quinta-feira, março 22, 2012

As 7 pessoas que serão acomodadas na sombra da Misericórdia de Deus-SEXTA PARTE

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalamo) disse: “Há sete tipo de pessoas que serão acomodadas por Deus, na sombra da Sua Misericórdia, no Dia em que não haverá mais nenhuma sombra, excepto a Sua: 
1) – O Rei justiceiro;
2) – O jovem que passou a sua juventude na adoração a Deus
3) – A pessoa cujo íntimo esteja ligado ao Masjide;
4) – Aquelas duas pessoas que por Deus se amam, que se reúnem por Sua causa e por causa Dele se separam; 
5) – A pessoa que foi exposta à tentação por uma mulher bela e recusou, dizendo: “Eu temo a Deus”; 
6) – A pessoa que dá esmola e que a mão que dá (a direita), o faz com tanto secretismo, que a outra mão não sabe;
7) – A pessoa que recorda a Deus na solidão, deitando lágrimas.


6 ) - A pessoa que dá esmola e que a mão que dá (a direita), o faz com tanto secretismo, que a outra mão não sabe;


Uma das obrigações dos muçulmanos, expressa num dos 5 pilares do Islão, é o Zakat, o destinar uma parte da riqueza aos necessitados. É uma obrigação que alguns muçulmanos se “esquecem” de cumprir, porque se encontram ocupados com os seus familiares e com os prazeres da vida. Hoje estão favorecidos, mas ninguém sabe o dia de amanhã. A riqueza não é proibida pelo islão. Sempre existiram e existirão ricos e pobres. E Deus responsabilizou o rico, para destinar uma parte da sua riqueza, para distribuição aos pobres. Mas a melhor sadaka, é aquela que contribui para uma ajuda contínua dos necessitados, como por exemplo, a concessão de poços de água, ou oferecer o “anzol”, de modo que as pessoas possam ser auto suficientes.

“Não maltrates o órfão; Nem tão pouco repudies o mendigo”. Cur’ane 93: 10, 11. O crente que tem excedentes financeiras, não só deve cumprir com a obrigação do Zakat, mas também deve distribuir a Sadaka, a contribuição facultativa, para os pobres e para os órfãos necessitados. Sahl Ibn Saad (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Eu e o tutor do órfão, estaremos juntos, tal como se encontram estes”; e juntou o indicador e o dedo médio”. Bukhari. Dar o Zakat, não é mais do que dar cumprimento ao mandamento de Deus. É uma obrigação da qual todos iremos responder perante o nosso Criador. A obrigação é idêntica às cinco orações diárias obrigatórias e ninguém está dispensado de as fazer. As orações facultativas (sunats e nafls), são em maior número em relação às orações fards (obrigatórias). Inúmeras recomendações do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), nos incentivam a praticar as facultativas, como meio de expiação dos pecados e ganharmos a satisfação de Deus. Foi através das orações facultativas que Bilal (Radiyalahu an-hu), o Muezin do Profeta, ganhou o estatuto de residente do Paraíso. Da mesma maneira, Deus e o Seu Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), nos incentivam a prática da caridade facultativa, outro meio para alcançarmos o paraíso. A distribuição do sadaka não diminui a riqueza. “Tudo quanto gastardes em caridade, Deus vo-lo restituirá, porque Ele é melhor dos agraciadores”. Cur’ane 34: 39. Distribuir caridade, é uma forma de “emprestar” a Deus. “Quem é que emprestará a Deus um bom empréstimo, para que Ele lho multiplique muitas vezes?. 

Deus estende e restringe a riqueza e para Ele regressareis”. Cur’ane 2:245. A riqueza que possuímos não nos pertence na totalidade e por isso a devemos utilizar / gastar com muito cuidado. Ela pertence também aos nossos familiares directos e também aos necessitados. Refere o Capitulo 5, versículo 19 do Cur’ane: “E há em seus bens, uma parte para o mendigo e para o desafortunado”. A vaidade, o orgulho e a ostentação são atitudes condenadas por Deus. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse que um dos que não entrará no paraíso, é aquele que ostenta a sua generosidade após ter entregue a caridade.. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) contou: “Havia uma disputa entre o inferno e o paraíso.

O inferno disse: ”O arrogante e o orgulhoso encontrarão em mim, a sua morada”. E o paraíso disse: “Os afáveis (gentis) e os humildes serão os meus moradores”. Então, Deus dirigindo-se ao inferno, disse: “Tu serás o meio da Minha punição para os Meus servos, a quem Eu quiser”. E para o paraíso disse: “Tu és só a Minha Misericórdia, com a qual Eu mostrarei a quem Eu quiser; E cada um de vós estará cheio”. Muslim. Para vangloriar-se, o ser humano faz alarido à esmola que dá. Imamo Ghazali (Rahmatulahi Aleihi) referiu que é um favor que o pobre está a fazer ao rico (ao receber o sadaka), porque a  aceitação do sadaka, absolve o rico (duma das) obrigações para com Deus e é uma fonte de purificação da riqueza, além de lhe salvar do fogo do inferno. A melhor esmola é aquela que é dada secretamente, sem que ninguém o saiba. Afinal, porque motivos os orgulhosos têm necessidade de publicitar este acto? Para serem respeitados? Para se encherem de orgulho?

Porque não acreditam que o acto secreto é visto e recompensado por Deus? Necessitam de testemunhas terrenas para se sentirem vaidosos!. Ninguém necessita de saber. Deus regista, e recompensará essa acção efectuada em segredo. “E aqueles que por amor a Deus, alimentam o pobre, o órfão e o prisioneiro, dizendo: nós vos alimentamos somente para agradar a Allah. Não exigimos recompensa nem agradecimentos da vossa parte”. 

Cur’ane 76:8 e 9. O ser humano utiliza a vaidade e a ostentação noutras actividades sociais e religiosas. É a hipocrisia. Fazem as orações na presença de outros, só para ser vistos e elogiados. Quando estão a sós, não fazem as orações. Deus refere este tipo de pessoas, no Versículo 107 do Cur’ane: “Tens reparado em quem nega a religião? (Que nega as recompensas e o castigo da outra vida?); É quem repele o órfão; E não estimula (os outros) à alimentação dos necessitados; Ai, pois, dos praticantes das orações; Que as fazem por ostentação (para serem vistos)”. 107:1,2,3,4,6.

Foi por isso que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu que uma das pessoas que será acomodada por Deus, na sombra da Sua Misericórdia, no Dia do Julgamento Final, será aquele que ajudou o necessitado, em segredo e sem alaridos, mas só com a finalidade de obter a satisfação de Deus. 

E Deus sabe mais. In Sha Allah, continua no próximo Juma.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

22/03/2012

quarta-feira, março 21, 2012

A L M A D I N A - D I A D O P A I

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 19.03.2012 

Tornou-se habitual nos últimos anos a comemoração do chamado “Dia do Pai”, a 19 de Março em  algumas partes do mundo como no Brasil que se comemora no segundo domingo de Agosto.

O Isslam não atribui nenhuma relevância a este tipo de comemorações inventadas pelo Homem - Dia da Mulher; Dia do Trabalhador; Dia do Pai; Dia do Idoso, Dia do Deficiente, Dia da Criança, etc., etc. 

Todavia, reconhece o valor intrínseco à mulher, ao pai, ao trabalhador, ao idoso, ao deficiente, à criança, etc. 

Por isso considera todos os dias como Dia do pai e Dia da Mãe, contrariamente a muitas tradições em que os velhos pais são atirados nos chamados “Lares de Idosos” onde apesar de alguns cuidados que lhes são prestados pelas freiras ou outras pessoas treinadas, os próprios filhos e familiares não os visitam regularmente para lhes dar um pouco do seu calor, do seu amor, do seu afeto. 

Por vezes esses pais morrem no isolamento e anonimato, e os familiares só tomam conhecimento passados dias ou mesmo semanas, quando já em decomposição. E depois vêm com a ironia do Dia do Pai ou Dia da Mãe, levando-lhes, uma vez por ano, um buquêt de flores ou alguns presentes, achando assim que já cumpriram com o seu dever de filhos. 

No Isslam, o direito dos pais vem logo a seguir ao de Deus. E é por isso que o Profeta Muhammad S.A.W. diz: “A satisfação de Deus está na satisfação dos pais, e a insatisfação de Deus está na insatisfação dos Pais”. (At-Tirmizi) 

E disse o Profeta S.A.W.: “Os pais são a porta do meio do Paraíso, cabendo a ti cuidá-la ou perdê-la”. 

É indescritível o amor de um pai para com o seus filho. Ele sacrifica toda a sua vida, anda de um lado ao outro para conseguir ganhar algo com que possa alimentar e educar o seu filho. Sacrifica o seu bem estar e conforto, em benefício do bem estar e conforto do filho. E mais. Pode até vir a sacrificar a sua própria vida em benefício do filho. Tudo isto fá-lo com muito gosto e muito amor, e não com o intuito de obter qualquer retribuição. 

Por isso o Isslam ordena-nos que tratemos com bondade os nossos pais, ainda que eles tenham cometido algum erro contra nós. Só não se lhes deve obediência nenhuma quando Deus estiver a ser desobedecido. 

Aliás, a obediência e bom trato a que eles têm direito acima dos filhos, não se circunscreve apenas a uma determinada idade ou tempo, pois isso é obrigatório a todo o momento e em qualquer fase da sua idade, muito em particular quando algum dos progenitores estiver numa fase de dependência e carecer de cuidados por parte dos filhos. Nessa fase, qualquer desinteresse ou negligência por parte dos filhos pode revelar-se bastante doloroso. 

Para além disso, quando o pai ou a mãe já tiverem atingido a velhice, por vezes tornam-se irascíveis, irritando-se muito facilmente, o que é natural. E quando já estão muito velhos, a sua lucidez também começa a diminuir, e aí por vezes fazem exigências algo difíceis de satisfazer. Por isso o Al-Qur’án ordena-nos que nesses momentos difíceis das suas vidas sejamos mais gentis e pacientes, lembrando-nos o quão generosos e pacientíssimos eles foram para conosco quando éramos pequeninos, quando éramos piores do que eles nesta sua fase. Portanto, mesmo assim eles sacrificaram o seu sossego para nos prestarem os maiores e os melhores cuidados, e dentro do que se se lhes oferecia na altura, tentaram satisfazer as nossas exigências infantis com muito amor, pelo que devemos ter isso em conta, pagando-lhes o bem, com o bem. 

Os filhos não devem ter gestos que revelem zanga ou azedume para com os seus pais. Devem mostrar-se humildes perante eles, demonstrando misericórdia, orando (fazendo duã) a seu favor, dizendo: 

“Ó meu Senhor! Tende pena deles assim como eles me fizeram crescer desde pequenino”. (Al-Qur’án) 

Ainda que o pai ou a mãe não sejam muçulmanos, deve-se-lhes respeito e bom trato. 

Há muitos pais que passam privações, mendigando, quando os seus filhos vivem uma vida estável. Esses filhos são os piores ingratos. 

Certa vez, no tempo do Profeta Muhammad, S.A.W., um jovem dirigiu-se-lhe, apresentando uma queixa contra seu pai: “O meu pai apodera-se do meu dinheiro”! 

O Profeta mandou chamar o pai para se inteirar do que se passava. Entretanto o Arcanjo Gabriel apareceu junto ao Profeta, dizendo-lhe: “Quando o pai chegar, pergunta-lhe quais são as palavras que ele estava a pronunciar no seu coração, que nem os seus ouvidos escutaram”. 

Quando o tal jovem voltou acompanhado do pai, o Profeta S.A.W. indagou-o sobre o que se estava a passar, pois o seu filho queixara-se contra si. Perguntou por que razão ele se apoderava do dinheiro do filho, ao que o velho pai respondeu: “Pergunte-lhe onde é que gasto esse dinheiro, senão sobre mim ou nas suas tias”. 

Então o Profeta S.A.W. disse: “Pronto, já entendi, já não precisas de dizer mais nada”! 

A seguir, dirigindo-se ao velho pai, disse: “Quais são as palavras que o teu coração pronunciou, que nem os teus ouvidos conseguiram escutar”? 

O velho pai respondeu: “Ó Mensageiro de Deus! Em todos os assuntos Deus faz com que a nossa fé aumente mais, pois aquilo que ninguém ouviu, como é que tu soubeste? Isso é um milagre”! Depois acrescentou: “ De fato eu disse alguns poemas no meu coração, que nem os meus ouvidos escutaram”. 

O Profeta S.A.W. disse: “Leia esses poemas para eu também ouvir”! 

Então o velho pai disse na forma de poema: 

“Eu alimentei-te quando eras pequenino e tomei a tua responsabilidade mesmo quando eras jovem; 

Quando à noite alguma doença te atingia, eu passava toda a noite na intranquilidade por causa da tua doença; 

Como se fosse eu que estava doente e não tu, enquanto eu sabia que a morte tem um dia fixo, não pode adiantar, nem atrasar. 

Depois, quando tu chegaste à idade por que eu ansiava, começaste a pagar-me com rispidez e com palavras duras, como se tu, e só tu me prestasses favores. 

Seria bom, se não consegues cumprir para comigo o direito de pai, pelo menos procedesses como procede um vizinho nobre, e pelo menos me concedesses o direito de boa vizinhança, e não fosses sovina na minha riqueza, mesmo a meu favor”. (Al-Qurtubi

Depois de ouvir estas palavras em forma de poema, o Profeta S.A.W. pegou no filho e disse: “Tu e a tua riqueza pertencem ao teu pai”. 

Hoje em dia, muitos filhos maltratam os seus pais, faltam-lhes com a consideração que lhes é devida, e quando se lhes referem, ao invés de dizerem “o pai”, dizem “o velho”, o que detestável. Filhos com esse tipo de carácter sujeitam-se a pagar por tudo isso, ainda aqui no Mundo, pois quando atingirem a velhice, os seus filhos também lhes tratarão da mesma maneira. O Profeta Muhammad S.A.W. disse: “Todos os pecados serão pagos no Outro Mundo, excepto os maus tratos infligidos aos pais. Isso, o filho irá pagar aqui, neste Mundo”. 

É o provérbio popular: Aqui se faz aqui se paga!

sexta-feira, março 16, 2012

Tema da Semana: As 7 pessoas que serão acomodadas na sombra da Misericórdia de Deus: QUINTA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalamo) disse: “Há sete tipo de pessoas que serão acomodadas por Deus, na sombra da Sua Misericórdia, no Dia em que não haverá mais nenhuma sombra, exceto a Sua: 
1) – O Rei justiceiro; 
2) – O jovem que passou a sua juventude na adoração a Deus; 
3) – A pessoa cujo íntimo esteja ligado ao Masjide;
4) – Aquelas duas pessoas quepor Deus se amam, que se reúnem por Sua causa e por causa Dele se separam; 
5) – A pessoa que foi exposta à tentação por uma mulher bela e recusou, dizendo: “Eu temo a Deus”; 
6) – A pessoa que dá esmola e que a mão que dá (a direita), o faz com tanto secretismo, que a outra mão não sabe; 
7) – A pessoa que recorda a Deus na solidão, deitando lágrimas.

5 ) – A pessoa que foi exposta à tentação por uma mulher bela e recusou, dizendo: “Eu temo a Deus”
Abdullah b. Massud (Radiyalahu an-hu), disse que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu 3 pecados graves, perante o nosso Criador. São eles:
1)- associar alguém a Deus;
2)- matar um filho com o receio de não  conseguir alimentá-lo; e
3)- cometer adultério, com a esposa do vizinho. Bukhari.

No tempo dos nossos Profetas, as relações fora do casamento eram severamente punidas. 

Aqueles que não invocam com Deus outra divindade, nem matam nenhum ser que Deus proibiu matar senão legitimamente, nem cometem adultério; pois sabem se assim procederem, receberão a sua punição”. Cur’ane 25:68. 

Nos tempos atuais, nas chamadas sociedades desenvolvidas, a imoralidade é uma constante da vida das pessoas. Segundo Anas B. Malik, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu que nos últimos tempos, o conhecimento será retirado, a ignorância irá prevalecer, os bêbados aumentarão e o adultério será uma constante. Muslim.


A companheira do adultero, pode ser esposa de alguém. uma mãe, uma tia, filha, irmã. O adultério também se comete com a vista, com as palavras, com o andar e com o pensamento.

Atualmente, a imoralidade é uma constante das sociedades. Tudo é permitido, em “defesa” duma sociedade que se diz avançada. Para qualquer lado que virarmos os nossos olhares, depararemos com algo que perturba a mente de quem é temente a Deus. Até na publicidade afixada nas ruas, tudo serve para chamar a atenção dos olhares maliciosos. O adultério da vista, é olhar para coisas proibidas. Pode parecer uma falha inocente, mas não o é, porque quem assim procede, não deixará de cometer outros tipos de imoralidades. Perderemos as nossas convicções e passaremos a permitir o que não é permitido. Sem nos apercebermos , facilmente cairemos numa das inúmeras armadilhas que cercam o inferno.

Rejeitar a tentação de uma mulher bela, é muito difícil, exceto para aqueles que temem a Deus e no Dia do Juízo Final. Aqueles que não têm estas convicções, facilmente se expõem ao pecado, sem qualquer sentimento de culpa. O casamento é o pilar fundamental duma sociedade. É uma tendência, um impulso espontâneo e natural do ser humano. É um meio para se evitarem as imoralidades. Porque somos humanos e sujeitos às tentações do satanás, o nosso Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) recomendou que os jovens devem casar, quando atingirem a idade própria. É um Sunnah (tradição) do Profeta) que todos devemos seguir. Abdullah (Radiyalahu an-hu) narrou: “Nós estávamos com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), enquanto éramos jovens e não tínhamos qualquer riqueza. Então o Apóstolo de Deus disse: “Ó jovens! Quem dentre vós puder casar, deve casar-se, porque isto o ajudará a baixar o olhar e guardar a sua modéstia. E quem não tiver condições para se casar, deve jejuar (também para guardar a modéstia)”.Bukhari.

In Sha Allah, continua na próxima semana. Um bom dia de Juma

Cumprimentos,

Abdul Rehman Mangá

15/03/2012

“Ó Senhor meu, tem Misericórdia dos meus pais, como eles tiveram misericórdia de mim, criando-me desde pequeno”. Cur’ane 17: 24.

segunda-feira, março 12, 2012

Allah SW ama aos que praticam a Fraternidade

Em nome de Allah (SWT), o Clemente, o Misericordioso. Louvado seja Allah (SWT), criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e dê paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Hoje vamos conversar sobre um versículo da Suratu Al-Hujurat que se caracteriza com boas expressões e profundas palavras como se fosse uma alma unida em vários corpos. A fraternidade é uma graça de Allah (SWT) que desce sobre os fiéis, é pura e por isso, se encontramos irmãos sem fé, concluímos que não é uma fraternidade verdadeira da religião.

Allah (SWT) colocou a fraternidade como uma tamara de fé. Allah (SWT) disse: "Sabe que os fiéis são irmãos uns dos outros; reconciliai, pois, os vossos irmãos, e temei a Deus, para vos mostrar misericórdia." Suratu Al- Hujurat V 10

A fraternidade é amar uma pessoa em nome de Allah (SWT) e é o segundo fenômeno direto após a fé. O Profeta Mohamed (SAAW) construiu o mundo muçulmano tendo como base a fraternidade e a fé, com a eliminação dos idólatras e hipócritas por um lado e de outro uma grande construção quando não havia muitas condições.

Com a fé e a fraternidade, o Profeta (SAAW) uniu pessoas distintas de várias e diferentes aparências, cores, raças, países, raízes e sangues. Uma comunidade não pode ser forte sem ter plena fé e instinto e flamejar a bandeira da fraternidade.

O Profeta Mohamed (SAAW) ensinou a seus companheiros a prática do montoteísmo com a fé e seguir no caminho correto e fraterno entre seus companheiros com base na primeira declaração feita.

Na história do Profeta (SAAW) em relação a fraternidade encontramos a narração de El-Bukhari e Muslim quando um homem faminto foi em direção ao Profeta e disse: "Oh, Profeta de Allah, estou com fome. Me dê do que comer." O Profeta (SAAW) foi então conversar com suas mulheres (as mães dos fiéis, que Allah esteja satisfeito com elas) e perguntou se havia comida. Elas responderam que tinham apenas água, o Profeta (SAAW) saiu em direção ao homem que o aguardava e disse que jurava que o Profeta de Allah não tinha do que dar de comer ao homem. Após isso, foi ao encontro a seus companheiro e perguntou quem iria convidar aquela pessoa durante a noite. 

Uma pessoa da tribo de Anssar assumiu a responsabilidade e levou o homem para sua casa. Disse para a mulher que aquele homem era um convidado do Profeta e então deveria ser bem tratado com uma boa hospitalidade, não poderiam esconder nada daquele homem. Ela respondeu que havia apenas a comida para as crianças, então o bom homem respondeu que era para colocar as crianças para dormir, assim não teriam fome e o convidado do Profeta poderia ficar satisfeito com a comida e também quando os pratos fossem servidos. Seria o momento em que a mulher deveria apagar as luzes como se a intenção fosse a de arrumar. Assim, o bom homem fingia que comia com o convidado mesmo sem a luz. Tudo foi feito e o convidado ficou satisfeito.

Ninguém soube o que o bom homem fez naquela noite, porém existe o olho de Allah (SWT) que não dorme, tudo vê e tudo escuta. Após a saída do bom homem pela manhã, o Profeta (SAAW) sorriu e disse que Allah (SWT) gostou daquilo que foi feito naquela noite. Então o Profeta (SAAW) relatou o versículo 9 da Suratu Al-Hachr: "E os que habitaram o lar e abraçaram a Fé, antes deles, amam os que emigraram para eles, e não encontraram em seus peitos cobiça do que lhes foi concedido. E preferem-nos a si mesmos, mesmo estando em necessidade. E quem se guarda de sua própria mesquinhez, esses são os bem-aventurados."

Amados irmãos, a fraternidade em nome de Allah é uma custódia pesada, e o maior direito da fraternidade acontece quando uma pessoa ama a seu irmão em nome de Allah (SWT) sem traição ou interesse nesta vida.

O Profeta (SAAW) disse que quem ama em nome de Allah, odeia em nome de Allah, doa em nome de Allah e impede em nome de Allah possui sua fé completa.

E lembramos agora de uma cerimonia de sexta-feira, quando esclarecemos que Allah (SWT) albergará sete tipos de pessoas na Sua Sombra no Dia em que não haverá outra Sombra além da Sua. Entre elas, as duas pessoas que se amam, se juntam e se separam em nome de Allah (SWT), se reunem em Seu nome e partem em Seu nome. A imagem do dia em que as chamas do inferno sairão com intenso calor, junto ao sol sob as cabeças, neste momento tudo ficará em silêncio onde escutarão a voz do Rei da Eternidade onde estão as pessoas que se amam em nome de Allah que albergará este dia com Sua sombra.

E no Hadice narrado por Muslim, que Abul Huraira relatou que o Profeta (SAAW) disse que existia um homem que ia visitar seu irmão em uma cidade e Allah (SWT) desceu um anjo no caminho. O anjo perguntou ao homem para onde ele ia. O homem respondeu que ia visitar um irmão na cidade. O anjo perguntou se havia algum interesse, o homem respondeu que não, pois amava o irmão em nome de Allah (SWT). O anjo disse que o Profeta (SAAW) deu a notícia que Allah (SWT) também o amava.

Em outro Hadice, narrado por Annas um homem encontrou o Profeta (SAAS) e perguntou quando aconteceria o Dia do Juízo Final, o Profeta (SAAW) então questionou o que o homem havia feito para aquele dia. O homem respondeu que não fez muitas coisas, porém amava Allah (SWT) e o Profeta (SAAW). O Profeta disse que então aquele homem estará entre aqueles que serão amados no Dia do Juízo Final.

Asslamu Aleikom ua Ramatulahi ua Baraketu - Samir - Centro Islâmico de Brasilia - 09/03/2012

Como Converter-se ao Islam e se Tornar Muçulmano

A palavra “muçulmano” significa “aquele que entrega sua vontade a Deus”, sem distinção de raça, nacionalidade, gênero ou origem étnica. Se tornar um muçulmano é um processo simples e fácil que não exige requisitos prévios. A pessoa pode se converter ao Islam de forma privada ou na presença de outros. Se alguém um verdadeiro desejo de se tornar um muçulmano e uma convicção plena juntamente com uma forte crença que o Islam é a verdadeira religião de Deus, então, todo o que falta fazer é pronunciar verbalmente a “Shahada”, o testemunho de fé, e nada mais. A Shahada é o primeiro e mais importante dos cinco pilares do Islam.

Ao pronunciar o testemunho de fé, ou seja, a Shahada, com fé e convicção, torna-se parte da comunidade de irmãos muçulmanos do Islam.

Ao entrar no Islam buscando sinceramente comprazer a Deus, lhes são perdoados todos os pecados anteriores, e começa uma nova vida de piedade e correção. O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse a uma pessoa que havia colocado a condição de que aceitaria o Islam se Deus perdoasse todos seus pecados:

Por acaso não sabes que ao aceitar o Islam Deus te perdoa todos teus pecados anteriores?” [Muslim].

Quando alguém aceita o Islam, em essência se arrepende das atitudes e crenças de sua vida anterior. Não é necessário carregar a carga pesada dos pecados cometidos antes de aceitá-lo. É apagado o registro deles, tal como se estivesse recém saído do ventre de sua mãe. Por isso deve tentar o maximo possível em manter seu registro limpo e esforçar-se em pratica a maior quantidade possível de boas ações.

O Sagrado Alcorão e os ditos do Profeta, conhecidos como hadith, enfatizam a importância de seguir o Islam. Allah diz (significado em português):

“Por certo,, a religião, perante Allah é o Islam (submissão a Allah)”. [Surah Al-Imran 3: 19]

“E quem busca outra religião que o Islam, ela não lhe será aceita, e ele, na Derradeira Vida, será dos perdedores”. [Surah Al-Imran 3: 85]

Em um dito, Muhammad, o Ultimo dos profetas falou:

“Todo aquele que testemunhe que não existe nada digno de adoração exceto Deus, que não possuí associados. E que Muhammad é Seu servo e profeta, e que Jesus é servo de Deus, Seu profeta e Sua palavra que Ele concedeu a Maria. E que Jesus é um espírito criado por Deus; e que o Paraíso existe, e que o Fogo do inferno existe. Deus o fará entrar no Paraíso de acordo com suas ações”.[Al-Bukhari]

Testemunho de Fé (Shahada)

Para converter-se ao Islam e ser muçulmano, a pessoa necessita pronunciar o seguinte testemunho com convicção e entender seu significado:

La ilaha ila Allah, Muhamadan rasulu Allah – لا إله إلا الله محمد رسول الله

Cujo significado é:

“Testemunho que não existe nada com o direito de ser adorado exceto Deus, e que Muhammad é um Mensageiro (Profeta) de Deus”.

Quando alguém pronuncia este testemunho com convicção, se converte em muçulmano. Pode ser feito em privado, porém é muito melhor se feito perante testemunhas de sua comunidade para que eles o ajudem a pronunciá-lo de forma correta.

A primeira parte do testemunho consiste em afirmar a verdade mais importante que Allah revelou a humanidade: Que não existe nada e nem ninguém digno de adoração exceto Deus o Todo-Poderoso. Vemos no Alcorão Sagrado (significado em português):

E não enviamos, antes de ti (ó Muhammad), Mensageiro algum, sem que lhe revelássemos qu não existe deus senão Eu; então, adorei-Me”. [Surah Al-Anbia’ 21: 25].

Isto significa que todas as formas de adoração, seja ela orar, jejuar, suplicar ou pedir refugio, por exemplo, devem ser dirigidas a Deus e somente para Deus e mais ninguém. Praticar qualquer forma de adoração a outro que não seja Allah (como por exemplo, um anjo, um profeta, a Jesus, a Muhammad, a um santo, a um ídolo, ao sol, a lua, a uma pedra, a uma arvore) é uma contradição com a mensagem fundamental do Islam e é um dos pecados imperdoáveis para Deus, a menos que a pessoa se arrependa e não volte a praticá-lo antes de morrer. Todas as formas de adoração devem ser dirigidas para Deus unicamente.

Adorar significa realizar ações e pronunciar palavras que agradam e comprazam Deus, coisas que Ele ordenou ou incentivou a fazer, seja através de um texto sagrado ou por analogia. Por tanto, adorar não se restringe somente a pratica dos cinco pilares do Islam, mas também, inclui todos os aspectos da vida do ser humano. Prover alimento a família, dizer palavras de ânimo, carinho e conforto a uma pessoa para alegrá-la também são considerados atos de adoração, se estes realizados com a intenção sincera de comprazer Deus. Isto significa que, para serem aceitos todos os atos de adoração, estes devem ter como principal motivador a sinceridade em conjunto com a intenção de agradas e satisfazer Deus unicamente.

A segunda parte do testemunho significa crer que o Profeta Muhammad também é servo e Mensageiro de Deus. Isto envolve o dever de seguir os ensinamentos do Profeta. Deve acreditar no que ele disse, por tanto, adorar Deus somente de acordo com seus ensinamentos, pois todos os ensinamentos do Profeta foram em verdade revelações e inspirações por parte de Deus.

Deve-se tentar tanto quanto seja possível praticar seus ensinamentos, porque o Profeta foi o exemplo mais sublime de conduta para a humanidade. Disse Allah no Alcorão Sagrado (significado em português):

“E, por certo, és de magnífica moralidade”. [Surah Al-Qalam 68: 4]

Come feito, há, para vós, no Mensageiro de Allah, belo paradigma (exemplo), para quem espera em Allah, e no Derradeiro Dia, e se lembra amiúde (frequentemente) de Allah”. [Surah Al-Ahzaab 33: 21]

Muhammad foi enviado para implementar de maneira pratica o Alcorão, em suas palavras, ações, legislação e em todos os outros aspectos da vida. A’isha, esposa do Profeta, disse o seguinte quando perguntaram a ela sobre o caráter do Profeta:

“Seu caráter era o Alcorão”. [As-Suiuti]

Apegar-se verdadeiramente a segunda parte da Shahada é seguir seu exemplo em todos os temas e assuntos da vida. Allah disse no Alcorão (significado em português):

Dize: Se amais a Allah, segui-me, Allah voa amará e vos perdoará os delitos. E Allah é Perdoador, Misericordiador”. [Surah Al-Imran 3: 31]

Também significa que Muhammad é o Ultimo Profeta e Mensageiro de Deus, e que nenhum outro profeta ou mensageiro virá depois dele (significado em português):

Muhammad não é pai de nenhum de vossos homens, mas o mensageiro de Allah e o selo (ultimo) dos Profetas. E Allah, de todas as cousas, é Oniscinete”. [Surah Al-Ahzaab 33: 40].

Todos aqueles que alegarem ser profetas ou receberem revelações depois de Muhammad serão em realidade impostores, e reconhecer eles como verdadeiros equivale a descrer no Islam.

Damos-lhe a boa vinda ao Islam e felicitamos por tua decisão!

Fonte: Islamweb

sexta-feira, março 09, 2012

As 7 pessoas que serão acomodadas na sombra da Misericórdia de Deus: QUARTA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalamo) disse: “Há sete tipo de pessoas que serão acomodadas por Deus, na sombra da Sua Misericórdia, no Dia em que não haverá mais nenhuma sombra, excepto a Sua:
1) – O Rei justiceiro;
2) – O jovem que passou a sua juventude na adoração a Deus;
3) – A pessoa cujo íntimo esteja ligado ao Masjide; 
4) – Aquelas duas pessoas que por Deus se amam, que se reúnem por Sua causa e por causa Dele se separam; 
5) – A pessoa que foi exposta à tentação por uma mulher bela e recusou, dizendo: “Eu temo a Deus”; 
6) – A pessoa que dá esmola e que a mão que dá (a direita), o faz com tanto secretismo, que a outra mão não sabe;
7) – A pessoa que recorda a Deus na solidão, deitando lágrimas.


4 ) – Aquelas duas pessoas que se amam, que se reúnem por

Sua causa e por causa Dele se separam: No tempo do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), alguns Sahabas (Companheiros do Profeta) (Radiyalahu an-huma), tinham um lugar reservado na Mesquita do Profeta, onde lhes eram ministrados ensinamentos religiosos do Cur’ane e do Sunah.

Reuniam-se por amor a Allah Subhana Wataala e ao seu Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Nestes agrupamentos criavam-se grandes amizades. Muitos deles, foram obrigados a separarem-se e enviados para outras localidades distantes. Assim, se uniram pela causa de Deus e também pela causa Dele se separaram. Foram para bem longe das suas famílias, as quais nunca mais voltaram a ver.

Outros Sahabas (Radiyalahu an-huma) também pelo amor e amizade pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) ansiavam ficar ao lado dele, a todo o tempo. Mas tal não era possível, porque cada um tinha as suas próprias actividades e responsabilidades, nomeadamente familiares e por isso sentiam-se sempre tristes com a separação, mesmo que momentânea. Também tinham consciência de um dia todos iam morrer e que a separação era inevitáve. Foi o exemplo de Thawban (Radialahu an-hu) que ajudava o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) em diversas tarefas. Certa vez, quando se encontrava na companhia do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), ficou com os olhos lacrimejando. Ao ser perguntado os motivos da tristeza, ele referiu o amor que sentia pelo Profeta e que tinha medo de não o encontrar no Akhirat (vida futura) e não suportava estar longe dele. Referiu também que o Profeta estará num lugar privilegiado, bem distante dele, devido ao elevado grau que tinha perante Deus. 

Por outro lado, ele não tinha a certeza de que iria para o Paraíso. Tudo isto lhe causava uma imensa tristeza. Por causa desta preocupação, Deus revelou o seguinte versículo do Cur’ane: "E aqueles que obedecem a Allah e ao Seu Mensageiro, estarão na companhia dos que foram agraciados por Allah; dos Profetas (que ensinam), dos sinceros (amantes da fé), dos mártires (que comprovam) e dos justos (que fazem o bem); que excelentes companheiros serão!". 4:69.

No versículo do Cur’ane, Deus refere diversos tipos de crentes; dos Profetas que vieram difundir a palavra de Deus; os que com fé em Deus, actuam sempre pela verdade e se opõem veemente contra as injustiças; os shaídes (mártires), que foram “testemunhas”, que morreram defendendo a cauda de Deus; são também shaídes os justos que dão testemunho da verdade, da sua fé, em todos os aspectos da sua vida.

Quem se preocupar, neste mundo, em procurar a companhia de tais piedosos e com eles compartilhar as virtudes, seguramente que se será um afortunado, pois no outro mundo (Akhirat), estará com eles.

Actualmente, é muito comum os jovens deslocarem-se para outros países, para se formarem em teologia islâmica. Nos anos em que decorre o curso, criam-se grandes amizades. Mas depois de terminado o curso, regressam aos seus países de origem, para transmitirem aos seus conterrâneos, o que aprenderam durante aquele tempo.

Uniram-se e separaram-se por um propósito, o de servir a Deus. Nos meses de Ramadan, em todos os países do mundo, alguns muçulmanos permanecem na Mesquita durante os últimos 10 dias (Itikaf). Juntos passam o tempo a efectuar as orações e o Zikr. Reúnem-se para recordarem os ensinamentos religiosos. 

Criam-se amizades e no final, separam-se para reiniciarem as suas vidas profissionais e familiares. Numa Mesquita de Leicester, com o Maulana Salim Dhorat Saheb, juntam-se para o Itikaf cerca de 400 pessoas.

Com fé em Deus se juntam e por causa Dele, se separam. Outro exemplo, é quando se juntam diversos irmãos no Tablik, de 40 dias ou 4 meses e se deslocam para várias localidades, passando todo tempo a lembrarem a eles próprios e aos irmãos a quem visitam, o caminho da salvação. Todo o tempo que passaram juntos, foi exclusivamente dedicado a Deus, seguindo as orientações do Seu Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam).

In Sha Allah, continua na próxima semana. Um bom dia de Juma

Cumprimentos,

Abdul Rehman Mangá

08/03/2012

quarta-feira, março 07, 2012

O ILM (A PROCURA DO CONHECIMENTO) – SEGUNDA PARTE

O ILM DOS PROFETAS E DOS PIEDOSOS.

Toda a ciência e o conhecimento, provém de Deus. Só Ele conhece o passado, o presente e o futuro. “…Ele conhece o que é secreto e ainda o mais oculto.” – 20:7. Foi Ele que agraciou os Seus Profetas com sabedoria, para poderem falar aos seus povos. Os Profetas sempre foram os melhores da humanidade, no que se refere à aparência, personalidade e capacidades especiais, de modo a não serem alvo de troça ou desprezo. Mas mesmo assim, os Profetas foram maltratados por alguns, por não aceitarem a palavra de Deus. Abdullah (Radiyalahu an-hu), relatou: “Como se eu tivesse visto o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) falar de um Profeta, cuja nação o tinha agredido, ao ponto de sangrar e enquanto estava a limpar o sangue do seu rosto pediu: Ó Deus, perdoe a minha nação! Pois eles não têm conhecimento.” Bhukari.

Ao longo da história da humanidade, Deus enviou milhares de Profetas, para nos transmitirem e nos incentivarem a procura do conhecimento, para esta vida passageira e em especial para a outra que não terá fim. Outras personalidades também tiveram o privilégio de obterem o ilm, para o benefício da humanidade.

Quando Deus criou Adam (Aleihi Salam) – Adão (Que a Paz de Deus esteja com ele) e o colocou como seu Khalifa na terra (vice - regente), dotou-o de certos poderes e deu-lhe o dom da palavra. “Criou o homem e ensinou-lhe a expressar-se” Cur’ane 55.3,4. Deu-lhe a conhecer os nomes de todas as coisas. Transmitiu-lhe a sabedoria necessária, que aprendeu e os passou para os seus filhos, para estudarem as leis da natureza, reflectirem sobre eles e utiliza-los correctamente, em benefício da humanidade. “Na verdade, Nós honramos os filhos de Adam” (Isto é, demos-lhes superioridade em relação a todas as criaturas) Cur’ane 17:70. O ser humano tem assim a capacidade para aprender, aumentar os seus conhecimentos e perceber as leis do universo.

Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão (Que a Paz de Deus esteja com ele), nasceu numa casa de idólatras. Mas ainda pequeno, Deus iluminou-o e guio-o, para o caminho do monoteísmo. No Cur’ane, é referido o diálogo entre o Profeta Ibrahim (Alei Salam) e o pai, adorador de ídolos: “Pai, porque adoras aquilo que não ouve nem vê e em nada te pode beneficiar? Pai, foi-me revelado algo de sabedoria que tu não recebeste. Segue-me pois, vou conduzir-te para o caminho recto.” 19:42,43.

Mussa (Aleihi Salam) – Moisés (Que a Paz de Deus esteja com ele) recebeu ordens de Deus para ir falar com o Faraó, que se encontrava extraviado, pensando, ser o rei dos reis. Moisés apercebeu-se da grande responsabilidade que tinha acabado de receber, sabendo de que era lento a falar e não era um bom orador. Com receio de não conseguir influenciar o faraó e o seu séquito, pediu a Deus para que o seu irmão Aarão, um bom orador, o acompanhasse. Recusada a pretensão, Moisés orou a Deus, pedindo: “ Ó Senhor meu, dilata-me o peito; facilita-me a tarefa; e desata o nó da minha língua; para que compreendam a minha fala.”Curane 20:25 a 28. As dificuldades foram removidas e ele pode falar com o Faraó, sem qualquer situação de inferioridade. As palavras por ele proferidas, perante o tirano, são extraordinárias na eloquência e na retórica, conforme é referido na Bíblia e no Cur’ane. 

Issa (Aleihi Salam) – Jesus (Que a Paz de Deus esteja com ele), quando ainda era recém-nascido, recebeu de Deus, o dom da fala e falou às pessoas ainda no berço. Depois do parto e quando Mariam (Que a Paz de Deus esteja com ela) regressou com a criança algumas pessoas repreenderam-na, afirmando de que ela fizera algo detestável e que a família dela nunca fora adultera. Mariam colocou os dedos nos lábios e apontou para a criança. Admirados ouviram Issa dizer: “Sou o servo de Deus, que me concedeu o Livro e me designou Profeta. Fez-me abençoado onde quer que eu esteja e encomendou-me a oração e a esmola, enquanto eu viver….”

Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) – Que Deus derrame as suas bênçãos nele, era iletrado, e recebeu, através do Anjo Jibrail (Aleihi Salam) – Gabriel (Que a paz de Deus esteja com ele), a revelação da palavra de Deus. Na primeira revelação, Deus ordenou-lhe para recitar os seguintes versículos: “
1 – Iqra (Recita) em nome do teu Senhor que criou;
2 – Criou o homem de um coágulo;
3 –Recita e o teu Senhor é o mais generoso;
4 – Que ensinou com a caneta;
5 – Que ensinou ao homem aquilo que ele não sabia”. Cur’ane 96. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) respondeu ao anjo de que não sabia ler. Mas o anjo pressionou-o e ele acabou por recitar e reter as primeiras palavras da revelação.

Os que estiveram ao lado dos Profetas também foram agraciados por Deus, que lhes deu certas capacidades físicas, intelectuais e espirituais, para suportarem os enormes sacrifícios, necessários para ajudarem a divulgação da palavra Dele. Foi também o caso dosSahabas (Radiyalahu an-huma) – Que Deus esteja satisfeito com eles – Companheiros do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Especializaram-se nas diversas áreas religiosas. Muitos deixaram os seus bens e as suas famílias e deslocaram-se para terras distantes, para a divulgação do Isslam. Yahya Ibn Khatir (Radiyalahu an-hu), referiu: “A procura do ilm e o conforto, não podem estar juntos”. Eles reuniam-se num local, denominado de Ass-Hábus Suffa (Pavilhão dos Sahabas). Neste momento, o local encontra-se dentro da Mesquita do Profeta, em Madina, e de fácil reconhecimento, por ser um local saliente, acima do nível do chão e bem visível. Os Sahabas reuniam-se de dia e de noite, para aprendizagem e eram enviados para outros locais, para ensinarem a religião. Eles juraram manter-se junto do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Eram materialmente pobres, mas ricos em ilm religioso. O número deles era de cerca de 100 e neles estava incluído o Sahaba Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), muito conhecido pela transmissão de inúmeros hadices. Várias são as narrativas, referindo a bravura, a dedicação e o sacrifício dos Sahabas, perante Deus e Seu Profeta.

Uma prece muito utilizada pelos muçulmanos رَّبِّ زِدۡنِى عِلۡمً۬ا “Rabbi zidni ilm” – Ó meu Senhor, aumentai-me o conhecimento”. Surat TA HÁ. De acordo com Ibn Abbas (Radiyalahu an-hu), no início da revelação, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) sentia uma grande ânsia e esforço para acompanhar e reter a revelação que o anjo lhe transmitia. Ele movia a língua e apressava-se a recitar o que lhe era transmitido. Foram então revelados alguns ayates: “…Não te apresses com o Alcorão, antes que a sua inspiração te seja concluída. Outrossim, diz: Ó Meu Senhor, aumentai-me o conhecimento”. 20:114 Também no capitulo 75, os versículos 16 a 19, referem-se à mesma advertência. Deus instruiu ao Profeta para seguir atentamente a recitação do anjo Jibrail e só depois é que deveria repetir as palavras. Deus deu ao Profeta, a capacidade de reter e transmitir as revelações. Segundo Ibn Uyaynah, o Profeta não deixou de melhorar os seus conhecimentos até que Deus, o Altíssimo, o levou.

Outra fonte de inspiração para a procura do ilm e do conhecimento em geral, é o exemplo de Luqman, negro e antigo escravo. Um verdadeiro sábio, que teve o privilégio de ser referido no Cur’ane, através de um capítulo com o seu próprio nome. Não era um Profeta, mas Deus agraciou-lhe com a sabedoria e com o conhecimento mundano e divino, conforme o seguinte versículo: “Agraciamos a Luqman com a sabedoria, (dizendo-lhe): Agradece a Deus, porque quem agradece, o faz em benefício próprio” Cur’ane 31:12 . Luqman colocava esses mesmos conhecimentos na prática, transmitindo-os aos ricos, necessitados, reis e juízes.

Um Bom Dia de Juma,

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

O ILM (A PROCURA DO CONHECIMENTO):


بِسۡمِ اللهِ الرَّحۡمٰنِ الرَّحِيۡمِ  - رَبِّ اشۡرَحۡ لِىۡ صَدۡرِىْ ۙ‏ ﴿۲۵﴾ وَيَسِّرۡ لِىۡۤ اَمۡرِىْ ۙ‏ ﴿۲۶﴾ وَاحۡلُلۡ عُقۡدَةً مِّنۡ لِّسَانِیْ ۙ‏ ﴿۲۷﴾ يَفۡقَهُوۡا قَوۡلِیْ
Bismilahir Rahmani Rahim “Rabbis sherah li sadrí; uias ssir li amrí; uahlul uqdatan min lissani; iáfkahú kauli”. - Ó Senhor meu, dilata-me o peito; facilita-me a tarefa; e desata o nó da minha língua; para que compreendam a minha fala.” 20: 25 a 28.

A palavra árabe “ilm”, é por norma traduzida por “conhecimento” - “knowledge”. Mas “ilm”, tem um significado muito amplo, pois abrange, nomeadamente, a informação acerca de algo divino ou terreno, mais acção do que a teoria, a procura do conhecimento e a educação. Por isso a civilização islâmica dá a palavra “ilm”, uma forma distinta. Nenhuma outra religião deu tanta importância ao “ilm”. Porque o Islão é o caminho para o conhecimento, as palavras ilm, caneta, escrever, livro e seus derivados, são referidos centenas de vezes no Cur’ane e nas tradições do Profeta. “Nun. Pelo cálamo (caneta) e pelo que com ela escrevem”. Cur’ane 68:2. A caneta e o livro, são essenciais para a procura do conhecimento. A primeira revelação do Cur’ane, começa com a palavra “iqra” (leia - recite).

...Poderão equiparar-se os sábios com os ignorantes?”..” refere o Cur’ane, 39:9. Os pais têm a obrigação de criarem condições para que os seus filhos obtenham conhecimentos escolares e religiosos. Alguns pais preocupam-se que os seus filhos só aprendam os conhecimentos mundanos. Outros só com o ilm religioso. As duas componentes são importantes para formar um jovem para que no futuro, possa vir a ter uma contribuição para o desenvolvimento do seu país. Felizmente, já vemos muitos jovens formados em diversas áreas universitárias e simultaneamente, graduados em diversos ramos do ilm religioso (Hafez, Muftis, Alimos, etc..). É uma satisfação para os pais, pois é a melhor herança que podem deixar para os filhos. “Quando um homem morre, as suas acções chegam ao fim, com excepção de três actos: a caridade contínua, o conhecimento que transmitiu, o qual as pessoas continuarão a beneficiar e um filho piedoso que rezará para ele”. * (1).

Mesmo depois de terminada a época da escolarização obrigatória, devemos dedicar um pouco do nosso tempo, para relembrarmos e aumentarmos os nossos conhecimentos religiosos e de tudo o que nos rodeia. A mente humana tem uma capacidade extraordinária para armazenar informações, para recordarmos mais tarde. Errar, é próprio do ser humano e a perfeição só a encontramos em Deus, o verdadeiro Haquim (Sábio). Com o passar dos anos, a nossa memória acaba por falhar e esquecemos parte ou totalidade do que aprendemos. Por isso, devemos treinar a nossa mente, em especial relembrar os conhecimentos religiosos, para uma oração perfeita. A procura do conhecimento em geral, é uma obrigação das mulheres e dos homens. “Não é permita a inveja, excepto em 2 situações: A pessoa a quem Deus deu riqueza e ele a utiliza no bom caminho e a pessoa a quem Deus deu a sabedoria (por exemplo a religiosa) e que dá as suas decisões em conformidade e transmite aos outros”. *(2). O muçulmano deve preocupar-se em ensinar o seu semelhante, mas também deverá ter humildade em aprender com os outros. “Os sábios são herdeiros do Profeta” *(3).

Se não encontrarmos condições nas nossas localidades, para aumentar os nossos conhecimentos académicos ou religiosos, devemos procurar o ilm noutras paragens. “Procurai a sabedoria, mesmo se para isso tiverdes de viajar até à china” *(4). Encontramos no Islão, o incentivo para o combate à ignorância e ao analfabetismo. Só assim é que os muçulmano poderão contribuir com o desenvolvimento dos países onde se encontram a viver, de maioria muçulmana ou não. Temos a obrigação de contribuir para o desenvolvimento do mundo, como forma de erradicarmos a ignorância e a pobreza. Para efectuar a Oração, o pilar importante do Islão, o muçulmano deverá conhecer todas as regras, sem as quais a oração será considerada inválida. Nada obterá, senão o cansaço e a insatisfação de Deus. Não há oração sem o ilm, o conhecimento religioso. “Entre os Seus servos, somente os sábios temem verdadeiramente a Deus.” Cur’ane 35:28. 

Os muçulmanos viveram uma época de esplendor numa altura em que o resto da Europa e do mundo, viviam nas trevas. As pessoas de todo o mundo deslocavam-se a Bagdad, Cairo, Córdova, Damasco e outras cidades, à procura do ilm. “Quem viajar a procura doilm, Deus facilitar-lhe-á o caminho para o paraíso e os anjos estenderão as suas asas em honra do viajante.” *(5). Na altura, os muçulmanos preocuparam-se no desenvolvimento do conhecimento religioso e científico, vivendo em paz com outras culturas e religiões. Após o pôr do sol, a escuridão invadia as ruas da Europa, com a excepção de Córdova, onde as casas e as vias públicas eram iluminadas, não só pelas luzes artificiais, mas também pelas luzes do conhecimento e da sabedoria.

Apesar de todas as capacidades demonstradas pelo ser humano, para aumentar os seus conhecimentos, chegará o tempo das trevas. As más acções prevalecerão em relação às virtuosas, o adultério será dominante e o homem semeará a corrupção na terra. As religiões fragmentar-se-ão. A confusão ficará instalada. O homem piedoso terá dificuldades em reconhecer quem falará a verdade.“Perto da Hora estabelecida, haverá dias, nos quais o conhecimento religioso será retirado e a ignorância irá espalhar-se. Haverá em abundância, o assassinato de pessoas.” *(6). Será o aproximar da hora final, conforme está previsto no Cur’ane: :“Tudo o que existe na terra perecerá. E só subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo”. 55:26-27.

* Ditos do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam); (1) Relato de Abu Huraira em Muslim; (2) Relato de Ibn Massud em Bhukari; (3) e (4) Relatos de Abú Daúd; (5) Relatos de Muslim, Abú Daúd e At-Tirmizi; (6) Relato de Abu Mussa em Bhukari.

Um bom dia de Juma

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

segunda-feira, março 05, 2012

AL SALAT ( A oração)

Em nome de Allah (SWT), o Clemente, o Misericordioso. Louvado seja Allah (SWT), criador do céu e da terra. Recordamos-nos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençoe e dê paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus queridos irmãos, nosso assunto desta sexta-feira é sobre a oração no islam AL SALAT. A oração é o contato entre o muçulmano e Allah (SWT). Na lei islâmica é a relação diária com o Criador, Allah (SWT) é o único pilar que foi escrito desde o sete céus, quando o profeta (SAAW), foi elevado aos céus com o anjo Gabriel e recebido esta ordem do SALAT. Quem deseja falar com Allah (SWT) é através das orações e quem deseja que Allah fale com ele, que faça a leitura do Livro Sagrado o Alcorão. A oração é mencionada no Alcorão mais de oitenta vezes.

Inúmeros ditos relatam que quando alguém se queixava da pobreza ao profeta, ele aconselhava a pratica regular da oração, e recita-se o versículo 132 da surat TAHA que diz:

« E ordena a teus familiares, com a oração e sê constante, tu também. Não te impomos ganhares o teu sustento, pois Nós te proveremos. A recompensa é dos devotos. »

A oração para o profeta, e seus companheiros era um refugio para qualquer coisa, mesmo que seja da vida, mesmo que seja relacionado a pequenas coisas, eles procuravam o refugio na oração. Sempre a oração é usada pelo muçulmano para ajudá-lo em varias situações como na hora de escolher entre dois assuntos, ele faz duas RAKAHS consultando Allah, está oração e conhecida como SALAT ALISTIKARA, também há orações de saudação na mesquita que é a casa de Allah (SWT), há oração de agradecimentos, oração de pedir chuva, oração da ZIKER, isto é, de lembrar do nome de Allah, oração de DUA (suplicar a Allah), outro exemplo é a história do profeta YUSUF (José), que quando estava na cadeia, ele pediu ajuda ao rei, e não pediu ajuda a Allah (SWT), foi motivo de ficar na cadeia alguns anos; também o profeta Jonas, quando recordava do nome de Allah, salvou-se do mar e da baleia.

Caros irmãos, quem abandona, a oração na lei islâmica é pior que roubar beber álcool, adulterar e merece o castigo de Allah nesta vida e após a morte. A oração é no islam como um pilar de uma casa, ou uma tenda, ela fortalece a fé e a religião. Na surat al calam vers 42 e 42 Allah disse:

« No dia em que a perna fica exposta (ou seja, na primeira hora do dia do QUIAMA) em que forem convocados á prostração e não o conseguirem. Seus olhares serão de humilhação, cobertos de ignomínia, porque foram convocados á prostração, enquanto podiam cumpri-la (e se recusaram). »

Também na surat MARIAM, versículo 59 e 60 disse Allah:

« Sucedeu-lhes, depois uma descendência que perdeu a oração, e se entregou ás concupiscências, porem, logo terão o seu merecido castigo. Salvo aqueles que se arrependerem, crerem e praticarem o bem; esses entraram no paraíso e não serão injustiçados. »

A oração como todos os pilares islâmicos são aceitos quando são realizados, com total sinceridade, total humildade a Allah (SWT), e que não seja para mostrar e esperar recompensas de outros humanos. Faz parte da verdadeira religião se preocupar de saber, estudar bem o Alcorão, realizar o WUDU (ablução) antes de ficar perante Allah, e sabe as quantidades de RAKAS, seus horários e a direção da QUIBLA (Meca).

A oração ela nunca pode deixar de se realizar mesmo se estiver viajando ou doente. Há lugares no qual a oração tem valor maior como se for realizada na mesquita de Meca, Madina e Quds (Jerusalém) ou no campo de guerra. Como há alguns meses que também são mais importantes como o mês de Ramadan , as orações que são realizadas a noite ou no dia de Sexta-feira.

Irmãos vale lembrar que a oração de Sexta-feira (JUMAAH) são duas RAKAS e não quatro como na oração do ZOHR e que o Sermão do Cher equivale as outras duas Rakas, não pode falar, nem cumprimentar , quem faz isto é como se estivesse falando dentro da oração.

ASSALAMO ALEIKOM.
Samyr - Centro Islâmico de Brasília DF -02/03/2012

quinta-feira, março 01, 2012

As 7 pessoas que serão acomodadas na sombra da Misericórdia de Deus - TERCEIRA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalamo) disse: “Há sete tipo de pessoas que serão acomodadas por Deus, na sombra da Sua Misericórdia, no Dia em que não haverá mais nenhuma sombra, excepto a Sua: 
1) – O Rei justiceiro;
2) – O jovem que passou a sua juventude na adoração de Deus;
3) – A pessoa cujo íntimo esteja ligado ao Masjide;
4) – Aquelas duas pessoas que por Deus se amam, que se reúnem por Sua causa e por causa Dele se separam;
5) – A pessoa que foi exposta à tentação por uma mulher bela e recusou, dizendo: “Eu temo a Deus”;
6) – A pessoa que dá esmola e que a mão que dá (a direita), o faz com tanto secretismo, que a outra mão não sabe;
7) – A pessoa que recorda a Deus na solidão, deitando lágrimas.

3 ) – A pessoa cujo intimo está ligado ao Masjide (Mesquita)

O Masjide (Mesquita), é o local de adoração para os muçulmanos. “Sabeis que Almasjid são casas de Deus; não invoqueis, pois, ninguém, juntamente com Deus”. Cur’ane 72:18. Desde a antiguidade, é um lugar de muita importância espiritual para a humanidade. A primeira Casa de Deus (Caaba), foi construída pelo nosso pai Adam (Aleihi Salam), reconstruída pelo Profeta Ibrahim, com a ajuda do seu filho Esmael (Que a Paz de Deus esteja com eles). Mais tarde, purificada pelo Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Quando Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), se retirou de Maka para Madina, por causa da perseguição movida pelos idólatras de Maka, ao chegar na cidade de acolhimento, a sua primeira preocupação foi edificar um Masjid, tendo participado na respectiva construção. Foi o primeiro Masjid edificado, depois da era do Isslam. A importância do Masjid foi referido pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), no seguinte hadice: “Quem construir um Masjid, com a intenção de obter recompensas por parte de Deus, Deus irá construir para ele, uma casa no Paraíso”. Bukhari e Muslim.

Um Masjid é um local de adoração a Deus, mas também de aprendizagem religiosa. 

Na Mesquita do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), havia um pequeno lugar, onde se reuniam os seus companheiros (Que Deus esteja satisfeito com eles), para receberem formação na interpretação do Cur’ane e de outros ensinamentos religiosos. A partir desta Mesquita, foram enviados para diversos locais, para transmitirem a mensagem do Deus Único. É meritório realizarem-se casamentos nos Masjids.

Todos os lugares limpos são locais dignos para adoração a Deus, No entanto, Deus conferiu às mesquitas um lugar de destaque para adoração. Várias são as exortações dadas pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), referindo as virtudes de frequentarmos as Casas de Deus. Quanto entrarmos na Mesquita, antes de nos sentarmos, devemos efetuar duas rakates (ciclos de orações), de “Tahiatul Masjid” – “Saudação” ao Masjid”. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quanto aquele que fizer a ablução correctamente em sua casa, em seguida for a uma Casa de Deus para realizar uma das orações obrigatórias, saiba que, por cada passo que der, ser-lhe-á perdoada uma falta ou ele será elevado em um grau”. Muslim. Outra importância das Mesquita, é-nos transmitida pelo seguinte Hadice narrado por Abu Huraira (Radiyalahu an-hu): “Um cego (Ibn Ummu Mactum) (Radiyalahu an-hu) foi ter com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e pediu autorização para fazer as orações em casa, porque não tinha ninguém que o acompanhasse à mesquita. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) acedeu ao pedido. Mas quando o cego se estava a retirar, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) o chamou e perguntou se conseguia ouvir o Adhan (chamamento para a oração). O homem respondeu afirmativamente. Então foi-lhe dito para responder à chamada (dirigir-se à Mesquita). Muslim.

Nas orações em congregação, as recompensas são superiores a 25 ou 27 vezes mais, em relação às realizadas em casa. Os crentes ficam perfilados ombro a ombro, não interessando quem está ao lado de quem. As atenções estão viradas somente para o Criador. O crente cujo coração está ligado à Mesquita, preocupa-se em permanecer na Casa de Deus, aguardando a oração seguinte. Enquanto espera, recita o Cur’ane, faz o Zikr (recorda e louva a Deus). O crente sente uma satisfação quando se encontra dentro da Mesquita ao contrário do hipócrita que sente-se incomodado e enclausurado. Aproveita para ouvir dos Álimos, baianes (explicações religiosas) sobre diversos temas. Assim, é como se estivesse permanentemente em oração e também em constante alerta. Que grande mérito para o crente que assim procede, na certeza de que no Dia do Juízo Final, Deus o acomodará na Sua sombra e o destinará ao Paraíso.

Encontramos no seguinte hadice, a importância da oração em congregação na Mesquita e de a efetuarmos na primeira fila: “Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Apóstolo de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Se as pessoas soubessem a recompensa de se pronunciar (ouvirem) o adhan (chamamento para a oração) e de (se preocuparem em) ocupar a primeira fila (na oração em congregação). 

E se não conseguissem outra maneira de a encontrar (a primeira fila), senão por sorteio, eles o fariam por sorteio, e se eles soubessem as recompensas da oração do Zuhr (efectuada no momento exato do seu tempo), eles se apressariam a executá-la, e se eles soubessem que a recompensa das orações de Isha e de Fajr feitas em congregação (na mesquita), as cumpririam, mesmo que tivessem que (ir a) rastejando”. Bukhari 11:589.

In Sha Allah, continua na próxima semana. Um bom dia de Juma

Cumprimentos,

Abdul Rehman Mangá

01/03/2012

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

A L M A D I N A - A BONDADE INATA

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 27.02.2012

Certa vez, um santo estava sentado a beira de um rio, onde queria fazer ablução (wudhu) para cumprir uma oração (salaat). 

Ao estender a sua mão em direção à água viu um escorpião que tentava sair do rio, mas as pequenas ondas que se formavam na margem não lhe permitiam. 

Ao ver isso, sentiu alguma pena e pensou em ajudá-lo, pois tratava-se de uma criatura de Deus. Ato contínuo, meteu a mão na água, e assim que pegou o escorpião para o retirar, este ferrou-lhe. A dor do ferrão cravado no seu dedo foi tão forte, que o santo imediatamente o largou, e na tentativa de minimizar a dor que sentia, começou a massajar o local afetado. Em seguida estendeu de novo a mão para a água para fazer ablução, mas de novo viu o mesmo escorpião lutando com as ondas na tentativa de sair do rio. O santo, julgando ser sua obrigação fazer o bem sem olhar a quem, estendeu de novo a mão em direção ao escorpião para salvá-lo. Assim que pegou nele, o bicho voltou a ferrar-lhe, obrigando-o assim a largá-lo. A segunda ferroada foi mais dolorosa que a primeira. 

Depois de algum tempo voltou a estender a mão em direção à água para iniciar a ablução, e viu outra vez o escorpião naquela situação aflitiva. Preocupado com o bicho, fez uma terceira tentativa para tirá-lo da água, mas pela terceira vez voltou a sentir a forte dor da ferroada do lacrau. 

Entretanto, sentado a uma curta distância e assistindo àquela cena, estava um jovem, que não resistiu e foi ter com o santo e perguntou: “O que se passa consigo, está maluco”? O santo respondeu: “Qual é o problema”? O jovem retorquiu: “Então deixa que o escorpião lhe ferre repetidamente e insiste em querer salvá-lo”? O santo disse: “Tem razão, mas pensei que sendo este um escorpião, Deus pôs no seu instinto e na sua natureza o cravar o seu ferrão em todo aquele que constitua ameaça. Todavia, eu sou seguidor do Profeta Muhammad, S.A.W., que foi enviado como misericórdia para o Mundo, e Deus colocou no meu instinto, o servir e ajudar a criatura de Deus. E continuo a pensar que, se o escorpião não pode abdicar do seu instinto maldoso, porque razão terei eu que renunciar do meu instinto bondoso”? 

De fato, todo o mal e todo o bem no Mundo são praticados na base do instinto. Há pessoas que são más por instinto, pois só sabem fazer mal. Mesmo que sejam presas, passando anos na prisão, quando saem voltam ao mundo do crime, pois o mal está no instinto dessas pessoas. 

Certa vez o Profeta Jesus (que a paz esteja com ele) estava caminhando na companhia dos seus discípulos, e passou por algumas pessoas que por sinal eram suas inimigas. Essas pessoas começaram a insultá-lo, a dizer mal dele. Mas em troca, Jesus começou a orar a seu favor. Os seus discípulos, estranhando esta atitude do seu Mestre, disseram: “Senhor! Eles estão a insultá-lo”! Então Jesus disse: “Cada um gasta o que tem. Eles só têm o mal, e eu só tenho o bem”. 

Infelizmente, na nossa era, quer parecer que os maus é que detêm o domínio de tudo. É difícil ver nas nossas sociedades gente que seja capaz de amparar os destituídos, de se levantar em defesa dos injustiçados, de ajudar os fracos, de consolar os órfãos, de estender a mão às viúvas, de confortar os corações entristecidos, de compartilhar a dor dos pobres, de proporcionar tecto aos desprovidos de casa. 

Ao invés de se manietarem as mãos dos opressores e injustos, o que vemos é gente a dar-lhes apoio e cobertura no cometimento de mais opressão e injustiça. 

O Profeta Muhammad S.A.W. disse: “Ajude o seu irmão, seja ele opressor ou oprimido”. Então alguém observou: “Ó Mensageiro de Deus! Compreendemos que tenhamos que ajudar o oprimido. Mas como é que se pode ajudar o opressor”? O Profeta respondeu: “Ao impedi-lo de cometer opressão e injustiça. Isso é que é ajudá-lo”! (Al-Bukhari; Musslim) 

Hoje, no sistema ocidental, infelizmente destruiu-se o sistema familiar, criando-se no seu lugar uma barreira entre os velhos pais e seus filhos, degolando-se à luz do dia, o carinho paterno, e a ternura e afeto maternos. 

A sombra carinhosa dos velhos pais é uma grande bênção e um tesouro. É nela que os filhos angustiados se refugiam e resolvem muitos dos assuntos complicados com que se deparam, e onde as lanternas acesas encontram o caminho com os seus valiosos conselhos, e os nós complicados da vida se desfazem. 

Por outro lado, o pai e a mãe, quando ficam velhos, querem usufruir do fruto da árvore que plantaram. Precisam de companhia e os filhos são um escudo e apoio, para onde eles se podem inclinar. É claro que ninguém pode servir os pais melhor que os seus próprios filhos. 

Essa civilização ocidental eliminou e arrumou os pais velhos, fechando-os “enclausurando-os” em lares de idosos. Tudo isso atenta contra os ensinamentos islâmicos. 

No Al-Qur’án, em vários versículos, Deus ordena-nos a tratar com bondade os nossos pais, abstendo-nos de os maltratar. E considera a sua satisfação como se da satisfação de Deus se tratasse. Tomemos como exemplo o Cap. 23, Vers. 24: 

“O teu senhor decretou que não deveis adorar a ninguém, a não ser a Ele; E que deveis ser bondosos para com os vossos pais. Se a velhice atingir um deles ou ambos, em vossa companhia, não dizei ‘uff” por irritação. Nem os ralheis, mas falai-lhes com palavras generosas (com respeito). E, por misericórdia, submetei-vos perante eles com humildade e dizei: “Senhor meu! Tem pena deles, assim como eles tiveram pena de mim, ao me criarem quando eu era pequenino”. 

O Profeta Muhammad S.A.W. também nos ordenou a tratarmos bem os nossos pais, a falarmos com respeito com eles, abstendo-nos de lhes dirigir ofensas ou causar-lhes mágoa, nem desobedecer. Disse até, que o Paraíso está debaixo dos pés das mães. E mais. Ordenou-nos a tratar bem os nossos empregados (homens ou mulheres) alimentando-os com aquilo com que nos alimentamos, e vestindo-os daquilo com que nos vestimos. 

Quão bons são os ensinamentos que Deus e o Seu Mensageiro nos transmitem! 

Para onde, então, as pessoas se desviam? 

A prisão não são apenas as paredes, os cadeados, as portas e janelas gradeadas, e as restrições impostas ao recluso. A verdadeira prisão é envergonhar e humilhar o seu semelhante, e fazê-lo sentir que está a mais e que não tem nenhuma importância, esteja ele vivo ou morto, satisfeito ou zangado, perto ou longe

"A hereditariedade e a boa educação têm uma grande influência na bondade inata". 

domingo, fevereiro 26, 2012

O calendário islâmico

Os Árabes utilizam dois calendários: O islâmico: para o quotidiano e os propósitos religiosos; O gregoriano: para assuntos civis e comerciais.


Vejamos as diferenças e vamos conhecer o calendário islâmico.

O ano gregoriano, adotado também no Brasil, corresponde a um giro da Terra em torno do Sol, tem 365 ou 366 dias, divididos em 12 meses de 28 a 31 dias, e seu calendário tem início no ano de nascimento do Cristo.

O Calendário Islâmico, ou calendário da Hijra, ou Hégira, cujo significado é migração, é lunar, isto é, organizado com base na revolução da Lua em torno da Terra. Um mês equivale ao ciclo entre duas luas novas e realizado em 29 dias, 12 horas e 40 minutos. O calendário lunar tem 354 ou 355 dias, divididos em 12 meses, 6 de 29 dias e 6 de 30 dias e se inicia no dia em que o Profeta Muhammad (SAAS1) migrou da Meca para Medina, a fim de escapar às perseguições de seus adversários e continuar a proclamar as Revelações. O primeiro dia da Hijra corresponde ao dia 16 de julho de 622 DC no calendário gregoriano.

Assim, o ano islâmico é 11 dias mais curto do que o ano gregoriano, fazendo com que o calendário inicie mais cedo a cada ano, quando comparado ao gregoriano. Ele também precisa ser ajustado com um dia adicional nos anos “bissextos”. Nestes anos, chamados “anos abundantes”, o mês de Thu al-Hijjah, que normalmente tem 29 dias, passa para 30 dias no 2º, 5º, 7º, 10º, 13º, 16º, 18º, 21º, 24º, 26º e 29º ano a cada ciclo de 30 anos.



Os meses do calendário islâmico são:

Nome do mêsNº diasSignificado
Muharram30Mês sagrado
Safar29Mês da partida (viagem)
Rabi' al-Awwal301º mês da Primavera
Rabi' al-Thaani292º mês da Primavera
Jumada al-Awwal301º mês da seca
Jumada al-Thaani292º mês da seca
Rajab30Mês do respeito e da abstinência
Sha'bán29Mês da germinação
Ramadhán30Mês do grande calor
10ºShawwál29Mês do acasalamento dos animais
11ºThu al-Qa'dah30Mês do descanso
12ºThu al-Hijjah29Mês da peregrinação

O dia muçulmano começa no instante em que se distingue um fio de linha branca de um fio preto e termina com o pôr do Sol, no instante em que os dois fios se confundem. Nos países islâmicos, o dia consagrado ao repouso, equivalente ao domingo dos países ocidentais, é a sexta-feira. A maioria dos países islâmicos adotou a semana de cinco dias, e, portanto, não se trabalha sexta e sábado, na maioria deles, ou quinta e sexta em alguns, como na Arábia Saudita.

Embora os conhecimentos de hoje permitam determinar com exatidão o movimento dos astros, os muçulmanos preservam suas tradições e as datas importantes, como o início do mês de Ramadhán, são definidas pela observação direta dos astros celestes. Todo mês lunar começa quando uma tênue lua nova é percebida no céu, depois do pôr-do-sol. O Qur'an (Al Corão, livro sagrado dos muçulmanos) determina que os fiéis iniciem o jejum do mês sagrado de Ramadhán após observação, a olho nu, da lua nova que marca o inicio do nono mês do calendário. A tradição estabelece que tal observação deve ser feita por duas testemunhas idôneas e piedosas, que comunicam o fato às autoridades islâmicas que decretam, então, o início do jejum.

Cálculo aproximado

Para fazer um cálculo aproximado do ano da Hijra correspondente a um determinado ano gregoriano:

subtrai-se 622 (ano da Hijra) do ano gregoriano.

multiplica-se o resultado por 1,031, resultado do número de dias do ano gregoriano dividido pelo número de dias do ano lunar.

Por exemplo:

O ano de 2005 corresponde a 2005 - 622 = 1383 ? 1383 x 1,031 = 1425,873

Portanto o ano gregoriano de 2005 corresponde aos anos 1425 / 1426 islâmicos.

Principais feriados e suas datas no calendário gregoriano


Feriado (*)2007200820092010
Eid Ra’s as Sana (Ano novo)Jan 20Jan 1028 Dez (2008)17 Dez (2009)
Mawlid al-Nabi (Aniversário do Profeta)Mar 31Mar 20Mar 9Fev 26
Inicio do Ramadán (Início do mês de jejum)Set 13Set 2Ago 22Ago 11
Eid al-Fotr (Festa do desjejum)Out 13Out 2Set 21Set 10
Eid al-Adha (Festa do sacrifício)Dez 20Dez 8Nov 28Nov 17
*Nota: As datas listadas são projeções para efeito meramente ilustrativo. Para compromissos sociais ou comerciais, recomenda-se confirmá-las.

As datas mais importantes do ano islâmico 

Lailat Al-Miraj (27 de Rajáb): Nessa data se comemora a miraculosa viagem que o profeta Muhammad (SAAS1) efetuou, um ano antes da Hijra, montado em lendário animal trazido pelo Anjo Gabriel. Em uma noite, o Profeta viajou por diversos lugares, dos quais o mais relevante foi Jerusalém, onde, em rocha sobre a qual hoje se assenta célebre mesquita, ascendeu por uma escada ao Paraíso, onde teve o privilégio de falar com Deus. 

Mês do Ramadhán (1 a 30 de Ramadhán): Período de sacrifício em que os fiéis estão proibidos de comer, de beber e de quaisquer outras atividades carnais, do nascer ao pôr-do-sol, podendo fazê-lo somente à noite. Não é propriamente um feriado, mas nesse período os negócios sofrem sensíveis interrupções. 

Eíd Al-Fitr (1 a 3 de Shawwál): Feriados em que se comemora o término do mês de jejum. 

Período do Hajj (1 a 10 de Thu al-Hijjah): Período em que os muçulmanos, de todo o mundo, cumprem o dever de peregrinar à Meca. Obrigação a realizar, pelo menos uma vez na vida, como um dos cinco preceitos básicos de vida piedosa. A rigor, o período do Hajj (peregrinação) dura uma semana, mas a movimentação, na Meca, começa antes e termina depois dele. Nessa época, a Arábia Saudita recebe quase dois milhões de peregrinos, cessando todos os negócios com estrangeiros. 

Eid Al-Adha (10 de Thu Al-Hijjah): a mais importante data do calendário islâmico, quando os muçulmanos se congratulam, tal como os cristãos fazem entre si no Natal. A data lembra a ocasião em que o Profeta Ibrahím (Abrahão), cumprindo a ordem de Deus de sacrificar seu próprio filho, em demonstração de sua fé. Deus impediu o Profeta de consumar o ato, no último momento, lhe enviando um cordeiro para tanto. A pedra negra, sobre a qual Ibrahím ia executar o sacrifício do próprio filho, está na Meca, no centro da Kaabah, monumento em cuja direção todos os fiéis do mundo se voltam nas cinco orações diárias. 

Eid Ra's As-Sana (1 de Muharram): O dia de Ano Novo muçulmano. Achura (10 de Muharram): Dia do martírio do Imán Hussein Ibn Áli Ibn Abu Tálib, neto do Profeta Muhammad (SAAS1), comemorado pelos Shiítas. 

Eid-Al-Maulid An-Nabawi (12 de Rabi´ al-Awwal): Data do nascimento do Profeta Muhammad (SAAS1). 

Lailat al Miraj (27 de Rajab): Noite em que o Profeta Muhammad (SAAS1) viajou (Isra) da Meca à "mesquita distante" (al-masjid al-aqsa) em Jerusalém, acompanhado pelo Anjo Gabriel. De Jerusalém, Ele ascendeu ao céu (Miraj) onde dialogou com profetas anteriores antes de encontrar-se com Deus. 

Lailat al Qadr (27 de Ramadhán): Noite da glória e poder em que o Qur’an (Livro Sagrado) foi revelado ao Profeta Muhammad (SAAS1), “é melhor que mil meses” durante esta noite os anjos, incluindo o Anjo Gabriel, descem com a permissão de Deus, Noite de paz até o romper do dia. Estas são as principais datas e comemorações entre os muçulmanos. Existem ainda outras datas. Para compromissos sociais ou comerciais, recomenda-se obter maiores informações sobre os feriados religiosos do país de interesse. 

Detalhes 

Considera-se o começo de um novo mês quando um observador vê, pela primeira vez e a olho nu, o crescente lunar, depois de uma Lua Nova. Apesar do cálculo da Lua Nova ser bastante preciso, a visibilidade do crescente é muito mais difícil de predizer. Depende de fatores como as condições do tempo, as propriedades óticas da atmosfera e a localização do observador. Portanto, as datas podem variar de acordo com a cidade – e, normalmente varia - e é muito difícil fazer a previsão de quando um novo mês terá início. Este fato gera problemas, no mínimo, curiosos. Um deles é a impossibilidade de se imprimir calendários antecipadamente. 

O segundo Califa, sucessor do Profeta, Omar (RAA) , que governou de 634 a 644, estabeleceu como norma o dia 1º de Muhharram como 1º dia do ano e a contagem dos anos começando pela Hijra, como prescrevia o Qur'an (Corão ou Alcorão). Assim, a Era Islâmica começou no dia 16 de julho de 622, que é o dia 1 de Muhahham do ano 1 A.H (Anno Hegirae, ano da Hégira). 

Embora na vida diária o calendário gregoriano seja mais comum, bilhões de muçulmanos usam o calendário lunar islâmico (hijri) para determinar os principais dias de observância dos preceitos religiosos islâmicos, a exemplo do início e final do mês de Ramadhán, início e final de cada ano, ou o Dia do Sacrifício (Eid al-Adha). O calendário solar, que considera o tempo decorrido para que a Terra complete uma volta em torno do sol, está sintonizado com o ciclo das estações (primavera, verão, outono e inverno). Como o ano lunar é mais curto do que o ano solar, os meses acabam se deslocando em relação às estações do ano. Assim, há fases em que o Ramadhán cai no inverno, e outras em que ocorre na época mais quente do verão, o que torna a observância do jejum mais dura para os muçulmanos, em regiões onde a temperatura pode chegar aos 50ºC.1SAAS: Salaláhu Aleihi ua salam: que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah estejam sobre ele.