terça-feira, maio 31, 2011

Lealdade na adoração‏

Em Nome de ALLAH Clemente e Misericordioso.


Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradeço, a ELE rogo pelo perdão e a ELE imploro ajuda para alcançar sucesso em todos os atos que LHE agrade. Testemunho que não há divindade a não ser ALLAH, Único e sem associados. E testemunho que Mohammad (SAAWS) é Seu servo e mensageiro, o escolhido dentre Suas criaturas; divulgou a mensagem, zelou por aquilo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e se esforçou ao máximo pela causa de Deus.

Diz ALLAH O Altíssimo na surat "AT TAUBAH" (23 Ó fiéis, não tomeis por confidentes vossos pais e irmãos, se preferirem a incredulidade à fé; aqueles, dentre vós, que os tomarem por confidentes, serão iníquos.24 Dize-lhes: Se vossos pais, vossos filhos, vossos irmãos, vossas esposas, vossa tribo, os bens que tenhais adquirido, o comércio, cuja estagnação temeis, e as casas nas quais residis, são-vos mais queridos do que Deus e Seu Mensageiro, bem como a luta por Sua causa, aguardai, até que Deus venha cumprir os
seus desígnios. Sabei que Ele não ilumina os depravados.) Nos versículos lidos anteriormente, ALLAH O Altíssimo ordena Seu Mensageiro (SAAWS) a esclarecer para as pessoas que preferem coisas mundanas ao amor de ALLAH ao amor de Seu mensageiro e a defesa da Sua religião que, tão logo, verão o que os aguarda de castigo de Quem vos criou, porque ALLAH não concede sucesso àqueles que não submetem-se a ELE exclusivamente. É natural que o ser humano ame seu pai, sua mãe, sua esposa e filhos, como é natural também que se preocupe com seu comercio ou trabalho e que desfrute do conforto de seu lar; mas ALLAH não concede Seu perdão, Sua benção e misericórdia para aqueles que O colocam em segundo lugar ou em segundo plano.

O Profeta Mohammad (SAAWS) relata sobre este assunto: “Nenhum dentre vós é crente até que eu seja mais querido do que seu pai, seu filho e toda a humanidade.” Em outra narrativa semelhante disse: “Nenhum dentre vós é crente até que seus desejos estejam de acordo com que me foi revelado.” Portanto, não existe amizade ou amor para aquele que descumpre as ordens do Criador e do Seu mensageiro. Se o filho faz uso de bebida alcoólica, ele descumpre as ordens de ALLAH e assim perde todo seu direito perante sua família.

Quem faz uso de inebriantes não encontrará sucesso nesta vida e nem na outra; basta lembrar que ao beber, perde sua sã consciência e assim se coloca ao nível de um animal irracional. ALLAH diz na surat AL MÁIDA 90 Ó fiéis, as bebidas inebriantes, os jogos de azar, a dedicação às pedras e as adivinhações com setas, são manobras abomináveis de Satanás. Evitai-os, pois, para que prospereis.91 Satanás só ambiciona infundir-vos a inimizade e o rancor, mediante as bebidas inebriantes e os jogos de azar, bem como afastar-vos da recordação de Deus e da oração. Não desistireis, diante disso? 92 Obedecei a Deus, obedecei ao Mensageiro e precavei-vos; mas se vos desviardes, sabei que ao Nosso Mensageiro só cabe a proclamação da mensagem lúcida. Zahrah Bin Maabd relata que certo dia estava em companhia do profeta quando Omar Bin Khattab disse; Ó Mensageiro de ALLAH eu te amo mais do que qualquer coisa a não ser a minha pessoa. O Mensageiro respondeu: Nenhum de vós é crente até que eu seja mais querido do que a si mesmo.

Então Omar jurou dizendo: Por ALLAH que tu és mais querido do que a mim. Então disse O Mensageiro: Agora sim, Omar completaste a sua fé. É por isto que ALLAH diz na surat AAL ‘IMRAN 31 Dize: Se verdadeiramente amais a Deus, segui-me; Deus vos amará e perdoará as vossas faltas, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.32 Dize: Obedecei a Deus e ao Mensageiro! Mas, se se recusarem, saibam que Deus não aprecia os incrédulos. Caro irmão se lhe for dirigida a seguinte pergunta: Você ama ALLAH,

O Seu Criador e acaso ama o Seu mensageiro Mohammad (SAAWS)? Indubitavelmente responderá que sim. Mas o amor que você sente pelo Criador e Seu Mensageiro deve ser demonstrado com atitudes dignas de um muçulmano e não tão somente com palavras. O amor que sente deve se refletir nas suas orações obrigatórias e facultativas, no jejum, na peregrinação, na pratica da caridade, na recomendação do bem e proibição do mal dentre outras... Se você não pratica o que foi ordenado por ALLAH e Seu Mensageiro: então, não estas sendo coerente. É coerente agradar quem você ama, pois se você ama sua família procura agrada-la da melhor forma. Não existe outra forma de amar ALLAH e Seu mensageiro a não ser seguindo

O Alcorão Sagrado e a tradição do Profeta (SAAWS). Relata-se que: “Quem guarda as três seguintes características desfruta da doçura da Fé:1- Amar ALLAH e Seu Mensageiro mais do que qualquer coisa 2- Se amar alguém; esse amor deve ser por ALLAH 3- E odiar em tornar-se incrédulo tal como odiaria em ser lançado ao fogo”.Saibam que quem colocar o amor de ALLAH e Seu Mensageiro em segundo plano tem um destino doloroso na outra vida, como relatado na surat AN NAZI’AT 35 O dia em que o homem se há de recordar de tudo quanto tiver feito, 36 E a fogueira for exposta visivelmente, para quem a quiser ver, 37

Então, o que tiver transgredido, 38 E preferido a vida terrena, 39 Esse certamente terá a fogueira por morada. 40 Ao contrário, quem tiver temido o comparecimento ante o seu Senhor e se tiver refreado em relação à luxúria, 41 Terá o Paraíso por abrigo.

Caros irmãos, peço a ALLAH que conceda Sua misericórdia a todos nós e a todos os muçulmanos, peço a ELE que firme os nossos passos na senda reta e espero que não sejamos motivo de decepção no Dia do
Juízo Final. AMIN .

Assalamu Aleikom







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“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24



Asalamo Alaikom WA WB,



Omar Hussein Hallak

Abandono da Oração‏

Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradecemos, a ELE imploramos ajuda e a ELE solicitamos orientação. Testemunho que não há divindade a não ser ALLAH, Único e sem associados. Rogo a ELE que guarde este testemunho para o dia em que nem o dinheiro e nem os filhos terão valor algum. Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat Annissáa 103 (E quando tiverdes concluído a oração(292), mencionai Deus, quer estejais de pé, sentados, ou deitados. Porém, quando estiverdes fora de perigo, observai a devida oração, porque ela é uma obrigação, prescrita aos fiéis para ser cumprida em seu devido tempo.).


E testemunho que Mohammad (SAAWS) é Seu servo e mensageiro, o escolhido dentre Suas criaturas; divulgou a mensagem, zelou por aquilo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e se esforçou ao máximo pela causa de Deus até o ultimo dia de sua vida.

Abu Huraira (RAA) narrou que o Profeta (SAAWS) disse: “Nada é mais maçante para os hipócritas do que as orações em congregação da Alvorada (fajir) e da Noite (ishá). Se soubessem das virtudes dessas duas orações, certamente que participariam delas, nem que tivessem que chegar a elas arrastando-se”. Este hadith foi confirmado por Bukhari e Muslim.

Caros irmãos muçulmanos: ALLAH louvado seja prescreveu as orações e as fez obrigatória em seu devido tempo e seu Mensageiro (SAAWS) disse que queimaria as casas dos homens que abandonarem as orações em congregação por preguiça. Partindo desta duas referencias o que aguarda aquele que abandona a oração diária e pratica somente a oração de sexta feira ou então aquele que pratica somente as orações no dia do Iid (festividade), ou ainda aquele que não pratica oração alguma.

O Profeta Mohammad (SAAWS) considera os que abandonam a oração Kafir ou incrédulos. Jaber (RAA) contou que ouvira o Profeta(SAAWS) dizer:” A aproximação entre um muçulmano, um politeísta e as blasfêmias é o abandono da oração.”. Buraida (RAA) narrou que o Profeta Mohammad (SAAWS) disse: “ O que nos distingue dos hipócritas é o nosso apego à oração. Portanto, quem a abandonar será culpado de blasfêmia”. Ambos os ditos foram confirmados por Tirmizi.

Os muçulmanos, em diferentes partes do mundo, diariamente são agredidos de todas as formas, invasões, bombardeios, estupros, O Alcorão é rasgado e jogado por incrédulos. Todos nós assistimos diariamente estas agressões e não fazemos nada nem se quer levantamos nossas mãos aos céus em preces. Acaso sabemos o motivo de chegarmos a esta situação.

Adotar a vida mundana como nossa maior preocupação e esquecer do dia do juízo final no qual a oração será nossa primeira prestação de contas. Quem abandonou a oração não vai se sensibilizar com um muçulmano humilhado, pois o elo que os unia foi rompido. O Shaikh Ahmad relatou sua preocuparão com o futuro de nossa comunidade uma vez que de varias famílias somente comparecem as orações os velhos, onde estão os jovens ele questionou, eles são o nosso futuro. Ele exclamou que se continuarem deste mesmo modo vão abandonar o Islam e ingressar em outra religião. Saibam que vamos estar perante a Deus no dia do juízo final e seremos questionados como deixamos nossos filhos, filhas e familiares. O que responderemos? Que fizemos deles grandes comerciantes, bom medico ou um excelente profissional? Do que tudo isso adianta se não tivermos praticado as orações. ALLAH louvado seja nos questionará, Acaso não ouviste o dito de Meu Mensageiro: “Ordenem seus filhos a praticarem a oração desde 7 anos, punam os aos 10 e os abandonem quando adultos.”

Caro irmão, qual será a sua resposta ao ser questionado pelos que estiverem à mão direita? Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat AL Mudáscir v.38 - 45 “Toda a alma é depositária das suas ações, Salvo as que estiverem à mão direita, Que estarão nos jardins das delícias. Perguntarão, Aos pecadores: O que foi que vos introduziu no tártaro? Responder-lhes-ão: Não nos contávamos entre os que oravam, Nem alimentávamos o necessitado; Ao contrário, dialogávamos sobre futilidades, com palradores, E negávamos o Dia do Juízo”.

No dia do juízo final, toda a humanidade será convidada a realizar a prostação perante ALLAH (SWT) mas só conseguirá realiza-la aquele que era freqüente nas orações durante sua vida terrena. Esta passagem está na surat AL Calam 42 – 43 “No dia em que a perna fica nua, em que forem convocados à prostração e não o conseguirem. Seus olhares serão de humilhação, cobertos de ignomínia, porque foram convidados à prostração, enquanto podiam cumpri-la e se recusaram”.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

Ramla bint Abi Sufyan

A Umm Habiba foi aquela que amou a Deus e ao Seu Mensageiro mais do que qualquer coisa no mundo, e temia voltar ao paganismo mais do que uma pessoa teme ser queimada viva.


Nunca ocorrera ao Abu Sufyan b. Háris que alguém do Coraix pudesse negar-lhe a autoridade, ou agir contrariamente aos seus desejos em questões sérias. Ele era o inconteste mestre de Makka, e era reconhecido por todos que ele deveria ser o líder.

Porém, sua filha Ramla, que tinha o matronímico de Umm Habiba, fez arrefecer as ilusões dele quanto àquela sua autoridade, ao repudiar os deuses do seu pai, e aceitar, juntamente com o seu marido, o Ubaidullah b. Jahch, a crença tão-somente em Deus, nada associando a Ele, e na missão do Seu Profeta, o Mohammad b. Abdullah (SAAS).

Abu Sufyan tentou usar todo o seu poder para forçar sua filha e o marido dela a voltarem para o seu culto ancestral. Contudo, fracassou nos seus esforços, porquanto a convicção de fé estava tão profundamente enraizada no coração da Ramla, para ser extirpada pelas invectivas de Abu Sufyan, e estava mui firmemente estagnada para ser abalada pela ira dele. Abu Sufyan ficou tomado de tristeza por causa da acitação da sua filha quanto ao Islam. Ele não sabia como iria ser capaz de comandar o Coraix depois de ter falhado em fazer com que sua própria filha se submetesse à sua vontade, ou de ter evitado que ela seguisse a religião de Mohammad (SAAS).

Quando os coraixitas souberam que o Abu Sufyan estava com raiva da sua filha e do marido dela, puseram-se a agir impetuosamente contra o casal, fustigando-os e perseguindo-os, até que os cônjuges se viram numa situação intolerável em Makka. Então, quando o Profeta (SAAS) anunciou a sua decisão de permitir que alguns dos muçulmanos emigrassem para a Abissínia, a Ramla b. Abi Sufyan, sua filhinha Habiba e o seu marido, o Ubaidullah b. Jahch, estiveram entre os primeiros que abandonaram tudo o que possuíam, a fim de estarem livres para cultuar a Deus, fugindo para a proteção do Najachi, nada levando, a não ser suas crenças.

O Abu Sufyan b. Háris e os seus camaradas, chefes do Coraix, não se conformavam com o fato de que alguns dos muçulmanos haviam escapado da tirania deles e estivessem gozando de conforto e segurança, na Abissínia. Então o Abu Sufyan e sua corte enviaram agentes para Al Najachi, com o fito de o porem contra os muçulmanos, para que ele os entregasse de volta aos líderes de Makka. Os enviados disseram para Al Najachi que os muçulmanos, a quem ele estava a proteger, procuravam insuflar idéias desrespeitosas e insultantes acerca de Jesus e sua mãe, Maria.

Al Najachi mandou chamar os líderes dos muçulmanos emigrados, e perguntou-lhes o que tinham a dizer sobre Jesus, o filho de Maria, e sua mãe. Ele pediu que eles lhe recitassem alguma coisa do Alcorão que havia sido revelado para o profeta deles, Mohammad (SAAS). Quando eles o puseram a par dos ensinamentos do Islam, e lhe recitaram alguns versículos do Alcorão, ele ficou tão comovido, que chorou, e disse:

“Isso que tem sido revelado para o vosso Profeta, Mohammad, e aquilo que foi trazido por Jesus, o filho de Maria, são luzes que vêm da mesma fonte!”

Depois ele declarou sua crença num só Deus, sem ninguém associado a Ele, bem como sua crença na missão do Profeta Mohammad (SAAS). Declarou ainda a sua proteção formal a qualquer muçulmano que escolhesse imigrar para o seu país, a despeito do fato de que os seus bispos se recusassem a aceitar o Islam com ele, e insistissem em permanecer cristãos.

Depois de uma longa e difícil porfia, a Umm Habiba pensou que os novos acontecimentos fossem tornar a vida mais fácil para ela. Achava que tinha chegado a um final feliz de uma amarga jornada, mas não tinha como saber que as suas atribulações estavam apenas começando.

Deus, na Sua profunda e imperscrutável sabedoria, quis que a Umm Habiba passasse por um teste que poderia privar mesmo o mais equilibrado dos homens da sua sanidade mental. Tão-somente Ele sabia que ela iria sair-se do teste com singular sucesso.

Uma noite, a Umm Habiba foi dormir e sonhou que via seu marido, o Ubaidullah b. Jahch, caindo num mar revolto, e enegrecido por pesadas nuvens escuras, e que estava em perigo de morte. Acordou tremendo e horrorizada, mas não querendo contar para o seu marido ou para ninguém o que a assustara tão seriamente.

O significado do sonho tornou-se patente no dia seguinte, quando o Ubaidullah declarou sua rejeição ao Islam e optou por tornar-se cristão. Logo, logo, ele começou a freqüentar as tabernas e a beber quanto podia do vinho maléfico, como se fosse um saco sem fundo. Por fim, ele a intimou com um derradeiro choque, dizendo-lhe que ou ela se tornava cristã, ou ele se divorciaria dela.

A Umm Habiba viu que estava cara a cara com três escolhas, nenhuma das quais fáceis de ser feita. Poderia ceder ao seu marido, que era persistente na sua demanda de que ela se tornasse cristã. Como apóstata, ela iria trazer desgraças sobre si mesma, neste mundo, e castigo no Outro. Não, não poderia fazer aquilo, mesmo que suas carnes lhe fossem arrancadas do corpo com um rastelo de ferro.

Ou ela poderia voltar para a casa do pai, em Makka, onde iria viver em abusiva degradação, por causa das suas crenças religiosas.

Ou poderia permanecer na Abissínia, só e ultrajada, sem família nem protetor.

Por fim, deu-se à escolha que era a mais prazerosa aos olhos do Todo-Poderoso Deus, e que ela realmente preferia. Escolheu ficar na Abissínia até que Deus achasse para ela uma saída para o seu transe.

A Umm Habiba viu que não teve de esperar muito, pois sua sorte apareceu logo após o seu idda1, depois do divórcio do seu marido, que, de qualquer modo, não viveu por muito tempo. Inesperadamente, como uma ave do paraíso que tivesse pousado no telhado da casa dela, bateram à sua porta.

Na luz brilhante das primeiras horas da manhã, a Umm Habiba abriu a porta, e lá estava a Abraha, uma das criadas da corte de Al Najachi, o imperador da Abissínia. Saudando-a calorosamente, pediu permissão para entrar, e disse para a Umm Habiba:

“O rei te envia seus cumprimentos e este recado: que Mohammad, o Mensageiro de Deus (SAAS) pede a tua mão em casamento. Ele enviou uma carta para o rei autorizando-o a ser o seu representante na cerimônia matrimonial, assim que tu poderás escolher alguém para te representar.”

A Umm Habiba ficou hilariante além da conta, e exclamou:

“Que Deus algum dia te dê uma boa notícia como esta!” Como não tinha nenhum dinheiro para dar à Abraha, para expressar sua gratidão por ter-lhe levado tão boa notícia, ela começou a se defazer das suas jóias. Primeiro tirou seus braceletes e suas tornozeleiras, e os deu à Abraha, depois adicionou àquilo seus anéis e brincos. Naquela altura, se ela possuísse todos os tesouros da terra, ela os teria dado de presente para a garota. Por fim, a Umm Habiba disse:

“Aponto como meu representante a Khalid b. Saíd b. al As, pois ele me é o mais achegado.”

O contrato matrimonial foi finalmente assinado no palácio de Al Najachi. Naquele palácio, situado num monte com árvores frondosas, com a frente dando para o verdejante inteiror da Abissínia, encontraram-se os mais eminentes dos Companheiros que residiam naquele país. Liderando a delegação estavam o Jafar b. Abi Tálib, o Khalid b. Saíd b. al As e o Abdullah b. Huzafa al Sahmi. Eles se encontraram com Al Najachi num dos seus espaçosos saguãos que eram decorados com brilhantes mosaicos, iluminados por cintilantes lanternas de bronze, e acarpetados como esplêndidos tapetes. Em meio àquela nobre assembléia, Al Najachi deu um passo à frente e se dirigiu a eles como se segue:

“Louvado seja Deus, o Sacratíssimo, Aquele que concede segurança, o Poderoso. Presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é o Seu servo e mensageiro, e que é aquele cuja vinda foi profetizada por Jesus, o filho de Maria.

“O Mensageiro de Deus (SAAS) pediu-me que contratuasse um casamento entre ele e a Umm Habiba b. Sufyan, e estou a obedecer-lhe o pedido e, por ele, estou oferecendo um dote de quatrocentos dinars de ouro. Realizo esta cerimônia matrimonial de acordo com a lei de Deus e do Seu Mensageiro.”

Então ele colocou as moedas de ouro perante o Khalid b. Saíd b. al As. Este se pôs de pé, e disse:

“Louvado seja Deus a Quem dou graças, de Quem busco perdão, e a Quem me volto em arrependimento. Presto testemunho de que Mohammad é o Seu servo e mensageiro, e que Ele enviou a Mohammad com a diretriz religiosa e a verdade, que a sua deverá ser a melhor e a mais forte religião, embora os seus inimigos digam o cantrário.

“Estou a satisfazer o pedido do Mensageiro de Deus, ao dar-lhe em casamento a minha afiançada, a Umm Habiba bint Abi Sufyan. Que Deus abençoe a esposa do Seu Mensageiro. E que Deus conceda a ela felicidade na sua boa sorte, a qual Ele ocasionou a ela!”

Depois ele recolheu o dote e deu-o a ela, e seus companheiros se levantaram para irem embora, mas Al Najachi lhes pediu:

“Sentai-vos, pois a norma que nos foi ensinada por todos os profetas é a de que se dê um banquete quando acontece um casamento!” Ele ordenou que fossem levadas as comidas e, depois que todos comeram, eles partiram.

O resto da estória está contida nos livros de história, como foi relatado pela própria Umm Habiba. Ela disse:

“Quando o dote me foi entregue, eu mandei que fossem dadas cinqüenta medidas dele para a Abraha, juntamente com uma mensagem que enviei a ela dizendo que lhe dera aquele modesto presente, quando ela me levou a notícia da proposta do Profeta (SAAS), porque eu não tinha dinheiro. Pouco depois a Abraha foi me visitar, e me deu de volta o ouro. Levou também uma caixinha contendo as jóias de prata que eu lhe havia dado, deu-as de volta para mim, dizendo:

“‘O rei não quer que eu receba nenhuma recompensa de ti. Ele ordenou também que as mulheres da sua domesticidade te enviem todos os seus perfumes, para que te possas adornar adequadamente, como deve fazer uma noiva.’

“No dia seguinte ela me visitou de novo, dessa vez levando consigo açafrão, sândalo e âmbar–cinzento, e disse:

“‘Tenho um pedido a te fazer.’

“Perguntei-lhe o que poderia ser, e ela disse:

“‘Eu aceitei o Islam, e agora sigo a religião de Mohammad (SAAS); portanto, transmite minhas saudações ao Profeta, e dize-lhe que eu creio em Deus e no Seu Mensageiro. Por favor, não te esqueças!’

“Depois ela me ajudou a fazer as malas e a me vestir para a viagem; e eu fui levada para o Mensageiro de Deus (SAAS), em Madina. Quando eu contei a ele acerca dos trâmites, sobre o que se havia passado entre a Abraha e mim, e de como ela lhe enviava os respeitos, ele ficou jubiloso, e disse:

“‘E que a paz, a misericórdia e as bênçãos de Deus estejam com ela, também!’”

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Assalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

Wahchi b. Harb - O Homem que Matou Hamza Tio do Profeta Mohammad

"Eu matei a melhor pessoa do mundo depois de Mohammad; também matei a pior pessoa.”( Palavras de Wahchi após ter lançado sua lança em Musailima ,falso profeta, comparando com Hamza que ele havia matado na Batalha de Uhud)

Quem foi o indivíduo que feriu o coração do Mensageiro de Deus (SAAS), matando o tio deste, o Hamza b. Abdul Muttalib, durante a batalha de Uhud? Foi o mesmo que abrandou a ira dos muçulmanos ao matar o falso profeta, o Musailima, na batalha de Yamama. Foi o Wahchi b. Harb, o abissínio, com o patronímico de Abu Dasma. Sua estória é ardente e repleta de drama e derramamento de sangue. Deixemos que ele nos conte a estória da sua tragédia, com suas próprias palavras.

A estória de Wahchi

Eu era um escravo pertencente ao Jubair b. Mutim, um dos chefes do Coraix. Seu tio fora morto n batalha de Badr pelo Hamza b. Abdul Muttalib. O Jubair foi tomado de pesar, e jurou pelos ídolos Al Lat e Al Uzza que iria se vingar pela morte do seu tio, matando o matador deste.

Logo depois, os coraixitas concordaram entre si desencadear uma guerra contra os muçulmanos na batalha de Uhud, para que pudessem matar a Mohammad b. Abdullah, e assim vingarem àqueles da sua tribo que morreram na batalha de Badr. Eles separararam os guerreiros, os quais constituíram o seu exército, arrebanharam aliados de outras tribos, prepararam suas armas e seus suprimentos, e deram o comando da sua força para o Abu Sufyan b. Háris.

Abu Sufyan decidiu levar com o exército um grupo de mulheres coraixitas que tinha perdido seus parentes na batalha de Badr. O papel daquelas consternadas damas iria ser instigarem o exército pagão a ir em frente para se vingar, e evitarem que os soldados desertassem e debandassem do campo de batalha. Liderando as mulheres que saíram com o exército, estava a Hind b. Utba, a esposa do próprio Abu Sufyan. O pai, o tio e o irmão dela tinham sido mortos na batalha de Badr.

Quando o exército estava quase pronto para partir, o Jubair b. Mutim se virou para mim, e perguntou:

“Ó Abu Dasma, gostarias de te livrar da escravidão?”

“Quem poderia fazer isso por mim?”, perguntei.

“Eu posso fazer isso por ti”, ele repondeu.

“Como?” perguntei.

“Se vingares a morte do meu tio Tuayma”, disse ele, “matando o Hamza b. Abdul Muttalib, estarás livre do cativeiro.”

“Quem irá garantir que irás cumprir tua promessa?” perguntei.

“Quem tu quiseres”, ele repondeu, “e estou disposto a fazer com que qualquer um testemunhe a promessa.”

“Sendo assim, eu posso fazer isso, e o farei”, disse eu.

Eu sou um abissínio e, como todo africano, quando arremesso uma lança, nunca erro o alvo. Então eu peguei a minha lança e saí com o exército, marchando na retaguarda, perto das mulheres. Aquela luta não era minha, e eu tinha pouco interesse nela, além de obter a minha liberdade.

Sempre que eu passava perto da Hind, a esposa de Abu Sufyan, ou ela passava por mim, e via a lnça na minha mão, cintilando à luz do sol, exclamava:

“Ó Abu Dasma, liberta-te a ti mesmo, e liberta-nos das amarguras!”

Quando chegamos a Uhud, a batalha começou, e eu me pus a procurar pelo Hamza b. Abdul Muttalib. Eu já o tinha visto antes, e sabia como ele era. Não iria ser difícil encontrá-lo, pois ele sempre usava o seu turbante com uma pena de avertruz enfiada nele. Esse era um costume dos guerreiros árabes que eram considerados campeões, para que os inimigos que se consideravam iguais os reconhecessem e os desafiassem em batalha. Logo o encontrei porfiando em seu caminho através das fileiras, feito um garanhão numa manada de cavalos, abrindo caminho entre os inimigos, com sua espada. Ninguém era capaz de se pôr em seu caminho, para estancar a sua progressão.

Eu estava chegando perto dele, escondendo-me atrás de toda rocha ou toda moita que pudesse encontar. De súbito, um guerreiro montado dos coraixitas apareceu. Seu nome era Siba b. Abdul Uzza, e ele gritou:

“Eu te desafio, ó Hamza!”
O Hamza deu um passo à frente, dizendo:
“Venha pegar-me, filho de pagão, venha pegar-me!”
Tão logo o homem se aproximou, o Hamza o derrubou com um golpe da sua espada, que o fez jazer no seu próprio sangue. Naquele ponto, eu senti que estava numa boa posição para o acertar. Ergui minha lança, testando-a de lado a lado da minha mão, eté que estivesse perfeitamente contrabalançada, e a arremessei contra ele. Ela atingiu o seu abdomen, sendo que a ponta saiu por um dos lados dele. Ele deu dois passos cambaleantes na minha direção, e caiu, com a lança ainda enfiada nele; eu a deixei ali até estar certo de que ele estava morto, então retirei-a dele. Depois eu voltei ao acampamento, onde me sentei, pois não queria matar a mais ninguém. Eu tinha feito o que fiz, apenas para conseguir a minha liberdade.

A batalha tornou-se mais intensa, com cargas e retraimentos. Eventualmente, o curso da batalha se tornou desfavorável aos muçulmanos, muitos dos quais foram mortos. Naquele ponto, a Hind b. Utba conduziu umas mulheres até ao campo de batalha, que se puseram de entremeio aos muçulmanos mortos, mutilando-os. Ela os estripava, arrancava-lhes os olhos, cortava-lhes os narizes e as orelhas. Então ela fez um colar e uns brincos de orelhas e de narizes, e se adornou com eles. Ela me deu os seus brincos e o seu colar de ouro, dizendo:

“Estes são para ti, ó Abu Dasma, estes são para ti; guarda-os, pois são valiosos!”

Quando a batalha terminou, eu voltei para Makka com o exército. O Mutim cumpriu sua promessa feita a mim, livrando-me do cativeiro. Tornei-me um homem livre.

O tempo passou, Mohammad tornou-se mais conhecido, e o número de muçulmanos parecia crescer de hora para hora. À medida em que o poder de Mohammad crescia, eu me tronava mais ansioso, eté que senti que estava em sério perigo. Eu permaneci naquele estado até que Mohammad tomou pacificamente Makka com o seu enorme exército. Eu fugi para Al Taif à procura de refúgio. Porém, não demorou muito para que o povo de Al Taif se tornasse favorável ao Islam, e designasse uma delegação para ir encontrar-se com Mohammad e declarar sua conversão à religião dele.

Naquela altura eu comecei a ficar desanimado, pois sentia que não haveria lugar na terra aonde eu pudesse encontrar asilo. Deveria ir para a Síria, ou para o Iêmen, ou para qualquer outro lugar? Conforme eu levava aquilo em consideração, eis que alguém que era bom em dar conselhos, veio a mim, e disse:

“Em que deplorável estado estás, ó Wahchi! Juro por Deus que o Mohammad não executa a ninguém que adere a sua religião, e que pronuncia a declaração de fé.”

Ao ouvir aquilo, logo me preparei para ir a Yaçrib, procurar por Mohammad. Quando cheguei, pedi informações sobre ele, e soube que ele estava na mesquita. Fui ter com ele, sorrateira e cautelosamente, até ficar em pé, perto de onde ele se sentava, e disse:

“Presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é o Seu servo e Mensageiro.”

Ao ouvir que alguém enunciava a chaháda1, ele ergueu o olhar. Ao reconhecer-me, ele desviou o olhar, dizendo:

“És tu, ó Wahchi?
“Sim, ó Mensageiro de Deus”, eu respondi; então ele disse:

“Senta-te; explica-me como vieste a matar o Hamza!”

Sentei-me e me pus explicar tudo. Quando terminei, ele virou o rosto, dizendo:

“Eis que tu trouxeste desgraça sobre ti mesmo, ó Wahchi! Tira teu rosto da minha visão, pois não posso suportar olhar para ele, de agora em diante!”

Daquele dia para a frente, eu fazia tudo para evitar ser visto pelo Profeta (SAAS). Quando os Companheiros se sentavam em frente a ele, eu procurava me sentar atrás deles. Continuei a fazer aquilo até à morte do Mensageiro de Deus (SAAS).

Embora eu viesse a saber que a aceitação do Islam significasse o perdão dos pecados anteriores, eu jamais pude superar a vergonha quanto ao desastrado feito por mim cometido, pois sabia que aquilo tinha causado uma terrível perda para os muçulmanos e o Islam. Comecei a manter os olhos abertos, esperando uma oportunidade para compensar o mal que havia feito.

Quando o Profeta (SAAS) não mais se achava no nosso meio, mas no Paraíso com o seu Senhor, e a liderança da comunidade passara para o Abu Bakr, muitos dos beduínos, incluindo os de Banu Hanifa, apostataram quanto ao Islam, escolhendo seguirem o falso profeta, o Musailima. O califa aprontou um exército para encetar a guerra contra o Musailima, para que aqueles que se desviaram pudessem voltar para a religião de Deus. Eu disse a mim mesmo:

“Por Deus, ó Wahchi, esta é a tua chance! Não a desperdices! Se a desperdiçares talvez não haverá outra!”

Assim, eu parti com o exército, levando comigo a lança com a qual eu havia matado o Príncipe dos Mártires, o Hamza b. Abdul Muttalib. Eu havia jurado ou matar o Musailima, ou morrer como mártir.

Quando a força muçulmana adentrou o pomar onde o Musailima e suas cortes se refugiavam, e a batalha teve começo, eu me pus a procurar pelo Musailima. Encontrei-o de pé, com sua espada em riste, ao mesmo tempo em que divisei um homem dos Ansar a procurar por ele, assim como eu. Eu estava numa boa posição de ataque, assim ergui minha lança, certifiquei-me de que estava perfeitamente contrabalançada, mirei, e atirei. A lança atingiu o alvo.

Naquele mesmo momento, o homem dos Ansar pulou à frente em direção ao Musailima, desfechando-lhe um forte golpe com sua espada. Somente Deus sabe qual dos golpes matou o Musailima. Se foi o meu, então eu havia matado a pior pessoa sobre a terra, após ter matado a melhor das pessoas, depois de Mohammad (SAAS).

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

sexta-feira, maio 27, 2011

Falar mal de alguém em sua ausência (Haibat)

Como parte dos princípios da educação esta a bondade que deve exercê-la o ser humano em sociedade. Valores como a honestidade, a justiça, a humildade e cumprir com os pactos firmados são de extrema importância. Por outro lado a aspectos que se seguirmos as relações em sociedade estas podem vir a se tornar corruptas e invioláveis suas conseqüências recaíram sobre nos .

Todos muçulmanos sem exceção devem se afastar de tais condutas.

Se os muçulmanos não praticarem tais condutas ai então passaremos a ter um sentido puro e verdadeiro da essência humana que existe em cada um de nos.

A primeira das péssimas qualidades é o falar mal de alguém em sua ausência isto e sem que ela esteja presente. Neste sentido temos que comparar alguns aspectos importantes.

O 1° aspecto:

O Primeiro aspecto que devemos entender e a definição do que é falar mal de alguém. A palavra haibat em árabe significa falar mal de uma pessoa na sua ausência. Existe também um sentido comum que é o de falar dos defeitos e falhas de alguém em plena rua de forma que o irrite.

Falar mal de uma pessoa ou de seus defeitos no corpo ou de suas particularidades ou sua condição econômica ,a este ato chamamos de Haibat.

O Profeta Muhammad (s.a.w) com relação a este aspecto nos diz:

“Haibat é dizer a respeito de seu irmão aquilo que ele não deseja que reveles a ninguém.”

Certa vez perguntaram ao Profeta (s.a.w): “ Se eu falar a uma pessoa os seus próprios defeitos é proibido ou não? Disse o Profeta(s.a.w):

“Se aquele defeito existir nele mesmo e você falou frente a frente a ele então não cometeu o Haibat mais sim cometeu a Tuhmat(ofensa).”

Parte dos companheiros que estavam com o profeta (s.a.w) falavam mal de uma pessoa entre si. No meio de tal conversa disseram que tal pessoa era incapaz e fraca. Disse o Profeta (s.a.w) :

“Vocês falaram mal dele.”

Disseram eles: “Aquilo que há nele dissemos oh Profeta!

Disse o Profeta (s.a.w): “Se vocês falaram algo que não há nele vocês o ofenderam.” O Imam Assadek (a.s) disse:

“Haibat é aquilo que revelas de teu irmão e que Deus o encobriu.”

(Bihar Al Anwar tomo 75, parte 66, hadis 7)

Com o que apresentamos sobre o que é Haibat e também nas narrativas ela se concretizara com algumas características que citaremos a seguir:

1°Ponto: Ter a intenção de revelar as falhas e defeitos.

O Imam Mussa Ibn Jaafar (a.s):

“Aquele que revela os defeitos alheios e que as pessoas já saibam de seus defeitos isto não representa o haibat. Mas se alguém revelar aquilo que for um defeito mas que as pessoas não o conhecem este sim cometeu o haibat. Assim como se disser algo que nela não exista o ofendeu.”

O Imam Mussa Ibn Al Kazem (a.s) nos relata neste hadis:

“Aquele que fala aos outros algo dos defeitos de uma pessoa que todos conhecem não fez Haibat. Mas sobre aquilo que há nele e que as pessoas não conhecem e os revelou este cometeu Haibat. Mas se revelar algo que não exista nele cometeu Tuhmat (Ofendeu)”.

(Bihar Al Anwar 75, Parte 66, Hadis 6)

2°Ponto: relatar defeitos que realmente existam em uma pessoa

Aquilo que há de defeitos ou falhas em alguém e os relate sendo que realmente existam isto é Haibat. E se essas falhas não existiram cometeu Tuhmat (Ofendeu)

3°Ponto: Desejo de provocar e ofender aos outros

Este caso se refere a aqueles que desejam prejudicar ou ofender aos outros propositalmente. Neste caso cometeram Haibat. Mas se a pessoa por exemplo necessite fazer algo que seja para o seu bem devemos relatar a outros para que ajudem a solucionar o problema. Agindo assim não cometeu o Haibat.

4°Ponto: Ser Crente em Deus

Este caso se encaixa quando a pessoa da qual esteja se falando mal for um crente. Com relação a pessoas incrédulas não à objeção em se falar mal deles.

5° Ponto: Revelar segredos particulares

Este caso e o caso daqueles que sabem os defeitos que uma pessoa apenas realiza secretamente mas se de alguma forma os revelar publicamente cometeu Haibat.

2° Aspecto: Quando fazer Haibat se torna um pecado

Para entendermos como é feio o pecado no Islã e fazer o Haibat revelaremos alguns versículos do sagrado alcorão. Deus no sagrado alcorão nos diz na surata (Al Hujjurat / Os aposentos)

no versículo n° 12 o seguinte:

“Ó fiéis, evitai tanto quanto possível a suspeita, porque algumas suspeitas implicam em pecado. Não vos espreiteis, nem vos calunieis mutuamente. Quem de vós seria capaz de comer a carne do seu irmão morto? Tal atitude vos causa repulsa! Temei a Deus, porque Ele é Remissório, Misericordiosíssimo.“

Este versículo nos diz que daquele que é lembrado como uma pessoa falecida. E o fato de falar mal de outra pessoa e comparado a ingerir carne ilícita.Talvez este tipo de esclarecimento tem o mesmo sentido de alguém matar o seu irmão e depois se alimentar de pedaços de seu corpo. O fato de falar mal dos outros faz com que a dignidade e a personalidade de uma pessoa vá por água abaixo.

E o fato de se perder o respeito é como o sangue derramado que não tem mais como retornar ao corpo. Originalmente o principio do Haibat existe para proteger a dignidade de um irmão (a) muçulmano. Da mesma forma que a vida e os bens de uma pessoa devem ser respeitados também a sua dignidade de ser-lhe assegurada. Com este principio de justiça temos que é um grande pecado falar mal , fazer com que a dignidade da pessoa alheia se perda ou que sua personalidade de alguma forma seja afetada.

O Profeta Muhammad (s.a.w) nos diz:

“Todo muçulmano deve proteger o seu irmão muçulmano em três pontos essências:

1)Proteger os seus bens matérias

2)Proteger o seu sangue

3)Proteger a sua dignidade

(Kansul Umal tomo 150,, hadis 747)

Haibat na verdade é desrespeitar o direito a dignidade de seu irmão muçulmano. Não devemos fazer jamais fazer o Haibat para preservar a dignidade e a personalidade de nosso irmão (a) no Islã.

O Profeta Muhammad (s.a.w) nos diz:

“Quando você observar que alguém falou mal de outra pessoa e não faz nada para pararem com tal ato, Deus no juízo final o fará sofrer sobre todos os demais.”

(Bihar Al Anwar, parte 66, hadis 1)

Também do Profeta (s.a.w) temos esta narrativa:

“Quem defender o seu irmão de seus defeitos, Deus tornara obrigatório o respeito a esta pessoa e assegurara a sua dignidade no dia do juízo final.”

Em outra narrativa do Profeta (s.a.w) nos diz:

“Quem defender a dignidade de seu irmão estará assim assegurando que Deus também proteja a sua dignidade e o livre do fogo infernal.” (Manajahul baidah tomo 5, pagina 261)

Resumindo o Alcorão define o haibat como o pior dos pecados. Nenhum dos pecados obteve esta classificação.

Outro ponto importante ligado ao versículo citado acima e o de que sofrera na outra vida e lhe será ordenado que coma da carne de seu irmão morto.

O Profeta (s.a.w) nos diz:

“Aquele que come a carne de seu irmão em vida (isto é que faz o haibat) Deus no dia da ressurreição da mesma forma em que alguém falou de seu irmão ordenara que deva comer de sua carne o que odiara fazê-lo.”

Também o Profeta (s.a.w) nos diz:

“Na noite em que visitei a eternidade observei a um grupo que arranhavam suas faces com as unhas. Ao Anjo Gabriel perguntaram:” Quem são estas pessoas? Respondeu o Anjo Gabriel: “Estes são aqueles que falaram pelas costas e fizeram com que as pessoas perdessem a sua dignidade.”

(Bihar Al Anwar tomo 75, parte 66, hadis 1).

Dentre as narrativas que falam do Haibat há uma que diz que o seu pecado e pior que cometer Zinah (Adultério). Disse o Profeta Muhammad (s.a.w):

“Se mantenham distantes do Haibat porque este é pior que o adultério, porque aquele que faz o adultério pode se arrepender perante Deus e Deus poderá perdoa-lo e aceitar o seu arrependimento. Mas o haibat não é perdoado a não ser que a pessoa de quem se falou o perdoe.”

O Profeta Muhammad (s.a.w) nos revela que o haibat é pior que os juros ou a usura. Disse o Profeta Muhammad (s.a.w):

“O pecado de um real de dinheiro arrecadado com juros que alguém receba é pior em 36 vezes que cometer a Zinah

(adultério). E pior tipo de pecado que os juros é o falar mal de um irmão muçulmano”.

(Bihar Al Anwar tomo 75, parte 66, hadis)

Por outro lado temos que o haibat incentiva a corrupção e os maus costumes em sociedade. E a corrupção dos costumes é um grande pecado.

Nos revela o sagrado Alcorão na surata (An Nur/ A luz) no versículo n 19:

"Sabei que aqueles que se comprazem em que a obscenidade se difunda entre os fiéis, sofrerão um doloroso castigo, neste mundo e no outro; Deus sabe e vós ignorais.”

O Imam Assadek (a.s) nos diz:

“Aquele que de seu irmão crente narra algo que seus ouvidos ou seus olhos virão ,Deus os contará entre aqueles que desejam que os maus hábitos e a corrupção na terra se proliferem. Estes terão um grande sofrimento.” (Bihar al Anwar, parte 66, hadis 2)

A narrativa se refere a àquele que viu ou ouviu tal ato mas que as outras pessoas não o presenciaram. Quando este revela aos demais o que só ele havia visto ou ouvido então passou a cometer o haibat.

Quis dizer o Imam Assadek (a.s) que todo aquele que fala mal se enquadra no versículo coranico anteriormente citado e terão como resultado tais conseqüências. Nas narrativas nos revelam a importância do haibat e suas conseqüências.”

O Imam Ali (a.s) nos diz:

“Se mantenha afastado do Haibat porque ele será o alimento dos cachorros do inferno.”

(Bihar Al anwar tomo 78, parte 20, hadis 2)

O Imam Zain Al Abidin (a.s) nos diz :

“Lhes aconselho a se distanciarem do Haibat porque esta será utilizada como alimento dos cachorros do inferno.”

(Bihar Al Anwar tomo 75, parte 66, hadis 8)

O Imam ali (a.s) nos ensina neste sentido:

“Aquele que tem defeitos e falhas gosta de revelar os defeitos ou falhas alheias para que ele mesmo tenha uma desculpa para os seus atos.”

(Kural tomo 4, pagina 38)

Por outro lado fazer o Haibat faz com que a pessoa perca parte de sua religiosidade, de sua fé e de todos os bons atos que realizou.

O Imam Assadek (a.s) nos diz:

“O Haibat é um pecado para todo muçulmano porque ele elimina as boas ações , da mesma forma que o fogo se mantem acesso queimando a lenha.”

O Profeta Muhammad (s.a.w) nos revela neste hadis:

“A influencia negativa que causa o haibat em um crente e mais rápida que uma doença degenerativa como a lepra .”

(Bihar al Anwar tomo 75, Parte 66, hadis 1)

Em outra narrativa do profeta temos que :

“Uma pessoa se aproximara e o seu livro da vida será aberto então. Neste instante observará suas ações terrenas. Então dirá:” Deus este livro não é meu . Não vejo nele minhas orações, meus jejuns e os outros atos que realizei. Então lhe dirão: “Deus na oprime e nem esquece a nada nem a ninguém, mas tuas ações foram apagadas pelo fato de fazer o Haibat de seu irmão. Então trarão outra pessoa e também lhe abrirão o seu livro. Nele haverá muitas ações. Então ele dirá:” Este não e o meu livro. Eu não realizei tais atos. Estas ações não são minhas não. Então lhe dirão: “Aqueles que falaram mal de você perderam suas ações e elas foram transferidas para ti.”

Certa vez disseram há um dos grandes teólogos islâmicos:

“Fulano de tal falou mal de você. Então o sábio riu e disse:

“Leve esta caixa de doces e diga-lhe que parte de seus bons atos chegou aos meus ouvidos. Portanto aceite este pequeno ato de minha parte.”

Resumo da aula

A palavra Haibat quer dizer que na ausência de uma pessoa não temos o direito de falar mal dela ou termos a intenção de acabarmos com a sua honra e dignidade sem que ela possa se defender. A razão de que o Haibat na lei islâmica (sharia) e considerado pecado e pelo fato de fazer com que a personalidade e o respeito da pessoa se percam ou a serem desconsiderados.

O Haibat e um pecado maior que o adultério,a corrupção ou os juros e a usura.


“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

quarta-feira, maio 25, 2011

A HONESTIDADE E A ÉTICA DEVEM SER PRESERVADA ENTRE OS MUÇULMANOS

Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradecemos, a ELE imploramos ajuda e a ELE solicitamos orientação. Testemunho que não há divindade a não ser ALLAH, Único e sem associados. Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat Al Bakarah 281 “E temei o dia em que retornareis a Deus, e em que cada alma receberá o seu merecido sem ser defraudada.” E testemunho que Mohammad (saaws) é Seu servo e mensageiro, o escolhido dentre Suas criaturas; divulgou a mensagem, zelou por aquilo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e se esforçou ao máximo pela causa de Deus.

Disse O Profeta Mohammad (saaws): “As quatro características do hipócrita são:
1- Quando lhe é confiado algo, burla;
2- Quando fala, mente;
3- Quando promete, não cumpre; e
4-Quando disputa abusa (da complacência alheia).” Confirmado por Bukhari e Muslim.

Caros irmãos e queridos do Profeta Mohammad (saaws): Falamos na sexta-feira passada a respeito da honestidade, esclarecemos sua importância em todas nossas ações e atitudes por mais simples que sejam. Aprendemos que somos obrigados a inserir este principio na educação de nossos filhos. Aprendemos também que o Profeta Mohammad (saaws) nos ordenou a manter distância de qualquer tipo de fraude, mentira ou trapaça durante uma transação comercial. E hoje; caros irmãos! Concluiremos a respeito da honestidade no Islam. Dentre outras situações que seremos questionados destaca-se a honestidade no ato de votar para eleger candidatos que nos representem e defendam os interesses da sociedade. Saibam que seremos questionados por ALLAH no dia do juízo final; porque elegemos fulano e abandonamos beltrano.

Quais foram os motivos que nos levou a entregar nosso voto para alguém, até mesmo se este alguém seja nosso pai ou nosso filho. Devemos votar com responsabilidade prevendo o bem estar geral dos muçulmanos; pois ao votar estamos testemunhando que fulano é o melhor para representar os muçulmanos.

Ouçam o que tem a dizer o Mensageiro do Islam a respeito do falso testemunho. Abu Bakra relata que ouvira o Profeta dizer: “Quereis que vos orienteis a respeito dos maiores pecados?
Associar algo a ALLAH, desobedecer e/ou desrespeitar os pais e prestar falso testemunho”. Então ele sentou-se e repetiu a terceira, prestar falso testemunho, tantas vezes, que desejamos que ele pará-se de falar. Portanto, testemunhar em falso é um dos maiores pecados no Islam, pois além de ocultar a verdade acaba transferindo injustamente os direitos.

Diz ALLAH O ALTISSIMO: “Ó fiéis, sede firmes em observardes a justiça, atuando de testemunhas, por amor a Deus, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe protegê-los. Portanto, não sigais os vossos caprichos, para não serdes injustos; e se falseardes o vosso testemunho ou vos recusardes a prestá-lo, sabei que Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis”.

Caros irmãos, a pontualidade nos compromissos assumidos também faz parte da honestidade no Islam. Certo dia, antes da revelação do anjo Gabriel, O Profeta Mohammad (saaws) vendera uma mercadoria para AbdALLAH Bin Abil Hamssa’a. AbdALLAH pagou uma parte do valor e pediu ao Profeta para aguarda-lo durante 03, mas se esqueceu de voltar para pagar o restante, (e na narrativa não foi especificado se fora 3 horas ou 3 dias).

Depois de 03 (horas ou dias) ele lembrou e voltou para o mercado exatamente no mesmo local. Ao se aproximar do Profeta Mohammad (saaws) ele disse: “OH jovem! Fizeste-me cansar de tanto aguardar por ti, estou aqui a 03 (horas ou dias).

Caros irmãos, antes mesmo da profecia, Mohammad (saaws) já nos ensinara a cumprir as promessas e honrar os compromissos. Isto sim é um exemplo a ser lembrado, mas infelizmente, hoje em dia ao nos referir a pontualidade de uma pessoa dizemos: “Vejam fulano é tão pontual quanto os britânicos”.

E a verdade é que, quem ensinou a honestidade e a pontualidade nos compromissos foi o Islam a muito tempo antes dos britânicos. Caros irmãos não menos prezem a pontualidade nos compromissos nem a honestidade nos relacionamentos sociais; estas são características nobres que todo muçulmano e muçulmana deve apresentar. ALLAH louvado seja diz no seu livro sagrado: “E menciona, no Livro, (a história real) de Ismael, porque foi leal às suas promessas e foi um mensageiro e profeta.” E diz também, ainda a respeito de Ismael: “E quando chegou à adolescência, seu pai lhe disse: Ó filho meu, sonhei que te oferecia em sacrifício; que opinas? Respondeu-lhe: Ó meu pai, faze o que te foi ordenado! Encontrar-me-ás, se Deus quiser, entre os perseverantes! ”Caros irmão, não tema em dizer a verdade, pois nada acontecerá contra você além daquilo que ALLAH louvado seja, lhe reservou. E aquilo que está reservado por ALLAH não há como evitar ou escapar. Portanto seja honesto e veraz sem medo ou pudor. Disse o Profeta: (saaws) “Explorem a verdade mesmo que ela te conduza a morte, pois nela (a verdade) está a salvação” . E diz ALLAH na surat AL Ahzab: “Ò crentes temei a Deus e falai apropriadamente - Ele emendará vossas ações e absolverá vossos pecados e quem obedecer a Deus e seu apostolo terá logrado um magnífico beneficio”.

Caros irmãos, nossa nação só reconquistará o sucesso se preservar e defender o nobre principio da honestidade, o sucesso nesta vida e na derradeira, depende de cada um de nós. Não é por acaso que a nação islâmica em todo o mundo encontra-se em condições desagradáveis. Por acaso nos encontraríamos humilhados e injustiçados se todos, desde cidadão comum até o mais alto cargo do governo zelassem pela honestidade em suas atitudes e ações? ALLAH no Seu livro Sagrado disse a respeito da nação islâmica: “Sois o melhor dos povos que jamais surgiu para a humanidade, porque recomendais o bem, proibis o ilícito e credes em Deus...” Disse o Profeta (saaws):
 “A verdade conduza a bondade, e a bondade conduz ao paraíso, de certo que se um homem disser constantemente a verdade, ALLAH o inscreverá como realmente veraz. A mentira conduz ao fogo, deste modo se um homem persistir em dizer sempre mentiras, ALLAH o inscreverá como irremediavelmente mentiroso.”

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24.
 
Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat ANNISSÁ 40:
 
“Deus não frustrará ninguém, nem mesmo no equivalente ao peso de um átomo; por outra, multiplicará toda a boa ação e concederá de Sua parte, uma magnífica recompensa.”

Que ALLAH tenha piedade de nós UA SALAMU ALAIKUM!

segunda-feira, maio 23, 2011

Voz Muçulmana: Sahaba - 38‏ - Umair b. Saad

Bismillah!

Não existe maior comando que o exemplo. E para seguirmos nossa religião é preciso que espelhemos no Profeta Mohammad SAAS e seus companheiros. E ai está o exemplo de um grande muslim, que abraçou o islam ainda menino e enfrentou todas as situações possíveis para defender sua fé. Vamos ao texto de autoria do Dr. Abdulrahman Ráafat Bacha Tradução: Prof. Samir El Hayek. Que Allah lhes deem a devida recompensa nessa e na outra vida. Rabana atna fidunia hassanat ua fil ahrerate a kena a zarba nar

“O Umair b. Saad é suigeneris.” (dito do Ômar b. al Khattab)

O primeiro sabor de vida experimentado por Umair b. Saad proveio duma taça de privações e pobreza. Seu pai morrera não lhe deixando bens, nem ninguém que lhe garantisse o sustento.

Não muito tempo depois, porém, sua mãe se casou, dessa vez com um ricaço da tribo dos Al Aws. Seu nome era Al Julas b. Suwayid, e ele tomou ao Umair, seu novo enteado, sob sua proteção. Com sua bondade, afeição e seu desvelo, Al Julas foi capaz de fazer com que a criança esquecesse que perdera o pai. Umair amava a Al Julas como se este fora seu pai, e Al Julas era mutíssimo apegado ao Umair, como se este fora seu verdadeiro filho.

Conforme Umair começava a amadurecer, o amor que Al Julas nutria por ele ia crescendo. Al Julas notava no Umair uma inteligência inata que afetava tudo quanto o rapaz fazia, bem como uma personalidade infalivelmente honesta e confiável, sendo que tudo isso servia para encarecer o rapaz perante seu padrasto.

Umair b. Saad tornou-se muçulmano quando era ainda muito jovem, pois não tinha ainda completos dez anos de idade, naquele tempo. Seu coração puro e inocente foi um campo fértil para a semente da fé. O Islam tornou-se parte vital da personalidade daquele jovem que nunca perdia uma oportunidade de orar por trás do Mensageiro de Allah (S). O caração da sua mãe se enchia de júbilo toda vez que o via indo para a mesquita ou dela voltando, às vezes com o marido dela, às vezes sozinho.

A vida do rapazinho Umair b. Saad continuava dessa maneira, em paz e contentamento, sem nada para o perturbar ou aborrecer. Então aconteceu que foi da vontade de Allah jujeitar o jovem a um dos testes mais severos possíveis, e testá-lo duma maneira que era raramente requerida de um rapaz tão jovem.

No nono ano da Hégira, o Mensageiro de Allah (S) anunciou sua resolução de sair para Tabuk(Tabuk – uma região na fronteira síria. Uma famosa batalha teve aí lugar entre os muçulmanos e os bizantinos) para encetar batalhas contra os bizantinos. Ordenou ao muçulmanos que se preparassem, bem como aos seus equipamentos, para a expedição.

Nunca fora costume do Profeta (S) informar os muçulmanos da destinação deles, se estavam planejando uma expedição. Fazia-os pressentirem que se estavam dirigindo a uma direção que não era a verdadeira. Todavia, quanto à expedição de Tabuk, ele relatou claramente aonde estavam indo, por causa da grande distância, das dificuldades envolvidas, e da força do inimigo. Ele queria que os muçulmanos se conscientizassem daquilo ao que se estavam comprometendo, para que assim fizessem as preparações adequadas.

Os muçulmanos responderam aos chamados do Profeta (S) com alacridade, e se prepararam. Não se retraíram, muito embora estivessem na metade do verão. O calor ficara intenso, as espigas estavam amadurecendo, as sombras feitas pelas árvores eram convidativas; era a estação em que as pessoas costumeiramente preferiam dar-se ao relaxamente e ao óscio, a exercerem qualquer atividade.

Em meio à preparação, um grupo dos Munaficun(Munaficun – os hipócritas. Munafik é un incrédulo que professa o Islam para que possa causar dano aos muçulmanos, estando do lado de dentro) começou a trabalhar no sentido de fazer com que se enfraquecessem as determinações dos muçulmanos, e se abalassem suas resoluções. Puseram-se a espalhar as sementes da dúvida, e a falar mal do Profeta (S) por trás dele. Nas conversas particulares deles, diziam coisas que nada mais eram do que blasfêmias.

Durante o período, antes que o exército saísse, o jovem Umair b. Saad voltava para sua casa, vindo da mesquita, com a mente cheia de imagens de sacrifícios que eram demostrados pelos muçulmanos. Ele estivera presente, vendo e ouvindo tudo.

Umair viu as mulheres de Muhajirun e dos Ansar irem até ao Mensageiro de Allah (S), despojarem-se das suas jóias e as colocarem perante ele para que as pudesse usar para pagar os equipamentos para o exército que estava para sair para a batalha pela causa de Allah.

Umair viu o Uçman b. Affan (que Allah esteja comprazido com ele) trazer uma sacola com mil dinars em ouro, e apresentá-la ao Profeta (S). Viu também o Abd al Rahman b. Awf trazer duzentas onças de ouro nos seus ombros, e depositar perante o Mensageiro de Allah (S). Viu ainda um homem pondo sua cama à venda para que pudesse comprar uma espada com a qual lutar pela causa de Allah.

Então o Uamir começou a remoer aquelas cenas esplêndidas, admirando-se por que Al Julas estava tão moroso em fazer os preparativos para a macha com o Profeta (S), e por que estava tão hesitante em gastar dinheiro com apetrechos para o exército, a despeito da sua capacidade de assim fazer.

Parecia que o Umair quaria instigar o entusiasmo do Al Julas, e o inspirar com fidalguia, conforme lhe contava uma estória trás outra. Ele prolongou-se numa estória sobre um grupo de crentes que fora ter com o Mensageiro de Allah (S), implorando desesperadamente para que ele os levasse com o exército. O Profeta (S) os mandou embora porque ele não dispunha de cavalos ou camelos para eles montarem. Eles se foram em lágrimas, porquanto não tinham meios para satisfazer suas ambições de irem em jihad , e realizar sua ânsia de morrerem como mártires da fé.

Logo que Al Julas acabou de ouvir o que o Umair havia descrito, disse algo que quase fez com que aquele jovem crédulo perdesse a razão; Al Julas disse:

“Se Mohammad (S) é veraz em ser um profeta, como afirma, então nós somos piores que burros.”

Umair ficou estupefato pelo que ouvira, pois jamais lhe ocorrera que um homem da idade e inteligência de Al Julas pudesse proferir tal blasfêmia. O que Al Julas dissera era nada mais nada menos do que estar desistindo da sua fé e aceitando o ateísmo.

A mente do Umair se pôs a trabalhar tão rápido como um computador ao qual foi apresentado um problema, considerando o que deveria fazer. Sentiu que o silêncio e a ocultação do que ouvira seria uma traição e deslealdade para com o Mensageiro de Allah (S). Ele temia que assim iria causar dano à causa do Islam, num tempo em que os Munaficun estavam também conspirando e tramando contra ele.

Ao mesmo tempo, Umair sentia que a revelação do que Al Julas dissera iria demonstrar ingratidão para com o homem a quem amava como a um pai, e que iria ser o pagamento da bondade com a injúria, depois que Al Julas lhe dera um lar, sustentara-o, e o compensara pela perda do seu pai.

O jovem era forçado a escolher entre duas correntes de ação, em que mesmo a melhor seria contraproducente. A escolha não demorou muito para se produzir, pois ele se voltou para Al Julas e disse:

“Juro por Allah, ó Julas, que jamais amei alguém na terra mais do que a ti, excepto no caso de Mohammad b. Abdullah (S). Tu és aquele que me é mais achegado, e a quem muito devo. Fizeste uma declaração que irá causar um escândalo se eu a repetir. Porém, se eu a ocultar, terei traído a confiança dos crentes, violado minha religião, e mandado minha alma para a perdição. Estou resolvido a ir ter com o Mensageiro de Allah (S) e informá-lo do que disseste; assim, fica tu avisado disso, pois falo sério.”

O jovem Umair b. Saad foi para a mesquita e informou o Profeta (S) sobre o que ouvira do seu padrasto, Al Julas Swayid. O Profeta (S) fez com que Umair ficasse com ele na mesquita, enquanto mandou um dos seus companheiros ir buscar Al Julas. Este logo veio, saudou o Profeta (S) e se sentou na frete dele.

O Profeta (S) lhe perguntou:

“Que dizes sobre a afirmação que o Umair b. Saad diz ter ouvido de ti?” e ele repetiu aquilo.

“Ele mente, ó Mensageiro de Allah”, respondeu Al Julas, “e arquitetou toda a história, pois eu jamais diria tal coisa!”

Os Companheiros se puseram a olhar, primeiro para Al Julas, depois para o seu enteado, Umair, depois de volta para Al Julas, tentando ler-lhes os pensamentos pelas expressões dos seus rostos. Eles se puseram a cochichar entre eles, e um deles, cujo coração não era salutar e honesto, disse:

“Ele é um jovem ingrato que insiste em injuriar quem que lhe mostrou caridade.”

“Não, ele é um rapaz que cresceu em obediência a Allah”, outros disseram. “Seu rosto mostra que ele diz a verdade.”

O Mensageiro de Allah (S) voltou-se para o Umair e viu que o rosto dele havia ficado vermelho, e que as lágrimas lhe escorriam pelas faces, indo cair no seu peito. Umair repetia:

“Ó Allah, faze Teu Profeta (S) saber que digo a verdade!”

Al Julas se adiantou para a frente, e disse:

“Ó Mensageiro de Allah (S), o que eu disse é a verdade e, se quiseres, poderei fazer um juramento perante ti. Juro por Allah que não disse nada do que o Umair está a repetir para ti!”

Al Julas mal tinha terminado o juramento, e todos estavam a olhar para o Umair, quando uma súbita tranquilidade desceu sobre o Mensageiro de Allah (S). Os Companheiros sabiam que ele estava recebendo uma revelação, e pernaceram como estavam, sem se moverem ou fazerem qualquer ruído. Tinham o olhar fixo no Profeta (S), esperando.

Al Julas começou a parecer com medo, e o Umair tornou-se ansiosoe curioso. Todos esperaram desse modo, até que o Profeta (S) se recuperou, e recitou as palavras do Todo-Poderoso Allah: “

Al Julas estava tremendo, espantado, com o que ouvira, e quase não podia falar, por causa da sua consternação. Então ele disse, voltando-se para o Profeta (S):

“Eu me arrependo, ó Mensageiro de Allah (S), eu me arrependo! Umair falou a verdade, e fui eu quem mentiu. Pede a Allah que aceite meu arrependimento, ó Mensageiro de Allah (S), e eu me sacrificarei por ti!”

O Profeta (S) se dirigiu ao Umair b. Saad, e viu as lágrimas de alegria a escorrer-lhe faces abaixo, faces essas que brilhavam com a fé. O Profeta (S) estirou a mão até à orelha do Umair, tocando-a gentilmente, e dizendo:

“Teu ouvido cumpriu a confiança nele depositada, filho, e o Senhor te vingou.”

Al Julas voltou às fileiras dos muçulmanos, e passou a viver fielmente de acordo com o Islam. Os Companheiros testemunharam a reforma dele, e ele continuou a ser bondoso e caritativo para com o Umair. Se alguém falava do Umair, Al Julas dizia:

“Que Allah lhe conceda uma recompensa para o meu bem. Ele me salvou do ateísmo e me libertou do Fogo do Inferno!”

Há ainda cenas brilhantes da vida do Umair b. Saad. Este foi um exemplo de como ele viveu em criança, e há ainda eventos mais formidáveis que aconteceram na sua vida ulterior. Iremos encontrá-lo no próximo capítulo.

Umair b. Saad – Na época de Adulto

“Sempre desejei que tivesse mais pessoas como o Umair b. Saad para me ajudar a gerir os assuntos dos muçulmanos.” Dizer de Ômar b. al Khattab.

Assim acabamos de ver uma cena singular da vida do virtuoso Companheiro Umair b. Saad, na sua infância. Agora iremos ver um brilhante retrato do mesmo Companheiro, como adulto, e ireis ver que o segundo retrato é igual ao primeiro, em termos de virtude e distinção.

Os habitantes da cidade de Homs(Homs – uma cidade na região central da Síria, entre Damasco e Alepo. O túmulo de Khalid b. al Walid está aí localizado) eram famosos por sua insatisfação quanto aos seus governantes, e por apresentarem sempre queixas contra eles. Toda vez que um novo governador era apontado, eles achavam faltas nele, faziam uma lista dos seus pecados, e apresentavam queixa contra ele junto ao califa, pedindo-lhe que o substituísse por outro melhor.

Al Faruk Ômar (que Allah esteja comprazido com ele) estava determinado a enviar um governador no qual eles não poderiam achar faltas, e que não lhes pudesse dar causa para queixas. Igual a um guerreiro examinando suas setas para escolher a mais comprida e forte, ele passou em revista, na sua mente, todos os seus homens, e não achou ninguém mais adequado do que o Umair b. Saad.

Nesse tempo, Umair estava a marchar à cabeça do exército muçulmano, em Al Jazira(Al Jazira – a região oriental da Síria que, naquele tempo, era habitada por tribos pagãs), na Síria, lutando pela causa de Allah, libertando cidade após cidade, arrazando com as fortalezas inimigas, subjugando tribos hostis, e erigindo mesquitas em toda cidade em que botava os pés. A despeito disso, o Comandante da Fé, retirou-o do seu exército, e confiou-lhe o governo de Hims, ordenando-lhe que para lá fosse imediatamente. Umair obedeceu, embora contra a vontade, pois nada havia que ele preferisse mais do que realizar o jihad pela causa de Alalh.

Ao chegar a Hims, ele conclamou o povo a comparecer à oração congregacional. Terminada a oração, Umair ficou de pé e se dirigiu às pessoas. Após dar graças a Allah e Lhe tecer louvores, ele disse:

“Povo meu, o Islam é uma sólida fortaleza com um fortíssimo portal. A fortaleza do Islam é construída com justiça e seu portal é a verdade. Se a fortaleza for arrazada e o seu portal derrubado, então nada haverá que projeja o santuário da religião. O Islam permanecerá inexpugnável enquanto o governante tiver poder. O poderio do governante não depende de ele dar em cima dos indivíduos com um chicote em punho, ou os atacar com uma espada. Outrossim, sua força deve ser gerada por meio de ele ajustar os assuntos deles com justiça, e de assegurar os direitos de todas as pessoas.”

Depois desse curto discurso, ele saiu de lá para assumir suas responsabilidades e pôr em prática os princípios que havia acabado de estabelecer.

Por todo um ano, o Umair b. Saad permaneceu em Hims, sem escrever uma só carta para o Emir dos Crentes, nem tampouco enviar-lhe as taxas destinadas ao tesouro dos muçulmanos. As dúvidas começaram a tomar forma na mente de Ômar, pois ele sempre temeu que os seus governadores pudessem ser levados pelas tentações do poder; ele achava que nenhum deles estava livre dessa tentação, a não ser o abençoado Profeta (S). Ele chamou o seu escriba e lhe disse:

“Escreve para o Umair b. Saad, dizendo a ele: ‘Quando receberes esta carta do Emir dos Crentes, Sai de Hims e vem até mim. Traze contigo o que tens cobrado, em termos de taxas para os muçulmanos.’”

Umair b. Saad recebeu a carta de Ômar (que Allah esteja comprazido com ambos), pegou um saco que continha suas provisões, uma gamela para sua comida, um cântaro com água para sua ablução, e jogou essas coisa sobre o ombro. Levando sua lança na mão, e deixando para trás sua Hims e sua posição de autoridade, pôs-se, a pé, a caminho de Madina.

Quando Umair chegou ao seu destino, havia-se tornado pálido e ficara magro, seu cabelo crescera; estava claro que a viagem requerera muito dele. Quando foi ver o Ômar b. al Khatab, o Emir dos Crentes ficou chocado com o estado em que Umair se encontrava, e perguntou:

“Que há contigo, ó Umair?”

“Não há nada de errado, ó Emir dos Crentes”, respondeu o Umair. “Estou bem e em boa forma, graças a Allah. Tenho todas as coisas de que preciso neste mundo, e tudo está sob controle.”

“E que bens terrenos trouxeste contigo?” perguntou Al Faruk, pensando que o Umair estava portando o dinheiro para o tesouro dos muçulmanos.

“Tenho um saco no qual botei minhas provisões, uma gamela da qual como, e que uso para lavar minha roupa e despejar água sobre mim, no banho, e um cântaro com água para beber e me abluir. Tudo o mais, no mundo, ó Emir dos Crentes, é de menos valor do que estas coisas, sendo sucata supérflua da qual não tenho necessidade, nem tampouco os outros dela também têm”, respondeu Umair.

“Vieste até aqui a pé?” perguntou Ômar.

“Sim, ó Emir dos Crentes.”

“Será que não te forneceram uma montaria, na tua posição de governador?”

“Não, não me deram nenhuma, e eu não lhes pedi uma”, respondeu Umair.

“Onde está o dinheiro que trouxeste para o tesouro?” perguntou Ômar.

“Não trouxe nenhum.”

“Por que não?” perguntou Ômar.

Quando cheguei a Hims, reuni os mais idôneos dos cidadãos, e deleguei-lhes a responsabilidade de cobrarem as taxas. Quando eles conseguiam algo, eu lhes perguntava em que aquilo era mais necessitado, gastava-o no que devia ser gasto, e dava algo dele para as pessoas necessitadas.”

Ao ouvir aquilo, Ômar disse ao seu escriba: “Escreve uma nova autorização para o Umair, como governador de Hims”, achando que estava recompensando o Companheiro por sua confiabilidade.

“Não”, disse o Umair, “pois isso é algo pelo qual não tenho o menor desejo. Doravante não mais trabalharei para ti, ó Emir dos Crentes, nem para ninguém depois de ti.” Ele pediu permissão ao califa para se passar para um vilarejo fora de Madina, onde seus parentes viviam, e lhe foi dada a permissão.

Não muito tempo depois que Umair se passara para o seu vilarejo, o califa quis testar o seu amigo, e se certificar o quão verdadeira era a decisão do rapaz em se dar ao ascetismo. Ele disse para um dos seus amigos de confiança conhecido pelo nome de Háris:

“Vai, ó Háris, até aonde está o Umair, e fica na casa dele como se fosses um viajor que precise de uma pousada. Se vires quaisquer indícios de que ele vive luxuosamente, volta a mim sem nada fazeres. Mas se notares que ele vive na pobreza, dá-lhe estes dinars.” E deu ao Háris uma sacola contendo cem dinars.

Al Háris se pôs a caminhar, até que chegou ao vilarejo do Umair b. Saad; pôs-se a perguntar onde era a casa do rapaz, até que lha foi mostrada. Quando o encontrou, começou por dizer:

“Assalamu alaykum wa rahmatullah (que a paz esteja contigo, bem como a misericórdia de Allah).”

“Wa alaykum al salam wa rahmatullahi wa barakatuh (e que a paz esteja contigo, assim como a misericórdia de Allah e a Sua bênção)”, foi a resposta; depois o Umair perguntou: “De onde vens?”

“De Madina.”

“Como estavam os muçulmanos quando saíste de lá?”

“Ah, eles estão bem”, respondeu Al Háris.

“Como está o Emir dos Crentes?” perguntou Umair.

“Ele está bem e faz o seu trabalho com retidão”, respondeu Al Háris.

“Será que ele faz cumprir todas as leis, mesmo as penalidades pelos crimes?”

“Claro que faz. Ele até fez com que um dos seus próprios filhos fosse chicoteado por um crime que este cometeu, resultando que o filho veio a falecer!”

“Ó Allah, dá ajuda ao Ômar”, orou Umair, “pois sei que ele assim procedeu por amor a Ti!”

Al Háris permaneceu na casa de Umair b. Saad, como convidado, por três dias, e todas as tardes Umair lhe dava uma broa de pão de cevada. No terceiro dia, uma das pessoas do vilarejo disse para o Háris: “Tu tens agastado o Umair e sua esposa; eis que eles nada têm, cada dia, além de uma broa de pão, que ta dão em preferênca a eles mesmos. Eles estão sofrendo com a fome; então, se desejas ficar neste vilarejo, é melhor que fiques na minha casa.”

Naquele ponto, Al Háris apresentou o dinheiro, e tentou entregá-lo ao Umair, que peguntou: “Isto é para quê?”

“O Emir dos Crentes o envia para ti”, respondeu Al Háris.

“Dá o dinheiro de volta a ele; dize-lhe al salamu alaykum por mim, e dize-lhe que o Umair não precisa dele.”

A esposa de Umair estava por perto, e ouviu a conversa entre seu marido e seu convidado; ela exclamou: “Pega-o, ó Umair, pois precisas dele! tu poderás gastá-lo! e se não quiseres fazer isso para nós, poderás gastá-lo com aqueles que precisam dele e o merecem, pois há muitas pessoas pobres por aqui.”

Ao ouvir o que ela dissera, Al Háris deixou o dinheiro na frente do Umair, e foi embora. Umair pegou o dinheiro, dividiu-o em saquinhos, e não foi dormir, naquela noite, sem antes distribuí-los entre os necessitados, especialmente entre os filhos daqueles que haviam sido mortos em jihad.

Al Háris voltou para Madina, e o Ômar b. Al Khattab lhe perguntou: “Então, que viste, ó Háris?”

“Ah, ele vive em extrema pobreza, ó Emir dos Crentes”, respondeu Al Háris.

“Deste-lhe o dinheiro?”

“Sim, ó Emir dos Crentes.”

“Que fez ele com o dinheiro?”,

“Isso eu não sei, mas acho que não irá ficar com um só dirham para si mesmo.”

Então Al Faruk escreveu para o Umair:

“Quando receberes esta minha carta, deverás vir ver-me tão logo acabes de a ler.”

Umair b. Saad dirigiu-se para Madina, e foi ver o Emir dos Crentes. Ômar saudou-o calorosamente e lhe deu as boas-vindas, fazendo com que Umair se sentasse perto dele. Depois perguntou-lhe:

“Que fizeste com o dinheiro, ó Umair?”

“Qual a tua preocupação, ó Emir dos Crentes, uma vez que me deste?”

“Estou determinado a fazer com que me contes o que fizeste com ele!”

“Coloquei-o de lado para mim mesmo, para o meu benefício, para o dia em que nem riqueza nem progênie irão ter qualquer valia”, respondeu o Umair.

Os olhos de Ômar se enchiam de lágrimas, conforme dizia:

“Testifico que és um daqueles que dão preferência a outros, a darem preferência a si mesmos, mesmo que estejam, eles próprios necessitados.” Ômar ordenou que Umair fosse provido com mantimentos equivalentes a uma carga de camelo, e com duas mantas, ao que Umair disse: “Não precisamos de mantimentos, ó Emir dos Crentes; Deixei minha família com dois saa(uma medida de peso equivalente a 2,35 kg) de cevada, e quando estes tiverem acabado, Allah nos irá prover de mais sustento. Quando às mantas, levá-las-ei para minha esposa, pois suas vestes acham-se tão rotas, que mal servem para cobrir-lhe o corpo.”

Pouco depois daquele último encontro entre Al Faruk e o seu amigo Umair, Allah deu ordem para que Umair fosse juntar-se a Após-morte com do seu Profeta Mohammad b. Abdullah (S), que era o seu mais caro amigo. Umair tinha anelado, havia muito tempo, vê-lo de novo; assim passou, calma e confiantemente, deste mundo para o outro, desobstruído das preocupações e possessões terrenas. Partiu, levando consigo sua luz, sua espritualidade, sua religiosidade e seu amor a Allah.

Quando a notícia da morte de Umair chegou a Al Faruk, a tristeza fez com que rosto se desfigurasse. Seu coração ficou transido de pesar, e ele disse: “Sempre desejei ter homens iguais ao Umair b. Saad para me auxiliarem a gerir os assuntos dos muçulmanos!”

Que Allah esteja aprazido com o Umair, e o faça feliz. Foi singular entre todos os homens, pois foi um estudante eminente, educado por não outro que Mohammad b. Abdullah (S).

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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

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Bismillah!


Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat ANNISSÁ 40:


“Deus não frustrará ninguém, nem mesmo no equivalente ao peso de um átomo; por outra, multiplicará toda a boa ação e concederá de Sua parte, uma magnífica recompensa

segunda-feira, maio 09, 2011

O Verdadeiro Crente Confia em Allah SW

 Todo louvor é para Allah. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e rogamos pelo Seu perdão. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro. Diz Allah em Seu Nobre Livro:


 "Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos. A verdadeira palavra está no Alcorão. A melhor orientação é a do Profeta Mohammad (s). A pior coisa é A Inovação, e toda inovação é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno".


Meus irmãos, Allah(SW) louvado seja, disse no seu livro sagrado, surat AL’ANÁM , “Os que crêem e não confundem sua fé com injustiça, esses têm a segurança e são guiados.”

Meus irmãos o fiel vive em paz consigo próprio, não chora pelo que perdeu no passado, não vive angustiado com os atuais problemas, nem com o futuro, tampouco o desconhecido como se fosse inimigo conspirando contra ele. Esta pessoa que atingiu tal nível de fé e de plena confiança cria uma conciência, que tudo que vem de Allah(SW), é bom. Com isso o fiel adquire paz, tranqüilidade em virtude de sua própria fé, e isso faz com que viva em concordância e harmonia consigo e com seu criador.

O nosso livro Sagrado “Al Kur"AN Alkarim” mostra para nos na surat AL KASSAS, quando a mãe de Moisés colocou ele dentro de um cesto na onda do rio confiante que Allah(SW), iria o devolver para ela. Disse o versículo 7: “E inspiramos á mãe de Moisés: amamenta-o e, quando temeres por ele, lança-O na onda, e não temas, e não te entristeças por certo, devolver-to-emos e fá-lo-emos dos mensageiros.”

Os humanos , geralmente temem muitas coisas na vida, mas aquele que crê em Allah(SW), não tem nada , além de Allah. Afasta-se de tudo que é ilícito se esforçando ao máximo para fazer tudo que agrada seu senhor.  Vejam os maiores medos que invadem o coração do ser humano: a pobreza, a fome  e de passar por alguma necessidade. Esquece que Allah(SW), é que se encarrega do sustento de todas as criaturas, inclusive do ser humano. Outro medo que perturba profundamente o coração do ser humano é o medo da morte. Seu apego a vida faz sentir-se inseguro para o encontro mais certo que temos para o início da verdadeira vida, juntod de Allah SW e seus anjos.  O verdadeiro fiel não tem medo de nada, nem da própria morte, porque ele está certo que cada alma tem seu tempo determinado na terra, e que quando o anjo da morte for autorizado por Allah SW para buscar sua alma, não lhe será acrescentado nem uma antes nem  depois.

Disse Allah(SW),: no seu livro Sagrado na surat FOSSILAT versículo 30 “Por certo, os que dizem: “nosso senhor é Allah em seguida, são retos, os anjos descerão sobre eles, frequentemente dizendo: “não temais e não vos entristeçais: e exultai com o paraíso, que vos era prometido.”

Assalamu Aleikom war Matulahi wa Baraketu

Khutuba proferida por sua Eminência Sheikh Mohammad Rasmy Zidan - Traduzido por Samir Yhasan - dia 06.05.2011.

Habib b. Zaid al Ansari - Mais um grande Sahaba do Profeta Mohammad SAAS

Bismillah!


Habib b. Zaid al Ansari

Dr. Abdulrahman Ráafat Bacha

Tradução: Prof. Samir El Hayek

Que Allah conceda a toda tua família as Suas bênçãos, e que Ele te conceda a Sua misericórdia.

(Mohammad, o Mensageiro de Allah{S})

Esta é a história de um homem que cresceu num lar que estava cheio de todas as virtudes inspiradas pela fé religiosa. Todos os sacrifícios despendidos era para o bem da religião. Foi nesse lar que o Habib b. Zaid deu os primeiros passos e passou da adolescência para a puberdade.

Seu pai, Zaid b. Asim, foi um dos primeiros indivíduos de Yaçrib a se converter ao Islam, e foi um dos setenta, que estiveram presentes em Al Aqaba1, a apertar a mão do Mensageiro de Allah (S) e dar a ele sua jura de lealdade. Juntamente com ele estiveram sua esposa e seus dois filhos.

A mãe de Zaid era a Umm ‘Amara, também conhecida como Nasiba al Maziniya, a primeira mulher a portar armas na defesa do Islam, e a proteger a Mohammad, o Mensageiro de Allah (S). Seu irmão era o Abdullah b. Zaid, que sacrificou a própria vida para proteger a vida do Profeta (S) na batalha de Uhud.

O próprio Profeta (S) disse para aquela família: “Que Allah dê à tua família as Sua bênçãos, e que Ele conceda à tua família a Sua misericórdia!”

A divina luz da fé encontrou o seu caminho no coração do Hubaib b. Zaid quando ele era apenas um menininho dócil, e aí se estabilizou por toda uma vida.

O destino fez com que o Hubaib acompanhasse seus pais, irmãos e seu tio até Makka, e fizesse parte da nobre companhia dos setenta indivíduos que deram forma à história do Islam. Na escuridão da noite, o Zaid estendeu a sua mãozinha, colocando-a na mão do Mensageiro de Allah (S), apresentando-lhe a sua jura de fidelidade de Al ‘Aqaba.

Naquele dia, o Mensageiro de Allah (S) tornou-se mais querido para o Hubaib do que seus próprios pais, e o Islam tornou-se mais caro para ele do a sua própria alma.

O Hubaib b. Zaid era muito jovem para estar presente à batalha de Badr, e ele não compartilhou da honra de estar na batalha de Uhud, uma vez que era ainda muito jovem para portar armas. Porém, participou em muitos eventos militares que aconteceram depois de Uhud, e portou-se com honra em cada ocasião. Todas as vezes ele demonstrou ser um membro nobre e auto-sacrificante, dentre os crédulos.

Não obstante suas glórias e grandiosidades, todos esses eventos nada mais foram do que simples preparação para o evento sobre o qual ireis agora ler. Trata-se de uma história que irá abalar as vossas almas nas suas profundezas, assim como tem abalado milhões de muçulmanos desde o tempo da missão profética até hoje. Essa poderosa história tem sido uma das favoritas dos muçulmanos, por séculos, sendo, portanto, digna de ser recontada.

No nono ano da Hégira, o Islam tornou-se estabilizado como uma entidade segura e poderosa. Delegações de todos os quadrantes da Arábia começaram a viajar para Madina, a fim de encontrarem-se com o Mensageiro de Allah (S), com o fito de declararem suas aderência ao Islam e jurarem suas absolutas lealdades e obediências ao Profeta (S). Entre aqueles visitantes estava a delegação dos Banu Hanifa, procedentes das altiplanícies de Najd.

Esses delegados desmontaram de seus camelos na entrada da cidade de Madina, e deixaram suas posses a cargo dum homem chamado Musailima b. Habib al Hanifi. Foram ter com o Mensageiro de Allah (S) anunciaram suas conversões e a do seu povo à religião do Islam. O Profeta (S) os recebeu com honrarias, tratando-os com respeito, ordenando que a cada um fosse dado algum dinheiro, mesmo para o homem que ficara encarregado dos camelos e das posses deles.

Logo que a delegação voltou para a sua terra, em Najd, o Musailima apostatou quanto ao Islam, e se pôs a andar entre o povo, anunciando que Allah o tinha enviado como profeta aos Banu Hanifa assim como tinha enviado um profeta para o Coraix.

Os homens da sua tribo acorreram a ele, levados por inúmeros motivos, o principal do qual, o orgulho tribal. Um deles chegou a dizer: “Juro que Mohammad (S) é veraz, e que o Musailima é um mentiroso; mas, um mentiroso de Rabi’a me é mais benquisto do que um veraz de Mudar2.

Quando o Musailima achou que se havia tornado poderoso e granjeado muitos apoiadores, enviou uma carta para o Mensageiro de Allah (S), na qual dizia: “De Musailima, o mensageiro de Deus, para Mohammad, o Mensageiro de Allah (S). Que a paz esteja contigo. Quero informar-te de que eu fui feito teu parceiro na profecia. Nós3 iremos governar a metade das terras, e o Coraix irá governar a outra metade; mas o Coraix tem ultrapassado os seus limites.”

Musailima enviou dois dos seus homens com a carta para o Profeta (S) que, quando a missiva foi lida para ele, perguntou aos missivistas:

“Que tendes a dizer sobre isto?”

“Concordamos com o que ele diz”, responderam.

“Não fosse pelo fato de que os missivistas não podem ser mortos, iria fazer com que ambos fossem decapitados”, o Profeta (S) lhes disse.

Então o Profeta (S) ditou uma carta que enviou ao Musailima; era assim:

“Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso.

“De Mohammad, o Mensageiro de Allah (S), para Musailima, o mentiroso:

“Que a paz esteja com aquele que segue a Divina Diretriz. Deves saber que as terras pertencem a Allah, Que as concede como legado a quem Lhe apraz, e que a recompensa da Vida Futura é para aqueles que O temem.”

Ele enviou a carta com os missivistas.

A maldade, em Musailima, crescia, conforme ele começava a espalhar a sua missão corrupta, norte-sul, leste-oeste. O Profeta (S) decidiu enviar-lhe uma carta severíssima, avisando-o que desistisse do seu curso desviativo. O Profeta (S) delegou ao herói da nossa estória, o Hubaib b. Zaid, o mister de portar a carta. Por esse tempo, ele já tinha atingido a maioridade. Ele era um jovem valoroso, um crente e tanto, da cabeça aos pés.

Hubaib b. Zaid partiu imediatamente na missão dada a ele pelo Mensageiro de Allah (S), sem qualquer hesitação ou delonga. Paasou por planaltos e cruzou uma infinidade de vales, antes de finalmente chegar às terras dos Banu Hanifa, encravadas na região de Najd. Imediatamente ele entregou a carta ao Musailima.

Logo que o Musaylima tomou consciência do que estava escrito na carta, seu coração se encheu de despeito e ódio. Seu rosto grosseiro e pastoso demonstrava suas intenções maldosas e traiçoeiras, e ele ordenou que o Hubaib b. Zaid fosse acorrentado e levado a ele na manhã seguinte.

Na manhã seguinte, o Musailima tomou seu assento na sua assembléia, e fez com que os líderes da sua profana corte se sentassem de cada lado dele. Ele anunciou que a assembléia estava aberta ao público, e deu ordem para que o Hubaib b. Zaid fosse para ali levado. Hubaib entrou arrastando as correntes com ele.

No meio daquela multidão enorme e despeitada, o Zaid permanecia altivo e orgulhoso, tão destemeroso como se fosse uma lança afiada. Musailima voltou sua atenção a ele, e perguntou:

“Será que prestas testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S)?”

“Sim”, respondeu ele, “presto testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S).”

Musailima parecia que ia explodir, conforme perguntava:

“E será que prestas testemunho de que eu sou o mensageiro de Deus?”

Num tom mordaz e irônico, o Hubaib disse:

“Eu sou um pouco surdo e não posso ouvir o que dizes!”

Musailima empalideceu de fúria. Com os lábios a tremelicar, ele ordenou ao seu executante:

“Corta uma parte do corpo dele!”

O executante golpeou o Hubaib com sua espada, cortando um pedaço do seu corpo. Este caiu ao chão, e o Musailima repetia a pergunta:

“Será que prestas testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S)?”

“Sim, presto testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S).”

“E será que prestas testemunho de que eu sou o mensageiro de Deus?”

“Eu te disse, sou surdo e não posso ouvir o que dizes.”

Então o Musailima ordenou que outra parte do corpo do rapaz fosse cortado. Essa rolou no chão, parando perto da outra parte que já havia sido cortada, enquanto a multidão olhava par o Hubaub, estarrecida com a sua determinação e persistência.

Musailima continuou a perguntar, enquanto o seu executante continuava a cortar, e o Hubaib a dizer:

"Presto testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Allah (S)”, até que metade dele era uma pilha de membros ensangüentados, espalhados pelo chão, e a outra metade era uma forma sangrenta e disforme que ainda falava. Por fim ele morreu, tendo seus lábios a proferir o nome do Profeta (S) a quem ele havia prestado juramento, na abençoada noite, em ‘Acaba: o nome de Mohammad, o Mensageiro de Allah (S).

A notícia da morte de Hubaib b. Zaid foi levada à sua mãe, a Nasiba al Maziniya, e tudo o que ela teve para dizer foi:

“Foi para essa ocasião que eu o criei e o preparei. Busco minha recompensa para ele em Allah. Ele jurou fidelidade ao Mensageiro de Allah (S) na noite de Al ‘Acaba, quando era ainda jovem e, como adulto, compriu o seu juramento. Se Allah me der a chance de me defrontar com o Musailima, irei fazer com que as filhas dele batam nos seus próprios rostos, pesarosas com ele!”

O dia que a Nasiba desejava que chegasse não demorou muito a chegar. O almuazen de Abu Bakr foi por toda Madina, conclamando o povo a se preparar para encetar a batalha contra Musailima, o falso profeta.

Os muçulmanos se apressaram a ir ao encontro de Musailima em batalha e, com o exército, estavam a Nasiba al Maziniya e seu filho Abdullah.

Na histórica batalha de Al Yamama, a Nasiba foi vista abrindo caminho por entre as fileiras, como uma leoa enfurecida, gritando:

“Onde está o inimigo de Allah? Mostrai-me onde está o inimigo de Allah!”

Quando, finalmente, ela chegou até ele, encontrou-o jazendo no chão, sendo que as espadas dos muçulmanos já haviam feito seus serviços. Sua ira foi abrandada, e ela ficou aliviada; e por que não deveria ficar?

Não tinha Allah vingado o seu filho reverente e cumpridor dos deveres, pondo um fim àquele assassino maldoso e sanhudo?

Certamente que tinha, pois cada um deles fora encarar o Criador; só que um fora para o Paraíso, e o outro fora alimentar o calor do Fogo.
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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)
يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

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