segunda-feira, junho 04, 2012

Será que os Livros Sagrados, Alcorão e Bíblia Confirmam a Divindade atribuída a Jesus AS?

Cristãos e muçulmanos acreditam em Jesus, o amam e honram. Entretanto, estão divididos em relação à sua divindade.

Felizmente essa diferença pode ser resolvida se referirmos a questão tanto à Bíblia quanto ao Alcorão, porque tanto a Bíblia quanto o Alcorão ensinam que Jesus não é Deus.

Está claro o bastante para todos que o Alcorão nega a divindade de Jesus e, por essa razão, não precisamos despender muito tempo explicando isso.

Por outro lado, muitas pessoas não entendem a Bíblia. Sentem que a crença em Jesus como Deus é tão propagada que deve ter vindo da Bíblia. Esse artigo mostra de forma muito conclusiva que a Bíblia não ensina isso.

A Bíblia claramente ensina que Jesus não é Deus. Na Bíblia Deus é sempre outro além de Jesus.

Alguns dirão que algo que Jesus disse ou fez durante sua estada na terra prova que ele é Deus. Mostraremos que os discípulos nunca chegaram à conclusão de que Jesus é Deus. E aquelas foram pessoas que viveram e caminharam com Jesus e, portanto, sabiam em primeira mão o que ele disse e fez. Além disso, nos é dito em Atos dos apóstolos na Bíblia que os discípulos estavam sendo guiados pelo Espírito Santo. Se Jesus é Deus, certamente eles deviam saber. Mas não sabiam. Continuaram adorando o único e verdadeiro Deus que era adorado por Abraão, Moisés e Jesus (ver Atos 3:13).

Todos os escritores da Bíblia acreditavam que Deus não era Jesus. A ideia de que Jesus é Deus não se tornou parte da crença cristã até após a Bíblia ser escrita e muitos séculos se passaram até se tornar parte da fé dos cristãos.

Mateus, Marcos e Lucas, autores dos três primeiros evangelhos, acreditavam que Jesus não era Deus (ver Marcos 10:18 e Mateus 19:17). Acreditavam que ele era o filho de Deus no sentido de ser uma pessoa virtuosa. Muitos outros também são igualmente chamados filhos de Deus (ver Mateus 23:1-9).

Paulo, considerado o autor de treze ou quatorze cartas na Bíblia, também acreditava que Jesus não é Deus. Para Paulo Deus primeiro criou Jesus e então usou Jesus como agente para criar o resto da criação (ver Colossenses 1:15 e 1 Coríntios 8:6). Idéias semelhantes são encontradas na carta aos Hebreus e também no evangelho e cartas de João, compostos setenta anos depois de Jesus. Em todos esses escritos, entretanto, Jesus continua uma criatura de Deus e, como tal, para sempre subserviente a Deus (ver 1 Coríntios 15:28).

Porque Paulo, João e o autor de Hebreus acreditavam que Jesus foi a primeira criatura de Deus, parte do que escreveram mostra claramente que Jesus era um poderoso ser preexistente. Isso é com freqüência entendido de forma equivocada que ele deve ter sido Deus. Mas dizer que Jesus era Deus é ir contra o que esses mesmos autores escreveram. Embora esses autores tivessem essa crença posterior de que Jesus era superior que todas as criaturas, também acreditavam que ele continuava inferior a Deus. De fato, João cita Jesus dizendo: “... o Pai é maior que eu.” (João 14:28). E Paulo declara que a cabeça de toda mulher é seu marido, a cabeça de todo homem é Cristo e a cabeça de Cristo é Deus (ver 1 Coríntios 11:3).

Conseqüentemente, encontrar algo nesses escritos e alegar que ensinam que Jesus é Deus é utilizar e citar de forma errônea o que esses autores disseram. O que escreveram deve ser entendido no contexto de sua crença de que Jesus é uma criatura de Deus como eles disseram claramente.

Vemos então que alguns dos escritores posteriores tinham uma visão superior de Jesus, mas nenhum dos escritores da Bíblia acreditava que Jesus é Deus. A Bíblia ensina claramente que existe apenas um único Deus, o único a quem Jesus adorou (ver João 17:3).

No restante dos artigos exploraremos a Bíblia mais profundamente e lidaremos com as passagens que são citadas equivocadamente com mais freqüência como provas da divindade de Jesus. Mostraremos, com a ajuda de Deus, que não significam o que com freqüência são usadas para provar.

Atos dos Apóstolos

Jesus realizou muitos milagres e sem dúvida disse muitas coisas maravilhosas sobre si mesmo. Algumas pessoas usaram o que ele disse e fez como prova de que era Deus. Mas seus discípulos originais que viveram e caminharam com ele e testemunharam o que ele disse e fez, nunca chegaram a essa conclusão.

Os Atos dos Apóstolos na Bíblia detalha a atividade dos discípulos em um período de trinta anos após Jesus ser elevado aos céus. Ao longo desse período, eles nunca se referiram a Jesus como Deus. De forma contínua e consistente usam o título de Deus para se referir a outro e não a Jesus.

Pedro se levantou com os onze discípulos e se dirigiu à multidão dizendo:

“Homens de Israel, ouçam: Jesus de Nazaré era um homem aprovado por Deus entre vós por milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis.” (Atos 2:22).

Era Deus, portanto, Quem realizava os milagres através de Jesus para convencer as pessoas de que Jesus era apoiado por Deus. Pedro não viu os milagres como prova de que Jesus é Deus.

De fato, a forma como Pedro se refere a Deus e a Jesus deixa claro que Jesus não é Deus. Porque ele sempre mantém o título de Deus distante de Jesus. Tome as seguintes referências, por exemplo:

“Deus elevou esse Jesus...” (Atos 2:32)

“Deus fez Jesus, que crucificastes, Senhor e Cristo.” (Atos 2:36)

Em ambas as passagens o título de Deus é distanciado de Jesus. Por que ele fez isso, se Jesus era Deus?

Para Pedro Jesus foi um servo de Deus. Pedro disse:

“Deus elevou seu servo...” (Atos 3:26)

O título de servo se refere a Jesus. Isso está claro da passagem anterior na qual Pedro declarou:

“O Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus.” (Atos 3:13)

Pedro deve ter sabido que Abraão, Isaque e Jacó nunca falaram de um Deus trino. Sempre falaram de Deus como o único Deus. Aqui, como em Mateus 12:18, Jesus é o servo de Deus. Mateus nos diz que Jesus era o mesmo servo de Deus mencionado em Isaías 42:1. Então, de acordo com Mateus e Pedro, Jesus não é Deus, mas servo de Deus. O Velho Testamento diz repetidamente que Deus é único (por exemplo, Isaías 45:5)

Todos os discípulos de Jesus tinham essa opinião. Em Atos 4:24 nos é dito que os fiéis oravam a Deus dizendo:

“...eles elevaram suas vozes unanimemente em oração a Deus. ‘Senhor,’ eles disseram, ‘tu que fizestes os céus, a terra e o mar, e tudo que neles há.’”

Está claro que não estão orando para Jesus porque dois versos depois se referem a Jesus como

“...teu santo servo Jesus, ao qual ungiste.” (Atos 4:27).

Se Jesus era Deus, seus discípulos deviam ter dito isso claramente. Ao invés disso, continuaram pregando que Jesus era Cristo de Deus. Em Atos é dito:

“E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.” (Atos 5:42)

A palavra grega “Cristo” é um título humano. Significa “ungido”. Se Jesus era Deus, porque os discípulos se referiam a ele continuamente com títulos humanos como servo e Cristo de Deus e usavam de forma consistente o título de Deus para alguém que ressuscitou Jesus? Temiam os homens? Não! Corajosamente pregavam a verdade sem temer aprisionamento ou morte. Quando confrontados pela oposição das autoridades, Pedro disse:

“Importa antes obedecer a Deus que aos homens. O Deus de nossos pais que ressuscitou Jesus...” (Atos 5:29-30)

Eles não estavam o Espírito Santo? Não! Eram apoiados pelo Espírito Santo (ver Atos 2:3, 4:8 e 5:32). Estavam simplesmente ensinando o que aprenderam de Jesus - que Jesus não era Deus, mas sim servo e Cristo de Deus.

O Alcorão confirma que Jesus era o Messias (Cristo) e que era servo de Deus, (ver Alcorão Sagrado 3:45 e 19:30)

Jesus não é Todo-Poderoso e não é Onisciente

Cristãos e muçulmanos concordam que Deus é Todo-Poderoso e Onisciente. Os evangelhos mostram que Jesus não era todo-poderoso e nem onisciente, já que teve algumas limitações.

Marcos nos diz em seu evangelho que Jesus foi incapaz de fazer qualquer obra poderosa em sua cidade exceto algumas poucas coisas: “Ele não podia fazer ali nenhum milagre, a não ser curar alguns enfermos, impondo-lhes as mãos.” (Marcos 6:5). Marcos nos diz que quando Jesus tentou curar um cego o homem não foi curado após a primeira tentativa, e Jesus tentou uma segunda vez (ver Marcos 8:22-26).

Sendo assim, embora tenhamos um grande amor e respeito por Jesus, precisamos entender que ele não era o Deus todo-poderoso.

O evangelho de Marcos também revela que Jesus tinha limitações em seu conhecimento. Em Marcos 13:32 Jesus declarou que não sabia quando seria o último dia, mas que somente o Pai sabia (ver também Mateus 24:36).

Conseqüentemente, Jesus não podia ter sido o Deus onisciente. Alguns dirão que Jesus sabia quando o último dia ocorreria, mas escolheu não dizer. Mas isso complica ainda mais a situação. Jesus podia ter dito que sabia, mas não queria dizer. Ao invés disso, disse que não sabia. Devemos acreditar nele. Jesus não mente.

O evangelho de Lucas também revela que Jesus tinha conhecimento limitado. Lucas diz que Jesus cresceu em sabedoria (Lucas 2:52). Em Hebreus também (Hebreus 5:8) lemos que Jesus aprendeu obediência. Mas o conhecimento e sabedoria de Deus são sempre perfeitos e Deus não aprende coisas novas. Ele sempre sabe tudo. Então, se Jesus aprendeu algo novo isso prova que ele não sabia tudo antes disso e, conseqüentemente, não era Deus.

Outro exemplo para o conhecimento limitado de Jesus é o episódio da figueira nos evangelhos. Marcos nos diz o seguinte: “E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.” (Marcos 11:12-13).

É claro desses versos que o conhecimento de Jesus era limitado. Primeiro, ele não sabia que a árvore não tinha frutos. Segundo, não sabia que não era a estação para ter expectativa de encontrar figos nas árvores.

Ele podia se tornar Deus depois? Não! Porque existe apenas um Deus e Ele é Deus da eternidade até a eternidade (ver Salmos 90:2).

Algumas pessoas podem dizer que Jesus era Deus, mas tomou a forma de um servo e, conseqüentemente, ficou limitado. Bem, isso significaria que Deus mudou. Mas Deus não muda. Deus disse isso de acordo com Malaquias 3:6.

Jesus nunca foi Deus e nunca será. Na Bíblia Deus declara: “... antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” (Isaías 43:10).

O Mandamento Mais Importante na Bíblia e no Alcorão

Alguns dirão que toda essa discussão sobre a divindade de Jesus é desnecessária. Dizem que o importante é aceitar Jesus como seu salvador pessoal. Ao contrário disso, os escritores da Bíblia enfatizaram que, para ser salvo, é necessário entender quem é Deus exatamente. A incapacidade de entender isso violaria o primeiro e mais importante de todos os mandamentos na Bíblia. Esse mandamento foi enfatizado por Jesus, que a paz esteja sobre ele, quando um professor da lei de Moisés lhe perguntou: “’De todos os mandamentos, qual é o mais importante?’ ‘O mais importante,’ respondeu Jesus, ‘é este: Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.’” (Marcos 12:28-30).

Note que Jesus cotou o primeiro mandamento do livro Deuteronômio 6:4-5. Jesus confirmou não somente que esse mandamento continua válido, mas também que é o mais importante de todos os mandamentos. Se Jesus achasse que era Deus, por que não disse? Ao invés disso, ele confirmou que Deus é único. O homem que questionou Jesus entendeu e o que o homem disse em seguida deixa claro que Jesus não é Deus, porque ele disse a Jesus: “’Muito bem, Mestre,’ respondeu o homem. ‘Com verdade disseste que Deus é um, e fora dele não há outro.’” (Marcos 12:32).

Agora, se Jesus era Deus, ele teria dito isso ao homem. Ao invés disso, deixou o homem se referir a Deus como alguém que não era Jesus e até constatou que o homem falava sabiamente: “E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: ‘Não estás longe do reino de Deus.’” (Marcos 12:34). Se Jesus sabia que Deus é uma trindade, porque não disse? Por que não disse que Deus é um em três ou três em um? Ao invés disso, ele declarou que Deus é único. Imitadores verdadeiros de Jesus o imitarão também nessa declaração da unicidade de Deus. Não acrescentarão a palavra três onde Jesus nunca disse isso.

A salvação depende desse mandamento? Sim, diz a Bíblia! Jesus deixou claro quando um outro homem se aproximou dele para aprender (Marcos 10: 17-29). O homem caiu de joelhos e disse a Jesus: “Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?” Jesus respondeu: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, exceto Deus.” (Marcos 10:17-18).

Ao dizê-lo, Jesus fez uma distinção clara entre si próprio e Deus. Então prosseguiu com a resposta à pergunta do homem sobre como obter salvação. Jesus lhe disse: “Se é que queres entrar na vida, guarda os mandamentos.” (Mateus 19:17, ver também Marcos 10:19).

Lembre que o mais importante de todos os mandamentos, de acordo com Jesus, é conhecer Deus como o único Deus. Jesus também enfatizou isso no evangelho de acordo com João. Em João 17:1, Jesus levantou seus olhos para os céus e orou, dirigindo-se a Deus como Pai. Então no verso três, falou a Deus: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem tu enviaste.” (João 17:3).

Isso prova acima de qualquer dúvida que se as pessoas querem obter a vida eterna devem conhecer o Único, Aquele para quem Jesus orou, o único e verdadeiro Deus, e devem conhecer Jesus como enviado pelo verdadeiro Deus. Alguns dizem que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Mas Jesus disse que o Pai sozinho é o único e verdadeiro Deus. Os verdadeiros seguidores de Jesus o seguirão nisso também. Jesus tinha dito que seus verdadeiros seguidores são aqueles que se apegam aos seus ensinamentos. Ele disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos.” (João 8:31). Seu ensinamento é que as pessoas devem continuar a guardar os mandamentos, especialmente o primeiro mandamento, que enfatiza que Deus é único e que Deus deve ser amado de todo coração e com todas as forças. 

Amamos Jesus, mas não devemos amá-lo como Deus. Hoje muitos amam Jesus mais do que amam Deus. Isso é porque vêem Deus como uma pessoa vingativa que queria puni-los e Jesus como o salvador que os resgatou da ira de Deus. Entretanto, Deus é nosso único salvador. De acordo com Isaías 43:11, Deus disse: “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador.” Deus também disse, de acordo com Isaías 45:21-22: “Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.”

O Alcorão confirma o primeiro mandamento e o dirige a toda a humanidade (ver Alcorão Sagrado 2:163). E Deus declara que os verdadeiros crentes O amam acima de tudo e de todos (Alcorão 2:165).

Paulo Acreditava que Jesus não era Deus

Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo escreveu: “Conjuro-te diante de Deus, e de Cristo Jesus, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas,...” (1 Timóteo 5:21).

Está claro que o título de Deus não se aplica a Jesus Cristo, mas a outro. No capítulo seguinte, ele novamente diferencia entre Deus e Jesus quando diz: “Diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus, que perante Pôncio Pilatos deu o testemunho da boa confissão,...” (1 Timóteo 6:13).

Paulo prossegue falando da segunda vinda de Jesus: “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo;… a qual Deus manifestará no tempo próprio...” (1 Timóteo 6:14-15).

De novo, o título de Deus é deliberadamente afastado de Jesus. Muitas pessoas acham que quando Jesus é chamado de “Senhor” na Bíblia isso significa “Deus”. Mas na Bíblia esse título significa mestre ou professor e pode ser usado para humanos (ver 1 Pedro 3:6).

O que é mais importante, entretanto, é notar o que Paulo disse sobre Deus na seguinte passagem, que mostra claramente que Jesus não é Deus: “aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno.” (1 Timóteo 6:15-16).

Paulo disse que somente Deus é imortal. Imortal significa que ele não morre. Cheque qualquer dicionário. Agora, quem quer que acredite que Jesus morreu não pode acreditar que Jesus é Deus. Tal crença seria contradizer o que Paulo disse aqui. Além disso, dizer que Deus morreu é uma blasfêmia contra Deus. Quem geriria o mundo se Deus morresse? Paulo acreditava que Deus não morre.

Paulo também disse naquela passagem que Deus habita em luz inacessível – que ninguém viu ou pode ver Deus. Paulo sabia que muitas milhares de pessoas tinham visto Jesus. Ainda assim Paulo disse que ninguém tinha visto Deus, porque estava certo que Jesus não era Deus. Foi por isso que Paulo continuou ensinando que Jesus não era Deus, mas era o Cristo (ver Atos 9:22 e 18:5).

Quando estava em Atenas, Paulo falou de Deus como “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;” (Atos 17:24). Então identificou Jesus como “o homem que ele (ou seja, Deus) ordenou.” (Atos 17:31).

Claramente, para Paulo, Jesus não era Deus, e ele ficaria chocado em ver seus escritos usados para provar o oposto do que acreditava. Paulo até testemunhou em corte dizendo: “Admito que adoro o Deus de nossos pais...” (Atos 24:14).

Também disse que Jesus é o servo daquele deus, pelo que lemos em Atos: “O Deus de Abraão, Isak e Jacó, o Deus de nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus.” (Atos 3:13).

Para Paulo, somente o Pai é Deus. Paulo disse que existe “um Deus e Pai de todos...” (Efésios 4:6). De novo Paulo disse: “... todavia para nós há um só Deus, o Pai,... e um só Senhor, Jesus Cristo...” (1 Coríntios 8:6).

A carta de Paulo aos Filipenses (Filipenses 2:6-11) é freqüentemente citada como prova que Jesus é Deus. Mas a mesma passagem mostra que Jesus não é Deus. Essa passagem tem que concordar com Isaías 45:22-24 na qual Deus disse que todo joelho deve se dobrar para Deus e toda língua deve confessar que virtude e força estão somente em Deus. Paulo estava consciente dessa passagem, porque a citou em Romanos 14:11. Sabendo disso, Paulo declarou: “Me ajoelho diante do Pai.” (Efésios 3:14).

A carta aos hebreus (Hebreus 1:6) diz que os anjos de Deus devem adorar o Filho. Mas essa passagem depende de Deuteronômio 32:43, na versão septuaginta do Velho Testamento. Essa frase não pode ser encontrada no Velho Testamento usado pelos cristãos hoje, e a versão septuaginta não é mais considerada válida pelos cristãos. Entretanto, mesmo a versão septuaginta não diz para adorar o Filho. Diz para deixar os anjos de Deus adorarem Deus. A Bíblia insiste que somente Deus deve ser adorado. “Quando o Senhor tinha feito um pacto com os israelitas, e lhes ordenara, dizendo: Não temereis outros deuses, nem vos inclinareis diante deles, nem os servireis, nem lhes oferecereis sacrifícios; Mas sim ao Senhor, que vos fez subir da terra do Egito com grande poder e com braço estendido, a ele temereis, a ele vos inclinareis, e a ele oferecereis sacrifícios. Quanto aos estatutos, às ordenanças, à lei, e ao mandamento, que para vós escreveu, a esses tereis cuidado de observar todos os dias; e não temereis outros deuses; e do pacto que fiz convosco não vos esquecereis. Não temereis outros deuses, mas ao Senhor vosso Deus temereis, e ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos.” (2 Reis 17:35-39).

Jesus, que a paz esteja sobre ele, acreditava nisso porque também enfatizou em Lucas 4:8. E Jesus se prostrou em sua face e adorou Deus (ver Mateus 26:39). Paulo sabia que Jesus adorava Deus (ver Hebreus 5:7). Paulo ensinou que Jesus permanecerá para sempre subserviente a Deus (ver 1 Coríntios 15:28).

Evidência do Evangelho de João

O evangelho de João, o quarto evangelho, foi concluído com sua forma presente setenta anos após Jesus ser elevado aos céus. Esse evangelho em sua forma final diz mais uma coisa sobre Jesus que era desconhecida dos três evangelhos anteriores – que Jesus era o Verbo de Deus. João quer dizer que Jesus foi o agente através do qual Deus criou tudo. Isso com freqüência é mal interpretado como significando que Jesus era o próprio Deus. Mas João estava dizendo, como Paulo já havia dito, que Jesus foi a primeira criatura de Deus. No Apocalipse na Bíblia, encontramos que Jesus é: “o começo da criação de Deus” (Apocalipse 3:14; ver também 1 Coríntios 8:6 e Colossenses 1:15).

Quem diz que o Verbo de Deus é uma pessoa distinta de Deus deve também admitir que o Verbo foi criado, porque o Verbo fala na Bíblia: “O Senhor me criou como a primeira das suas obras...” (Provérbios 8:22).

Esse evangelho, entretanto, ensina claramente que Jesus não é Deus. Se não continuasse esse ensinamento, contradiria os outros três evangelhos e também as cartas de Paulo que claramente estabelecem que Jesus não é Deus. Encontramos aqui que Jesus não era igual com o Pai, porque Jesus disse: “... o Pai é maior que eu.” (João 14:28).

As pessoas esquecem disso e dizem que Jesus é igual ao Pai. Em quem devemos acreditar – em Jesus ou nas pessoas? Muçulmanos e cristãos concordam que Deus é auto-existente. Isso significa que Ele não deriva Sua existência de ninguém. Ainda assim João nos diz que a existência de Jesus foi causada pelo Pai. Jesus disse nesse evangelho: “... eu vivo por causa do Pai…” (João 6:57).

João nos diz que Jesus não pode fazer nada sozinho quando cita Jesus dizendo: “Não posso de mim mesmo fazer coisa alguma...” (João 5:30). Isso está acordo com o que aprendemos sobre Jesus dos outros evangelhos. Em Marcos, por exemplo, aprendemos que Jesus realizou milagres através de um poder que não estava em seu controle. Isso fica especialmente claro no episódio em que uma mulher é curada de sua hemorragia incurável. A mulher veio por trás dele e tocou seu manto, e ela foi imediatamente curada. Mas Jesus não tinha ideia de quem o tocou. Marcos descreve as ações de Jesus: “E logo Jesus, percebendo em si mesmo que saíra dele poder, virou-se no meio da multidão e perguntou, ‘Quem me tocou as vestes?’” (Marcos 5:30). Seus discípulos não puderam fornecer uma resposta satisfatória, então Marcos nos conta: “Mas ele olhava em redor para ver a que isto fizera.” (Marcos 5:32). Isso mostra que o poder que curou a mulher não estava dentro do controle de Jesus. Ele sabia que o poder tinha saído dele, mas não sabia para onde tinha ido. Algum outro ser inteligente tinha que guiar aquele poder para a mulher que precisava ser curada. Deus foi aquele ser inteligente.

Não é de admirar, então, que em Atos dos apóstolos lemos que foi Deus quem fez os milagres através de Jesus (Atos 2:22).

Deus fez milagres extraordinários através de outros também, mas isso não faz dos outros Deus (ver Atos 19:11). Por que, então, Jesus é tomado como Deus? Até quando Jesus ressuscitou seu amigo Lázaro dos mortos, teve que pedir a Deus para fazê-lo. A irmã de Lázaro, Marta, sabia disso porque disse a Jesus: “E mesmo agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.” (João 11:22).

Marta sabia que Jesus não era Deus, e João que relatou essa aprovação sabia disso também. Jesus tinha um Deus, porque quando foi elevado aos céus, disse: “...eu subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17).

João estava certo que ninguém tinha visto Deus, embora soubesse que muitas pessoas tinham visto Jesus (ver João 1:18 e 1 João 4:12). De fato, o próprio Jesus disse às multidões que nunca tinham visto o Pai, nem ouviram a voz do Pai (João 5:37). Note que se Jesus era o Pai, sua declaração aqui teria sido falsa. Quem é o único Deus no evangelho de João? Somente o Pai.

Jesus testemunhou isso quando declarou que o Deus dos judeus é o Pai (João 8:54). Jesus também confirmou que somente o Pai é o único e verdadeiro Deus (ver João 17:1-3). E Jesus disse aos seus inimigos: “Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido;” (João 8:40). De acordo com João, portanto, Jesus não era Deus e nada que João escreveu deve ser tomado como prova de que ele era Deus – a menos que se deseje discordar de João.

Deus e Jesus são Dois Seres Separados

Por exemplo, em Mateus 9:2, Jesus disse a certo homem: “Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.” Por causa disso alguns dizem que Jesus deve ser Deus, uma vez que somente Deus pode perdoar pecados. Entretanto, se estiver disposto a ler apenas uns poucos versos adiante, encontrará que a multidão “... glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.” (Mateus 9:8). Isso mostra que a multidão sabia, e Mateus concorda, que Jesus não era o único homem a receber tal autoridade de Deus.

O próprio Jesus enfatizou que não falava com base em sua própria autoridade (João 14:10) e não fazia nada com base em sua própria autoridade, mas fala somente o que o Pai o ensina (João 8:28). O que Jesus fez foi o que se segue. Jesus anunciou ao homem o conhecimento que recebeu de Deus de que Deus havia perdoado o homem.

Note que Jesus não disse “eu perdoei seus pecados”, mas sim “seus pecados foram perdoados”, implicitando que, como seria entendido pelos ouvintes judeus, que Deus havia perdoado o homem. Jesus, então, não tinha o poder de perdoar pecados e naquele mesmo episódio chamou a si mesmo de “o Filho do Homem” (Mateus 9:6).

João 10:30 é freqüentemente usado como prova de que Jesus é Deus porque Jesus disse “eu e o Pai somos um.” Mas, lendo os próximos seis versos, encontraremos Jesus explicando que seus inimigos estavam errados em pensar que ele alegava ser Deus. O que Jesus obviamente queria dizer aqui é que ele é um com o Pai em propósitos. Jesus também suplicou que seus discípulos fossem um assim como Jesus e o Pai eram um. Obviamente, ele não estava suplicando que todos os seus discípulos de alguma forma se fundissem em um único indivíduo (ver João 17:11 e 22). E quando Lucas relata que os discípulos eram todos um, Lucas não quer dizer que se tornaram um único ser humano, mas que compartilhavam um propósito comum embora fossem seres separados (ver Atos 4:32). Em termos de essência, Jesus e o Pai são dois, porque Jesus disse que são duas testemunhas (João 8:14-18). Eles têm que ser dois, uma vez que um é superior ao outro (ver João 14:28). Quando Jesus suplicou para ser salvo da cruz, disse: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42).

Isso mostra que tinham duas vontades separadas, embora Jesus submetesse sua vontade a vontade do Pai. Duas vontades significam dois indivíduos separados.

Além disso, é relatado que Jesus disse: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46). Se um deles desamparou o outro, então devem ser duas entidades separadas.

De novo, é relatado que Jesus disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” (Lucas 23:46). Se o espírito de um pode ser colocado nas mãos do outro, eles devem ser dois seres separados.

Em todas essas instâncias, Jesus é claramente subordinado ao Pai. Quando Jesus se ajoelhou e orou obviamente não estava orando para si mesmo (ver Lucas 22:41). Estava orando para seu Deus.

Em todo o Novo Testamento, somente o Pai é chamado de Deus. De fato, os títulos “Pai” e “Deus” são usados para designar um indivíduo, não três, e nunca Jesus. Isso também é claro do fato que Mateus substituiu o título “Pai” no lugar do título “Deus” em pelo menos dois lugares em seu evangelho (compare Mateus 10:29 com Lucas 12:6 e Mateus 12:50 com Marcos 3:35). Se Mateus estava certo ao fazê-lo, então somente o Pai é Deus.

Jesus era o Pai? Não! Porque Jesus disse: “E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.” (Mateus 23:9). Então Jesus não é o Pai, uma vez que estava na terra quando disse isso.

O Alcorão busca trazer as pessoas de volta para a verdadeira fé que foi ensinada por Jesus e por seus verdadeiros discípulos que continuaram em seus ensinamentos. Aquele ensinamento enfatizou um comprometimento contínuo com o primeiro mandamento de que Deus é único. No Alcorão Deus orienta os muçulmanos a chamar os leitores da Bíblia de volta para a verdadeira fé. Deus disse no Alcorão:

Dize: “Ó povo do Livro (cristãos e judeus)! Vinde, para chegarmos a um termo comum, entre nós e vós: Comprometamos, formalmente, a não adorar senão a Deus, a não Lhe atribuir parceiros e a não nos tomarmos uns aos outros por senhores, em vez de Deus.” (Alcorão 3:64).

Sermão do Sheikh Mohamad Al Bukaí‏ - Direitos Humanos

Bismillah ar_rahman ar_Rahim - Queridos Irmãos e Caríssimos Leitores!

Assistimos hoje no mundo moderno a uma grande hipocrisia revestida de virtudes de justiça. Entidades com a ONU, dentre outras proferem discursos que impressionam pelo seu conteúdo teórico mas, que na realidade estão muito longe da prática. As medidas são tomadas com energia e força sobre determinados povos, enquanto outros agem a revelia da lei e da justiça Divina, e , jamais são punidos. Ouçamos uma constatação feita por Vossa Eminência Sheikr Mohamad Al Bukaí, sobre um relatório feito por uma instituição de Direitos Humanos sobre a atual situação dos prisioneiros palestinos, presos, humilhados e torturados na pátria que por imposição dos imperialistas foi dividia e agora tomada e dominada pelo Estado de Israel. Até quando senhores dono do mundo vamos ter que assistir essas barbáries e conviver com esse, que com certeza é o maior genocídio do século XXI.  Ou o plano realmente é acabar com a nação Palestina? É hora de acordar humanidade! Se a paz dos nossos irmãos estão ameaçadas a nossa também não está segura. Muito cuidado com essa Paz de Faixada sustentada por trilhões de dólares e acordos obscuros! Subhanna Allah! Al Karim, Al Rahman, Al Rahim!

Bismillah ar_rahman ar_Rahim! Louvado seja Allah, o Senhor dos mundos. Testemunho que não há divindade além de Allah e que Muhammad (SAAS) é seu servo e mensageiro.

Queridos irmãos, confesso ter ficado chocado quando li um relatório feito por uma instituição de Direitos Humanos sobre a situação à qual os prisioneiros palestinos são submetidos. No relatório eram descritas toda sorte de torturas e humilhações. Confesso que no começo senti como se estivesse lendo um conto da Idade Média tamanha atrocidade a que me deparei. Mas essa impressão logo mudou quando notei a data da publicação do relatório. O que vivem os presos palestinos está acontecendo nos dias de hoje.

O ser humano se orgulha da existência de organizações internacionais que se dizem defensoras dos direitos humanos. Nesse relatório feito por uma instituição chamada Consciência foram citadas muitas violações aos direitos humanos, a começar pela forma de captura dos prisioneiros, seguida de prisões arbitrárias e de investigações mal feitas e que condenam pessoas há anos de prisão sem direito a um julgamento justo. É sabido que crianças e mulheres não são poupadas dessa situação, seus pais, irmãos são retirados de casa a força deixando para trás uma família inteira que sofre pela ausência. Na convenção de Genebra foi estabelecido que um prisioneiro deve ser tratado dentro de normas que garantam o seu bem estar e que não violem os direitos humanos.

Não é permitido a um prisioneiro ser exposto a atos de violência, ou ameaça a sua integridade. Todos devem ter os seus direitos civis protegidos e garantidos igualmente. O mesmo vale para as mulheres prisioneiras que devem ser tratadas com toda a consideração levando em conta todas as suas necessidades. Isso é o que está no papel. Mas infelizmente não é o que acontece. O respeito é garantido na teoria, mas na prática, os presos palestinos são torturados e impedidos de exercer o seus direitos básicos. Queridos irmãos, o Islã tem como fundamento conceder aos prisioneiros o seu direito antes mesmo de qualquer organização. Há 14 séculos atrás, o Islã declarou a obrigação no tratamento adequado ao prisioneiro, para tanto é necessário dar a esse o respeito merecido.

Deus diz no Alcorão sagrado, na Surata 76 - Versículo 8. "Por amor a Allah alimentem os necessitados, os órfãos e o cativo, dizendo certamente, vós o alimentamos por amor a Allah, não vos exigimos recompensa e nem gratidão". Nesse versículo Deus ordena a não apenas respeitar o prisioneiro, mas sim tratá-lo da melhor forma. O Islã nos dá a possibilidade de perdoá-los mediante o resgate feito perante a sociedade. Não nos é permitido o uso da força, violência ou tortura. Deus diz no Alcorão Sagrado na Surata 47 - Versículo 4 "Tomai os sobreviventes como prisioneiros, libertai por generosidade ou mediante a resgate, quando a guerra houver terminado". Existe uma antiga história que diz que certa vez o profeta Mohamad (SAAS) viu alguns prisioneiros no deserto com o sol sobre os seus corpos e sedentos.

Ele então falou: “os responsáveis não podem expor sobre eles o calor do sol e o sofrimento da prisão. Para eles tem que ser permitido a sua cesta e água para que refresquem os seus corpos e matem a sua sede”. A atitude do profeta levou muitos prisioneiros a abraçarem o Islã, entre eles o chefe de uma tribo chamado Thmama, que ao ser preso foi amarrado dentro de uma mesquita. No 1º dia de prisão, o profeta perguntou o que ele tinha a dizer sobre o seus crimes, ele então respondeu: “eu mereço a morte por ter tirado a vida de muitos muçulmanos, mas se o senhor me perdoar lhe serei eternamente grato”. No dia seguinte o profeta fez a mesma pergunta ao prisioneiro, e assim se deu por mais um dia. No quarto dia o profeta deu ordens para que Thmama fosse libertado. 

Não demorou muito tempo Thmama voltou ao profeta dizendo que havia testemunhado a divindade de Allah em suas atitudes e assim se reverteu ao Islã. Com tudo isso fica claro que o Islã presa pelos direitos de todos que um dia erraram e se deixaram seduzir pelas armadilhas da vida. Queridos irmãos, as ilustrações divinas confirmam o direito inalienável ao respeito e a unidade que não devem ser negados a ninguém. A luta pela justiça e pela dignidade faz parte da estrutura do Islã, por isso, devemos entregar a ele as nossas aflições, nele devemos confiar e meditar sobre as injustiças do mundo. Louvado seja Deus, o senhor do universo.

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!


Você que mora no sul do Brasil visite o site: www.islamboy.com.br
duvidas/ informações: info@islamismo.org

Fonte:Mohamad ziad -محمد زياد

domingo, junho 03, 2012

O Islam e os Muçulmanos

O Islam, cuja raiz do termo é Salam, ou seja, ''Paz''. Salam também significa o cumprimento pacífico entre as pessoas. Também significa submissão, isto é, submissão à vontade de Deus, a palavra muslim (muçulmano) tem a mesma raiz árabe e significa aquele que se submete à vontade de Deus, ou seja, aquele que acredita no Islam.

Assim, muçulmano é aquele que se submete a Deus e vive em paz com o Criador, consigo mesmo, com as outras pessoas e com o seu meio ambiente, o Islam é um sistema completo de vida e o muçulmano vive em paz e harmonia com todos estes segmentos.

Portanto, um muçulmano é qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, cuja obediência, fidelidade e lealdade são para Deus, o Senhor do Universo.

Os seguidores do Islam são chamados de muçulmanos, os muçulmanos podem ser árabes, turcos, persas, indianos, paquistanases, malaios, indonésios, chineses, japoneses, africanos, americanos, brasileiros, europeus, ou de outras nacionalidades ou continentes.

Um árabe pode ser muçulmano, cristão, judeu ou ateu, a lingua na qual foi escrito o Alcorão Sagrado é o árabe, os muçulmanos, em todo o mundo, tentam aprender o árabe a fim de estarem habilitados a ler o Alcorão e a compreender o seu significado, os muçulmanos rezam a Deus na língua do Alcorão, isto é, em árabe, o que não quer dizer que as súplicas a Deus não possam ser em qualquer outra língua.

Atualmente, os muçulmanos somam mais de 1 bilhão e 700 milhões no mundo todo, enquanto que a população árabe está em torno de 200 milhões. Entre estes, 10% não são muçulmanos, o que significa dizer que, do total de muçulmanos, hoje em dia, os árabes muçulmanos representam apenas 15% do total.

Allah, o Deus Único

A palavra árabe que designa o Deus Uno e Único é Allah, e não admite gênero masculino ou feminino, e muito menos plural. Ele é o Senhor e Soberano do universo, criador de todas as coisas, e nada existe que não seja por Sua vontade. Diz o Alcorão:

"Ele é Deus, o Único! Deus! O absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!" (Alcorão Sagrado 112:1-4)

Ele é o Criador de todos os seres humanos, Ele é o Deus dos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, e outros. O Islam acredita na Unicidade Absoluta de Deus e prescreve uma forma de culto e de oração que não admite imagens ou símbolos. No Islam, as relações entre o homem e o seu Criador são diretas e pessoais e dispensam qualquer intermediário.

O Alcorão cita 99 atributos de Deus, tais como, o Clemente, o Misericordioso, o Perdoador, o Criador, o Senhor do Universo, o Primeiro entre outros.

Muhammad o Mensageiro de Deus Para Toda a Humanidade

O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi escolhido por Deus para levar Sua mensagem de paz, isto é, o Islam, à humanidade.

Ele nasceu em 570 DC, em Makka, na Arábia, a mensagem do Islam foi-lhe confiada quando ele tinha a idade de 40 anos. A revelação recebida tomou o nome de Alcorão e a mensagem é chamada de Islam.

Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), começou a anunciar a sua missão, sempre insistindo na crença em um Deus único, na Ressurreição e no Juízo Final.

Ele foi perseguido e maltratado, sofreu, ele e seus seguidores, terrível boicote em sua própria terra natal, por mais de três anos. Ninguém podia falar, manter relações comerciais ou matrimoniais com eles e as maiores vítimas foram crianças, velhos, doentes e fracos.

Diante da tentativa de assassinato pelos pagãos de Makka, ele deixou secretamente a cidade e foi para Madina, onde uma comunidade islâmica incipiente já estava instalada, e lá permaneceu por 13 anos. Isto aconteceu no ano de 622, ano no qual começa o calendário da Hégira.

Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), é o último Profeta de Deus para a humanidade. Sua mensagem foi dirigida a todos os seres humanos, independetemente de serem cristãos, ou judeus, ou ateus.

Ele purificou as mensagens anteriores de toda adulteração e completou a Mensagem de Deus para toda a humanidade. Foi-lhe concedido o poder de explicar, interpretar e viver os ensinamentos do Alcorão.

Ele legou à posteridade uma religião de puro monoteísmo. Criou um estado disciplinado, estabeleceu um equilíbrio entre os assuntos espirituais e temporais, deixou um novo sistema de leis, a sharia.

Acima de tudo, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), deixou um exemplo nobre pela prática integral de tudo o que ensinava aos outros.

As Fontes do Islam

As fontes legais do Islam são o Alcorão e os ahadith, o Alcorão é a palavra fidedigna de Deus; sua autenticidade, originalidade e totalidade estão intactas, o hadith, é o relatos dos ditos, atos e sanções do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).

Os ditos e atos do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), são chamados de Sunnah. A Sirah é o relato dos companheiros do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sobre a sua vida. Portanto, é a biografia do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e fornece exemplos da vida diária para os muçulmanos.

1º - O Alcorão Sagrado significa, literalmente, leitura ou recitação. O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ditava os versículos aos seus discípulos e afirmava que eles eram a revelação divina.

Ele não ditou tudo de uma só vez, mas sim na medida em que as revelações eram feitas. Tão logo as recebia, ele as comunicava aos companheiros e pedia que eles decorassem, escrevessem e produzissem cópias.

O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), era analfabeto, não sabia ler ou escrever.

O original do Alcorão Sagrado foi escrito em árabe e o mesmo texto continua em uso até os dias de hoje, sem qualquer alteração.

O Alcorão Sagrado é notável porque é um texto no idioma original, cuja preservação contínua se faz há gerações, através do controle da memorização.

Seu texto não sofreu, no decorrer de séculos, qualquer adulteração ou alteração em seu conteúdo. Ele é destinado a toda a humanidade, independentemente de raça, condição social, região ou época.

É um código de comportamento porque abrange todos os segmentos da vida, espiritual, temporal, individual e coletivo.

2º - O hadith, na verdade, representa a aplicação prática dos preceitos, detalhes e explicações necessárias do Alcorão Sagrado, e sua importância para os muçulmanos é muito grande. O hadith é a prática do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).

Era através de seu dia-a-dia que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), aproveitava para ensinar, e por em prática, os ensinamentos em todos os assuntos importantes da vida.

Pelo hadith sabemos como fazer as abluções para as orações, por exemplo. Havia casos em que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tendo recebido uma revelação, formulava uma opinião baseada no bom senso.

Alguns Princípios Islâmicos

1º) Unicidade de Deus: Ele é Uno e único. Não são dois ou três, por isso o Islam rejeita a idéia da trindade ou de qualquer unidade que implique na existência de mais de um Deus.

2º) Unicidade da humanidade: as pessoas são criadas iguais perante a Lei de Deus. Não há superioridade de uma raça sobre a outra.. Ninguém pode afirmar que é melhor do que o outro. Somente Deus conhece quem é o melhor, segundo os Seus critérios.3º) Unicidade dos Mensageiros e da Mensagem: os muçulmanos acreditam que Deus enviou diferentes mensageiros através da história da humanidade. Todos vieram com a mesma mensagem e os mesmos ensinamentos, que foram sendo adulterados através dos tempos. Os muçulmanos acreditam em Noé, Abraão, Isaac, Ismael, Jacó, Moisés, David, Jesus e Muhammad, que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre eles.

4º) Os anjos e o Dia do Julgamento: os muçulmanos acreditam que existem criaturas invisíveis, como os anjos, criadas por Deus para missões especiais. Os muçulmanos também acreditam que haverá o Dia do Julgamento, quando toda a humanidade, desde Adão até o final dos tempos, será julgada e recompensada ou punida de acordo com os seus méritos.

5º) A inocência do homem na hora do nascimento: os muçulmanos acreditam que o ser humano nasce livre de pecado. Somente quando alcança a idade da puberdade, e somente quando comete pecados, é que ele ser cobrado por seus erros. Ninguém é responsável pelos pecados de outros. Contudo, a porta do perdão através do arrependimento sincero está sempre aberta.

6º) Estado e Religião: os muçulmanos acreditam que o Islam é um modo de vida completo. Portanto, seus ensinamentos não separam a religião da política, e tanto o estado como a religião estão sob a tutela de Deus, através dos ensinamentos do Islam. Por consequência, as transações comerciais, econômicas e sociais, assim como os sistemas político e educacional também são parte dos ensinamentos do Islam.
 
Fonte:http://www.islam.org.br/o_islam_e_os_muculmanos.htm

A Excelência da Sexta Feira e de Quem frequenta as Mesquitas

Louvado seja Allah, que nos encaminhou ao Islam; jamais teríamos nos encaminhado, se Ele não tivesse nos mostrado o caminho através do Alcorão. Nós Lhe agradecemos, e buscamos a Sua ajuda e diretriz. Buscamos refúgio junto a Ele quanto aos malefícios das nossas almas e as maldades das nossas ações. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros. Testemunho que Mohammad é o Seu servo e mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores.

ALLAH diz na surat AL Jumua: “Ó fiéis, quando fordes convocados, para a Oração da Sexta-feira, recorrei à recordação de Deus e abandonai os vossos negócios; isso será preferível, se quereis saber.”

Abu Huraira relatou que o Profeta (saaws), disse: "O melhor dia em que o sol se levanta é a sexta-feira; nesse dia, Adão foi criado, entrou no Paraíso e dele foi expulso. E o último dia acontecerá numa sexta-feira, portanto aumente vossas preces de paz e bênçãos sobre mim nos dias de sexta-feira, pois suas preces são expostas para mim. Então perguntaram: Como nossas preces serão expostas após a sua morte? Ele respondeu: ALLAH proibiu que a terra do túmulo degradasse os corpos dos profetas.”

Caros irmãos e queridos do Profeta Mohammad (saaws) inúmeras vezes vocês ouviram falar da excelência e méritos da sexta-feira. Hoje, mais uma vez abordaremos este assunto; uma vez que ALLAH louvado seja nos recomenda a advertência dizendo na surat AL A`LA: “Admoesta, pois, porque a admoestação é proveitosa (para o atento)! Ela guiará aquele que é temente. Porém, o desventurado a evitará; Entrará no fogo maior (o infernal), Onde não morrerá, nem viverá. Bem-aventurado aquele que se purificar, E mencionar o nome do seu Senhor e orar! Entretanto, vós, (ó incrédulos) preferis a vida terrena, Ainda que a outra seja preferível, e mais duradoura! Em verdade, isto se acha nos Livros primitivos, Nos Livros de Abraão e de Moisés.” A obrigatoriedade da oração veio expressa tanto no Alcorão como na Sunnah. Ouvimos na introdução do sermão o seguinte versículo sobre a obrigatoriedade da oração de sexta-feira: “Ó fiéis, quando fordes convocados, para a Oração da Sexta-feira, recorrei à recordação de Deus e abandonai os vossos negócios; isso será preferível, se quereis saber.” 
 
A oração de sexta-feira é um dever para todo homem muçulmano que tenha chegado à puberdade e goze de plena faculdade mental, ela é recomendada para os meninos e não é obrigatória para as mulheres. Várias Tradições, reconhecidas como autênticas, mencionam esta obrigação, e várias fontes transmitem que o Mensageiro (saaws) expressou a intenção de incendiar as casas das pessoas que não a observassem. O Mensageiro não faltou jamais a ela, desde o dia que Deus a prescreveu, até à sua morte. O Profeta (saaws) disse, do alto do púlpito: “Se certas pessoas não pararem imediatamente de faltar à oração das sextas-feiras, Deus, selar - lhes - a os corações e elas se contarão entre os desencaminhados”. (Transmitido por Muslim). 
 
E disse também: “Aquele que se ausentar três vezes seguidas da oração de sexta-feira, por pura negligência, Deus selará o coração”. Esta passagem encontra-se ilustrada na surat Al Bakara: “Deus selou os seus corações e os seus ouvidos; seus olhos estão velados e sofrerão um severo castigo.”
Entre o que o Profeta (saaws) disse no sermão que pronunciou no dia do estabelecimento da Oração da sexta-feira, está: “Sabei que Deus vos prescreveu a Oração da sexta-feira neste lugar, neste dia, neste mês e a partir deste ano, até ao Dia da Ressurreição. Àquele que deixar de observá-la, durante a minha vida ou mesmo depois de mim, enquanto houver um Imam, seja justo ou tirano, menosprezando-a ou negando seu caráter obrigatório, Deus não permitirá, jamais, reunir ao seu redor os seus servos e não abençoará qualquer das suas obras. Sabei, também, que não se lhe creditará nenhuma oração, nenhum zakat, nenhuma peregrinação e nenhum jejum. Sabei, enfim, que não se lhe creditará nenhuma boa ação ou obediência a Deus até que retorne, em arrependimento, a Ele. E àquele que retorna arrependido a Ele, Deus aceita o regresso”. E também nas tradições, encontramos os seguintes dizeres do Profeta (saaws): "Não existe uma sexta-feira sem que o muçulmano se levante, ore e implore a Deus pelo que é bom e Ele conceder-lhe-á" e mostrou com sua mão através de seus dedos polegar e indicador, que (este tempo) é curto e limitado.
Há uma grande diferença de opinião entre os estudiosos sobre qual é exatamente esta hora afortunada, quando as súplicas serão atendidas. O mais lógico é que esta hora deva ser entendida como um momento oculto e que o dia inteiro deva ser usado para súplicas e glorificação de Deus. A respeito de se chegar cedo à mesquita no dia de sexta feira o Profeta (saaws) disse: “Uma pessoa que, na sexta-feira, chega cedo a mesquita, tem tanto mérito, aos olhos de Deus, como se tivesse oferecido um camelo em Seu nome; e quem chegar a mesquita depois dele, será como se tivesse oferecido uma vaca, e quem chegar em continuação, é como se tivesse oferecido um cordeiro adulto, e quem chegar depois é como se tivesse oferecido uma galinha, e depois disso é como se tivesse oferecido um ovo. Finalmente quando o Imam chega, para o sermão de sexta-feira, os anjos abandonam as portas da mesquita para ouvirem o sermão, e os nomes dos últimos a chegar não são registrados.” Confirmado por Muslim e Bukhari.

Na surat At Taubah, ALLAH relata as características das pessoas que freqüentam as mesquitas: “Só freqüentam as mesquitas de Deus aqueles que crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, observam a oração, pagam o zakat, e não temem ninguém além de Deus. Quiçá, estes se contem entre os encaminhados.”

Abu Huraira (raa) narrou que ouvira mensageiro de Deus (saaws) dizer: “Para aquele que vai constantemente a mesquita, ou dela volta, Deus prepara uma mansão no paraíso, tanto na ida como na volta.” Abu Huraira (raa), afirma ter ouvido o profeta Muhammad (saaws), dizer: ''Todas as vezes que um grupo de pessoas se reunir em uma das casas de Deus (referindo-se as Mesquitas), para recitar o Livro de Deus (o Alcorão Sagrado) e estudá-lo, a serenidade e a tranqüilidade Divina os cobre, a Misericórdia de Deus os envolve e os Anjos os cercam, e Deus os menciona junto aos que estão perto dele (os Anjos prediletos).'' (relatado por Muslim) Na surat Al Bakarah ALLAH diz aterrorizando os que impedem ou atrapalham a Sua recordação e Sua adoração na mesquita: “ Haverá alguém mais iníquo do que aquele que impede que o nome de Deus seja celebrado em santuários e se esforça por destruí-los? Estes não deveriam adentrá-los senão, temerosos; sobre eles recairá, pois, o aviltamento deste mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.”

Assalamu Alaikum!!!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

O Chamado à oração (Azan)

Mu-azin  é o irmão que Canta o Adhan
O Azan é o chamado que anuncia que é hora de iniciar a oração. Ele é feito de maneira especial e consiste em convidar a comunidade muçulmana a tomar parte na oração, que será, para ela, causa de prosperidade, tanto nesta vida como na outra.

O Azan é um culto que precede a oração. É um dos principais ritos do Islam e um dos seus sinais mais óbvios.
Este rito foi estabelecido no primeiro ano da Hégira; o Mensageiro (Deus o abençoe e lhe dê paz) o respeitava, tanto de dia como de noite, tanto em sua vida domiciliar como estava viajando. Ninguém jamais ouviu dizer que ele deixou de atender, ao menos uma única vez, a este chamado, ou permitiu a alguém se abster, até à sua morte; depois dele seus dignos companheiros continuaram a respeitar o Azan, por ele se ter tornado um dever ou algo parecido com um, já que fora ordenado pelo Mensageiro, em muitas Tradições.
 
 Como se pratica o Azan?
Segundo Tradições autênticas, procede-se da seguinte maneira, dizendo:

1 - Alláh Akbar (Deus é Maior), quatro vezes.

2 - Ach-hadu an la iláha illal-láh (Testemunho que não há outra divindade além de Deus), duas vezes.

3 - Ach-hadu an-na Muhammadan rassulul-lah (Testemunho que Muhammad é o Mensageiro de Deus), duas vezes.

4 - Haiyá ´alas-salat (Vinde para a oração), duas vezes.

5 - Haiyá ´alal-falah (Vinde para a salvação), duas vezes.

6 - Alláh Akbar (Deus é Maior), duas vezes.

7 - La iláha illal-láh (Não há oura divindade além de Deus), uma vez.

Somente na Oração da Alvorada é que o mu-azin intercala, entre a quinta e sexta fórmulas:

As-Salátu Khairon minan-Naum (A oração é melhor que o sono), duas vezes.

Dito isto, continua a enunciar as fórmulas seis e sete
:

Quando se ouve este chamado ecoando no ar, sente-se no coração a sua grandeza e a grandeza do Todo-Poderoso e Majestoso, cujo Nome Se proclama.

Pensa-se no bem e na prosperidade a que este chamado convida e sabe-se que qualquer um, por maior que seja, ao lado de Deus, saiba que Deus é ainda maior.

Quando se ouve o mu-azin, deve-se fazê-lo atentamente e repetir o que ele diz, de todo o coração, exceto quando ele anuncia as fórmulas quatro e cinco no lugar das quais deve-se dizer:

La Haula wala Kowata il-la Bil-lah (Não há poder nem força a não ser em Deus), duas vezes.

Vejamos esta Tradição do Profeta Mohamad (Deus o abençoe e lhe dê paz), transmitida por Al-Bukhari:

Quando ouvirdes o mu-azin dizer: Aláh Akbar(Deus é Maior) Allah Akbar, respondei também Allah Akbar, Allahu Akbar,e depois, quando disser: Ach-hadu anlá iláha illah-lah, respondei: Ach-hadu anlá iláha illal-lah; e quando dizer: Ach-hadu anna Muhammadan raçulullah, repeti: Ach-hadu anna Muhammadan raçulullah; quando disser: Haiyá alas-salat, dezei: La haula wala kowata illa billah; e quando disser: Haiyá alal-falah, dizei: La haula wala kowata illa billah; quando disser: Allah Akbar, Allah Akbar repeti: Allah Akbar; e depois, quando disser: La iláha ilal-lah, repeti: La iláha illal-lah ,do fundo do coração, se assim o fizerdes, entrareis no Paraíso”.

Quando se termina de fazer eco ao mu-azin, suplica-se as bênçãos de Deus para o Profeta, pede-se-Lhe que nos permita permanecer próximo d’Ele e repetem-se as orações transmitidas pelo Profeta. Atenta-se na modéstia do Profeta, a quem Deus absolveu de todos os pecados, passados e futuros, quando ordenou que sua comunidade rogasse a Deus para que Ele a orientasse até Ele e somente Ele, ensinando-lhes que qualquer decisão pertence exclusivamente a Ele, que faz como melhor Lhe praz e elege como quer, e quer as pessoas, por mais altas que sejam as suas posições e maior o seu poder, não são mais que servos dos Misericordioso e Clemente, e necessitam d’Ele em todos os momentos.

Abdullah Ibn Omar afirmou ter ouvido o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz), dizer:

“Quando ouvirdes o mu-azin, dizei o mesmo que ele, depois suplique, por mim, a benção de Deus, porque àquele que implorar para que eu seja abençoado uma vez, Deus abençoará dez vezes. Depois, rogai a Deus que me conceda ficar próximo d’Ele, pois há, no Paraíso, um nível, reservado por Deus para um único dos Seus servos e eu espero ser esse servo. Aquele que suplicar para que eu tenha condições de ficar próximo de Deus, merecerá, por isso, a minha intercessão, em seu favor”. (Transmitida por Muslim).

As invocações, ensinadas pelo Profeta, e que se dizem depois de cada chamado do mu-azin, são as seguintes:

“Ó Deus, Senhor deste chamado perfeito e desta oração, ora anunciada, dá a Muhammad meios para aproximar de Ti, assim como a distinção no bem, e faze-o ressuscitar no lugar louvável que lhe prometeste”.

Depois ainda, se acrescenta:

“Concede-nos a sua intercessão; Tu jamais faltas às promessas”

Allah Akbar, Allah Akbar,
Allah Akbar, Allah Akbar,

Äschhed-u änlaa ilaahe illaallah,
Äschhed-u änlaa ilaahe illaallah,

Aschhed-u änne Muhammadar Rasuulu’llaah,
Aschhed-u änne Muhammadar Rasuulu’llaah,

Hayya ala’s-Salaa,
Hayya ala’s-Salaa,

Hayya ala’l-Falaah,
Hayya ala’l-Falaah,

Allah Akbar,
Allah Akbar,

Laa ilahaha illa’llaah

Fonte:http://www.islam.com.br

sexta-feira, junho 01, 2012

OS INÚMEROS BENEFÍCIOS PELO CUMPRIMENTO DA RELIGIÃO -Parte II

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)  JUMA MUBARAK

Continuação do tema referente aos seis dos milhares benefícios que foram referidos pelo Maulana Umar Palanpuri (Rahmatulahi Aleihi), (que Allah tenha Misericórdia dele e lhe conceda o paraíso). Allah Subhana Wataala concederá aqueles que forem cumpridores assíduos dos Seus Mandamentos: 1) A tranquilidade;
2) a vida pura;
3) a Baraka – a abundância:
4) o amor de outras pessoas;
5) a aceitação das preces e 
6) o ficar conhecido entre os anjos.

O crente terá uma vida pura, como segundo benefício. O seu coração será puro, livre de pensamentos maldosos. Seguirá o exemplo do Profeta Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão, que a Paz de Deus esteja com ele “que se consagrou ao Seu Senhor com um coração sincero”. (37:84). A sua língua habituar-se-á a falar o bem, evitando palavras excessivas e desnecessárias. Exortará os outros para o bom  caminho, auxiliando-os com bons conselhos.

O seu caminhar o levará para a prática de actos virtuosos. Caminhará em direcção à mesquita, para orar em congregação. Caminhará para o cemitério, para pedir a Deus, a Sua Misericórdia para os que já deixaram este mundo e recordará que um dia também lá aguardará o dia da Ressurreição. Caminhará em direcção aos necessitados, que materialmente ou espiritualmente, aguardam a preciosa ajuda.

A sua boca pura, será o veículo para uma alimentação saudável e halal. As suas mãos evitarão o que lhe foi proibido pelo Seu Senhor, o Guia da humanidade e pelo Seu Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Os seus dedos não se cansarão de contar os diversos zikrs que fará em louvor do seu Senhor. Trabalhará de forma honesta, para sustentar os seus.

Apresentar-se-á sempre com o corpo limpo e puro, lembrando que a higiene é a metade da fé.

Pela sua vida pura, Deus o recompensará com o Paraíso. “De cujas almas os anjos se apossam em estado de pureza, dizendo-lhes: Que a Paz esteja convosco! Entrai no Paraíso, pelo que haveis feito!”. Cur’ane 16:32.

O terceiro benefício a Baraka – a bênção, a abundância, será uma constante na sua vida. 

Tudo que tiver, será suficiente para ele e para a sua família. Ao contrário do que se pensa, a baraka não é necessariamente a quantidade, mas o suficiente para satisfazer a fome e saciar a sede da ganância. Tudo o que tiver, considerará muito e até distribuirá uma parte para os mais necessitados.

A pessoa que compreende e pratica a religião de Deus é uma pessoa beneficiada com a baraka. É como uma terra onde Deus providenciou a chuva necessária para que as pessoas e os animais possam beber e que a terra produza alimentação com abundância necessária para saciar a fome. O que se afastou da orientação divina, não beneficiará de baraka. É como regar, com abundância, uma terra estéril; toda a agua se perderá. É como referiu Issa (Aleihi Salam) – Jesus, que a Paz de Deus esteja com ele: “é como beber agua do mar; quando mais se beber, mais sede se sentirá”.

No dia da Ressurreição, todos sentiremos sede, agravada com o receio e com a nossa ansiedade de sabermos qual vai ser o nosso destino. Aos crentes, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) dar-lhes-á de beber da sua fonte, a agua de khauçar (a fonte da abundância). A fonte será extensa e a baraka da agua, será suficiente para aliviar a sede de todos os que seguiram Deus e o Seu Mensageiro. Os estranhos serão afastados, como se afastam dos reservatórios, os camelos estranhos ao rebanho. Abu Huraira (Radialahu an-hu) referiu que o Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “a riqueza não está na abundância dos bens. a verdadeira riqueza está na benevolência do coração ”. Bukhari e Muslim.

Allah lhe concederá o quarto benefício, o amor de outras pessoas. Todos vão gostar dele, por ser uma pessoa afável e de bom carácter. O seu ilm (conhecimento religioso) e a honestidade, tornam-no numa pessoa muito procurada para aconselhamentos. Muitos o amarão e seguirão o seu modo de vida. Sem ele se aperceber, pedirão a Deus, para lhe conceder saúde e Misericórdia. Um exemplo que toca no coração de muitas pessoas é de gostarmos de alguém já falecido há muito tempo, que não conviveu nem viveu na nossa época, mas que deixou um legado importante para os muçulmanos. Pela riqueza das preces e outros ensinamentos, muitas vezes conservamos um kitab (livro religioso), escrito por um álimo que não conhecemos. Utilizamos, até as folhas ficarem quase desfeitas por uso constante. 

Apesar do álimo já não se encontrar vivo, a nossa consideração, o nosso agradecimento e o nosso amor está com ele. Não nos deixou quaisquer bens materiais, mas sim a religiosidade. O referido álimo, mesmo depois de falecido, continuará a inspirar-nos o amor e a admiração.

O exemplo mais evidente é do amor que temos pelo Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). A sua conduta exemplar, o seu carácter e os ensinamentos que nos deixou, faz com que milhões de muçulmanos, diariamente e continuamente, demonstrando obediência, consideração e amor, peçam a Deus para que derrame bênçãos sobre ele. Todos ansiamos pela sua intercessão no Dia da Ressurreição. “Aquele que tem amor por alguém, lembra-se dele constantemente “.

Neste caso o amor é recíproco. O amor que ele já tinha por nós, mesmo sem nos conhecer, fazia-o ansiar pelo dia que nos irá ver. Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), uma vez estava com os seus companheiros e disse: “Quando verei eu os meus irmãos?”. E os companheiros perguntaram-lhe surpreendidos, se eles não eram os seus irmãos. E ele respondeu “Vós sois os meus companheiros; mas os meus irmãos serão aqueles que acreditarão em mim sem nunca me terem visto”. Ahmed. No dia da prestação de contas, seremos ressuscitados na companhia daqueles que nos acompanhavam física e espiritualmente. Pedimos a Deus, para que nos conceda a companhia dos piedosos e que possamos seguir os seus ensinamentos e conselhos. Amin.

In Sha Allah, continua no próximo Juma.

Ó Tu, mais Misericordioso dos que mostram a misericórdia, peço-Te que recompenses com o Paraíso, todos os piedosos que nos deixaram ensinamentos, nos quais inspiramo-nos para aumentar a nossa fé e o nosso carácter. Para Ti será o nosso retorno. Amin.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

31/05/2012

quinta-feira, maio 31, 2012

Há 1433 anos…E você ainda considera o Islam Atrasado

O Islam colocou homem e mulher em pé de igualdade:
Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea … Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. ” (Alcorão Sagrado 49:13)“A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.” (Alcorão Sagrado 16:97)

Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja.” (Alcorão Sagrado 4:124)

Entrai no jardim (Paraíso), vós e vossas esposas e alegrai-vos.” (Alcorão
Sagrado 43:70)


Jamais desmerecerei a obra de qualquer um de vós, seja homem ou mulher, porque procedeis uns dos outros.” (Alcorão Sagrado 3:195)

… O Islam ordenou que a mulher recebesse uma parte da herença de sua família:

“Aos filhos varões corresponde uma parte do que tenham deixado os seus pais e parentes. Às mulheres também corresponde uma parte do que tenham deixado os pais e parentes, quer seja exígua ou vasta, uma quantia obrigatória.” (Alcorão Sagrado 4:7)

… O Islam permitiu e incentivou o estudo da mulher:

Disse o profeta Muhammad: “A procura do conhecimento é um dever para todos os muçulmanos (homens e mulheres).”

A esposa do profeta Muhammad, Aisha, era extremamente conhecedora da astronomia e da poesia, dominava a grámatica árabe e tinha conhecimento absoluto de toda as leis, éticas e deveres da religião Islâmica.

… O Islam concedeu a mulher o direito de votar:

“Ó Profeta, quando as fiéis se apresentarem a ti, jurando-te fidelidade, afirmando-te que não atribuirão parceiros a Deus, não roubarão, não fornicarão, não serão filicidas, não se apresentarão com calúnias que forjaremintencionalmente, nem te desobedecerão em causa justa, aceita, então, o seu compromisso e implora, para elas, o perdão de Deus, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.” (Alcorão Sagrado 60:12)

Em qualquer assunto público, uma mulher pode expor sua opinião e pode participar ativamente na política. Um exemplo, narrada no Alcorão, é que Muhammad é ordenado a que quando as fiéis se apresentarem a ele e jurarem sua aliança com o Islam, ele deve aceitar o seu juramento. Isso estabeleceu o direito das mulheres de escolher os seus líderes e declarar isto publicamente.

Umar ibn Al Khattab, segundo Califa do Islam, no leito de morte, formou uma comissão de pessoas, que entre si, deveriam escolher o próximo Califa. As pessoas foram: Ali ibn Abi Talib, Uthman ibn Affan, Abdur Rahman bin Awf, Sa ‘d ibn Abi Waqqas, Al-Zubayr e Talhah ibn Ubayd-Allah.

Antes de Uthman Ibn Affan, ocupar a posição de Califa, muitas mulheres foram consultadas por Abdur-Rahman Ibn Auf para que estas pudessem votar dentre os outros 5 nomes elegidos por Umar. Foi constatado que a opinião da maioria era que Uthman deveria ser eleito. Logo, Uthman foi nomeado como o terceiro Califa do Islam em 11 de novembro de 644 d.C.

… O Islam concedeu o direito da mulher se divorciar:

Apesar de, no Islam, o casamento não ser uma relação temporária, sendo considerado para durar toda a vida, a sua dissolução será inevitável se ele falhar ao servir os seus propósitos. É nessa altura que surge o divórcio. Devemos esclarecer que, no Islam, o divórcio é o último recurso quando todos os esforços conciliatórios falharem.

O Islam não confina o direito ao divórcio só ao homem ou à mulher, se a mulher não se sente segura, ou feliz com o seu marido, ou se este é cruel para ela, ou se tornou impossível viver a o seu lado, ela tem o direito de procurar o divórcio através de um Tribunal Muçulmano, sendo tal tipo de divórcio denominado de “Khul’ah”. Em qualquer dos casos, mesmo que o divórcio seja concedido, ela deve ser tratada amistosamente. O Alcorão diz:

O divórcio revogável só poderá ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco dignamente ou separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado.” (Alcorão Sagrado 2:229)

No Brasil, antes do advento da Lei do Divórcio, em 1976, o casamento era indissolúvel. O padre dizia “até que a morte os separe” e todo o mundo tinha de obedecer, por inexistência de outra opção. Mesmo assim, é claro que muitos dos casamentos infelizes terminavam, se não na lei, que ainda não admitia a dissolução do vínculo matrimonial, pelo menos de fato. Cada um ia para o seu lado, pondo fim à união. Havia, é verdade, o desquite, que permitia ao casal viver separado, mas impedia novo casamento civil. Novamente vemos o Islam sendo pioneiro nos direitos das mulheres.

… O Islam deu a mulher o direito de escolher seu marido:

O tema é polêmico e poucas pessoas estão interadas dessa regra Islâmica que é uma das condições para que um casamento seja válido.

De acordo com a Lei Islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento, não é legal que um tutor force uma moça adulta a casar-se. Ninguém, nem mesmo o pai, ou o soberano, pode, legalmente, casar uma mulher adulta sem a permissão desta, seja ela virgem, ou divorciada. Uma das condições para o casamento dentro do Islam seja válido, é a aceitação por parte da noiva, caso esta se negue a casar com o rapaz em questão, o casamento não poderá ser consumado.

Ibn ’Abbas narrou que uma jovem dirigiu-se ao Profeta Muhammad e relatou que o seu pai a tinha forçado a casarse sem o seu consentimento. O Profeta deu-lhe a opção de aceitar o casamento, ou invalidá-lo.

Muhammad também disse:

“Não se case com uma viúva sem o seu consentimento, nem com uma virgem sem sua permissão.”

As regras para a vida matrimonial no Islam são bem claras e estão em total harmonia com a natureza humana, em consideração a constituição fisiológica e psicológica do homem e da mulher, ambos tem direitos iguais e deveres mútuos, exceto em uma responsabilidade, a da liderança, é uma questão natural em qualquer vida coletiva, e é consistente com a natureza do homem, Deus o Altíssimo diz no Alcorão:

E elas (as mulheres) têm direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas, condignamente; mas os maridos conservam um grau (de primazia) sobre elas.’’ (Alcorão Sagrado 2:228)

Tal grau é “Qiwamah” (a manutenção e a proteção), isto refere-se à diferença natural entre os sexos, que sujeita o sexo fraco à proteção. Tal não implica qualquer tipo de superioridade, ou de vantagem, perante a lei. Todavia, o papel masculino de chefe em relação à sua família, não significa a prepotência do marido sobre a sua esposa.

… O Islam garantiu a mulher o direito de pedir um homem em casamento:

A primeira esposa do profeta Muhammad, Khadija, provinha de uma rica família e fazia parte da elite da epóca. Ainda idosa, muitos homens se ofereceram em casamento, porém, ela recusou todos os convites. Até que conheceu o profeta Muhammad e ficou encantada por seu cárater impecável. Formulou um plano para pedir a mão do jovem rapaz, e mandou uma amiga como mediadora. Muhammad aceitou e ambos se casaram. A história de Muhammad e Khadija é um dos mais belas narrativas do Islam, repleta de amor, carinho, compreensão e companheirismo. Mesmo após sua morte, o profeta nutria por ela um sentimento muito forte e se lembrava dela todos os dias. Mandava presentes às suas amigas constantemente e podia reconhecer quando sua irmã batia a porta, pois, Khadija o fazia da mesma forma. Sobre ela, Muhammad disse:

Ela acreditou em mim quando ninguém mais o fez, ela abraçou o Islam, quando as pessoas me desacreditaram e ela me ajudou e me confortou quando não havia ninguém para me emprestar uma mão amiga.”
… O Islam garantiu o direito da mulher preservar o nome de sua família:

A prática data de uma época em que a mulher estava restrita à vida doméstica. Sem direito de participar sequer das decisões familiares, a única posição social que ela poderia ter era ser filha ou esposa de Fulano. Tal obrigação legal/moral advem da origem patriarcal da família, em que a mulher sempre submissa ao homem, ao contrair casamento, deveria adotar o patronímico do marido, pois o conceito era que a mulher deixaria de fazer parte da sua família para pertencer à família de seu marido como se fosse um bem. Pelo antigo Código Civil datado de 1916, a mulher ao se casar passava a adotar o sobrenome do marido, tendo que conseqüentemente providenciar uma série de documentos novos, carteira de identidade, CPF, título de eleitor, carteira de motorista, etc. Somente com o advento da Lei n° 10.406/2002 que alterou o Código Civil, em vigor desde 11 de janeiro de 2003, consagrou-se a igualdade entre os cônjuges, esclarecendo de uma vez a não obrigatoriedade da mulher adotar o sobrenome do marido, podendo manter seu sobrenome de solteira, valendo-se o homem do mesmo direito.
… O Islam exortou o bom tratamento para com as mulheres:

Harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes.” (Alcorão Sagrado 4:19)

Elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.” (Alcorão Sagrado 2:187)

“Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.” (Alcorão Sagrado 30:21)
O profeta Muhammad disse: “Que nenhum crente guarde rancor de uma crente (esposa), pois, se algo do cárater dela o aborrecer, será comprazido no resto do mesmo.”

O crente mais íntegro é aquele que demonstra melhor caráter e tem melhor moralidade. E o melhor dentre vós é aquele que melhor trata a sua mulher.”

“Deus ordena-nos que tratemos as mulheres de uma forma nobre, pois, elas são nossas mães, filhas e tias.”
… O Islam concedeu a mãe um status jamais concedido em outros povos:

O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não os reproveis, nem os rejeiteis; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. E estende sobre eles a asa da humildade, e dize: Ó Senhor meu, tem misericórdia de ambos, como eles tiveram misericórdia de mim, criando-me desde pequenino!” (Alcorão Sagrado 17:23-24)
Adorai a Deus e não Lhe atribuais parceiros. Tratai com benevolência vossos pais e parentes, os órfãos, os necessitados, o vizinho próximo, o vizinho estranho, o companheiro, o viajante e os vossos servos, porque Deus não estima arrogante e jactancioso algum.” (Alcorão Sagrado 4:36)
“E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.” (Alcorão Sagrado 31:14)

Certo homem dirigiu-se ao Profeta perguntando: “Ó Mensageiro de Deus! Quem é a melhor pessoa a quem devo oferecer minha amizade?” Ele respondeu: ‘A tua mãe’. O homem perguntou novamente: “Quem mais?” Muhammad disse: ‘Tua mãe’, o homem perguntou novamente, e Muhammad disse: ‘Tua mãe’. Só então o Profeta Muhammad disse: ‘O teu pai’.

Ainda existe o famoso dito do Profeta Muhammad:

O Paraíso encontra-se aos pés das mães”.

… O Islam baniu a bárbare tradição árabe de enterrar meninas:

O profeta Muhammad disse:

Um homem que tem uma filha e não a despreza, não a enterra viva, nem prefere o seu filho em detrimento da sua filha, Deus admiti-lo-á no Céu.”

“A minha filha é a minha carne, qualquer problema com ela causará a minha dor.”

Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?” (Alcorão Sagrado 81:7-9)
“Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Quem péssimo é o que julgam!” (Alcorão Sagrado 16:58-59)

… O Islam informou que Eva não é a causa da queda da humanidade:

O Alcorão, ao contrário da Bíblia, coloca a culpa igualmente em Adão e Eva pelo erro de ambos. Não há no Alcorão a mais leve sugestão de que Eva tentou Adão, ou mesmo que ela tenha comido do fruto antes dele. Eva, no Alcorão, não é insinuante, sedutora ou vencida. Além do mais, nenhuma mulher pode ser culpada pelo erro de Adão e Eva e castigada com dores do parto e até mesmo das menstruações. Deus, de acordo com o Alcorão, não pune ninguém pelas faltas do outro. Ambos, Adão e Eva, cometeram um pecado e então pediram a Deus o perdão, e Ele os perdoou. Podemos ler o seguinte no Alcorão:“Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos. Todavia, Satã os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade) em que se encontravam.” (Alcorão Sagrado 2:35-36).

“Então, seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados!” (Alcorão Sagrado 7:22-23)

Então, Satã lhe cochichou, para revelar-lhes o que, até então, lhes havia sido ocultado das suas vergonhas, dizendo-lhes: Vosso Senhor vos proibiu esta árvore para que não vos convertêsseis em dois anjos ou não estivésseis entre os imortais. E ele lhes jurou: Sou para vós um fiel conselheiro. E, com enganos, seduziu-os. Mas quando colheram o fruto da árvore, manifestaram-se-lhes as vergonhas e começaram a cobrir-se com folhas, das plantas do Paraíso. Então, seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados!” (Alcorão Sagrado 7:20-23)

… O Islam deu a mulher o direito de controlar seus negócios e o de contratar:

O Islam garante à mulher direitos iguais para contratar, para assumir empreendimentos, para ter ganhos e posses independentemente. A primeira esposa do profeta Muhammad, Khadija era extremamente bem sucedida em seus negócios, sendo ela mesma, administradora de seu dinheiro.Vale lembrar que tudo que a mulher ganha trabalhando, ela quem decide como irá gastá-lo. O dever de sustentar a casa e os filhos cabe ao marido, mas é de muito bom grado, que caso haja necessidade, ela ajude na manutenção da casa com sua renda.

E você aí ainda acha que o Islam é atrasado em relação as mulheres ou será o Islam pioneiro no direito das mesmas? Analise o conteúdo exposto, e faça uma pesquisa sobre quando as mulheres ocidentais alcançaram tais direitos que foram concedidos às muçulmanas há 1433 anos.

Fonte:http://www.amulhernoislam.com/

quarta-feira, maio 30, 2012

TOQUE DA TROMBETA‏

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Não reparas em que Allah conhece tudo quanto existe nos céus e na terra ? não há condidência entre três pessoas, sem que Ele seja a quarta delas ; nem entre cinco, sem que Ele seja a sexta ; nem que haja menos ou mais do que isso, sem que Ele esteja com elas, onde quer que se achem. Logo, no Dia da Ressurreição, os inteirará de tudo quanto fizerem, porque Allah é Onisciente.

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos continuamos a falar sobre os dez sinais maiores do Dia do Juízo Final, falamos sobre que quando o sol nascer do lado oeste ou nascer no poente, então nenhuma alma será salva, ou seja, o ser humano que não acreditou ou que não teve fé em Allah(SWT) antes e a porta do arrependimento estarão fechadas. Portanto eu convido você meu irmão e irmã mulçumano crentes a procurar o caminho de Allah enquanto há tempo.

A porta ainda esta aberta, nos temos todo o tempo do mundo para acreditar em Allah(SWT), para obedecer todos os ensinamentos e ditos do Alcorão Sagrado, isto porque como nos vimos nenhum de nos sabe a data da nossa morte.

O caminho para Allah(SWT) , ê único. Renove seu compromisso com Allah, deixe os pecados de lado, seja obediente em cada momento de sua vida, cuide bem dos seus pais, observe as orações, trate bem aos seus pais, seus vizinhos, transforme as teorias da religião em praticas efetivas em seu dia a dia, sejam um exemplo para a humanidade. E você minha irmã muçulmana, seja firme em seu compromisso com Allah(SWT), use o véu (HIJAB), tenha uma conduta ilibad, obedeça o seu marido em todos os aspectos que foram citados por Allah, cumpra suas orações e Allah(SWT) abençoe a todos.

Por que Allah(SWT) não aceitará o arrependimento do muçulmano depois que os grandes sinais aparecerem: Porque Allah(SWT) sempre nos mostra claramente o caminho correto para crermos Nele. Em todos os momentos de nossa vida, encontramos sinais que Allah é Poderoso, Criador de todo o Universo, mas infelizmente, muitas pessoas ainda não acreditam no chamamento de Allah nem em seus sinais que provam a Sua existência. Como por exemplo de uma pessoa que quando chamada para recitar o Alcorão, ela debocha e desvaloriza esse chamado e quando chega a sua hora, começa a lembrar das barbáries por ele cometidas e tentam de todas as formas demonstrar seu arrependimento. Porém, neste momento não haverá mais tempo. Pois sua alma já não estará mais em seu corpo. O iman Ahmad informou em um hadith que o Profeta Mohamad(SAAS) cuspiu na palma de sua mão e mexeu com o dedo, mostrou para seus companheiros e falou, Allah(SWT) disse;”Ó filho de Adão eu vos criei de uma matéria que se parece com esta saliva, depois você começou a andar nos caminho da vida juntando riquezas e fazendo tudo que é contra minha vontade. E quando sua alma começou a sair do seu corpo até o ponto de sua garganta, você querendo se arrepender e fazer caridade e etc... agora já é tarde.”

Meus irmãos, outro dos grandes sinais é o aparecimento de ADABA. E o que é ADABA: disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na surat ANAMEL(formiga) vers 82: “E quando o dito se cumprir sobre eles, far-lhe-emos sair uma besta da terra que lhes falará que os humanos não se convenciam de nossos sinais.” E foi confirmado que será dito com linguagem clara que algumas pessoas não acreditaram na palavra de Allah que foi transmitida através do seus Profetas, dos sábios, e debocharam da religião e a desmentiram. Mas todos aqueles que crêem na palavra de Allah e do seu mensageiro, sabem que o aparecimento da besta é um dos grandes sinais de Allah do Dia do Juízo Final e que seus aparecimento será para separa os crentes(fieis) dos descrentes(infiéis). Ele aparecerá segurando a bengala de Moises(AS) e o anel de Salomão e iluminará a testa do crente com uma luz e marcará o nariz do infiel com o anel de Salomão, tornando-o escuro: e assim ficará claro para todos que são aqueles que não acreditaram nas palavras de Allah(SWT).

Outro dos grandes sinais do Dia do Juízo é o aparecimento de uma intensa nuvem de fumaça que encherá toda a terra. Mas os fieis não serão atingidos por essa fumaça enquanto que os descrentes ficarão cheios dela dentro de si. Após isto, allah(SWT) ordenará um forte vento para tirar a alma de todos os crentes(fieis) que tenham no coração ao menos um átomo de fé, conforme narrado no hadith de Muslim através da narração de Abdullah Ibn Omro(RA) que disse o Profeta Muhamad(SAAS) falou: “Allah mandará um vento frio que virá pela terra do Sham(Síria) e então não ficará na face da terra nenhum fiel que tenha em seu coração o peso de um átomo de fé, mesmo quando um deles entrar no interior de uma montanha.” E que os infiéis ficarão na terra até o Dia do Juízo Final.

Temos outros grandes sinais como: três grandes eclipses, um acontecerá no Leste o outro no Oeste e o terceiro na península arábica. Outro grande sinal será um fogo que aparecerá o Iêmen no fundo da cidade de Adam e esse fogo levará o povo aos seus lugares de enterro.

E Allah(SWT) Todo Poderoso, como sinal de sua Misericórdia, não deixará os fiéis sentirem esses sinais terríveis de sofrimento. Quem sofrerá serão os infiéis que não acreditaram em Allah. Depois haverá o sopro do tremor que causará o desmanche dos laços do universo e Allah(SWT) ordenará o anjo ISRAFIL que sopre a trombeta. Chegou um árabe e perguntou ao Profeta(SAAS) o que é a trombeta: e Profeta disse:” È um chifre que o anjo ISRAFIL será ordenado por Allah(SWT) a soprar porque ele (o anjo) foi criado somente para este fim.” Todos os anjos foram criados com funções diferentes e todos esses anhos e suas funções estão descritas na surat AL ANBIYA(profetas) vers 20: “Glorificam-no noite e dia e não se entibiam jamais.”
O sopro do anjo Israfil na trombeta será de três tipos conforme informaram os sábios. O primeiro é o sopro do pânico, o segundo da morte e o terceiro o sopro da ressureição. Allah(SWT) disse no Alcorão Sagrado na surat ANAMEL(formiga) vers 87: “E um dia se soprará na trombeta: então, aterrorizar-se-á quem estiver nos céus e quem estiver na terra, exceto aqueles a quem Allah quiser. E todos a Ele chegarão humildes.” As pessoas imunes de sentir são segundo os sábios: afirmam que são os mensageiros de Allah, os mártires, os anjos e o povo da fé. Esses não sentirão o medo nem durante a vida e no Dia do Juízo Final. Devemos viver intensamente, de coração esses eventos que são marcantes e fortes para aprendermos juntos o significado do Dia do Juízo Final.

Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado: ’Quando o sol for enrolado(quando o sol perder o seu brilho e sua luz se apagará), quando o céu se rachar(significa quando as estrelas se tombarem e se espalharem por todo lado) e quando as montanhas forem movidas, e quando os camelos fêmeas prestes a dar a luz forem descurados, e quando os mares forem abrasados(ou seja, suas águas se transformarão em fogo) quando as almas parelhadas’(significa que as almas voltarão para seus corpos). E depois de 40 dias ou 40 meses ou 40 anos, somente ALLAH(SWT) sabe, conforme a narrativa de Abu Huraira(RA), o Profeta de Allah(SAAS) disse: “Entre os dois sopros são 40, então o significado de 40 só Allah(SWT) sabe. Então passados os 40 mencionados, Allah ordenará ao anjo ISRAFIL para soprar na trombeta, o sopro da morte.” Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na surat AZ ZUMAR vers 68: “E soprar-se-á na trombeta, então, quem estiver nos céus e quem estiver na terra, cairá fulminado, exceto quem Allah quiser. Em seguida soprar-se-á nela, outra vez, ei-los de pé, olhando, estarrecidos.

E sobre a trombeta, no TASFIR(explicação dos sábios) do Etabari, o Profeta Muhamad(SAAS) disse:” Após a morte de todos que estão nos céus e na terra, o anjo da morte se dirigirá a Allah(SWT) Todo Poderoso e informará a Allah: Todos que estavam nos céus e na terra morreram exceto que Allah isentou(enquanto Allah sabe a resposta), perguntou ao anjo quem restou: e o anjo da morte responderá: os anjos Gabriel, Israfil, Mikhail, os portadores do Trono e eu. Então Allah(SWT) dirá: Gabriel morre e Mikhail morre e Israfil morre e os portadores do Trono morram também(nesse caso, surge a pergunta: se os portadores do Trono morrem, quem carregará o Trono: só Allah sabe a resposta). E o anjo da morte informa novamente a Allah: Todos morreram apenas eu restei. E Allah(SWT) ordenará a sua morte também.’ E encerramos assim os grandes sinais do Dia do Juízo final.

Salamo Aleikom

Crença nos Profetas

Rassul é o singular de Russul palavra derivada de Rissalah que significa mensagem, quem transmite a mensagem é chamado Rassul, Nabi é o singular de Ambiya, que vem de Nabuwat que é derivada de Naba que significa ‘’noticia importante’’. 

Nos termos da Chari'ah (Leis Islâmicas), quer dizer noticia importante que Deus revelou aos Seus servos favorecidos para eles transmitirem às pessoas, estes servos chamam-se Ambiya. 

Russul e Ambiya (plural de Rassul e Nabi) são seres humanos e servos piedoso de Deus, escolhidos por Deus para transmitir as Suas palavras, explicarem as pessoas porque é que existem para onde irão após a morte, para conduzirem a humanidade ao caminho da salvação a fim de viver em harmonia e paz aqui neste mundo e no outro. 

Eles são seres humanos, possuem todas as tendências e qualidades humanas, pois só assim serviriam de modelo para nós, o número exato dos Profetas e Mensageiros, só Deus é quem sabe. 

O Islam ordena aos muçulmanos, para crerem em todos os Enviados de Deus sem qualquer discriminação; afirmamos a nossa fé na piedade e veracidade deles. É inútil e sem nenhum beneficio acreditar sé em deus e não nos seus Mensageiros, tal o homem não pode ser considerado muçulmano e, por conseguinte não terá salvação, todos os Ambiyia e Russul são verdadeiros, e seres devotados a Deus. 

Deus protegeu-os da prática do pecado, portanto devemos acreditar na sua inocência, pois é, a razão pela qual Deus nos ordena tê-los como modelo exemplar a ser seguido. Apesar da grande diferença espiritual, moral e intelectual entre eles e nós, e apesar da sua relação especial com Deus, eles sempre foram seres humanos, servos de Deus, pois procriam e são procriados, eles comem, bebem e andam pelas praças, eles dormem e morrem. 

‘’Antes de ti jamais enviamos mensageiros que não comessem os mesmo alimentos e caminhassem pelas ruas, e fizemos alguns, dentre vós, tentarem os outros. Acaso (ó fiéis), sereis perseverantes? Eis que o teu Senhor é Onividente.’’ (Alcorão Sagrado 25:20) 

‘’Jamais concedemos a imortalidade a ser humano algum anterior a ti. Porventura, se tu morresses, seriam eles imortais?’’ (Alcorão Sagrado 21:34) 

A missão deles foi apenas a de transmitir as pessoas à palavra de Deus, e nem são de forma alguma responsáveis pelas ações praticadas pelas pessoas, depois deles as terem transmitido claramente a mensagem. 

Deus deu ao ser humano o poder de compreender a diferença entre a verdade e a falsidade e deu-lhe também a habilidade e inteligência para aceitar ou rejeitar a verdade por livre vontade. 

Será nessa base que o Homem vai ser recompensado ou castigado, embora o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) ardentemente desejasse, que todos no mundo aceitassem e aderissem a verdade adquirindo assim a salvação, contudo o Alcorão Sagrado; diz que isso não estava nas suas mãos, ele nem podia guiar a quem ele amasse. 

O primeiro Profeta foi Adão e o último foi Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre eles). Os Profetas antes de Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); eram enviados para uma comunidade definida. 

Inclusivamente Jesus (que a Paz esteja sobre ele) foi enviado somente para os judeus (às ovelhas perdidas de Israel). Como consta na Bíblia. 

‘’E ele respondendo disse: eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.’’ (Mateus 15:24) 

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) foi enviado para toda a humanidade, assim como Deus diz no Alcorão: 

’Dize: Ó humanos, sou o Mensageiro de Deus, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra. Não há mais divindades além d’Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis.’’ (Alcorão Sagrado 7:158) 

‘’Bendito seja Aquele que revelou o Discernimento ao Seu servo – para que fosse um admoestador da humanidade, o Qual possui o reino dos céus e da terra. Não teve filho algum, nem tampouco teve parceiro algum no reinado. E criou todas as coisas, e deu-lhes a devida proporção. Não obstante, eles adoram, em vez d’Ele, divindades que nada podem criar, posto que elas mesmas foram criadas. E não podem prejudicar nem beneficiar a si mesmas, e não dispõem da morte, nem da vida, nem da ressurreição. ‘’ (Alcorão Sagrado 25 1 ao 3) 

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) trouxe uma orientação completa o chegou numa altura em que a mensagem, verdadeira de Deus transmitida pelos Profetas que o antecederam estava alterada e esquecida. 

Ele sofreu para que a verdade fosse conhecida, para o homem viver a vida de paz e obediência a Deus e conseguir a vitória na outra vida, após a morte. Ele veio como, uma benção para todos. O exemplo da sua vida é muito conhecido; e com muitos pormenores, e servirão para sempre de guia para a humanidade. 

O Nubuwah e Rissalah são dádivas de Deus, Ele escolhe a quem Ele quer para esse grande cargo, não podem ser adquiridos através de esforço, devoção e nem de sacrifício de alguém. 

‘’Deus escolhe os mensageiros, entre os anjos e entre os humanos, porque é Oniouvinte, Onividente.’’ (Alcorão Sagrado 22:75) 

Deus nunca retira esse cargo depois de o ter atribuído a alguém, pois o Seu conhecimento é Eterno, a Ele nada está oculto, e Ele conhece o futuro, o presente e o passado de cada um de nós. Por isso não é possível alguém ser escolhido para esse cargo e depois mais tardo vir a revelar-se ineficiente o incapaz. 

Deus realiza milagres, pelas mãos dos Profetas, para lhes servirem de apoio contra descrentes, o milagre realizado por um Profeta chama-se ‘’Mujizah’’, palavra derivada de ‘’Ijaz’’ que significa tornar alguém impotente, isto é, fora de poder de qualquer pessoa. Ao vê-lo uma pessoa fica convencida que é o fenômeno realizado através do poder Divino. 

Assim Mujizah são atos que ninguém os pode realizar. Por exemplo, Jesus ressuscitou os mortos pela ordem de Deus, O fenômeno da abertura do Mar Vermelho, por Moisés foi outro milagre e o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) teve o seu maior milagre, que será eterno; o Alcorão Sagrado, dentre muitos outros. 

Cada Profeta teve o seu Mujizah para assim as pessoas os aceitassem como enviados de Deus, e o milagre realizado por um piedoso (Wali, plural Auliya) pela ordem de Deus chama-se Karámah. Wali é o muçulmano piedoso e justo, que evita o máximo possível o pecado e se por acaso comete algum pecado imediatamente volta-se para Deus e pede perdão com sinceridade. 

O Wali tem um grande amor por Deus e Seu Mensageiro, é pontual e sincero na sua adoração a Deus. Contudo um piedoso ‘’Wali’’, por mais devoto que seja nunca poderá atingir o grau de um Profeta e nem mesmo de um Sahabi, (companheiro do Profeta). 

Se um ato sobrenatural (milagre) for demonstrado por um Káfir ou por um muçulmano malvado, cuja vida não está em conformidade ao Chari'ah e a Sunnah, é chamado Istidraj, que vem da parte de Shaytan (Satã) designada para confundir as pessoas. O critério através do qual as pessoas podem com toda a facilidade distinguir o Karámah do Istidraj é o Chari'ah. 

Consta no Alcorão Sagrado que Deus enviou para cada nação um guia; Profeta. O número e os nomes de todos os Profetas, só Deus é que sabe, o Alcorão mencionou alguns, muitos deles inclusive mencionados na Bíblia. 

O Profeta Muhammad 

Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); cujo nome completo é: Muhammad Bin Abdullah Bin Abdul Mutalib Bin Hachim Bin Abd Manaf Bin Kussay.Foi escolhido por Deus para proferia para toda a humanidade a Sua Mensagem de Paz, isto é o Islam. 

Nasceu em 570 d.C, na cidade de Makkah (atual Arábia Saudita), foi-lhe confiado por Deus a Mensagem do islam quando tinha 40 anos de idade, a revelação que ele recebeu chama-se Alcorão, a leitura e recitação por excelência. 

Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); é o último Profeta de Deus para a humanidade, ele é o Mensageiro final de Deus. A sua Mensagem foi, e ainda é, dirigida aos cristãos, judeus e ao resto da humanidade. Ele foi enviado a esse povos religiosos para informar a respeito da verdadeira missão de Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão (que a Paz esteja sobre eles). 

O Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); é o último de todos os Profetas e Mensageiros que o antecederam, o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); com a revelação recebida de Deus, através do Anjo Gabriel, purificou as mensagens anteriores da adulteração que sofreram e completou a Mensagem de Deus para toda a humanidade, foi dotado por Deus do poder de esclarecer e de interpretar os ensinamentos do Alcorão. Que a Paz e Benção de Deus estejam sobre Ti, ó Mensageiro de Deus. 

Muhammad o Mensageiro do Islam 

O Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino mais sim um ser humano, contudo, ele é visto como um dos mais perfeitos entre os seres humanos, nascido em 570 d.C., em Makkah, numa das mais poderosas tribos da Arábia daquela época, a tribo Coraixita, o jovem Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); demonstrou excepcional virtude como um individuo de confiança a quem os membros das várias tribos convidavam para agir como árbitro das suas disputas. 

Os Primeiros Anos 

Nesse tempo os Árabes seguiam uma forma de idolatria, cada tribo conservando os seus ídolos na Kaaba, a estrutura cúbica construída originalmente por Abraão e seu filho Ismael (que a Paz esteja sobre eles) para celebrar a glória do Deus único. 

Mas a Mensagem Monoteísta de Abraão (que a Paz esteja sobre ele) foi esquecida por muito tempo entre a população da Península Arábica em geral. O jovem Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); contudo, foi um crente em um Só Deus toda a sua vida e nunca participou nas práticas idólatras das suas tribos. 

Anjo Gabriel 

Ao fazer 40 anos, durante um dos retiros que fazia habitualmente numa gruta no cimo da montanha fora de Makkah, Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); primeiro viu o arcanjo Gabriel que lhe revelou a Palavra de Deus, os cinco primeiros versículos da Sura Alcorânica "Al Alaq"; e anunciou que Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); seria o Mensageiro de Deus, para toda a humanidade. Nos 13 anos seguintes ele pregou a Palavra de Deus aos habitantes de Makkah, convidando-os a abandonar a idolatria e aceitar a Religião da Unicidade, o Islam. 

Poucos aceitaram o seu apelo, mas a maior parte dos habitantes de Makkah, especialmente aqueles da sua própria tribo, opuseram-se a ele violentamente, vendo na nova religião um perigo grave para a sua dominação econômica assim como social com base no seu controle da Kaaba. 

Mas o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); continuou a apelar ao povo para o Islam e gradualmente um grande número de pessoas começou a aceitar a fé e a submeter-se aos seus ensinamentos. Face a esse resultado, a perseguição aos Muçulmanos aumentou até que o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); foi forçado a enviar alguns dos seus companheiros à Abissínia onde foram protegidos por um rei Cristão. 

Os Primeiros Dias do Islam 

O período de Makkah foi também uma experiência espiritual intensa para o Profeta e seus nobres companheiros que formavam o núcleo da nova comunidade religiosa que em breve se alastraria pelo mundo. Foi durante este período que Deus ordenou que a Quiblah das orações fosse mudada de Jerusalém para Makkah. Até hoje Jerusalém mantém-se, ao lado de Makkah e Madina, como um dos lugares sagrados do Islam. 

Emigração (Hégira) 

Em 622 d.C. o Profeta recebeu instruções de Deus para emigrar para Yathrib, a cidade ao norte de Makkah. Ele seguiu a Ordem Divina e viajou com os seus seguidores em direção a essa cidade que daí para a frente ficou a chamar-se "Cidade do Profeta" (Madinat al-Nabi) ou simplesmente Madina. 

Este acontecimento foi tão importante que o Calendário Islâmico começa com esta Hégira, em Madina, o Profeta estabeleceu a primeira Comunidade Islâmica que serviu de modelo a todas as Comunidades Islâmicas posteriores. Muitas batalhas tiveram lugar contra os invasores de Makkah em que os Muçulmanos venceram grandes batalhas. Em pouco tempo as tribos começaram a converterem-se ao Islam e dentro de poucos anos a maior parte da Arábia abraçou a religião do Islam. 

Vitória em Makkah 

Após muitos esforços e eventualmente sucessivas vitórias, o Profeta regressou triunfantemente à Makkah onde o povo abraçou finalmente o Islam. Ele perdoou os seus inimigos iniciais e caminhou para a Kaaba, onde ordenou a seu companheiro e primo 'Ali ibn Talib (raa) para se juntar a ele na destruição de todos os ídolos. 

O Profeta reconstituiu o rito da Peregrinação conforme fundado por Abraão (que a Paz esteja sobre ele). Depois regressou a Madina e pouco tempo depois, fez outra Peregrinação a Makkah. Foi ao regressar da sua última Peregrinação que ele fez o seu sermão do Adeus. Repentinamente adoeceu e, após três dias, faleceu em 632 d.C., em Madina, onde foi enterrado no quarto da sua casa junto da primeira Mesquita do Islam. 

Sunnah (Prática) do Profeta 

As práticas e tradições (Sunnah) do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); que incluem os seus dizeres (Ahadith), tomaram-se um guia para os Muçulmanos para compreensão do Alcorão e prática da sua religião. 

O próprio Alcorão declara que Deus escolheu no Profeta um exemplo para os Muçulmanos seguirem. Além desta emulação do Profeta em todos os seus aspectos da vida e pensamento, os dizeres foram compilados por vários intelectuais. Finalmente foram compilados em livros de Ahadith em que os autênticos foram separados dos espúrios. A Sunnah ficou sempre, após o Alcorão, como a segunda fonte de tudo o que é Islâmico. 

O Que é a Religião Islâmica 

De acordo com um famoso dizer do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); o Islam consiste em cinco pilares: o testemunho de fé (Chahadah), que é testemunhar que ‘’La ilaha illa'Llah’’ (Não há outra divindade além Deus) e Muhammadur rasul Allah (Muhammad é o Mensageiro de Deus); as cinco orações diárias (as-salat) que os Muçulmanos fazem direcionadas para Kaaba na cidade de Makkah; o jejum (as-sawm) do amanhecer ao pôr do sol durante o mês do Ramadan; fazer a Peregrinação a Makkah (al-hajj) pelo menos uma vez na vida, se as condições financeiras e físicas de cada um o permitirem; e pagar uma taxa de 2,5% (zakat) sobre o capital de cada um e que é usada para as necessidades da Comunidade. 

Aos Muçulmanos é ordenado que exortem outros para praticar o bem e absterem-se de fazer o mal. A ética está no âmago dos ensinamentos do Islam e de todos os homens e mulheres espera-se que atuem em conformidade com ela. Como disse o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele): 

"Nenhum de vós sereis crentes até que ameis os outros como a vós próprios”. 

O Iman (fé), de acordo com o Islam, significa ter fé em Deus, nos Seus Anjos, nos Seus Livros, nos Seus Mensageiros, no Dia do Julgamento Final e na determinação de Deus nos destinos da humanidade. É importante compreender que a definição do Iman, refere-se a Livros e Profetas no plural porque isso aponta diretamente para a universalidade das revelações e o respeito pelas outras religiões muito enfatizado no Alcorão. Há também um importante conceito, al-ishan ou virtude, que significa venerar a Deus como se O víssemos, sabendo que mesmo que não O vejamos Ele nos vê. 

A Lei Islâmica (Chari’ah) 

O Islam possui uma Lei Religiosa chamada al-Chari’ah que governa a vida dos Muçulmanos e que os Muçulmanos consideram ser Vontade de Deus. A Chari’ah está contida, em princípio, no Alcorão como elaborada e complementada pela Sunnah. 

Na base destes princípios das escolas de leis, que são seguidas pelos Muçulmanos até hoje, foram desenvolvidas cedo na história Islâmica. Esta Lei, enquanto enraizada nas fontes da Revelação do Islam, é um corpo vivo da Lei que alimenta as necessidades da sociedade Islâmica. 

As Leis Islâmicas são essencialmente preventivas e não são baseadas em punições severas exceto como última medida. A fé dos Muçulmanos obriga-os a respeitar os direitos dos outros e a Lei Islâmica é tal que previne as transgressões de terem lugar na maior parte das ocasiões. 

É por isso que as pessoas consideram as punições severas como sendo tão raramente necessárias de serem aplicadas. 

Os Califas Piedosos 

Após a morte do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de deus estejam sobre ele); Abu Bakr (raa) governou durante dois anos para ser sucedido por Umar que foi Califa durante uma década, período em que o Islam se espalhou extensivamente para Leste e Oeste, conquistando o império Persa, a Síria e o Egito. 

Foi Umar (raa) que marchou a pé com o seu exército até Jerusalém e ordenou a proteção dos lugares Sagrados de Jesus (que a Paz esteja sobre ele). Fundou o primeiro tesouro público e uma administração financeira sofisticada. Estabeleceu muitas das práticas básicas do governo Islâmico. 

Umar (raa) foi sucedido por Uthman (raa) que governou cerca de doze anos, durante os quais a expansão Islâmica continuou. Ficou conhecido como o Califa que tinha o Texto definitivo do Nobre Alcorão, copiado e enviado aos quatro cantos do mundo Islâmico. 

Foi sucedido por Ali (raa) que é conhecido até agora pelos seus sermões e cartas eloqüentes, e também pela sua bravura. Com a sua morte, o governo dos Califas ‘’corretamente guiados’’ (Khulafa Rashidun), que mantinha um lugar especial de respeito nos corações dos Muçulmanos, chegou ao fim. 

Expansão do Islam 

Das cidades-oásis de Makkah e Madina no deserto Árabe, a Mensagem do Islam seguiu em frente com a rapidez impressionante. Meio século após a morte do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); o Islam espalhou-se pelos três continentes. 

O Islam não é, como alguns imaginam no Ocidente, uma religião da espada, nem se espalhou por meio de guerras. Foi somente dentro da Arábia, onde uma crua forma de idolatria existia, que o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); para defender o Islam e os próprios muçulmanos, foi forçado a utilizar a intervenção militar contra os incrédulos daquelas tribos que não só não o aceitaram, como também os perseguiram; enquanto que os Judeus o Cristãos não foram forçados a converterem-se. 

Fora da Arábia, nas vastas terras conquistadas pelos exércitos Muçulmanos, num curto espaço de tempo, as pessoas tornaram-se muçulmanas, também não pela força da espada mas sim pelo apelo da nova religião. Foi a fé num Só Deus e a ênfase sobre a Sua Misericórdia que trouxe um enorme número de pessoas para a religião do Islam. A nova religião não coagiu as pessoas a converterem-se porque: 

"Não há coerção na religião' (Alcorão Sagrado 2:256)

Muitas pessoas continuaram a ser Judias e Cristãs e até hoje importantes comunidades dos seguidores destas religiões são encontradas em terras Muçulmanas. 

Contudo, a expansão do Islam não foi limitada à sua miraculosa expansão inicial fora da Arábia. Durante os séculos seguintes os Turcos abraçaram o Islam pacificamente como o fez um grande número de pessoas no subcontinente Indiano e no mundo de expressão Malaia. 

Na África também, o Islam espalhou-se durante os últimos dois séculos mesmo sob o enorme poder dos governantes coloniais Europeus. Hoje o Islam continua a crescer não só na África mas também na Europa e na América. 

Religião Global 

O Islam é uma religião popular não importando qual a raça ou a origem. É por isso que a Civilização Islâmica é baseada na unidade que se mantém completamente contra qualquer discriminação ética ou racial. Foram tais grupos raciais e étnicos como os Árabes, os Persas, os Turcos, os Africanos, os Indianos e Malaios e mais os numerosos pequenos grupos que abraçaram o Islam que contribuíram para a construção da Civilização Islâmica. 

Mais ainda, o Islam não se opôs à aprendizagem das primeiras civilizações e à incorporação da sua ciência, instrução e cultura na sua própria visão mundial, desde que não se opusessem aos princípios do Islam. Cada grupo étnico ou racial que abraçou o Islam contribuiu para uma civilização Islâmica única à qual todos pertenciam. 

O sentido da irmandade era tão enfatizado que ultrapassou todos os laços locais de uma específica tribo, raça, ou língua todos se tornaram subservientes à irmandade universal do Islam. A civilização global assim criada pelo Islam permitiu aos povos de diversas origens étnicas trabalharem em conjunto na cultura das diversas artes e ciências. Embora a civilização fosse profundamente Islâmica, mesmo os não-Muçulmanos "Povos do Livro" participaram na atividade intelectual cujos frutos pertencem a todos. 

O clima científico era sugestivo pela presente situação na América onde cientistas, homens e mulheres aprenderam com toda as partes do mundo, sendo ativos no avanço do conhecimento que pertence a todos. A civilização global criada pelo Islam também teve sucesso na dinamização do espírito e do pensamento dos povos que aderiram à sua influência. 

Devido ao Islam os Árabes nômades tornaram-se portadores da chama da ciência e da instrução. Os Persas, que criaram uma grande civilização antes do advento do Islam, produziram muito mais ciência e aprendizagem no período Islâmico do que antes. O mesmo pode ser dito dos Turcos e outros povos que abraçaram o Islam. 

A religião do Islam foi, ela própria, responsável não só pela criação de uma civilização mundial na qual os povos de muitas origens étnicas diferentes participaram, como também teve um papel principal no desenvolvimento intelectual e cultural, num grau nunca visto antes. 

Durante cerca de oitocentos anos o Árabe manteve-se como a mais importante língua científica e intelectual do mundo. Durante os séculos seguintes ao despontar do Islam, as dinastias Muçulmanas, governando em várias partes do mundo Islâmico, testemunharam o florescimento da cultura e pensamentos Islâmicos. 

De fato, esta tradição de atividade intelectual teve o seu declínio somente no início dos tempos modernos como resultado do enfraquecimento da fé entre os Muçulmanos, combinada com a dominação externa. E hoje esta atividade começou de novo em muitas partes do mundo Islâmico, agora que os Muçulmanos tornaram a ganhar a sua independência política.

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“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak