segunda-feira, dezembro 27, 2010

Participar das festividades religiosas dos não Muçulmanos

Em nome de Allah, Clemente e Misericordioso!

Todos os Louvores é para Allah o Senhor dos Mundos e toda a aplicação devemos ao Profeta Muhammd (SAAS), que se dedicou ao serviço de Allah (SW) recebeu a última mensagem, nos ensinou como devemos nos portar como crentes. Toda inovação gera confusão e toda confusão leva ao inferno.

Muitos cristãos nos convida para participarem de suas festas (Natal, Ano Novo, Semana Santa etc). Eles o fazem muitas vezer por educação ou mesmo por serem solidários ou até mesmo por nos considerar seus amigos e nos honrar com o convite. Pois bem, nós muçulmanos que vivemos em países de maioria cristã temos que dar prova da tolerância do islam e ao mesmo tempo cumprir o que foi prescrito no Alcorão e na Sunnah. Não é fácil. Daí vem a conciência, a boa educação e o bom senso.

Aceitar o convite embora não seja algo lícito de acordo com vários exegetas islâmicos, é também um ato de educação. O que não podemos fazer de maneira alguma é imitar os não muçulmanos, quer seja em seus costumes,quer seja em sua forma de adorar a Allah SW.

Vamos colocar abaixo um artigo que traduz a maneira islâmica de pensar a respeito. E que cada um administre sua vida lembrando que tudo que fizermos ainda que seja do tamanho de um átomo será imputado para o bem ou para o mal.

Louvado seja Allah, Senhor do Universo. Eu declaro que não há nenhuma divindade digna de adoração exceto Allah, e que Muhammad, (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele), é Seu servo e mensageiro.


Infelizmente, muitas vezes assistimos alguns muçulmanos participarem das celebrações como o Natal, o qual é proibido pelas seguintes razões: (

• É imitar os incrédulos e o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse:

“Aquele que imita um grupo de pessoas estará com eles (Inferno).” [Abu Daud e outros]. Esta é uma advertência muito perigosa. ‘Abdullah Ibn Amr Ibn Al’-As (que Allah esteja satisfeito com ele), disse: “Quem constrói (uma casa), na terra dos incrédulos, participe de suas festas e os imite, logo morre. Será um perdedor no Dia da Ressurreição”.

• É uma forma de refletir o amor e compaixão para com os incrédulos, enquanto Allah diz (significado em português): “Ó vós que credes, não tomeis aliados os que são Meus e os vossos inimigos, demonstrando-lhes afeto quando eles renegaram crer na verdade quando vos chegou…”. [Al-Mumtahana 60: 1].

• Estes festivais são rituais religiosos com base em uma falsa crença dos não-muçulmanos e não eventos seculares habituais, como o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse comentando sobre uma celebração islâmica [‘id]: “Cada povo tem suas próprias celebrações particulares, e hoje é a nossa”. As celebrações deles são baseadas sobre a corrupção e a descrença, onde envolvem a associação (shirk) de outros com Allah seja de alguma ou outra forma.

• Além disso, os muçulmanos não podem ajudar, seja de que forma for durante estas festividades. Não podemos vender nada, absolutamente nada que seja relacionado e necessário para tais celebrações, sejam alimentos, árvores, luzes de Natal, doces ou outras coisas; tampouco podemos alugar um local qualquer para que possa ajudar na realização de tais festividades.

O Imam Ibn Al Qaim (que Allah tenha misericórdia dele e conceda Seu perdão) disse: “Este é consenso dos sábios muçulmanos, e toda forma de felicitação por este tipo de evento está proibido, como por exemplo: “Feliz Ano Novo” ou “Feliz Natal”. Se alguém felicita se converte em incrédulo, e não poderá escapar da ação de ter cometido um grande pecado, pois essa felicitação é como aprovar a prostração perante uma cruz. A felicitação em suas festividades é pior que felicitar alguém que consome álcool ou de ter cometido adultério. Existem muitas pessoas cuja religião é um assunto trivial minimizando a questão de manifestar felicitações a eles, ignoram a gravidade do que eles estão cometendo: que parabeniza uma pessoa por haver cometido um pecado ou um ato de incredulidade, esta submetido a ira de Allah”.

A proibição mostrada pelo Imam Ibn Al-Qaim (que Allah tenha misericórdia dele e conceda Seu perdão), é porque aquele que os felicita está na realidade aprovando seus rituais de descrença (kufr), mesmo que ele não aprove a incredulidade para si mesmo. É proibido um muçulmano adotar qualquer forma de incredulidade ou felicitar aos outros devido a ela, Allah nos diz (significado em português): “Se negam a crer… Allah é Rico e não necessita e nem aceita de Seus servos a incredulidade. Porém se agradeceis [crendo e praticando Sua Unicidade], os aceitará comprazido…”. [Az-Zumar 39: 7]. É proibido de felicitar uma pessoa pelas suas festividades, independentemente do tipo de relacionamento existente entre os muçulmanos e os incrédulos.

Se os incrédulos nos felicitarem durante estas festas, não devemos responder devido que tais felicitações não fazem parte das nossas festividades, se não que, tais festividades são rejeitadas por Allah, sendo estas na sua essência inovações em suas próprias religiões. E mesmo se elas não forem em sua essência inovações, foram revogadas através da Mensagem de Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), pois o ele foi enviado não só a uma nação, mas sim, para toda a humanidade. Allah nos diz (significado em português): “E quem busque outra pratica de Adoração que não seja o Islam [submissão livre e espontânea a Allah] não lhe será aceita e na Ultima Vida estará dentre os perdedores”. [Al-‘Imraan 3: 85].

Aceitar seus convites para comemorar essas festas também é proibido, já que isso envolve o participar e apreciá-las com os incrédulos.

Além disso, é proibido imitar os incrédulos na forma em que celebram suas festas, trocando presentes ou distribuindo doces e alimentos. Não é permitido tirar uma licença no trabalho para tais festividades, porque Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse: “Aquele que imita um grupo de pessoas estará com eles (no inferno)”. Imam Ibn Taimiiah (que Allah tenha misericórdia dele e conceda Seu perdão) disse: “Iimitar os incrédulos (celebrando ou copiando) qualquer uma das suas festas, faz com que eles aproveitem a falsidade em que se encontram…”.

Quem faça qualquer dos atos mencionados acima é um pecador, sem importar se ele o faz como uma mera formalidade, ou porque se sente muito triste de dizer “não” ou qualquer outra desculpa; pois ao fazer isso é como se fosse suavizar (relaxar) a nossa posição com respeito a nossa religião, e porque tal ato eleva o espírito dos incrédulos e os tornam orgulhosos de suas falsas religiões.

A xeique Ibn ‘Uthaimin (que Allah tenha misericórdia dele e conceda Seu perdão), foi questionado sobre as regras islâmicas sobre assistir as celebrações de Natal e o trocar felicitações com os pais, não com a intenção de participar das celebrações, mas para aproveitar o fato de que todos estarão reunidos em um só lugar; sua resposta foi: “Louvado seja Allah; a primeira coisa que aquele a quem Allah abençoou com o Islam deve fazer é descartar a sua religião anterior e suas festividades”.

Os muçulmanos têm dois feriados ou ‘Ids, ID FITR E ID ALADHA e só comemorar estes dois; não devemos imitar os incrédulos de nenhuma forma como fazem alguns muçulmanos ao recolher doações durante o Natal e distribuir entre os pobres. Em vez disso, o que devem fazer é coletar o dinheiro durante os dois ‘Ids ou durante épocas virtuosas e de prosperidade, como nos últimos dez dias do Ramadan ou os primeiros dez dias de Dhul Hijjah, para que os pobres não aproveitem as festividades dos incrédulos, mas desfrutem das nossas

Veja o que diz Allah SW no Alcorão:
 
SURATA DOS INCRÉDULOS
 
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.


1.Dize: Ó incrédulos,

2.Não adoro o que adorais,

3.Nem vós adorais o que adoro.

4.E jamais adorarei o que adorais,

5.Nem vós adorareis o que adoro.

6.Vós tendes a vossa religião e eu tenho a minha.

Em nome de Allah SW agradecemos aos irmãos do site Unicidade e Luz, por nos auxiliar na busca de maior sabedoria islâmica.

http://unicidadeeluz1.wordpress.com/2010/12/26/participar-das-festividades-religiosas-dos-incredulos/

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Se empenhar Pela Causa de Deus‏

Em nome de Allah o Clemente o Misericordioso!

Em verdade, que Allah seja louvado. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e perdão. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, O Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro; que a paz e bênçãos de Allah esteja com o Seu mensageiro, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro. Diz Allah em Seu Nobre Livro: “Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos.”

Em verdade, a palavra mais verdadeira está no Alcorão. A melhor orientação é a de Mohammad (s) . A pior coisa é a Bid`aa (A Inovação), que é uma heresia. E toda heresia é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno. A demais! Queridos Irmãos e irmãs no Islam, o objetivo mais desejado por todo muçulmano deve ser o de estar no nível mais alto do paraíso (Al Firdauss Al’aala). Este objetivo só será alcançado por aqueles crentes que obedecerem e adorarem a Deus com sinceridade e devoção. E aLLAH Louvado Seja reservou o Firdauss Al’aala para aqueles que morrerem como mártires com a intenção de fazer com que palavra de Allah seja a mais elevada e fazer com que a palavra dos descrentes seja a mais rebaixada.

O mártir é aquele que se desfaz do que é mais valioso nesta vida ( seu ego, seus recursos e dinheiro e sua alma) tudo pela causa de Allah.

Diz Allah o Altíssimo em seu nobre Livro:“Entre os homens há também aquele que se sacrifica para obter a complacência de Allah, porque Allah é Compassivo para com os servos” (2:207). Este Versículo foi revelado em função do nobre companheiro do Profeta Mohammad (s) chamado de Suhaib Al Rumi. Suhaib ® era um comerciante muito bem sucedido em Mecca. Mas quando desejou migrar para Madina para permanecer próximo de seus irmãos muçulmanos e do mensageiro de Deus (s) foi impedido pelos descrentes de Mecca, que disseram-lhe: “Tu nunca fugirás de nós para levares toda essa riqueza para os muçulmanos”. “Quando vieste a nós, estavas sem lar e sem dinheiro. Agora que te empregamos e te ajudamos a ficar rico, desejas fugir!” Respondeu Suhaib: “Esse é que é o problema?

Se eu deixar o meu dinheiro, permitireis que eu vá?” E assim Suhaib entregou a eles tudo que havia acumulado durante anos de trabalho. Então os descrentes pegaram o dinheiro e soltaram-no. Suhaib continuou a viagem para Madina, levando consigo o mais valioso dos tesouros: a sua fé. Ele não se lamentava pelo dinheiro que passara a juventude a juntar. No caminho para Madina, toda vez que suas pernas enfraqueciam e ele sentia que não mais poderia continuar, era reanimado pela ânsia de estar com o Profeta Mohammad(S), e continuava a caminhar.

Quando ele chegou a Quba, constatou que o Profeta (S) lá estava, e foi recebido calorosamente. O Profeta (S) ficou irradiante com a presença de Suhaib, e disse:

“Fizeste uma transação proveitosa, ó Suhaib!” O Profeta (S) repetiu isso por três vezes, e Suhaib, cheio de assombro, disse: “Juro por Deus que ninguém passou por mim na estrada para Madina. Ninguém poderia ter-te contado o que aconteceu comigo, excepto o próprio anjo Gabriel.”

E aquilo fora a verdade. Suhaib adquirira a melhor parte do ajuste, e isso foi confirmado pela divina revelação. “Entre os homens há também aquele que se sacrifica para obter a complacência de Allah, porque Allah é Compassivo para com os servos” (2:207).

Um outro exemplo de Jihad é aquele em que o crente morre em batalha, o mártir que Allah diz a seu respeito no Alcorão: "E não digais que estão mortos aqueles que sucumbiram pela causa de Deus. Ao contrário, estão vivos, porém vós não percebeis isso.(2:154)

Foi relatado por Muslim que a alma do martir permanece dentro de um pássaro verde que voa pelo paraiso com toda liberdade. Alimenta-se dos frutos que desejar.

E repousa sobre os enfeites do Trono de Allah (T). E ALLAH louvado seja pergunta-lhe: Desejas algo? Responde o martir: O meu Criador, não mais nada que eu poderia desejar além da graça de estar aqui. E Allah repete a pergunta até que o martir responde desejo voltar a vida terrena e me esforçar e morrer pela Tua Causa varias vezes seguidas. Então Allah responde: Eu antecipei o dito de que a ela (a vida terrena) jamais retornarão.

E na surat Al Imran, Allah diz: “"E não creiais que aqueles que sucumbiram pela causa de Allah estejam mortos; ao contrário, vivem, agraciados, ao lado do seu Senhor." (3ª: 169)

O mensageiro de Deus disse numa narrativa: Quando da batalha de Uhud, Allah colocou a alma de cada martir dentro de um pássaro verde. Esses pássaros voam livremente pelo paraíso de um rio para o outro e de uma arvore para outra e se alimenta do que desejar. E repousam sobre os adornos do Trono de Deus. E quando desfrutam de tantos prazeres esses mártires dizem: Gostaríamos que os nossos irmãos soubessem o que Allah nos reservou no Paraiso, para que não se desanimem em combater pela causa de Deus. Então Allah diz: Eu os comunicarei.

O Mensageiro de Allah (s) disse que, além das dádivas com que Allah agracia os Mártires, Ele lhes concede seis privilégio:

O Mártir vê o local que lhe é destinado no Paraíso, é isento do castigo do túmulo, não sente medo, é-lhe colocada uma coroa de esmeraldas pela honra que lhe cabe, terá a companhia de setenta e duas huris, e intercederá por setenta de seus parentes. Foi isso que levou o pai de Jábir, com oitenta anos, ao ouvir o chamamento convocando para o Jihad, durante a batalha de Uhud, ele ingressou em sua casa, pegou em suas armas e saiu para o Jihad. Ele tinha muitas filhas e um só filho, Jábir. este lhe perguntou: para onde vais, pai? Respondeu-lhe: Não ouviste o arauto do Mensageiro (s) convocando as pessoas para o Jihad? O filho disse: És um homem idoso e não terá a mobilidade para a luta, eu posso substituí-lo. O pai lhe disse: A recompensa será o Paraíso, ó Jábir.' Este, não satisfeito, foi ter com o Mensageiro (s) e lhe expôs o caso. O Mensageiro (s) lhe disse para não se intrometer com a vontade do pai. 'Abdullah(pai do Jábir) ingressou na batalha e caiu Mártir. Na manhã do dia seguinte, o Mensageiro (s) mandou chamar Jábir e lhe disse: Allah, exaltado seja, não fala com as pessoas a não ser por trás de um véu. Porém, falou com teu pai, frente a frente. Disse-lhe: Ó 'Abdullah, desejas alguma coisa? Respondeu: Desejo ser ressuscitado para lutar novamente pela Tua causa e ser morto, então ser ressuscitado e ser morto novamente, ser ressuscitado e ser morto...

Allah(T), lhe disse: Já foi dito que nunca retornareis. Pediu: Ó Senhor meu, informa, então, quem ficou. Em seguida foi revelado: "E não creiais que aqueles que sucumbiram pela causa de Allah estejam mortos; ao contrario, vivem, agraciados, ao lado do seu Senhor.'"

Abu Huraira (R) relatou que o Mensageiro (S) disse: “No Paraíso há cem graus que Allah preparou para os empenhados pela causa de allah, entre um grau e outro há a distância que há entre os céus e a terra.” (Relatada pelo Bukhári).

Conta-se que a mãe de Hárissa, filha de Suráca, foi ter com o Profeta(s) e lhe pediu:

Ó Mensageiro de Deus, fala-me de Hárissa, que foi morto durante a batalha de Badr. Se estiver no Paraíso, terei paciência. Se não estiver, chorarei muito por ele. Disse-lhe: Ó mãe de Hárissa, o teu filho ocupa a parte mais elevada dos Jardins do Paraíso.

Irmãos muçulmanos:

Para finalizar, concluímos que o empenho pela causa de Allah (o jihad em todas suas formas) é sempre uma elevação para o servo nesta vida e uma recompensa incomparável e imensurável. Parabéns para os nossos irmãos que foram felizes e transformaram-se em mártires. Parabéns para eles que souberam encurtar o caminho para o paraíso. Que Allah tenha misericórdia de nós. A vitória, pela anuência de Allah é a herança do muçulmano. Allah é Maior e Louvado seja Allah.

 Ua Salamu Alaikum!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24




sexta-feira, dezembro 10, 2010

O que é ACHURA quem foi o Imam Hussain

É muito normal as pessoas não muçulmanas perguntarem qual é a diferença entre xiitaa e sunitas. Tem até um pensamento errado de utilizarem o termo xiita para expressar radicalismo. Na verdade nas duas facções islâmicas existem irmãos que pecam pelo extremismo, assim, como acontece em outros grupos religiosos não muçulmanos (católicos, protestantes, judeus, budistas etc).
Eu como um brasileiro revertido ao islam em 15.02.2002, após dois anos de estudos teológicos islâmico, não vejo os irmãos xiitas como muçulmanos separados quando se trata da essência da religião, nosso Livro Sagrado o Alcorão e o cumprimento dos 05 pilares da religião. O que temos na verdade são apenas divergências doutrinárias, como católicos e protestantes, por exemplo. No mais, somos irmãos de fé, nos damos muito bem, rezamos em comum nas mesquitas e cultivamos uma grande amizade entre nós.

Particularmente, tenho aprendido muito sobre a história islâmica com alguns irmãos xiitas, posso citar entre eles o Sheikh Al-Khazraji, responsável pelo site http://www.arresala.org.br. Aliás, um site muito informativo e que deveria ser visto e apreciado por todos os muçulmanos.

Certa vez em conversa com um irmão sunita que desaprovava minha relação amistosa com os xiitas, eu lhe fiz a seguinte pergunta. Quantos muçulmanos existem hoje no mundo? Ele respondeu, cerca de 1 bilhão e quatrocentos milhões. Eu disse e os xiitas estão inclusos nesse número? Ele respondeu claro que sim, eles também são muçulmanos. E nossa conversa terminou ali e não falamos mais sobre o assunto.

Eu rogo a Allah SW que proteja todos os muçulmanos e não muçulmanos de todo o mundo, que nossos líderes de ambas as facções islâmicas sejam lembrados e que suas práticas que produziram coisas positivas para o Islam sejam lembradas e aplicadas. E que nossos irmãos xiitas tenham uma ACHURA abençoada e cheia de ações que agradem aos olhos de Allah SW e dos homens e mulheres de boa vontade e voltados para o bem comum. Faremos um breve relato sobre o martírio do Imam Al-Hussain utilizando um texto do site http://www.arresala.org.br/, escrito pelo Hajj Hassan Garib.

Quem foi Imam al-Hussein (A.S.)?

Ele foi o terceiro Imam da linhagem do profeta. Muitos versículos do Alcorão Sagrado referem-se ao Imam, além de vários colóquios nobres do profeta Mohammad (S.A.A.S). Seu pai foi Ali ibn Abi Taleb (A.S.) o primeiro a defender o Islam. Seu avô paterno foi Abu Taleb, o Sheikh dos nobres de Meca e o grande defensor do profeta (S.A.A.S). A sua mãe foi a senhora de todas as mulheres do mundo, Fátima Azzahra (A.S.), a filha do profeta de Deus. Seu avô materno foi o último profeta de Deus, Mohammad ibn Abdilláh (S.A.A.S). Essa é a descendência de Hussein (A.S.).Qual outro ser humano na face da Terra, além de seu irmão Hassan (A.S.), reuniu todas essas qualidades?

A isso tem-se mencionado nos seguintes versículos:
E os designamos líderes, para que guiassem os demais, segundo os nossos desígnios, e lhes inspiramos a prática do bem, a observância da oração, o pagamento do Zakat, e foram Nossos adoradores.” (surata Al-Anbiyá vers.73,cap.21)
“… porque Deus só deseja afastar de vós a abominação, membros da Casa, bem como purificar-vos integralmente.” (surata Al-Ahzab-vers.33,cap.33)

Ele é o quinto dos membros da Casa mencionado no versículo acima. E ele é uma das fontes recomendadas pelo profeta de Deus que disse o seguinte: “ Deixo com vocês duas fontes: o Alcorão Sagrado e os membros da minha família .” (Ahlul Bait). Expõe-se aí um pouco do muito de suas virtudes.

O que é ACHURA?

Achura, na História, é o décimo dia do mês de MOHARRAM - primeiro mês do calendário lunar árabe.

Antes do Islam, os árabes consideravam quatro meses sagrados durante o ano, aos quais eram proibidos a guerra e aconcelhado o respeito mútuo entre as pessoas. Esses meses sagrados eram: Rajab, Zul Queeda, Zul Hijja e Moharram. Moharram foi mantido sagrado até a vinda dos Omíadas. Eles eram filhos do Omaiia (filho adotivo de Abd Al-Chams) representados por Abu Sufian e Mu’awia que se converteram somente após a reabertura de Meca; governaram desde 41 Hijra/664 d.C. até 60 de Hijra/683 d.C.

No ano 60 da Hijra Mu’awia faleceu, deixando o poder na posse de seu filho Yazid. Yazid era tirano, arrogante, consumia bebidas alcoólicas, assassinava inocentes, enfim não merecia a responsabilidade de conduzir a nação Islâmica. Ao ocupar o cargo, Yazid escreveu ao governador da cidade de Medina, afim de notificar ao Imam Hussein (A.S.) a sua ordem de obedecê-lo, e se caso o Imam contestasse deveria ser executado, mesmo que ele estivesse pendurado no cortinado da Kaaba, apesar dela simbolizar a casa sagrada de Deus, sendo proibido a agressão e o derramamento de sangue naquele local. O Imam Hussein (A.S.) recusou acatar às ordens de Yazid dizendo: “ Um homem como eu nem se quer negocia com outro como ele ” e com essas palavras Imam Hussein (A.S.) revelou o início da luta.

O Imam Hussein, juntamente com sua família e seus companheiros, totalizando 72 pessoas, rumaram ao Iraque, mas o exército de Yazid não permitiu que eles chegassem até seus amigos em Kufa, pois lá eles obteriam apoio. Sendo assim, por não conseguirem chegar ao destino planejado, foram forçados a seguir para Karbalá. Um exército de 70 mil soldados estavam por esperá-los.

Ele teria que aceitar o governante Yazid, caso contrário a morte o esperava. A proposta de aceitação foi recusada e neste dia, 10 de Moharram, o exército de Yazid travou a batalha mais sangrenta registrada na história, na qual derramou-se o sangue mais sagrado, foi retirada a vida do ser humano mais nobre entre todas as criaturas, Iimam Hussein ibn Ali ibn Abi Taleb (A.S.), além de seus familiares, seus companheiros inclusive crianças. Esse mês, considerado sagrado, tornou-se um mês de muito luto e tristeza, portanto é relembrado em homenagem aos heróis.

Por que relembramos ACHURA?

Por que a família do profeta nos exorta à lembrar Achura em todos os locais e em todas as gerações? Por que associamos Achura com o Imam Hussein (A.S.)?

A família do profeta nos ensinou que relembrar Achura significa dizer não à tirania, à injustica, à repressão e a todos àqueles que oprimem os povos, inimigos de Deus e quem se desvia de suas leis.

E esse é o caminho a ser trilhado por todos os devotos. Quando reconhecermos a verdadeira fonte do islam e dirigirmo-nos a ela, uma grande força surgirá, esta que moverá gerações de qualquer época ou ideologia e de uma certa forma permanecerá nas mentes a descendência do profeta de Deus (S.A.A.S).

Ao recordarmos o derramamento de sangue, lembramos o verdadeiro significado do Islã, representado pela renúncia à própria vida, afim de que a mensagem de Deus permanecesse intacta. Trazemos à memoria todos os mártires, entre homens e mulheres, bebês, crianças e anciões. Sangue derramado por quem, nada mais, nada menos, faz parte de Casa profética.

Permanecendo em nossos corações essa mensagem, valorizamos o quanto é preciso lutar para que não sejamos pisoteados, nem que para isso o preço seja a morte.

Relembrarmos Achura não significa apenas luto, tristeza e choro, essa faz-se sempre quando não nos resignamos à opressão, quando não abaixamos a cabeça à tirania e não nos unimos à altivez. Erguemos as vozes a declamar, sob os pés de Karbalá, gritos (semelhantes ao de Imam Hussein) que estão famintos por liberdade e igualdade. Por esses motivos recordamos Achura todos os anos sendo visitado pelos Muçulmanos

A História de ACHURA

Vamos dividir a lembrança de Achura em dois tempos: Primeiro desde o nascimento do Santo Imam Hussein na era que antecede a revolução que houve em Karbalá.

Segundo desde sua saída de Meca rumo a Karbalá. Nasceu em Medina, no 4° ano da Hégira calendário Islâmico, filho de Ali ibn Abu Taleb genro do Profeta Mohammad, sua mãe Fátima Al-zahra. Ao nascer, sua mãe Fátima levou-o até o profeta Mohammad onde recebeu o nome de Imam Hussein, e orou em seu ouvido direito e esquerdo a chamada da oração (Azan).

Imam Hussein viveu pouco tempo de sua infância com o profeta Mohammad, sendo criado assim na casa de seu pai Ali e adquirido todas as bases e fundamentos da doutrina Islâmica. Lá ele sempre mostrou junto ao seu irmão Imam Hassan, lealdade como também junto a sua comunidade; e os dois eram dignos de serem perfeitos dirigentes, quando, de forma indireta, sutilmente mostravam e ensinavam aos mais velhos, lições simples e lógicas de serem aceitas conforme as leis Alcorânicas.

Imam Hussein, viveu à época do falecimento tanto de seu avô, como mãe e pai. Quando o governo Islâmico é direcionado ao Imam Hassan, seu irmão mais velho, este assume o comando. Imam Hussein, respeitosamente, obedece a qualquer ordem a ele direcionando, dando assim um exemplo de vontade divina tanto na parte religiosa, quanto na parte administrativa e moral, terrena. Acordos que houve na época de seu irmão, com os intrusos chefiados por Mu’awia, foram aceitos pelo Imam Hussein, que não interveio pelo fato de não ser o Imam da época. Imam Hassan vem a falecer envenenado, e quem assume o poder é Imam Hussein.

Aqui começa a segunda etapa de nossa história, claro, que é um resumo dos resumos.

Hussein, o amado neto do profeta, nessa etapa, foi brutalmente assassinado, pelas forcas armadas de Yazid na Planície de Karbalá. Yazid, filho de Mu’awia, que se apropriou do posto de Califa de forma injusta, bruta representava a tirania e opressão de um governante hipócrita e desgraçado, como foi. Yazid queria que Hussein reconhecesse seu governo e se submetesse as ordens desse novo Califa. Logo Imam Hussein mostrou sua posição de que não aceitava de maneira alguma esse governo hipócrita, não lhe dando atenção e ensinando e mostrando ao povo que ele, o Imam Hussein, era sim o Imam da época, designado por Deus e firmado pelo seu avó, o profeta Mohammad na presença de todas as tribos da época. Dizia o profeta que: “ Imam Hassan e Imam Hussein eram os guias verdadeiros, onde estivessem sentados ou em pé isto é, estando ou não no cargo seriam os Imames de fato.” E a não aceitação do reconhecimento de Yazid pôr
parte de Hussein foi a salvação do Islã até os dias de hoje, de maneira que prevaleceram assim as doutrinas celestiais, apesar do massacre realizado pelo exercito de Yazid, sobre o qual mais adiante iremos contar a histôria isto é, narrar sobre o dia do massacre : ACHURA

Hussein sente-se apoiado por vários partes do mundo Islâmico que o conheciam dando-lhe cartas de apoio, e então se retirou por pouco tempo, em Meca, no templo de Kaaba, para fazer suas meditações e estar salvando as pessoas da matança, pelo fato de Kaaba ser considerada a cidade segura.

Mas para Yazid terrível ser humano, não existe cidade segura, nem o lícito ilícito e vice-versa, mandou alguns mercenários a fim de matar o Imam Hussein, dentro da cidade sagrada e segura.

Imam Hussein prepara sua tropa para enfrentar o inimigo convida os muçulmanos para a defesa do Islã guerreando contra o tirano Yazid. No começo, havia muitas pessoas mas até chegarem na cidade de Karbalá, só restaram uma parte de sua família e discípulos do Imam Hussein, que ao montar sua posição junto ao seu exército, tentou ainda colocar para o inimigo que a guerra não precisaria caso eles voltassem a aceitar o que seu avô o profeta Mohammad, os ordenara e ensinara, mas infelizmente, parecia que se falava com pedras exceto alguns como HUR. Imam Hussein então reservou a décima noite de Moharram para sua família e seus descípulos para lhe dar os últimos conselhos, e dizer lhe que os inimigos queriam só à ele e que quem quisesse voltar para casa, estaria livre desde já, que não seria obrigado a estar junto dele nessa ardorosa batalha. Mas o exercito de Hussein respondeu-lhe que ficaria até o último segundo. E Hussein, naquela noite, pôs-se a recitar o Alcorão sagrado que era sua alegria e fome. No dia seguinte Hussein escuta do outro lado do campo de batalha, hei?? Hussein estás com medo escondendo-te atrás de sua família. Era uma forma de provocação, Hussein começa a preparar seu exército que contava junto com sua família, 72 membros. Zeinab Al-Haura fica ao lado de Hussein o tempo inteiro, como forma de apoio e coragem a seu querido irmão. Hussein começa a mandar seus membros ao campo de batalha, inclusive seu filho Ali Akbar, assistindo ao massacre bruto por parte do exército inimigo que contava com milhares e milhares de soldados, assassinando assim o exército de Imam Hussein, de forma injusta, Hussein e seu exército viam que aquilo era a salvação da doutrina Islâmica, e não voltaram atrás, sequer um passo. Infelizmente, materialmente, Hussein ia cada vez mais perdendo seus membros um atrás do outro e ele olhava para seu exército e o via menor. Mais a força da fé e coragem era mais forte de qualquer fator externo, dando assim continuidade a todos os passos da estratégia de guerra contra o inimigo. Chega a vez do seu irmão mais novo Abu Fadel Al-Abbas denominado Abbas, entrar em ação, mas antes de partir Sukaina, filha do Imam Hussein, pede que ele lhe traga um pouco de água, pois sua família não aguentava mais. Abbas saiu com duas missões: a primeira de guerrear o inimigo e ao mesmo tempo trazer água para a família, carregando a bandeira do seu exército, Abbas chega ao campo de batalha, começa, o confronto com o inimigo durante o confronto leva rapidamente uma espadada em seu braço, separando de seu corpo, mais ele não desistia e continuava a enfrentar o inimigo quando Abbas leva mais uma espadada, só que agora cortando, seu segundo braço, deixando cair por total o pote de água que trazia para a família, Hussein, fica muito preocupado com o fato, e Abbas recebeu de Harmalah uma flechada em seu olho, ensanguentando-o e deixando-o sem que pudesse enxergar claramente, Abbas não desiste quando derepente sem mais leva uma pancada em sua cabeça deixando o cair de vez e grita em voz alta para que chegasse a Hussein.

Irmão Hussein, Saudação a ti, oh!… querido.

Imam Hussein ao escutar sai fervosamente correndo em direção a Abbas, e ao chegar perto de seu irmão fica totalmente triste ao ver a drástica cena, seu corpo quase que totalmente destruído por flechadas e pancadas de ferro.

Abbas diz: sem saber quem ali estava. Oh pôr aqueles que você adora espere chegar meu irmão que quero vê-lo pela última vez, Hussein diz: sou eu querido e amado irmão -: É você, Hussein?

-: Sim, sou eu Abbas.

-: Hussein, quando sai da tenda para o campo de batalha prometi a Sukaina, minha sobrinha, que lhe traria água, mas não consegui e estou envergonhado.

E Abbas, agonizando, dá seu último adeus ao Imam Hussein.

O Imam Hussein olha para Abbas e diz: “ Agora quebraste minha coluna, oh Irmão ” Hussein volta para a tenda e Zeinab diz: “ Irmão Hussein, Abbas trouxe-nos água?

-: Não Zeinab, Abbas também foi morto cruelmente.

Hussein vê que a família realmente está cansada e com muita sede, pega seu filho de alguns meses a pedido da sua esposa e de fora da tenda, levanta-o e diz.

-: Oh! … seres se a culpa é dos grandes, que culpa têm os pequenos?… Ao dizer isso, o exército do inimigo se dividiu, uns dando-lhe a razão e outros não, Ao ver esse fato, o líder do exército do inimigo chamado de Omar ibn Saad, rapidamente chamou um especialista em flechas a longa distancia e ordenou que matasse a criança. Em alguns minutos se via uma flecha cortando o pescoço do querido filho de Hussein.

Hussein ao ver mais uma vez esta cruel cena, voltou a tenda triste e entregou o filho a sua esposa Rabab dizendo: aqui esta seu filho assassinado. Hussein então olhou ao seu redor e viu que o único homem de sua família era ele, o mesmo Zeinab percebeu, Hussein diz a Zeinab: Prepare meu cavalo …

Zeinab foi a busca do cavalo de Hussein, obedecendo a seu irmão e entrega-o. Caindo em si Zeinab diz: “ Mas como meu coração é tão duro assim, qual irmã que traz um cavalo da morte para seu irmão?”

Hussein prepara os detalhes para sua última batalha sabendo que iria morrer, mas não voltou atrás manteve a posição, como, lição a todos nós para todas épocas em que vivemos não importa se nosso inimigo tem uma imensa força o que importa é a nossa fé que temos em Deus, trazendo-nos assim um grande exemplo que hoje temos no sul do Líbano e em outros lugares, que é um fato real que devemos sempre ter em mente que ACHURA e o dia do massacre do Imam Hussein não só foi para aquele tempo e sim para todos os tempos e que todos os dias são dias de ACHURA e todos as terras são de Karbalá. ACHURA é o modo de como o ser humano pode preservar sua vida com dignidade e sem desprezo por quem quer que seja. Devemos muito a Hussein pelo fato de no dia Karbalá doar tudo que tinha em prol ao Islã e aos oprimidos da terra.

E Hussein estaria satisfeito hoje com seus seguidores caso cada um de nós preservássemos o Islã. Não é só chorando por Hussein que iremos vencer todas as batalhas a nos destinadas, como defesa de nossa doutrina.

Hussein monta em seu cavalo após despedir da sua família quando escuta uma voz pôr de trás: Papai, Papai, oh!Papai

Hussein olha e diz: filha não machuque meu coração mais do que esta machucado.

Papai desce do cavalo por favor.

Hussein escuta, desce , e diz : “ que queres filha?”.

Sukaina filha de Hussein diz:“Papai, sei que daqui a pouco não o terei mais e gostaria que me fizesse um pouco de carinho, como o senhor fazia para os órfãos da cidade, e hoje serei igual a um deles.”

E Hussein faz o seu último carinho passando a mão em sua pequena e querida filha. Após o carinho, monta em seu cavalo e parte, quando mais uma vez escuta uma voz por de trás.

Hussein partiu dizendo: “Oh !..seres sou Hussein, filho de Ali, adoro a só um Deus e Mohammad é meu profeta e mensageiro divino. Quem quiser se salvar que venha até mim.” Hussein fez isto para lhes dar a última chance antes de morrer, mas ninguém o dava atenção. Até que Hussein começou a enfrentar o inimigo, corajosamente e Zeinab, do outro lado, preservando o herdeiro que queria lutar contra inimigo do pai, o Imam Zein Al-Abedin. Chegou um soldado de nome Harmala e, lançou uma flecha que atingiu seu sagrado coração, em cheio fazendo Imam Hussein cair de seu cavalo perto de uma árvore. O cavalo que era um ser irracional, mexendo sem parar suas patas, dava sinal de estimular Imam Hussein mas; irmãos, parecia ter chegado a hora de nosso querido Imam Hussein que já não tinha mais forças para prosseguir a batalha. Seu corpo estava enxaguado de sangue e , muito flechado, Imam Hussein olha para cima quando vê o inimigo desgraçado Chemer ibn Zil Jauchan cortar seu abençoado pescoço por total separando sua pura cabeça de seu corpo. O cavalo de Imam Hussein volta a tenda como se fosse um informante e Zeinab pára, ao ver a cena do cavalo sem Imam Hussein pergunta-lhe: Onde deixaste meu irmão? Já percebendo que seu irmão não fazia mais parte desta vida terrena, e que partira.

Acabou Zeinab, tudo se foi volte sozinha sem seu irmão.

Mas Zeinab continuou a proteger seu sobrinho, Imam Zein Al-Abedin. Os que ficaram foram levados como prisioneiros até o palácio de Yazid em Cham na Síria. E Zeinab lá lhes deu uma bela lição de vida pôr todos os fatos ocorridos dizendo que : “ Se Deus assim quis, pois que seja.” Tendo em seu discurso, postura de Ahl Al-Bait. Adquirida de seu pai Ali ibn Abu Taleb.

Irmãos, enquanto houver inimigos de nossa doutrina não poderemos viver em paz, e a força vem de dentro de cada um de nós, precisamos estar com os olhos abertos para todos os fatos que ocorrem diariamente, desde o trabalho de cada um, sua família, sua comunidade, sua doutrina, Imam Hussein poderia muito bem aceitar o posto de Yazid e deixar as coisas passarem em vão, mas não quis, pôs-se a frente de seu exército e disse ou a doutrina de Deus ou a sua morte.

Que a paz esteja com o Profeta Muhammad, o Iman Ali Abu Talib, o Imam Hussein, com Ali ibn Al-Hussein, e com os filhos de Al-Hussein e com os companheiros de Al-Hussein e todos os seu seguidores até o Juizo Final Inshallah!

quarta-feira, dezembro 08, 2010

O Dia de Arafah - Um dos Rituais do Hajj (Perigrinação)

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso


Outro dia um irmão não muçulmano me perguntou o que era o dia de Arafah. Tenho certeza que também existem muitos irmãos muslim querendo saber essa resposta. Pois bem, o Dia de Arafah trata-se da 5ª parte relativa ao Haj (Peregrinação à Makkah 5º pilar da Religião Islâmica).

Os elementos principais da peregrinação:

• AL IHRAM

É a intenção de cumprir a peregrinação. A partir do momento em que o peregrino se propõe a iniciar os rituais da peregrinação, ele veste duas peças de tecido, de preferência branco, eliminando, dessa forma, as diferenças de cultura e de classes entre as pessoas, ficando todos iguais perante Deus.

• AL TAWAF

Consiste em dar sete voltas em torno da Kaaba, repetindo, com isso, o que foi feito pelo profeta Abraão (AS) e seu filho Ismael (AS). É também como se fosse uma réplica, aqui na terra, do que os anjos fazem constantemente no céu, circundando o Trono de Deus, orando e adorando-O.

• AL SAI

Consiste em percorrer a distância entre os montes de Al Safa e Al Marua, sete vezes, repetindo com isso o que foi feito pela esposa do profeta Abraão (AS), Agar, quando procurava água para o seu filho Ismael (AS) .

• JAMRAT

Que consiste em repetir o mesmo ato feito pelo profeta Abraão (AS), quando estava indo cumprir a ordem de Deus de sacrificar o seu filho Ismael (AS). (Atirar pedras no Shaitan).

• A PARADA EM ARAFAT

O dia de Arafah é 9º dia do mês de Dhul-Hijja. Arafah está localizado cerca de 9 quilômetros de Miná, onde se encontra um pequeno monte conhecido por (“Jabalar-Rahmah – A montanha da misericórdia”), onde o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) proferiu a sua última mensagem para a humanidade.

Abdurrahman Bin Yamur Ad-Dail (Radiyalahu an-hu – Que Deus esteja satisfeito com ele), disse que ouviu do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) dizer: “O Haj é Arafah, O Haj é Arafaf”. Relato de Baihaque. Ainda referindo-se ao Profeta (SAAS):” O melhor dia é o dia de Arafah”.

Segundo o Relato de Musslim, o melhor dia para Allah Subhana Wataala, é o dia de Arafah. É o dia em que Deus, o Misericordioso, livra uma grande parte das criaturas do inferno.

Nesse dia, os muçulmanos que se encontram no cumprimento do Haj, ouvem falar línguas que nunca tinham ouvido falar, porque o Isslam é uma religião universal. Vemos irmãos e irmãs da mesma fé, de todas as cores e nacionalidades, trajando o mesmo tipo de vestuário (os homens embrulhados em panos brancos) e todos movidos pela mesma causa que é de obter o perdão de Deus, nosso Criador e Sustentador. Faz-nos pensar o dia da Ressurreição, em que todos serão levantados das sepulturas e reunidos para a derradeira prestação de contas.

Nesse dia em Arafah, o Haji (peregrino) deverá estar o mais tempo possível de pé, com as mãos levantadas fazendo duás (preces), com muita humildade e sinceridade, pedindo a Deus que lhe perdoe e que o encaminhe para o caminho daqueles que ganharam a Sua satisfação. Deve também aproveitar o tempo fazendo o Zikre (recordando e louvando a Deus) e lendo o Alcorão. Os muçulmanos que não foram fazer a peregrinação, devem também incrementar as suas referidas ações religiosas e fazer orações facultativas.

Depois do pôr do sol, os Hajis (peregrinos) deixam Arafah e seguem para Muzdalifa, situada a cerca de 5 Kms a leste de Arafaf , a fim de passarem a noite. Deus, nosso Senhor e Guia, refere no Alcorão: “Quando regressardes de Arafah invoque Deus junto do Macharil Haram (em Muzdalifa). Recordai-vos Dele de forma como Ele vos orientou.” Cap. 2 Vers. 198.

Os Muçulmanos têm dois dias festivos. O Idul Fitre, depois de terminado o mês de Ramadan e o Idul Adhá, no dia 10 de Dhul Hiija, em comemoração do final do período de Haj, em que todos os que não participaram nos rituais do Haj, celebram o dia, fazendo a oração e o Curbani (sacrifício). Abu Huraira (Radyiallahu an-hu) narra que o Profeta (Sallalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quem tem capacidade financeira para fazer o curbani (sacrifício), mesmo assim não o faz, esse que fique longe e não se aproxime do nosso idegáh (local da oração de Ide).

Nas noites anteriores aos dias de Ide, devem ser aproveitadas para fazermos o máximo de ibádates possíveis (adoração a Deus), pois Abu Umamah (Radiyallahu anhu) referiu que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quem permanecer de pé nas duas noites que antecedem aos dias de Ide, na esperança de obter recompensa, o seu coração não morrerá no dia em que todos os corações estarão mortos.

Deve ser recitado o Takbir, após cada oração farz, começando no dia 9 de Dhul-Hajja, na hora de Al Fajr, até ao dia 13 do mesmo mês, depois da oração de Assr.

ALLAHU AKBAR, ALLAHU AKBAR; LÁILAHA IL-LALLÁHU-WALLÁHU AKBAR. ALLÁHU AKBAR WALIL-LÁHIL-HAMD. (Deus é o Maior. Deus é o Maior. Não há outra divindade exceto Deus. Deus é o Maior, Deus é o Maior e todos os louvores pertencem só a Deus).

Se tiver saúde e oportunidade, jejue no dia de Arafah. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu; “o jejum feito no dia de Arafat com o objetivo de obter recompensa de Deus, expia os pecados praticados no ano transato e posterior”. Relato de Muslim.

Dar prendas no dia de Ide, aumenta ainda mais as nossas amizades. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Ofereçam prendas uns aos outros, porque a prenda remove o rancor do peito”. – Relato de Tirmizi.

Aicha (R.T.A.) disse que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) aceitava prendas e em troca também dava prendas. - Relato de Al-Bukhari.

As prendas não devem ser dadas só nos dias de Ide, mas sim em várias ocasiões especiais. Há quanto tempo que não dá uma prenda à sua mulher/marido? Seu pai/filho? Seu amigo?

Nos dias de Ide, devemos dar prendas, em especial às nossas crianças, de modo que não fiquem constrangidas ao verem as outras crianças a receberem prendas na altura do natal. Assim compreenderão os motivos porque temos prendas nos nossos dias de festa. A orientação de dar prendas surgiu há mais de 1.400 anos. No entanto, deveremos ter em conta, a utilidade das prendas a oferecer.

Façam o favor de passar o dia de Ide na companhia da família e dos amigos. Visitem as sepulturas dos vossos falecidos, eles estão sempre à espera das vossas preces.

Um dia de Arafah com muitos benefícios espirituais e votos de um Eidul-Adhá muito feliz e que Deus nos abençoe.

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu

Fonte: Abdul.manga@gmail.com

terça-feira, dezembro 07, 2010

A Influência Psicológica da Recitação da Surata al Fátiha

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
Louvado seja Deus. Louvamo-Lo, Glorificado e Exaltado seja, como deve ser devidamente louvado pela Sua Magnificência e Autoridade. Ele criou o ser humano na melhor forma, concedendo-lhe as dádivas ocultas e manifestas. Se contarem as mercês de Deus não poderão enumerá-las. Certamente, o ser humano é incrédulo, tirano. Que Deus abençoe e dê paz ao Profeta Mohammad, a melhor das criaturas e o Mensageiro escolhido de Deus, aos seus familiares e aos seus companheiros. Amém.
Caros irmãos muçulmanos, queridos do Rassulullah (S):

Continuamos abordando o nosso tema a respeito dos benefícios da Surata al Fátiha, a mais importante Surata do Alcorão. O Mensageiro de Deus (S) nos informou a respeito da importância desta surata: “Não foi revelado na Tora, no Evangelho, nos Salmos nem no Discernimento algo semelhante a ela. Ela é composta de sete reiterados versículos e revelada no Alcorão que me foi revelado.” (Bukhári e Musslim)

Ela significa a orientação para o verdadeiro caminho.

Citamos na sexta-feira passada a seguinte tradição do Mensageiro de Deus (S): “Cada letra que você recitar dela as luzes lhe serão concedidas.” O significado desta tradição é que quando você diz: “Guia-nos à senda reta”, quer dizer que Deus irá orientá-lo ao caminho certo na sua vida, no seu trabalho, guiando-o a tomar uma atitude correta em todos os assuntos de sua vida. A orientação não se restringe às questões religiosas, mas a todos os tipos de orientação. Se você quiser praticar um trabalho, irá ver que toma a providência correta e que Deus irá ajudá-lo nisso. Se estiver sujeito a uma situação difícil ou problema irá verificar que Deus o conduzirá para a solução correta.

Quando você lê esta importante surata dezessete vezes, com conscientização, estará enviando uma mensagem positiva ao seu subconsciente a cada dia dezessete vezes. O seu benefício é que o louvor só pode ser feito a Deus, Exaltado seja, porque é o Senhor deste universo, Senhor de todos os seres humanos. Ele está acima de suas preocupações e problemas. É o Clemente, o Misericordioso de cuja misericórdia necessitamos.

Ao recitar o seguinte versículo: “O Clemente, o Misericordioso”, vai sentir uma força estranha, porque o Clemente, Glorificado e Exaltado seja, está consigo. Você sentirá a sua proximidade d’Ele. Que Ele estará consigo nos momentos mais difíceis. Isso irá lhe proporcionar forte sentimento de tranqüilidade psicológica, removendo as aflições, não importa o seu tipo ou volume.

Ao dizer: “Soberano no Dia do Juízo”, você transmite uma mensagem ao seu subconsciente que irá reagir com ela por vários dias. O benefício dessa mensagem é que devo me conscientizar que todos nós iremos comparecer, no Dia da ressurreição, o Dia do Juízo, ou o dia em que Deus irá pagar a cada um pelo que auferiu, sendo o Soberano desse dia. Ele irá julgar as pessoas. Por isso, não devo me preocupar, uma vez que Deus irá me recompensar e julgar a cada um pelos seus erros e não será injusto com ninguém.

Quando você diz: “Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda”, está transmitindo ao seu subconsciente os benefícios de que a adoração só pode ser a Deus, que a ajuda só pode ser de Deus. Na repetição dessa mensagem positiva, você alimenta a sua mente com uma importante conscientização, de que Deus está consigo. Isso lhe concederá um sentimento de força. Você pede ajuda a Ele para suprir as suas necessidades e O consulta em todas as situações que está enfrentando, confia n’Ele na solução de seus problemas e aflições. Há um sentimento mais belo do que este?

Os cientistas dos programas de linguagem psicológica dizem que a mais importante coisa par se obter o sucesso é sentir-se efetivamente uma pessoa bem-sucedida, forte, e desenvolver esse sentimento em seu interior até se tornar uma parte de você

Irmão muçulmano: A recitação do Alcorão atinge esse objetivo. A ponderação nos versículos do Alcorão fortalece a sensação de sucesso neste mundo e no Outro, fortalece a sua sensibilidade de que Deus, o Altíssimo, está consigo a todo instante e não o larga nunca.

Para continuarmos com Deus

Caro irmão muçulmano, você já pensou em continuar ligado a Deus; continuar a conversar com o Fabuloso Criador, que, mesmo deixando todas as pessoas, continue com a sua relação com Ele Forte, intocável?

Uma pessoa me disse que devo fortalecer a minha relação com algumas pessoas importantes na sociedade para poder obter dinheiro ou fama. Disse-lhes: “Quem vai fortalecer minha relação com Deus, o Altíssimo?”

Por isso, sempre tive o cuidado de que a minha relação com Deus seja forte, primeiro, então voltar-me para as pessoas. Porém, infelizmente, há inversão de valores hoje em dia. Encontramos muitas pessoas se apressam em fortalecer suas relações com pessoa débeis como elas, não conseguem beneficiar ou prejudicar ninguém, esquecendo-se do Criador dos Céus e da Terra, Bendito e Exaltado seja.

Por isso, caros muçulmanos, a recitação da Surata Al Fátiha com ponderação e atenção é um tipo de relação com a posição desta surata. É um tipo de sentimento de força, porque Deus estará conosco, fala conosco e nos elogia. Imagine que Deus, Exaltado seja, toda vez que você recita a Surata al Fátiha, menciona você aos Seus anjos. Que você acha desse sentimento?

Finalmente, caros irmãos, não deixem de recitar a Surata al Fátiha todos os dias. Vocês não irão perder qualquer tempo, mas Deus, Exaltado seja, irá abençoar o seu tempo e irá os livrar de muitas doenças, perdas, problemas e aflições. O caminho da felicidade é certamente o Alcorão Sagrado.

Invoquem paz e bênção ao nosso amado Profeta, Mohammad, aos seus familiares, e a todos seus companheiros, até o Dia do Juízo Final e que o Senhor do Universo tenha misericórdia de nós.

Fonte: Sheikh.Khaled Taky El Din - khaleddin@hotmail.com

segunda-feira, novembro 29, 2010

Fé em ALLAH e a Força do Muçulmano‏

Em Nome de Deus O Misericordioso O Misericordiador


Louvor a ALLAH, O Senhor dos Mundos. A Ele agradecemos e a Ele nos voltamos arrependidos. Testemunhamos que não há Deus a não ser ALLAH, Único e sem associado.

Diz ALLAH na surat Az zumar:“ 39. Ó povo meu, agi a vosso gosto! Eu também farei (o mesmo)! Logo sabereis, 40.A quem açoitará um castigo que o aviltará, fazendo com que tenha um tormento permanente. ”

E testemunhamos que Mohammad, que a paz e benção de Deus esteja com ele, é Seu servo e mensageiro. Cumpriu sua missão e passou a diante a sua mensagem e deu as melhores recomendações para sua nação deixando-a no caminho reto. E que a paz esteja com seus familiares, com seus companheiros e com todos aqueles que seguem os seus passos até O Dia do Juízo Final.

Disse O Mensageiro de Deus (s): “Quem quiser ser o mais forte, então, que se encomende a ALLAH”.

A demais, ó muçulmanos e queridos do Profeta Mohammad (s)!
Quando a crença se estabelece com firmeza no coração do muçulmano surge com ela uma fonte inesgotável de perseverança. E surge também uma capacidade de suportar e enfrentar as dificuldades do dia a dia. Esta é a natureza da Fé; uma vez estabelecida no coração do muçulmano tornar-se-á em força que se reflete em todos os seus atos e suas decisões. Portanto, ao falar o muçulmano é confiante e ao executar um trabalho o muçulmano é muito eficiente; e sua eficiência se reflete em todas suas decisões e ações.

O versículo citado no inicio do sermão é uma afirmativo com um toque de desafio; “ Ó povo meu, agi a vosso gosto! Eu também farei (o mesmo)! Logo sabereis, a quem açoitará um castigo que o aviltará, fazendo com que tenha um tormento permanente.”

E esta afirmativa transforma o crente em um homem de princípios diferenciados capacitando-o a conviver com as pessoas e capacitando-o a suportar as adversidades de sua sociedade. O muçulmano se relaciona com as pessoas; aproxima dos que praticam o bem e se afasta dos que praticam qualquer ato que fere os princípios do Islam.

O Profeta Mohammad (SAAWS) disse: Não seja um indivíduo sem opinião dizendo eu estou com as pessoas caso pratiquem o bem ou o mal. Resguardem vossas almas dizendo: eu estou com as pessoas se praticarem o bem; caso contrario, afasto-me delas e de suas má ações.

Em contra partida, o indivíduo fraco é levado ou arrastado pelos costumes e tradições não islâmicas ficando disperso na vida de prazeres e de aparências que o cerca. A fraqueza desta pessoa esta refletida na sua conduta, na sua vida e suas ações, tudo isto porque abandonou ou desconhece os princípios do Islam.

Caros irmãos; o muçulmano forte tem confiança inabalável no seu Criador. E sua fé o transforma em um servo temente. E assim não descumpre e nem abandona os princípios do Islam.

Caso contrario o Islam jamais adentraria continentes diferentes como a África a Ásia e a América, cada um com sua cultura e costumes diferentes.

Os muçulmanos pioneiros que chegaram a estes continentes eram confiantes e tinham princípios sólidos, e por este motivo influenciaram a sociedade em que viviam e não foram influenciados pelo seu povo.

O Profeta Mohammad (SAAWS) disse num de seus relatos: Aquele que descumprir os mandamentos de ALLAH para agradar as pessoas terá como recompensa a ira de ALLAH e das pessoas que tentou agradar; e quem despertar a ira das pessoas para cumprir os mandamentos de ALLAH terá como recompensa a benção de ALLAH e até mesmo as pessoas que ele contrariou, pois as suas ações e seus dizeres serão ornamentos aos seus olhos.

Caros irmãos e queridos do Profeta Mohammad (s) é de extrema importância alimentar nossas almas com a fé e praticar as nossas obrigações religiosas. È provável encontrar quem se oponha mas mesmo assim não se abale e não se deixe levar pelos hábitos e costumes.

ALLAH O Altíssimo quer o bem e a salvação para a toda a humanidade sempre e em todas as questões. Porém a sua salvação depende de seguir O Sistema Islâmico de vida (MANHAJ AL ISLAM).

Ibin Abbas (RAA) narrou que um dia se encontrava atrás do Profeta (SAAS), quando este se virou e lhe disse: “Ó jovem, ensinar-te-eis algumas palavras: Recorda a Deus e Ele te guardará. Recorda a Deus, e O encontrarás sempre junto a ti. Se implorares por algo, implora a Deus. E se necessitares de ajuda, recorre a Deus.

E tem certeza de que ainda que se reúna todo o povo para beneficiar-te em algo, não o farão, a não ser aquilo que Deus houver disposto para ti. E se, se reunirem para prejudicar-te em algo, não o farão, a não ser naquilo que Deus houver determinado sobre ti. Assim, as penas (das canetas) ficam retiradas, e as folhas (dos livros do destino) secas”.

Diz ALLAH em Seu Nobre Livro: “Dize: ‘Tomarei eu por protetor que ALLAH, O Criador dos céus e da terra, enquanto ele é Quem alimenta e não é alimentado? ’ Dize: ‘Por certo, foi-me ordenado ser o primeiro dos que se islamizam! ’ E não sejas de modo algum dos idólatras.”

Que ALLAH tenha piedade e misericórdia de todos nos no dia do juízo final, no dia em que o dinheiro a ascendência e a descendência familiar não terão valor algum.

 ASSalamu Alaikum Ua Ramatul LLAHI Ua Baraketuhu

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

segunda-feira, outubro 25, 2010

• O Casamento do Profeta (S) com Aicha (R) Para os Intelectuais, os Teólogos e os Equitativos‏

Em verdade, que Allah seja louvado. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e perdão. Nele buscamos refugio do mal em nossas almas e de nossos pecados. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo.


Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro; divulgou a mensagem, orientou a nação e se esforçou pela causa de Deus até o último dia de sua vida. Que a paz e bênçãos de Allah estejam com Seu servo e mensageiro, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro. Diz Allah em Seu Nobre Livro:

Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos.

Caros irmãos e irmãs: Em verdade, a palavra mais verdadeira está no Alcorão. A melhor orientação é a de Mohammad (s). A pior coisa é A Inovação, e toda inovação é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

Antes de me tornar muçulmano, pela graça de Allah SW, fui Diácono, Padre e Bispo da Igreja Católica Apóstólica Brasileira. Portanto sou um homem com formação teológica e filosófica cristã. E como tal ouvi muitas críticas ao islamismo e ao Profeta Muhammad SAAS. Seus casamentos e principalmente o casamento com Aisha RAA, tem sido um prato cheio para os infiés e para aqueles que insistem em denigrir a imagem desse homem de Deus, incontestavelmente.  Para uma maior compreensão desse episódio lançamos  mão de um artigo que fala com bastante detalhe sobre esse episódio. Gostaria que prestassem atenção e que passem a conhecer melhor a vida, as ações e a sabedoria desse grande profeta e mensageiro de Allah SW.

O Casamento do Profeta (S) com Aicha (R) Para os Intelectuais, os Teólogos e os Equitativos

Louvado seja Allah, e que Ele abençoe e dê paz ao Rassulullah, aos seus familiares, aos seus companheiros e aos seus seguidores.

O que faz o coração sangrar e aflige a alma é quando a verdade se torna mentira e a mentira verdade. Que a mais nobre e a mais pura das pessoas seja indicado com coisas feias. Algumas pessoas tentaram difamar, a melhor das criaturas, o Profeta Mohammad (Allah o abençoe e lhe dê paz) através do seu casamento com Aicha (R). Eles projetaram esse nobre casamento com a imagem de um idoso casando com uma pequena jovem por prazer apenas. Pintaram Aicha (R) como criança que o pai fez casar com o amigo para satisfazê-lo e por estima. Tornaram a diferença de idade um motivo de difamação do caráter do Profeta (S).

Faz parte da justiça não condenar uma pessoa, principalmente de liderança, por causa de um acontecimento em particular, sem se conhecer devidamente a pessoa, sua biografia, o conhecimento da verdade do acontecimento, satisfazendo-se apenas com as palavras dos rancorosos, que desejam desviar as luzes da verdade das pessoas.

Por isso, antes de falarmos do casamento, vamos pedir aos intelectuais e os eqüitativos entre as pessoas para examinarmos uma pequena parte das declarações dos orientalistas eqüitativos, não muçulmanos que estudaram a vida do Profeta (S) e deduziram importantes verdades.

Muitos eruditos e pensadores não-muçulmanos através da história classificaram o Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) designando-o com o grande homem, admirando a sua personalidade, elogiando suas posições e princípios.

Eis Heráclitos, o imperador romano, fazendo muitas perguntas a respeito do Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) para Abu Sufian. Depois de ouvir as respostas e concluir a veracidade da missão de Mohammad, disse: “Se eu estivesse na sua presença, lavar-lhe-ia os pés.”

Quanto ao Negus, imperador da Abissínia, chorou até molhar a sua barba quando ouviu a respeito do que Mohammad pregava, dizendo: “Essas palavras e o que Jesus pregou provém da mesma fonte.”

O Pensador francês, Lamartine disse: “Mohammad é o Profeta, o filósofo, o orador, o legislador, o guerreiro, eliminador dos desejos. Se analisarmos todas as medidas de grandeza humana, gostaria de perguntar: Há alguém entre as pessoas maior do que o Profeta Mohammad?”

Bernard Shaw, o famoso erudito inglês, disse: “O mundo está extremamente necessitado de um homem do quilate de Mohammad. Esse profeta, se lhe fosse entregue o governo do mundo, resolveria todos os seus problemas por causa de sua crença na paz e na felicidade tão necessitados pela humanidade.”

Michael Hart disse em seu livro os mais influentes são cem e o mais influente entre eles é Mohammad. “A minha escolha a Mohammad para encabeçar a lista dos personagens mais influentes do mundo pode surpreender alguns leitores e ser questionada por outros, mas ele foi o único homem na História extremamente bem-sucedido em ambos os níveis: secular e religioso.”

O líder indiano, Mahatma Ghandi disse: “Após ler o segundo volume da vida de Mohammad encontrei-me com extrema necessidade de conhecer mais a sua grandiosa vida. Ele conquistou, sem rival, os corações de milhões de pessoas.

O Escritor Inglês, Thomas Carlyle disse: “Gosto de Mohammad pela sua natureza, livre de orgulho e artificialismo. Ele se dirige aos imperadores romanos e persas, orientando-os para as suas obrigações no que diz respeito a este mundo e do Outro.

O Erudito britânico, George Wells vê Mohammad como o maior homem que estabeleceu a nação da justiça e da tolerância.

Quanto a pesquisador inglês, Leitner, disse: “Tenho esperança que chegará o dia que os cristãos que respeitam Jesus respeitem também Mohammad. Sem dúvida, o cristão que reconhece a missão de Mohammad é o verdadeiro cristão.”

O Erudito russo, Tolostói, disse: “A lei de Mohammad irá dominar o mundo por ser coerente com a mente e a sabedoria.”

O orientalista Michion disse: “O Islam que ordena o jihad foi tolerante com os seguidores das outras religiões. Graças aos ensinamentos de Mohammad, Ômar Ibn al Khattab não prejudicou os cristãos quando conquistou Jerusalém.”

O Historiador francês, Gustave Le Bon, disse: “Se o valor dos homens deve ser medido pelos grandes atos que ele praticou, Mohammad foi uma das maiores figuras da história”

Quanto a Will Durant, autor da “História das Civilizações”, disse: “Se medirmos a grandeza dos homens pela influência causada nas pessoas, podemos dizer que Mohammad é o maior entre todos os grandes da História.”

O Alcorão Sagrado diz: “Porque és de nobilíssimo caráter” (68:4).

Estas são pequenas informações a respeito do Mensageiro de Deus (S) que fiz questão que fossem de não muçulmanos para não sermos acusados de admiradores do nosso Profeta (S). Quis colocá-las no início do nosso assunto para que todos saibam de quem estamos falando e não separarmos a realidade que alguns não entenderam a respeito da personalidade que os intelectuais e sábios do Oriente e do Ocidente conheceram e testemunharam a sua importância.

Vamos, agora, examinar esse casamento abençoado de forma verdadeira e eqüitativa.

Para que a questão seja esclarecida para quem pergunta a respeito do casamento do Profeta (S) com Aicha e conheça as intimidades que acompanharam o casamento e a prudência por trás dele, eis alguns pontos específicos:

A Vida Conjugal do Profeta (S)

Antes de seu Casamento com Aicha (R)

Primeiro: o Profeta (S) casou-se, na sua juventude, aos vinte e cinco anos de idade com a senhora Khadija (R). Ela já era viúva duas vezes e mais velha do que ele por quinze anos. Estava com quarenta anos de idade. Isso não aconteceu por motivo de pobreza ou por interesse de elevar a ascendência. Ele era um comerciante conhecido pela sua honestidade pelos habitantes de Makka. Cada um desejava que o seu dinheiro fosse utilizado por ele no comércio. Não havia entre os habitantes de Makka quem tivesse uma ascendência e posição mais importante do que a dele. Era hachimita de pai e avô. Seu avô, Abdel Mutalib era o chefe de Makka, sem rival. Sua mãe e tios maternos pertenciam a Banu Zahra (uma tribo conhecida de Makka). Todas as casas de Makka, talvez todos os árabes desejavam-no como genro.

Segundo: O Profeta (S) passou toda a sua juventude ao lado da senhora Khadija (R) e não casou com outra enquanto ela vivia, já com cinqüenta anos de idade, apesar da sociedade ao seu redor permitir ao homem casar por duas, três ou mais vezes. Não há nenhum registro, antes e depois de seu casamento ter olhado para alguma mulher ou ter-se desonrado, correndo atrás de escravas ou de mulheres formosas. Quão numerosas eram em Makka. Se tivesse acontecido isso, seus inimigos de Makka seriam os primeiros a divulgar isso, acusando-o. Esse período é considerado o de aumento dos desejos dos homens.

Terceiro: O Profeta (S) casou, depois do falecimento de Khadija, com uma mulher idosa, também viúva, mais velha que ele. Foi a senhora Saúda, filha de Zam’a (R) para consolá-la e sustentá-la após o falecimento de seu marido na Abissínia.

Os intelectuais e os eqüitativos examinaram os primeiros cinqüenta anos da vida do Profeta (S) e os encontraram iluminados, desprovidos de qualquer mancha. Verificaram que foram metódicas, exemplares, apropriadas à grandeza do profeta (S) no âmbito da vida conjugal. Apesar de haver total liberdade de se casar com as mais belas mulheres árabes, da aprovação da sua sociedade pela poligamia, ele não fez isso. Isso demonstrou a impossibilidade do despertar do desejo, repentinamente, com aquela idade, para se casar por isso. O seu casamento, depois disso, deve ter sido por uma questão de prudência, de outros significados e não para a satisfação dos desejos.

O Casamento foi Por Inspiração Divina

Sabe-se que o sonho dos profetas é uma inspiração, como foi o sonho de Abraão (A.S.) quando sonhou que estava degolando o filho. O Profeta (S) viu Aicha em sonho e o anjo o informou que seria a sua esposa. Observe a narrativa de Hicham, baseado em seu pai, baseado em Aicha, que ela narrou que o Mensageiro de Allah disse: “Eu a vi em sonho por três noites seguidas. O anjo a trouxe para mim envolvida por uma seda, dizendo-me: ‘Esta é a tua esposa.’ Descobri o rosto coberto e vi que era tu. Disse a mim mesmo: ‘Se isto provém de Deus, acontecerá.’”

Veja as palavras do Profeta (S): “Se isto provém de Deus, acontecerá.” O Profeta (S) via os opositores e os rancorosos entre outros que desconheciam as questões e estranharam o abençoado casamento somente nesta época apenas. Ele informou que, se era uma ordem de Deus, Ele a realizará, porque o Profeta (S) arredava pé da revelação de Deus. Ele obedecia ao seu Senhor, confiava n’Ele, consciente de que Deus é Prudentíssimo em todo que estabelece. – Glorificado de Exaltado seja, Apesar disso, era de sua lei.

A Confirmação do Direito da Mulher de Aceitar ou Rejeitar o Casamento

O Profeta (S) confirmou o direito da mulher de aceitar ou rejeitar o casamento. Aicha (R) relatou que uma jovem foi ter com ela e lhe disse: “O meu pai me obrigou casar com o meu primo sem o meu consentimento.” Disse-lhe Aicha: “Senta até o Profeta chegar.” Quando chegou, informou-o do ocorrido. O Profeta (S) mandou chamar o pai dela, dando o direito à jovem de aceitar ou rejeitar.” Ela disse: “Ó Mensageiro de Deus, aceito o que meu pai fez, porém, quis informar às mulheres que os pais não podem fazer isso.” (Hadice compilado por Nassá-i). O admirável é que a própria Aicha relatou o hadice para refutar as acusações do Profeta a respeito do casamento com ela.

Como Aconteceu o Abençoado Casamento?

Após o sonho que o Profeta (S) teve, durante três noites seguidas, e soube que era ordem de Deus, Exaltado seja, foi da determinação de Deus que uma mulher de nome Khaula, filha de Hakim, sugerisse ao Profeta (S) casar com Aicha, filha de Abu Bakr. Nessa sugestão há uma indicação da natureza do casamento. Ela lhe disse que se o fizesse, iria solidificar a relação entre ele e entre o mais querido amigo dele, ou seja, Abu Bakr, Assidik (R).

Na verdade, o casamento aproxima as pessoas. É um dos maiores meios de aproximação entre as famílias, porque a relação de parentesco e de casamento é uma das mais sagradas relações.

Agora, vamos apresentar a conversa de Khaula, filha de Hakim, informando sobre o pedido de casamento.

Disse: “Entrei na casa de Abu Bakr e encontrei Ummu Rauman, sua esposa, ou seja, a mãe de Aicha. Disse-lhe: ‘Deus fez ingressar o bem e a bênção na sua casa.’ Disse a mulher: ‘Que é isso?’ Disse: ‘O Profeta me enviou para pedir a mão de Aicha.’ Disse Ummu Rauman: ‘Gostaria que acontecesse. Aguarde Abu Bakr, que está chegando.’ Isto em respeito ao marido. Quando Abu Bakr chegou, disse-lhe: ‘Deus fez ingressar o bem e a bênção na sua casa. O Profeta (S) me enviou para pedir mão de Aicha para ele.’

Vejam o que o Siddik disse: “Será que serve para ele?’ Ele viu que a posição do Profeta é muito superior para que a pequena Aicha fosse esposa para ele. ‘Será que serve para ele? Ela é a filha de seu irmão.’(irmão no islam)

Khaula foi ter com o Profeta e lhe transmitiu o que Abu Bakr disse. O Profeta (S) lhe disse: ‘Volte e diga-lhe que somos irmãos pelo Islam e sua filha me serve.’ Então, voltei.”* O Profeta (S) sabia que Deus iria realizar e abençoar o casamento.

* Compilado por Ahmad, com base em Aicha.

Voltei e informei Abu Bakr das palavras do Profeta.” Então, aconteceu algo que eleva a posição de Abu Bakr. Disse: “Aguarde a minha volta.”

Ummu Rauman explicou o caso para Khaula: “Mut’im Ibn ‘Adi pediu Aicha para seu filho Jubair. Por Deus, Abu Bakr nunca prometeu algo e não cumpriu.

O Mut’im Ibn Adi comentou com Abu Bakr que desejava Aicha para o seu filho, Jubair. Abu Bakr não aceitou nem rejeitou. Seu silêncio, porém, parecia uma promessa. Ele não podia deixar de cumprir a sua promessa. Pode o Jubair Ibn Mut’im ser comparado ao Profeta (S)? Jamais. Porém, a lealdade e a promessa constituem a religião. A gente imagina que Abu Bakr ficaria muito triste se perdesse a oportunidade de casar Aicha com o Profeta (S). Pode ser que nunca pensaria que o Profeta fosse pedir a mão de Aicha. Certamente, cada pai, ao se apresentar a ele uma boa pessoa e anunciar a sua intenção, certamente ele dá as boas vindas e isto constitui numa espécie de promessa. Ele não podia aceitar o pedido do profeta até resolver a questão. Foi ter imediatamente com o Mut’im Ibn ‘Adi.

Abu Bakr entrou na casa de Mut’im que estava com a esposa, Ummu Jubair, politeísta, ainda. A idosa disse: “Ó Ibn Cuháfa, tememos que se o nosso filho se case com a tua filha vá obrigá-lo a adotar a tua religião.”

Abu Bakr não respondeu, mas olhou para o marido dela, o Mut’im e perguntou: “É verdade o que ela diz? Você teme que o seu filho se casar com a minha filha, ingresse no Islam comigo?” Mut’im respondeu: “É isso”, corroborando as palavras dela.

Abu Bakr saiu, aliviado, por ter Deus resolvido a questão, livrando-o do compromisso. Retornou à casa e disse a Khaula: “Pede para o Profeta vir.”

Parece que há um costume na vida árabe que o pretendente deve ir à casa da pretendida. Vê o preceito moral: “Não crê quem não é confiável e não tem religião quem não cumpre a promessa.” (Compilado por Ahmad, baseado em Anas Ibn Málik).

Acredito que o coração de Abu Bakr sentiu uma alegria indiscrutível, apesar disso, estava compromissado. Disse a Khaula: “Aguarde!” Deus, Exaltado seja, preparou o ambiente e fez a politeísta falar que temia que o seu filho adotasse o Islam se casasse com Aicha. Abu Bakr consultou o marido da politeísta e este confirmou as palavras da mulher. Então, estava tudo resolvido. Disse a Khaula para convocar o Profeta (S). Ele foi ter com o nobre Profeta e o convocou. Ele foi à casa de seu companheiro, Abu Bakr, e este lhe concedeu a mão de Aicha, estando, naquela época com seis ou sete anos de idade. Certamente, não houve casamento, mas houve um acordo. O seu dote foi de quinhentas moedas de prata. (Ver a Enciclopédia do Dr. Ratib Nabulsi).

Portanto, O Profeta fez o acordo do casamento com Aicha quando tinha seis anos de idade. O casamento foi consumado aos nove anos de idade. Por que o Profeta (S) aguardou esses três anos? Por que Aicha não tinha ainda alcançado a puberdade, ou seja, após a sua menstruação. Foi, então que se consumou o casamento depois que ela passou da época infantil para o período da puberdade.

Considerações a Respeito da Época e do Tempo Para os Intelectuais, os Teólogos e os Equitativos

A diferença temporal e a diversidade dos locais são as coisas de maior consideração na sentença sobre esse casamento. “Aquilo era aceito naquele tempo tanto entre os árabes como entre os europeus. As filhas do Profeta Davi casaram com essa idade. Da mesma forma, Dante amou Beatriz quando estava ainda com seis anos de idade. A Julieta, na narrativa de Shakespeare, era censurada pela mãe por estar já com treze anos e não ter se casado ainda, enquanto suas amigas haviam se casado com nove anos e antes daquilo, e já estavam com filhos nas escolas.”1

1. Enciclopédia da Mãe dos Crentes, Aicha, do Hafani, pág. 97.

Quem duvida que Aicha atingiu a puberdade aos nove anos de idade, comparando-a com as meninas com nove anos de hoje, é uma pessoa que desconhece o desenvolvimento do corpo humano no decorrer da história. Desconhece a diferença individual entre as pessoas no quanto ao atingirem a puberdade. Desconhece, também, a influência dos aspectos climáticos e ambientais na puberdade do ser humano. O homem passou por etapas históricas antigas cujo corpo quanto à constituição e a altura era o dobro de hoje. As pessoas continuam ficando mais baixas uma geração após a outra, até os dias de hoje. Vemos dois irmãos, dos mesmos pais com diferença de tempo de se atingir a puberdade que chega a um ou dois anos, além de que é normal entre os povos as meninas atingirem a puberdade antes dos meninos. Os aspectos climáticos e ambientais de frio e calor, a secura e fertilidade, a civilização e o nomadismo, os meios de comunicação e de transporte, além de aspectos de muita influência na velocidade e atraso da puberdade dos meninos e das meninas. A prova disso, na nossa época atual, onde a idade de puberdade diminuiu na maior parte da terra juntamente com o crescimento do sexo prematuro entre meninos e meninas, os muitos estímulos gerados pelas mudanças sociais, industriais, culturais e de comunicação que aconteceu ao mundo no século vinte.

O Testemunho da Ciência

O Dr. Mohammad Ali Barr disse: “A idade de puberdade diminuiu nos Estados Unidos e na Europa na proporção de três meses em cada geração. Diminuiu, também, na base de dois anos e meio desde o início do século vinte.”2

Não vamos longe. O relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde e a UNICEF a respeito da legitimidade da maternidade na idade de adolescência, diz: “Com a diminuição da idade da menstruação e o atraso crescente da idade de casamento, essa etapa ficou mais longa, e começaram as tendências tradicionais a mudar, ao mesmo tempo, a autoridade familiar começou a enfraquecer e a transformação cultural e a emigração mais corrente. Os jovens de hoje ficam mais sujeitos ao turismo e dos meios de comunicação. Tudo isso são meios que causam grandes mudanças na conduta social e sexual.”3

2. Política e os meios de controle de natalidade no passado e no presente, pág. 140, 141. Dr. Mohammad Ali Barr,

3. A Legitimidade da maternidade na idade de adolescência, pág. 5. Relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde e a UNICEF.

Imagino que, se isso continuar a acontecer, o período de menstruação na maior parte dos povos da terra retorna aos nove anos de idade ou menos ainda.

A Idade Temporal e a Idade Mental

O crescimento físico difere, em alguns tempos, do crescimento mental e psicológico. Encontramos, em algumas jovens de pouca idade, prudência, mente e a boa disposição, a assimilação, a compreensão não encontrado nas que têm mais idade. Essas são as diferenças individuais que ninguém consegue negar. A história e a biografia afirmam que Aicha quanto as suas características mentais e psicológicas eram muitas como a agudeza de inteligência, a força de retenção, a rapidez intuitiva e a coragem de dizer a verdade, etc. Ela era sábia na ciência da tradição e da jurisprudência. Decorava poesia e declamava. Conhecia medicina, também. Ela pode ser classificada como um milagre entre seus contemporâneos, sendo colocada no nível das mais importantes mulheres mental e prudentemente.

Talvez alguém diga: “Acreditamos que Aicha atingiu a idade de casamento. Porém, por que se apressou em casá-la de um homem bem mais velho que ela?”

Digo: “Onde está a pressa quando as avós, desde pouco tempo, e continua em alguns países, casavam imediatamente ao atingirem a puberdade. Isso não era vergonhoso ou podia causar algum dano à jovem. Ao contrário, os estudos médicos afirmam que a jovem, ao atingir a puberdade, está completamente preparada para casar do ponto de vista fisiológico, ao contrário do jovem. “Isso acontece porque a divisão celular generativa no homem não começa a não ser na puberdade e necessita para ser completado de três ou mais semanas, enquanto a divisão das células generativas nas mulheres começa enquanto estão no útero da mãe e só se completa após o casamento, na presença do espermatozóide que fecunda o óvulo. O último óvulo a sair, ou seja, antes da menopausa, é após cinquenta anos depois do início da divisão celular”.4

4. A maternidade e sua posição no Islam à luz do Alcorão e da Sunna. Maha al Abrach, v. 1, pág. 180.

O significado disso é que a mulher nasce com a disposição de engravidar e dar à luz. Essa preparação, porém, só acontece na realidade na puberdade.

A Diferença de Idade é uma Questão Natural Naquela Sociedade

Quanto à diferença de idade entre o Profeta (S), a sociedade árabe daquele tempo não rejeitava que o marido fosse muito mais velho do que a esposa. Ou que a esposa seja muito mais velha do que o marido, como é o caso das sociedades atuais. Isso era uma coisa natural indicado pelo fato de o Profeta ter casado com várias mulheres bem mais velhas do que ele, como Khadija, Saúda, Zainab, filha de Khuzaima. Alguns companheiros casaram com moças bem mais jovens, como Ômar Ibn al Khattab (R) quando casou com Ummu Kulçum, filha de Ali Ibn Abi Tálib (R). Ele era o Emir dos Crentes e ela era muito jovem ainda, que havia atingido a puberdade.

A Confissão dos Inimigos à Espreita

Não há dúvida que se o casamento do Profeta (S) com Aicha pudesse macular o conceito dele, de Abu Bakr, ou da senhora Aicha (R) os politeístas de Coraix e os seus inimigos judeus, entre outros - e quão numerosos eram naquele tempo em Makka e Madina - seriam os primeiros a condenar aquilo, considerando-o defeito e vergonha a serem divulgados. Teriam comentado o caso em suas reuniões para utilizá-lo para afastar as pessoas do Profeta (S) e de sua mensagem. Porém, isso não aconteceu. É uma das maiores provas de que a diferença de idade não tinha a menor influência no casamento na sociedade árabe daquele tempo.

Os Benefícios e as Utilidades Daquele Abençoado Casamento

Primeiro: O seu conhecimento (R)

A comunidade se beneficiou pela distinção da senhora Aicha (R) de potencialidades científicas e mentais não proporcionadas naturalmente a outras.

Alguns teólogos afirmaram: “Um quarto do conhecimento legislativo foi aprendido dela.” Que um quarto dos preceitos legais que aprendemos do Profeta (S) foi conhecido pelas tradições narradas por Aicha. A esposa do Profeta, a mãe dos crentes, desempenhou um papel muito importante na divulgação, porque se especializou nas mulheres. É sabido que as mulheres faziam perguntas ao Profeta (S) a respeito de questões pertinentes a elas. A mais preferida para interpretar os preceitos legais pertinentes à mulher é a esposa do Profeta (S), pois desempenha um importante papel na missão. Isso indica a valorização da mulher pelo Islam.

Os teólogos disseram, também, “Não se conhece ninguém que conhecesse mais os significados do Alcorão e os preceitos do lícito e do ilícito do que Aicha. Os teólogos não conheceram ninguém que conhecesse mais as obrigações (ou a ciência da herança), de medicina, de poesia e da linhagem do que Aicha.” Apesar de sua pouca idade, tinha uma inteligência rara, capacidade de retenção das coisas e de lealdade ao Profeta (S).

Por isso, os teólogos, os intelectuais e os equitativos tiveram a convicção de que as esposas do Profeta (S) foram escolhidas por Deus, Exaltado seja, pelo papel que iriam desempenhar na divulgação no futuro.

Eis que a senhora Aicha narrou duas mil, duzentos e dez tradições sobre o Profeta. Ela decorou todo o Alcorão durante a vida do Profeta (S).

Então, há uma excessiva prudência divina de que Deus, Glorificado e Exaltado seja, preparou para o Seu nobre Profeta essa esposa intelectual, de inteligência e mente privilegiada, muito observadora, de excelente índole.

Dizem: “Se Aicha não tivesse aquela idade quando esteve em companhia do Profeta (S), a idade em que o ser humano está com maior disposição, mais preparado de adquirir conhecimento, não teria alcançado aquilo.”

O conhecimento é algo fundamental na vida do crente. Tudo que o Profeta (S) dizia tinha de ser transmitido. A melhor mulher para transmitir as suas falas é a sua esposa. Portanto, devemos ficar tranqüilos de que Deus, Glorificado e Exaltado seja, a escolheu com o conhecimento do Profeta (S).

O Imam Azuhri disse: “Se o conhecimento de Aicha fosse comparado ao conhecimento de todas as mães dos crentes, e ao das outras mulheres, o conhecimento de Aicha superaria a todas elas.”

Na verdade, a coisa que admira as mentes, ou a coisa que chama a atenção é que a mulher tenha um alto grau de compreensão, conhecimento e jurisprudência. A mulher para as pessoas é mulher. Mas a mulher que possui uma mente aguda e profunda percepção, uma compreensão precisa, uma forte retenção, é uma mulher rara e preparada para ser a esposa do Profeta (S).

Ata Ibn Abi Rabah disse: “Aicha era a pessoa que mais conhecia a jurisprudência, mais sábia e de melhor opinião nas coisas gerais.”

Aicha era a pessoa mais sábia, que mais conhecia a jurisprudência, de melhor opinião. Abu Mussa al Ach’ari disse: “Quando tínhamos dúvida a respeito de algo perguntávamos Aicha a respeito e ela tinha conhecimento do assunto.”

Massruk disse: “Vi os cheiques, os maiores companheiros do Profeta (S) fazerem perguntas a ela a respeito das heranças.”

‘Urwa disse: “Nunca vi ninguém com mais conhecimento sobre jurisprudência, medicina e poeta do que Aicha.”

Abu Azznnad disse: “Cada coisa que ela ouvia declamava uma poesia sobre o assunto.” Aicha superou os satélites artificiais no registro dos movimentos e ditos do Profeta, na compreensão e na percepção.



Segundo: A apresentação do Profeta (S) ele mesmo para as pessoas em geral quanto ao tratamento da mulher de pouca idade. Por isso, ele tolerava dela o que não tolerava das outras, por causa de sua pouca idade. Nisso há um exemplo para quem casa com uma mulher de pouca idade que necessita de mimo e de paciência mais do que outra. Da mesma forma, o lado virgem, uma vez que todas as outras mulheres do Profeta eram viúvas ou divorciadas, era necessário que o Profeta tinha de casar com uma virgem para dar exemplo aos homens da forma de tratamento e convivência com ela.

Dentro dos exemplos disso que aconteceram que dão o mais magnífico exemplo na boa convivência com a esposa jovem, não importa as circunstâncias e as dificuldades.

Aicha (R) relatou: “Acompanhei o Profeta (S) em uma de suas viagens. Eu era magra, e não tinha corpo avantajado. Ele disse para as pessoas: ‘Podem avançar’. As pessoas se adiantaram e ele me disse: ‘Venha apostar corrida comigo.’ Apostei e o venci. Ele nada disse até eu engordar um pouco e esqueci daquilo. Saí com ele novamente em outra viagem. Ele disse para as pessoas: ‘Podem avançar’. As pessoas se adiantaram e ele me disse: ‘Venha apostar corrida comigo.’ Apostei e ele me venceu. Ele começou a rir e disse: ‘Esta é por aquela.’” (Majma’ Az Zawáid).

Terceiro: Apresentar o exemplo de outra forma: o amor do marido à esposa quando está casado com mais de uma mulher. Deus agraciou o Profeta (S) com o amor dela. Apesar disso, esse amor não o incentivou a ser injusto com as outras mulheres, mas era justo entre todas elas, até durante a sua enfermidade que lhe causou a morte. Ele mudava de uma casa para outra até que lhe permitiram ser tratado na casa de Aicha.

Quarto: Mostrar e evidenciar a posição de Abu Bakr (R) perante Deus, Altíssimo e perante o Profeta (S), com Deus orientando o Profeta a casar com a filha de Abu Bakr. Essa é uma honra inigualável.

Essas são algumas sabedorias tiradas do casamento do Profeta (S) com Aicha. Se o caso foi esse citado, não há necessidade de buscar os defeitos e a sabedoria por trás dele, porque ele foi um casamento normal, não causou nenhuma agitação nos inimigos do Profeta (S) naquela época, nem chamou a atenção daqueles que procuravam na conduta do profeta algo para acusá-lo. Eles tentavam inventar coisas a seu respeito, como acusa-lo de mago, de louco e coisa similar. Se nada disseram a respeito do casamento, isso indica que a questão era natural e não estava fora do costume da sociedade daquele tempo. Como aparece alguém hoje e utiliza isso para difamar a conduta do Profeta (S)?

Foi dada a Opção de Escolha à Senhora Aicha (R) e Ela Escolheu Ficar

A questão da consulta é muito famosa na casa do profeta e que foi confirmada pelo Alcorão e pela Sunna. Aconteceu que as mulheres do profeta (S) pediram a ele para lhe conceder mais dinheiro. Ele ficou zangado com eles, porque ele era responsável por toda a comunidade, tendo o pobre, o fraco, o necessitado, sendo como pai para todos. Ele dava preferência ao suprimento das casas deles do que à sua casa. Ele recebia muitos bens e colocava sob os interesses e as necessidades dos muçulmanos.

Então, o Alcorão foi revelado, ordenando ao Profeta a dar opção de escolha à mulheres de permanecerem com ele e suportarem as dificuldades da liderança da comunidade e se separarem depois de receberem os seus direitos por completo. Veja comigo o desenrolar dos acontecimentos:

Jáber Ibn Abdullah relatou que Abu Bakr pediu licença ao Profeta (S) para entrar. Havia pessoas sentadas à sua porta, as quais não foram autorizadas a entrada. O Profeta (S) permitiu a entrada de Abu Bakr. Então, chegou Ômar a quem foi autorizada a entrada. Ele encontrou o Profeta (S) sentado com as esposas ao seu redor, calado, pensativo. Ele pensou em dizer algo que fizesse o Profeta (S) rir. Disse: ‘Ó Mensageiro de Deus, a filha de Khárija - querendo dizer a esposa – pediu-me para aumentar-lhe o sustento. Em vez disso, dei-lhe um tapa no pescoço.” O Profeta (S) riu e disse: “Ei-las ao meu redor, como você vê, pedindo mais dinheiro.” Abu Bakr levantou-se e censurou Aicha; Omar censurou Hafsa, sua filha, Disseram-lhes: “Vocês estão pedindo ao Profeta o que ele não tem.” Elas responderam: “Por Deus, nunca pedimos ao Profeta algo que ele não tenha.” O Profeta afastou-se delas durante um mês ou vinte e nove dias. Então foi revelado o seguinte versículo: “Ó Profeta, dize a tuas esposas: Se ambicionardes a vida terrena e as suas ostentações, vinde! Prover-vos-ei e dar-vos-ei a liberdade, da melhor forma possível. Outrossim, se preferirdes a Deus, ao Seu Mensageiro e à morada eterna, certamente Deus destinará, para as benfeitoras, dentre vós, uma magnífica recompensa” (33:28-29).

Ele começou com Aicha, dizendo: “Ó Aicha, vou propor-lhe algo e não desejo que se apresse em dar a resposta antes de pedir a opinião de seus pais.” Perguntou: “Que é, ó Mensageiro de Deus.” Ele recitou o versículo. Ela lhe disse: “Será que preciso pedir a opinião de meu pai por sua causa? Eu escolho a Deus, o Seu Mensageiro e a Outra Vida. Peço que não informe às outras esposas o que me disse.” Disse-lhe: “Cada uma que me perguntar irei informá-la, porque Deus não me enviou para impor nem para constranger às pessoas, mas como mestre facilitador.” (Narrado por Musslim).

Não são poucos os benefícios que podemos tirar dessa tradição. Entre eles, temos:

• A não aceitação do Profeta (S) a qualquer desejo contrário aos interesses dos muçulmanos.

• Não aceitou ter uma vida de luxo, nem para ele nem para a sua família, esquecendo das dores dos privados.

• Zangaram-se e ficaram tristes todos os muçulmanos por causa da zanga do Profeta e desejaram diverti-lo.

• O afastamento do Profeta das esposas durante um mês e o método de educação condizente com a gravidade do erro, o fortalecimento da resistência perante os dias futuros. Possui, também, uma resposta às alegações de que o Profeta (S) casou para satisfazer seus desejos, porque quem faz isso, colocará o desejo em primeiro lugar.

• O Profeta (S) começou com Aicha, indicando o seu mérito. Se começasse com outra, podiam dizer que ela imitou a anterior.

• O Profeta lhe pediu para não se apressar e consultar os pais, mostrando a necessidade de se aguardar para tomar importantes atitudes, dando oportunidade para se pensar e consultar.

• Na declaração dela há evidência de seu equilíbrio mental, a ciência de suas particularidades e que não deveria envolver nelas nem os pais.

• Nas palavras do Profeta: “Deus não me enviou para impor”, demonstrando a ética profética que deve ser baseada na sinceridade, evidência e benevolência pelas pessoas, e não aceitar quem contraria isso.

Finalmente, vamos dar uma olhada nos sentimentos que surgiram desse abençoado casamento através do amor, da honra, do zelo da senhora virtuosa.

O amor excessivo, a honra e o ciúme são testemunhas e provas verdadeiras da excelência desse casamento abençoado.

Foi confirmado que Aicha (R), a abençoada, a pura, a consciente, a sábia amava o Profeta (S) excessivamente. Ela se vangloriava perante as outras mulheres do Profeta pela posição que ela ocupava perante ele, por não ter-se casado com outra virgem além dela. Ela tinha muito ciúme do Profeta (S), que são provas verdadeiras da excelência daquele abençoado casamento, porque a mulher não sente aquilo pelo marido a não ser quando ocupa posição sublime, devido à sua conduta, característica e grandiosidade. É suficiente que ela nunca sentiu pena em qualquer tempo de ter-se casado com ele, ou sentiu qualquer arrependimento. A pura respondia a qualquer um que estranhava aquele casamento, dizendo: “Que vocês têm, sendo o Mensageiro de Deus o meu amor! Que vocês têm, se o Mensageiro de Deus é de excelente caráter?! Como não vêem a minha alegria, felicidade, honra, glória, tranqüilidade de meu coração por ter-me casado com ele?! Por que se preocupam com o que não conhecem e dizem o que não sabem?”

Sabe-se do ciúme dela o que ela mesma narrou: “O Mensageiro de Deus (S) saiu de minha casa, à noite, e senti ciúme dele. Fiquei agitada e mudei o meu comportamento. Quando ele voltou e viu o que estava fazendo, perguntou: ‘O que você tem, Aicha? Ficou com ciúmes?’ Respondi: ‘Por que não iria sentir ciúme de uma pessoa como você?’ (Tradição compilada por Musslim). Aquilo significava: “Como não sentir ciúme uma pessoa que ama tanto como eu e possui rivais de uma pessoa com suas características proféticas e o seu valor perante Deus, o Altíssimo?”

Para os teólogos, intelectuais e eqüitativos transmito essa narrativa que testemunha a grandiosidade daquele casamento, que evidencia alguns sentimentos de amor excessivo da senhora veraz, pura, casta para com o Profeta (S).

Ibn Umair relatou que disse à mãe: “Conta-nos a coisa mais admirável que viu do Profeta (S)” Ela permaneceu um pouco em silêncio e então disse: “Uma noite ele disse: ‘Ó Aicha, deixe-me esta noite ficar adorando ao meu Senhor.’ Ela respondeu: ‘Por Deus, amo estar perto de você e gosto do que o alegra.’ Ele levantou-se, abluiu-se e começou a orar. Ele ficou chorando até molhar o rosto. Então continuou chorando até molhar a barba. Continuou a chorar até molhar o chão. Bilal chegou para fazer o azan para a oração da alvorada. Quando o viu chorando, perguntou: ‘Ó Mensageiro de Deus, porque chora se Deus perdoou todos os seus pecados passados e futuros?1 Respondeu: ‘Não devo ser um servo agradecido. Esta noite foi-me revelado um versículo. Ai daquele que a ler e não pensar nela: “Na criação dos céus e da terra e na alternância do dia e da noite há sinais para os sensatos, que mencionam Deus, estando em pé, sentados ou deitados, e meditam na criação dos céus e da terra, dizendo: Ó Senhor nosso, não criaste isto em vão. Glorificado sejas! Salva-nos do tormento infernal!” (Alcorão Sagrado, 3:190-191).

Quando examinarmos essa narrativa, verificamos o amor, o altruísmo, a consideração da esposa virtuosa, e verificamos a lealdade, o carinho, o amor, o pedir autorização à companheira, o excelente caráter para se isolar com Deus. Vemos, também, a determinação de se agradecer a Deus de forma inigualável no mundo humano.

O que foi dito sobre a metodologia e a virtude, as bênçãos e as utilidades desse casamento abençoado e o que refletiu de excessivos sentimentos de amor, lealdade e misericórdia, o pouco que vale muito perante as pessoas de sentenças equilibradas, de opinião orientadora dentre os teólogos, intelectuais e eqüitativos.

Os outros, porém, de opositores, rancorosos, de tendenciosos, de ignorantes a seu respeito o poeta disse:

O olho nega a luz do sol por debilidade,

E a boca nega o sabor da água por languidez.

O defeito não está no sol ou na água. A biografia, a moral e a ética do Profeta (S) permanecerão como luz para as criaturas. O sol continuará a espalhar a sua luz sobre o mundo. Com a anuência de Deus a sua lei e os seus ensinamentos permanecerão como vida para os espíritos e orientadores para o mundo da alegria no Paraíso, e a água permanecerá um segredo e fundamento da vida.

Que Deus abençoe e dê paz ao Profeta Mohammad, aos seus familiares e aos seus companheiros.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Colaboração Irmão: Omar Hussein Hallak.