas esposas e não respeitam o tempo e as lembranças do tempo de convivência em harmonia com estas.

Há um terceiro motivo: falta de esposas devotas, arrependidas e adoradoras; esposas que respeitam os direitos de seu marido, de sua família e que conhecem a responsabilidade do casamento.

Também há os casos em que os pais e a família interferem na vida conjugal de seus filhos de forma negativa; em vez de ajudarem, acabam tornando a vida do casal em um inferno.

A sociedade também tem sua responsabilidade nesse aumento dos divórcios. Há entre nós uma infinidade de pessoas que podem provocam o divórcio com atitudes mesquinhas como a intriga, a inveja, a fofoca etc., que disseminam a discórdia entre as famílias.

Tudo isso, queridos irmãos, no levou a essa tragédia que a nossa sociedade sofre. Para todos os maridos e esposas, para todos os pais, digo que temam a Deus.

Não se precipitem na hora de tomar uma decisão sobre o divórcio. No caminho da vida há muitos problemas, mas o marido tem de ser paciente com os erros de sua esposa e esta também tem de ser paciente com os erros de seu marido; o divórcio é a última decisão a ser tomada.

O casamento tem de ser estabelecido sobre o amor, o respeito mútuo, o diálogo e com a consciência de que cada um do casal precisa ser dedicado para satisfazer o outro.

Vou colher uma flor no jardim da nossa história que conta sobre a história de um casal que vivem um casamento feliz e harmonioso. Um sábio chamado Alchabi perguntou a outro sábio chamado Churaih: “– Como está sua esposa? Como está sua vida com sua esposa?”. Este último respondeu: “– Já completei vinte anos com ela sem nunca ter nenhum problema”. O primeiro questionou: “Mas como? Vinte anos sem problemas?”. Então, ele respondeu: “No dia em que nos casamos, quando eu me aproximei dela, ela me disse que eu tivesse calma; eu fiquei surpreendido e então ela se levantou como se fosse dar um discurso e na realidade foi o que ela fez; louvou a Deus e me disse: ‘sou uma mulher estrangeira e não conheço suas tradições e seu caráter; entre as mulheres, havia outras melhores que do eu e entre os homens; alguns melhores que você, mas a vontade de Deus quis que ficássemos juntos. Dessa forma, diga-me quais as coisas que você gosta para eu fazer e as coisas que você não gosta para eu não fazer. Diga-me com que freqüência você permite que eu visite minha família (...)’. Ela me obrigou a fazer um outro discurso e também me levantei, louvei a Deus e respondi a tudo e lhe perguntei sobre as coisas que ela gostava e não gostava e graças a Deus, vivemos juntos há 20 anos sem problemas”.

As salam'aleykum wa arahmatullah wa barakat (Que a paz, as bençãos e as misericórdias de Allah estejam convosco)!

Ramadan Mubarak!

domingo, agosto 22, 2010

A mentira deve ser Combatida e a Verdade em breve será Restituída

Embora o mes do Ramadã seja um tempo de contemplação e adoração, não podemos perder a oportunidade de esclarecer a verdade. Embora certos conceitos sejam tão óbvios nunca é demais utilizar os instrumentos oferecidos pela modernidade e permitido por Allah SW em favor da liberdade de um povo. Não podemos continuar condenando, por exemplo, as atidudes de Adolfo Hittler conta o Povo Judeu, e continuar em pleno século 21 a atrocidade desse povo contra os povo palestino. O pior de tudo isso, é que quem poderia verdadeiramente acabar com esse conflito continua tratando o problema como seus antecessores. Falo da grande esperança da humanidade o senhor Baraka Obama presidente dos EUA. Que no lugar de tomar atitudes enérgicas contra os verdadeiros opressores, prefere criar uma situaçao para atacar a pacífica República Islâmica do Irã.
Vamos ver quem realmente mente, quem realmente é uma ameaça mundial. Assunto: FW: Quem mente? Quem ameaça a segurança do mundo?


Bismillah, (Em Nome de Allah)

Israel comete crime, lesa humanidade e o chefe da ONO finge que está tudo normal

“Eu esperava que eles atirassem nas pernas ou para o alto, só para aterrorizar as pessoas, mas eles foram atirando direto, alguns foram atingidos na cabeça". Esta descrição, feita pela brasileira Iara Lee, que estava na Flotilha da Liberdade atacada na segunda feira (dia 31) é a melhor descrição da barbárie dos esbirros de Netanyahu contra aquele comboio desarmado que tentava furar o bloqueio sionista e levar ajuda humanitária aos palestinos da Faixa de Gaza.

A criminosa ação sionista, que deixou pelo menos nove mortos e mais de trinta feridos, levantou mais uma vez uma onda mundial de protesto contra o governo de Tel Aviv. E expõe a hipocrisia da política externa das grandes potências, particularmente do principal suporte da violência praticada por Israel contra o povo palestino: os EUA.

Uma das faces dessa hipocrisia é a alegação do caráter preventivo da ação. É um argumento que deriva do conceito de guerra preventiva, banido e condenado pela legislação internacional. Mas adotado em nosso tempo pelo presidente George Bush, do EUA, que - repetindo Hitler e os nazistas - justificou com esse conceito a ação agressiva contra o Iraque e suas múltiplas ameaças contra os povos.

Hipocrisia repetida em nossos dias. Malgrado a diferença de linguagem e do atual ocupante da Casa Branca, o fato é que nos temas internacionais fulcrais, o que valem são os interesses permanentes e estratégicos dos EUA, que invariavelmente age como potência imperialista. A diplomacia dos EUA, dirigida por Hillary Clinton, pressiona os países para reforçar o monopólio das potências sobre as bombas atômicas e a energia nuclear e exige que os países, principalmente aqueles que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU, adotem sanções contra o Irã usando dois argumentos - diz que o Irã mente, e que seu programa de pesquisa nuclear coloca o mundo em perigo.

A ação criminosa de Israel contra o comboio desarmado que pretendia levar ajuda humanitária aos palestinos coloca estes argumentos em xeque: Quem mente? Quem ameaça a segurança do mundo? Fica nítido, outra vez, que o foco das mentiras e ameaças não é Teerã, mas Washington e Tel Aviv. Washington pelo apoio às ações criminosas de Israel, impedindo qualquer medida efetiva contra elas; Tel Aviv porque se coloca acima da lei, do bem e do mal e da própria humanidade: o massacre da Flotilha da Liberdade é mais uma conta num longo rosário de agressões sangrentas.

A guerra é a política continuada por outros meios, já se disse. Mas a vitória não depende apenas da força militar de um país; ela depende principalmente da política, campo onde se formam as convicções e são criadas as condições da vitória.

Por isso esta é uma guerra perdida por Israel, que enfrenta a opinião pública do mundo e fomenta a oposição dentro de suas próprias fronteiras. O massacre da segunda feira foi uma derrota para Israel: se a questão é manter a ferro e fogo o bloqueio de Gaza, a ação criminosa criou as condições para a abertura de um rombo nele e, no dia seguinte, o governo egípcio decidiu liberar o lado da fronteira que controla, permitindo aos palestinos aquela saída para o mundo que Israel faz de tudo para bloquear.

É difícil imaginar quais serão os próximos passos. Outro barco se dirige para Gaza, com o mesmo propósito da Flotilha esmagada a tiros pela marinha israelense: furar o bloqueio.

Tem dois símbolos a bordo: a prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire e a anciã judia Hedy Epstein, de 85 anos, cujos familiares foram assassinados pelos nazistas em Auschwitz. Israel "não aprendeu as lições" da II Guerra Mundial, disse ela. E compara o governo de Israel aos nazistas: "Como eles podem fazer o mesmo contra os palestinos?" , pergunta.

O governo de Tel Aviv responde a comparações como essas acusando seus autores de anti-semitas. Mas perderam a chamada guerra da comunicação, e quem se junta a essas acusações é uma heroína judia inconformada com os crimes de guerra de Israel contra os palestinos. Sua voz é um eco antissemita ou a expressão da consciência da humanidade?

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram- se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Allahu Akbar = DEUS É GRANDE.


Que o nosso jejum moral também seja uma observação nesse mes Sagrado de Ramadan.

Ramadan Mubarak Inshallah

A PRESCRIÇÃO E O DEVER DE SE JEJUAR NO MÊS DE RAMADAN. A DESCRIÇÃO DO MÉRITO DO JEJUM

Allah, louvado seja, disse:


“Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Allah. Jejuareis determinados dias; porém, quem de vós não cumprir o jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará, depois, o mesmo número de dias. Mas quem, podendo cumprir este preceito, o quebrar, redimir-se-á, alimentando um necessitado; porém, se fizer isto espontaneamente será melhor. Mas, se jejuardes. será preferível para vós, se quereis sabê-lo. O mês de Ramadan, em que foi revelado o Alcorão, é orientação para a humanidade & evidência de Discernimento e orientação. Por conseguinte, quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém quem se achar enfermo ou em viagem jejuara, depois, o mesmo número de dias” (Alcorão Sagrado, 2:183-185).

1215. Abu Huraira relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Allah, o Todo-Poderoso, diz: ‘Todos os outros atos do indivíduo são para si mesmo, exceto o ato de jejuar, que é exclusivamente para Mim, sendo que Eu o recompensarei por este. O jejum é um escudo (contra o vício e o fogo do Inferno)’; portanto, quando qualquer um de vós estiver jejuando, deverá abster-se de entabular conversa fiada, e evitar troca de palavras agressivas e barulhentas. Se alguma pessoa abusar desse um ou iniciar com ele uma discussão, ele deverá dizer que está guardando o jejum. Por Allah, em Cujas mãos está a vida de Mohammad, sabei que o hálito de quem está a jejuar é, para Allah. mais prazeroso do que a fragrância do almíscar. O indivíduo que jejua obtém duas espécies de prazer: primeiro ele irá sentir prazer quando quebrar o jejum, e, segundo, estará jubilante em virtude do jejum quando se encontrar com o seu Sustentador.” (Muttafac alaih)

1216. Abu Huraira contou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “A pessoa que oferece um par de qualquer coisa pela causa de Allah será chamada de uma das portas do Paraíso: ‘Ó servo de Allah, esta porta é a melhor para ti!’ Assim, também, a pessoa que praticar a oração (salat), com regularidade, será chamada da porta da oração; e aquelas pessoas que marcharem para a jihad, pela causa de Allah, serão chamadas da porta da jihad; da mesma forma, as pessoas que jejuam serão chamadas da porta de Raiyan (para entrarem no Paraíso - ou seja, a porta do frescor). A pessoa que der esmolas será, da porta da caridade, chamada (para entrar no Paraíso).” Abu Bakr disse:

“Ó Mensageiro de Allah, tu que és mais querido para mim do que meus próprios pais, ouve, já sei que uma pessoa chamada (para entrar no Paraíso), de qualquer das portas, não precisará de mais nada. Entretanto, poderia alguém, de todas essas portas, ser chamado?” O Profeta (SAW) respondeu: “Sim, e espero que tu serás um deles!” (Muttafac alaih)

1217. Sahl lbn Saad relatou que o Profeta (SAW) disse: Há uma porta no Paraíso chamada Al Raiyan, através da qual, no Dia do Juízo, somente entrarão as pessoas que tiverem jejuado, e nenhuma outra. Será dito: ‘Onde estão as pessoas que jejuaram?’ Estas entrarão por ali, sendo que ninguém mais o fará, salvo elas. Uma vez que tiverem entrado, a porta se fechará e, posteriormente, ninguém mais poderá entrar.” (Muttafac alaih)

1218. Abu Saíd Khudri relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Quando a pessoa jejua por um dia, em prol de Allah. Ele transporta o Inferno para uma distância de setenta anos de viagem (da pessoa).” (Muttafac alaih)

1219. Abu Huraira relatou que o Profeta (SAW) disse: “À pessoa que jejuar durante o mês de Ramadan, com fé e esperança de alcançar o beneplácito de Allah, ser-lhe-ão perdoadas as faltas passadas.”

1220. Abu Huraira relatou que o Profeta (SAW) disse

Quando chega o mês de Ramadan, abrem-se as portas do Paraíso e se fecham as do Inferno, e os demônios permanecem acorrentados.’ (Muttafac alaih)

122 1. Abu Huraira relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Começai a jejuar quando virdes aparecer a lua nova, e finalizai o jejum quando ela reaparecer. Se não a puderdes ver claramente por estar o céu coberto de nuvens, então considerai o mês de Cha’ban como se tivesse 30 dias.” (Muttafac alaih)

A GENEROSIDADE E O OFERECIMENTO DAS BOAS AÇÕES DURANTE O MÊS DE RAMADAN. A INCREMENTAÇÃO DAS OBRAS DE CARIDADE, DURANTE OS DEZ ÚLTIMOS DIAS DO MESMO

1222. Ibn Abbas relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) era a pessoa mais generosa dentre todos os homens. Especialmente durante o mês de Ramadan, costumava ser extremamente generoso, pois era quando o visitava o Arcanjo Gabriel. Durante esse mês, costumava visitá-lo todas as noites, e recitar-lhe o Sagrado Alcorão. Naqueles dias, a normal generosidade do Profeta (SAW) aumentava muitíssimo, muito mais do que o vento impregnado de chuva. (Muttafac alaih)

1223. Aicha contou que quando começavam os últimos dez dias do mês de Ramadan, o Mensageiro de Allah (SAW) costumava ficar orando toda a noite, e, inclusive, despertava os membros da sua família, e se mostrava ainda devoto e assíduo em suas orações. (Muttafac alaih)

A PROIBIÇÃO DE SE ADIANTAR O JEJUM ANTES DA ENTRADA DO MÊS DE RAMADAN; QUER DIZER, NA SEGUNDA QUINZENA DE CHA’BAN, EXCETO NO CASO DA CONTINUAÇÃO DE UM JEJUM, NUMA SEGUNDA OU NUMA QUINTA-FEIRA, DANDO-SE A CASUALIDADE DA COINCIDÊNCIA DE DATAS

1224. Abu Huraira relatou que o Profeta (SAW) disse:

Nenhum de vós deverá jejuar um ou dois dias imediatamente antes do mês de Ramadan, a não ser nos casos de uma pessoa estar acostumada a jejuar nesses dias, coisa que poderá fazer em tais datas.” (Muttafac alaih)

1225. Ibn Abbas relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Não observeis o jejum antes do mês de Ramadan; outrossim, devereis começar o vosso jejum após o avistamento da lua nova, e terminá-lo após o avistamento da lua nova (seguinte). Se o tempo estiver nublado, vede que o mês (de Cha’ban ou Ramadan) seja de trinta dias” (Tirmizi).

1226. Abu Huraira relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Não deveis jejuar quando começar a segunda metade de Cha’ban.” (Tirmizi)

1227. Abu Yaczan Ammar Ibn Yassir disse: “Aquele que guarda jejum num dia duvidoso (ou seja, sem ver a lua, por causa das nuvens) desobedece o Abul Cássim, Mohammad (SAW).” (Abu Daúd e Tirmizi)

O QUE SE DEVE DIZER AO SE AVISTAR A LUA NOVA

1228. Tal-ha Ibn Ubaidullah disse que o Profeta (SAW), ao ver a lua nova, costumava orar assim: “Ó Allah, faze com que o aparecimento dessa lua seja um presságio de paz, fé, segurança e submissão para nós. (Ó lua) o meu e o teu Senhor é Allah! Que esta lua seja de (verdadeira) diretriz e virtude!” (Tirmizi)

O MÉRITO DE SE LANÇAR MÃO DA CONSOADA (SUHUR); O RETARDAMENTO DA CONSOADA,  NÃO SER QUE SE TEMA A ENTRADA DO AMANHECER

1229. Anas lbn Málik relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Lançai mão da consoada (ou seja, sahur), porque há bênção nesse ato.” (Muttafac alaih)

1230. Zaid lbn Sábet narrou: “Certa ocasião lançamos mão do suhur com o Mensageiro de Allah (SAW), e logo nos levantamos para a oração da alvorada. Perguntamos-lhes qual seria o intervalo entre ambos, e nos disse: ‘O tempo necessário para se recitarem cinqüenta versículos (do Sagrado Alcorão).” (Muttafac alaih)

123 1. Ibn Ômar relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) tinha dois muézins (os que convocam à oração). Um era Bilal e o outro era Ibn Ummu Mactum. O Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Bilal, chama à oração um pouco mais cedo, quando ainda é noite. Por conseguinte, continua comendo e bebendo, até que Ibn Ummu Mactum chame.” Continuou: “Na verdade, há apenas um curto intervalo entre os dois, que é quando um desce do e o outro sobe ao minarete.” (Muttafac alaih)

1232. Anir bin al ‘As relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “O único fator distinguível entre o nosso jejum e o dos outros povos do Livro é o sahri (isto é, os cistãos e os judeus não tomam o desjejum da pré-madrugada.)” (Musslim).

O MÉRITO DE SE QUEBRAR O JEJUM O MAIS DEPRESSA POSSÍVEL, DEPOIS DO OCASO; O QUE SE COME AO SE QUEBRAR O JEJUM, E AS SÚPLICAS QUE ACOMPANHAM O ATO

1233. Sahl Ibn Sad re1atou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Os muçulmanos irão estar no caminho certo, desde que se apressem em quebrar o jejum (imediatamente após o sol se pôr, e ter chegado a hora de orar, após à quebra do jejum).” (Muttafac alaih)

1234. Abu Atiya relatou: “Eu e Masruk fomos ter com Aicha”. Masruk lhe disse: ‘Há dois homens, companheiros de Mohammad (SAW), que não perdem a oportunidade de fazer o bem. Porém, um deles se apressa em quebrar o jejum e fazer a Oração do Crepúsculo, e o outro atrasa um pouco a quebra do jejum e a prática da Oração do Crepúsculo. ’ Aicha perguntou: ‘Quem dos dois se apressa em quebrar do jejum e praticar a Oração do Crepúsculo? ’

Disse-lhe: ‘Abdullah Ibn Massud.’ Ela disse: ‘O Mensageiro de Allah costumava fazer o mesmo’ .“ (Musslim)

1235. Abu Huraira contou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Allah, exaltado seja, disse: ‘Dentre os Meus servos, prefiro aquele que se apressa em quebrar o jejum.” (Muttafac alaih)

1236. Ômar Ibn Ai Khattab relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Quando a noite se aproximar deste lado (leste) e o dia se retirar por detrás deste (oeste), e o sol se puser, aquele que está a guardar jejum deverá quebrá-lo.” (Tirmizi)

1237. Abu lbrahim Abdullah bin Aufi relata: “Uma vez nós acompanhamos o Mensageiro de Allah (SAW) numa viagem, e ele estava jejuando. Quando o sol se havia posto, ele pediu a alguém de entre a turma: ‘Fulano, por favor, prepara para nós uma calda da farinha de cevada assada! ’ O homem disse: ‘Ó Mensageiro de Allah, esperemos até que a tardezinha escureça mais! ’ O Profeta (SAW) repetiu:

Desce, e prepara-nos a calda de cevada!”O Abdullah bin Auf disse: “O homem desmontou e foi preparar a calda; o Profeta (SAW) bebeu dela e, apontando para o leste, disse: ‘Quando a pessoa que está jejuando vir a noite a se aproximar naquela direção, deverá quebrar o jejum.” (Muttafac alaih)

1238. Salman Ibn Ámir Zabai al Sahabi relatou que o Profeta (SAW) disse: “Quando alguém quebrar o jejum, deverá fazê-lo com uma tâmara; se não a conseguir, então com água, pois ela é pura, e purifica o corpo.” (Abu Daúd e Tirmizi)

1239. Anas Ibn Málik relatou: “O Mensageiro de Allah (SAW) costumava quebrar o jejum, antes de oferecer a salat Maghrib (do crepúsculo), com alguns bagos de tâmaras frescas, na falta das quais, com tâmaras secas e, na falta também destas, ele bebia alguns goles de água.” (Abu Daúd e Tirmizi)

O DEVER QUE TEM O CRENTE QUE GUARDA O JEJUM DE PONDERAR SUAS PALAVRAS E SEUS ATOS

1240. Abu Huraira relatou que o Profeta (SAW) disse:

“Quando qualquer um de vós estiver jujuando, deverá abster-se de entabular conversa fiada, e evitar troca de palavras agressivas e brulhentas. Se alguma pessoa abusar desse um ou iniciar com ele uma discussão, ele deverá dizer que está guardando o jejum.” (Muttafac alaih)

1241. Abu Huraira relatou que o Profeta (SAW) disse: “Se uma pessoa não se abstém de mentir e de praticar atividades indecentes, Allah não deseja que se abstenha de comer e de beber.” (Bukhári)

ALGUNS TÓPICOS RELACIONADOS COM O JEJUM

1242. Abu Huraira relatou que o Profeta (SAW) disse:

Quando algum de vós come ou bebe, por acidente, esquecendo-se do seu jejum, deve continuar o jejum até ao fim, porque (comendo e bebendo por engano) significa que Allah lhe deu de comer e de beber.” (Muttafac alaih)

1243. Laquit Ibn Sabira relatou: “Uma ocasião me apresentei perante o Mensageiro de Allah (SAW) e lhe pedi que me informasse sobre as abluções. Disse-me: ‘Faze tuas abluções devidamente, e de modo completo, e limpa entre os teus dedos, esfregando-as com os dedos opostos; e lava bem os orifícios nasais; porém, se estás jejuando, toma cuidado sobre este particular (para que a água não entre pelos orifícios nasais).” (Abu Daúd e Tirmizi)

1244. Aicha relatou: “Se o Mensageiro de Allah (SAW) recebia o amanhecer num estado de impureza corporal, por haver mantido contato com sua esposa, tomava um banho e jejuava, como de costume.” (Muttafac alaih)

1245. Aicha e Ummu Salama contaram: “O Mensageiro de Allah (SAW) recebia o amanhecer num estado de impureza (por haver copulado com sua esposa, e não por poluição noturna), e jejuava.” (Muttafac alaih)

O MÉRITO DE SE JEJUAR DURANTE OS MESES DE MUHARRAM, CHA’BAN E OS MESES SAGRADOS

1246. Abu Huraira relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “O melhor mês para se jejuar, depois do Ramadan, é o de Muharram, e a melhor oração, depois das prescritas (obrigatórias) é a oração voluntária da noite.” (Musslim)

1247. Aicha relatou: “O Profeta (SAW) não costumava observar o jejum opcional mais do que no mês de Chaban. Ele jejuava por todo aquele mês.” Outra versão diz: “O Profeta (SAW) costumava guardar jejum no mês de Cha’ban, com exceção de alguns dias.” (Muttafac alaih)

1248. Mujiba ai Báhiliya conta, transmitindo o que lhe relatara seu pai ou seu tio, ou seja, que uma ocasião seu pai ou seu tio visitou o Mensageiro de Allah (SAW), e regressou. Passado um ano, voltou a visitar o Profeta (SAW). Durante esse período a aparência e o estado de um dos homens haviam sofrido uma considerável mudança. Ele perguntou ao Profeta (SAW): “Ó Mensageiro de Allah, reconheces-me?” O Profeta (SAW) perguntou: “Quem és?” Respondeu: “Sou aquele da tribo dos Báhili que te visitou no ano passado.” O Profeta (SAW) voltou a perguntar: “E por que esta mudança em ti? Porque eras muito bem parecido!” O Báhiii respondeu: “Desde que te deixei, a última vez, não tenho comido nada, a não ser as noites (quer dizer que havia jejuado durante todos os dias do ano).” O Profeta (SAW) lhe disse: “Tu te torturaste!” Em seguida, agregou: “Deves observar o jejum durante o mês da Paciência (Ramadan), e um dia a cada mês.” O homem perguntou: “Permites-me guardar o jejum por mais tempo,já que sou bastante forte?” O Profeta (SAW) repôs: “Então, jejua dois dias a cada mês!” O Báhili voltou a pedir: “Por favor, aumenta um pouco mais!”O Profeta (SAW) lhe disse, então: “Jejua, pois, três dias a cada mês!” O homem pediu mais, porém o Profeta (SAW) lhe disse: “Jejua durante os meses sagrados, jejua, e abstém-te de jejuar (conforme o caso).” O Profeta (SAW) disse aquilo três vezes, e depois lhe deu a explicação, unindo e separando três dedos.(Abu Daúd)

O MÉRITO DO JEJUM E DE OUTRAS BOAS OBRAS NOS PRIMEIROS DEZ DIAS DE ZUL HIJJA

1249. Ibn Abbas relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Não há dias durante os quais as ações virtuosas comprazam tanto a Allah, como nos primeiros dez dias de Zul Hijja.” Os Companheiros perguntaram: “Ó Mensageiro de Allah, nem mesmo (é mais meritório) o lutarmos - empreendermos o jihad — em nome de Allah?” Respondeu: “Não, nem mesmo o jihad em nome de Allah, a não ser que se dê o caso de uma pessoa marchar para o jihad com sua vida e sua propriedade, e voltar sem ambas (ou seja, constituir-se num mártir do jihad).” (Bukhán)

O MÉRITO DO JEJUM DURANTE O DIA DE ARAFA, ACHURÁ (DÉCIMO DIA DO MÊS DE MUHARRAM) E TASUÁ (NONO DIA DE MUHARRAM)

1250. Abu Catada relatou que (em certa ocasião) foi perguntado ao Mensageiro de Allah (SAW) acerca do jejum no dia de Arafa (hajj). Respondeu: “Isso permite emendarem-se as faltas (cometidas) durante o ano anterior e o ano corrente.” (Musslim)

125 1. IbnAbbas relatou que o próprio Mensageiro de Allah (SAW) jejuava no dia de achurá (décimo dia de Muharram), e ordenava os demais a jejuarem nesse dia. (Muttafac alaih)

1252. Abu Catada relatou que foi perguntado ao Mensageiro de Allah (SAW) sobre o jejum do dia de achurá (décimo dia de Muharram). O Profeta (SAW) replicou: “Isso expia as faltas do ano anterior.” (Musslim)

1253. Ibn Abbas relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Se eu sobreviver até o ano entrante, jejuarei no tasu-á (Nono dia de Muharram).” (Musslim)

A RECOMENDAÇÃO DO JEJUM NOS SEIS PRIMEIROS DIAS DO MÊS DE CHAUWAL

1254. Abu Aiúb relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Quem cumpre o jejum durante todo o mês de Ramadan, seguido do jejum dos seis dias de Chawal, saiba que isso é tão bom, como se tivesse jejuado durante toda a vida.” (Musslim)

A RECOMENDAÇÃO DO JEJUM ÀS SEGUNDAS E QUINTAS-FEIRAS

1255. Abu Catada relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) foi inquirido sobre a observância do jejum, nas segundas-feiras; ele disse: “Este (segunda-feira) é o dia em que nasci, e o dia em que fui comissionado para a profecia.” (Ou ele disse: “Foi o dia em que recebi a primeira Revelação.”). (Musslim)

1256. Abu Huraira relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Nas segundas e quintas-feiras um relatório das ações do homem é apresentado; e o quanto desejo que as minhas ações relatadas sejam sobre o jejum!” (Tirmizi)

1257. Aicha disse que o Mensageiro de Allah (SAW) era muito zeloso quanto ao jejum das segundas e quintas-feiras. (Tirmizi)

A RECOMENDAÇÃO DO JEJUM, TRÊS DIAS DE CADA MÊS

De acordo com o Imam Nawawi, os dias propícios para o jejum em m que não seja o Ramadan são os dias c1aros (de lua cheia), ou seja, 13°, 14° e o 15° dia do mês lunar. A esse respeito, o 12°, 13° e 14° dia também foram mencionados; mas a 1a seqüência é bem conhecida e considerada autêntica.

1258. Abu Huraira contou: “Meu amigo (benfeitor e bem-querido), o Profeta (SAW), ordenou-me que jejuasse durante três dias de cada mês, e que oferecesse duas racát voluntárias de dhoha (manhã), e oferecesse orações de witr antes de me ir deitar.” (Muttafac alaih)

1259. Abu ai Dardá narrou que seu amigo querido, o Profeta (SAW) lhe havia recomendado três coisas que não deveria abandonar enquanto vivesse. A primeira era jejuar durante três dias a cada mês (além de Ramadan). A segunda, oferecer a oração do meio da manhã; e por último, não ir dormir antes de rezar a oração witr. (Musslim).

1260. Abdullah Ibn Amr Ibn Al ‘Ás relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “O jejum de três dias a cada mês é o mesmo que jejuar por toda a vida.” (Muttafac aiaih)

126 1. Mu’aza ai Adawiya relatou que perguntou para a Aicha: “O Mensageiro de Allah (SAW) observava o jejum em três dias, a cada mês (que não fosse Ramadan)?” Ela disse que sim. Perguntou mais: “Em que parte do mês ele costumava jejuar?” Ela respondeu: “Ele não era meticuloso nesse particular, e jejuava em qualquer parte do mês” (Musslim).

1262. Abu Zar relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) disse: “Quando jejuardes três dias do mês, que esses dias sejam o décimo terceiro, o décimo quarto e o décimo quinto (as noites de lua cheia do calendário lunar).” (Tirmizi)

1263. Qatada Ibn Mil-han relatou: “O Mensageiro de Allah (SAW) nos ordenou jejuarmos nos três brilhantes (de cada mês), ou seja, no 13°, 14°, e 15°” (do mês lunar). (Abu Daúd).

1264. Ibn Abbas contou que o Mensageiro de Allah (SAW) nunca deixava de jejuar durante os dias das noites brancas (isto é, durante as três noites de lua cheia do mês lunar), tanto fazia se se encontrasse em casa ou se encontrasse viajando. (Nassá’i)

O MÉRITO DE SE CONVIDAR UM CRENTE QUE GUARDA O JEJUM A CEIAR, E O MÉRITO DE UM ANFITRIÃO QUE GUARDA O JEJUM. AS SÚPLICAS QUE AMBOS PODEM OFERECER

1265. Zaid Ibn Khalid ai Juhani relatou que o Profeta (SAW) disse: “Qualquer um que oferecer uma refeição, para a quebra do jejum, a outra pessoa, obtém o mesmo mérito que aquele que estava guardando jejum, sem diminuir, de modo algum, a recompensa da pessoa jejuadora.” (Tirmizi)

1266. Ummi Umara al Ansaria relatou que o Profeta (SAW) a visitou e, quando ela pôs para ele alguma comida na mesa, ele pediu que ela também comesse, ao que ela disse: “Estou guardando jejum hoje!” Sobre isso o Profeta (SAW) declarou: “Os anjos suplicam a misericórdia de Allah sobre a pessoa que esta jejuando, e oferece comida a alguém, até que este termine de comer.” (Tirmizi)

1267. Anas relatou que numa ocasião o Profeta (SAW) visitou Saad Ibn Ubada. Este lhe ofereceu pão e azeite de oliva. O Profeta (SAW) comeu, e disse: “Que aqueles que jejuam, quebrem o jejum contigo; que os virtuosos comam de teu alimento, e que os anjos supliquem por ti.” (Abu Daúd)

O LIVRO DO ITICAF (RETIRO CONTEMPLATIVO NA MESQUITA)

1268. Ibn Ômar relatou que o Mensageiro de Allah (SAW) costumava retirar-se à mesquita para orar e se abster (de várias coisas) durante os dez últimos dias do mês de Ramadan. (MuttafaC alaih)

1269. Aicha relatou que, até aos últimos dias de sua vida, o Profeta (SAW) costumava retirar-se à mesquita para orar, durante os últimos dez dias de Ramadan. Depois da sua morte, suas esposas continuaram essa prática. (Muttafac alaih)

1270. Abu Huraira relatou que o Profeta (SAW) se retirava à mesquita durante dez, no decorrer do mês de Ramadan; porém, no último ano da sua vida, (em Ramadan), retirou-se à mesquita durante vinte dias. (Bukhári)

Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Uma contribuição do irmãoOmar Hussein Hallak